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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

(Quarta-Feira, 22/09) Atolada no Barro até o motor!

É minha gente, quando digo que este meu finalzinho de G-4, aqui na Guatelama está uma ‘desventura’ tenho certeza que há pessoas que riem, mas o fato é que aqui estão acontecendo coisas que nestes 20 meses de estrada nunca se passaram ou ocorreram.

Ontem conforme eu havia me programado, saí eram seis e meia do Hotel e me pus a caminho de Apanajachel, onde seria minha penúltima parada antes da Fronteira com o México.
Depois de confirmar, enquanto dava os últimos retoques na ‘Guerreira’, as condições do trecho sem pavimentação que iria enfrentar, (principalmente numa área onde há uns meses ocorreu um enorme deslizamento de terra que matou mais de 300 pessoas e arrasou uma aldeia inteira, sem contar alguns ônibus, carros e caminhões que passavam justamente no momento em que a terra ‘desceu’), toquei em frente e fui mais tranqüilo pois um dos hóspedes que trabalha com fretes disse que na véspera passou por lá e estava a estrada boa, apenas, pouco ‘lamacenta’ num trecho bem pequeno de uns 8 quilômetros.

Apesar de pequena, San Crsitóbal é uma cidade meio complicada de se pilotar e, aliado a sinalização inexistente, dei uma volta completa no ‘em torno’ até voltar a estradinha novamente.
De fato estava em boas condições o trecho, apesar de não ter asfalto e ser de terra batida com pedras. Tudo bem, até que, me aproximei do local onde ocorrera a tragédia e o deslizamento, passando pela porteira de uma ‘Finca’, (sítio), com uma ‘puta placa’ de ‘Propriedad Privada, NO, Passe Adelante’, porém andando mais uns 50 metros percebi que o caminho não seria aquele haja visto me levaria direto onde a terra havia bloqueado a estrada.
Percebi também que não haviam marcas de pneus ou de trânsito recente, logo, seria a ‘finca’ o desvio e, juntamente com esta minha constatação, ouvi barulho de buzinas abaixo de onde eu estava, logo seria mesmo por lá, passando pela propriedade que eu teria de ir. Voltei.

Incrível mas o lugar é sombrio. Não sei se pela hora, (ainda não havia passado das sete e meia da manhã), ou se pelo fato de ter ocorrido ali tantas mortes de uma só vez, mas o clima que se sente é pesado. Uma coisa ‘mórbida’ mesmo que, confesso não me fez ficar ‘muito’ à vontade.

Passei a porteira e comecei a descida. Começou aí também minha agonia pois trata-se de algo realmente íngreme. Arrisco até a dizer que passa dos cinqüenta graus de inclinação. Os freios, no meu caso que estou ‘carregadíssima’ e pesada, eram uma ‘brincadeira à parte’ no ‘mal sentindo’, já que, se desse a falta de sorte de travar a roda dianteira, deslizaria sem controle algum, estrada abaixo, isso se eu não caísse ou pior, descesse o barranco ao lado.
O traseiro, que melhor controlava a moto, que claro, estava engrenada, em primeira, logo, fazendo um ‘freio-motor’, também era acionado a ‘meia-sola’ porquê se também travasse a ‘traseira’, seria chão na certa, depois de ver o baú passar a minha frente contrariando todas as leis da física. A coisa começou a ficar séria.

Consegui, com muita cautela, Chegar a um trecho menos íngreme de descida e também para piorar mais lamacento, com barro ‘ultra escorregadio’, alguns pontos visíveis de ‘atoleiro e ‘olhos’ d’água cruzando por sobre o barro, infiltrados na grande quantidade de terra que avolumo-se ali.

Perguntei a um caminhoneiro como estava mais adiante, já que se via alguns carros parados, vans, “uma moto”, caminhões e uma máquina operando na limpeza do trecho.

Ele me disse que estava bem e que eu podia seguir já que moto estava passando e que ele estava aguardando o ‘trânsito’ fluir para seguir. Fui em frente.

Com muita ‘manha’ e cautela, segui sobre a marca deixada pela esteira da máquina, pois ali certamente o ‘barro fofo’ estaria mais seco e compactado. Passei dentro de um atoleiro com um jorro de água descendo. Dei uma ‘queimada’ na embreagem para poder vencer este obstáculo, mas a ‘Guerreira’ mostrou valor, passou bem, até que cheguei onde estavam os carros e caminhões e percebi então o motivo do ‘engarrafamento. Havia uma van de passageiros atolada e, uma Ranger 4X4, já estava encarregando-se de retirá-la.
Após este trecho nefasto, parecia, a estrada, ou melhor o barro estava mais seco, apesar da subida ser como foi a descida, coisa de 50 graus de inclinação, mas nada que uma boa ‘primeira’, não resolvesse, pois, pelo menos ‘torque’ a ‘Guerreira’ tem de sobra no motor.
A van foi retirada, o tráfego começou a fuir e eu já me coloquei em posição para continuar também. Logo que o caminhão que estava a minha frente passou e a máquina deu uma nova ‘aplainada’ na pista, engatei a primeira e mandei ver. Não andei 20 metros e a ‘Guerreira’ afundou, ‘literalmente’, no barro fofo. Debreei, chamei no acelerador e nada! Simplesmente não havia tração. Tentei segunda, nada. Terceira, Quarta, Quinta... Nada de Nada! – Minha embreagem foi pro vinagre. FINOU-SE & FUDEU-SE!

Fiquei atolada, com barro até o motor, os pés enfiados na lama a mercê de dois rapazes franzinos para me ajudarem a tirar a moto deste ‘atoleiro’ no meio da passagem, para outro, mais na lateral e, pior, mais a beira do ‘barranco’.

A coisa estava tão feia, que como vocês podem ver na foto que eu tirei, a ‘Guerreira’ está parada no meio do atoleiro, ao lado da pista, só que o detalhe maior é que não está em descanso. Ela está presa e devidamente equilibrada no ‘barro’... Só isso!

Maravilha. Eu ali, no meio do nada, Embaixo de milhares de toneladas de terra instáveis, onde já haviam morrido soterrados mais de 300 pessoas não fazem 2 meses, dia seguinte à muita chuva na noite e madrugada, com a moto parada, sem tração alguma, a mercê de transporte de volta a Coban para reparar o motor.

Por sorte o cara que manobrava a máquina também tinha moto e, por isso conhece bem ‘nossas’ necessidades. Nos intervalos entre uma ‘aplainada’ e outra, ele me disse para não me preocupar que logo passaria uma caminhonete de ‘flete’, (frete), e que o motorista embarcaria a moto e nos levaria de volta a Coban.
Realmente, não demorou nem quinze minutos e a caminhonete apareceu e por sorte, quase em pessoas em cima, só duas mulheres e dois rapazes e um sacas de milho.
Conversei com o motorista. Perguntei se levaria a mim e a moto até Coban, ele de pronto respondeu que sim. Perguntei o preço: - 250,00 Quetzales! – Chorei e fechamos nos Duzentos.

Aí começou a ‘saga’. Tirar a ‘Guerreira’ do atoleiro, virar, e embarcar na caminhonete. Tentamos nós cinco. Eu, o motorista, um dos rapazes que auxilia na ordenação do tráfego e os dois passageiros, que coitados tiveram de enfiar os pés no barro até ‘as canelas’. Nada. Muito peso, muita terra e, para completar, subida.
Peguei a corda que trago comigo, amarrei na frente da moto, pedi para o auxiliar da máquina amarrá-la na ‘pá’ e assim conseguimos desatolar, porém com um ‘tombada’ básica, mas sem maiores conseqüências, senão o ‘peso’ do manete direito que se soltou e, milagrosamente, não sei como, ficou preso entre o motor e o carburador. Essa, eu digo, foram as mãos de ‘Deus Nosso Senhor’ que o colocou ali para que eu não perdesse, pois não há nenhuma explicação de como isso pode acontecer em meio a tanta lama, e mais, justo do lado para onde tombou. Seria até plausível, se acontecesse e o ‘peso’ caísse e ficasse travado no mesmo lugar até, mas pelo lado esquerdo, virado nesse caso para cima e não, no direito que estava enfiado na lama. Não há como explicar, enfim.

Finalmente a moto foi posicionada, depois de muito esforço mas aí a coisa voltou a complicar por conta do peso do baú. Não tinha como subi-la na caminhonete e rapidamente, claro, retirei o baú e, aí que constatei mesmo o peso que carrego ali. Quatro homens não foram capazes de erguê-lo com facilidade e a muito esforço conseguimos levar tudo. Foi a vez da moto, muito mais leve e rápido subimos ela na carroceria e com a corda amarrei, ‘nas coxas’ ela para encarar a subida, já que não pudemos fechar a tampa traseira.
Foi terrível. A cada curva, cada solavanco a moto ia pra um lado, para outro, se desamarrou e o motorista, ‘foda-se’ nem aí mandando ver e eu como louco amarrando, segurando, pois estávamos subindo agora o que eu havia descido e conhecia bem a inclinação, em resumo, foram uns quinze minutos de ‘total’ desespero esperando a qualquer momento a ‘Guerreira’ sair pela traseira da caminhonete e se espatifar na estrada.

Graças a Deus e a todos os meu ‘Guias e Protetores’, chegamos novamente a porteira da finca, onde dali para adiante a estrada ficava melhor.
Pude então mesmo com vários solavancos ainda amarrar melhor a moto até que chegamos novamente em San Cristóbal, onde os passageiros desembarcaram e aí sim amarrar mais firme.

Chegamos de volta ao Hotel Minerva. Bem ao lado, a esquerda, há uma oficina de motos e a direita uma loja de peças. Desembarcamos tudo. Fiz o pagamento ao motorista e já tratei com o mecânico o serviço.
Como aí no Brasil, ‘mecânicos’ são todos ‘alarmistas’ quando viu o estado da moto, de barro até a alma’, eu, todo lavado, parecia piloto de ‘trilha’, o mecânico, só de ligar e passara as marchas, deu o veredicto. Marchas. As engrenagens haviam indo para o ‘vinagre’. Tentei explicar a ele que não, que era apenas os discos de embreagem mas aqui o nome não é embreagem e sim ‘cloche’, como vim a saber depois. Argumentando não saber se teria peças para a moto no mercado daqui, ele também justificou o preço em cima disso, mas eu, que sei o que tenho, disse a ele que até peça de ‘carrinho de controle remoto’, serve neste motor então esta hipótese estava descartada, mesmo assim, o preço: - ¡500 Quetzales, pero tiengo que desmantelar lo motor y eso llevará tiempo!

Comecei a me preocupar pois meu prazo vence dia 30 aqui, Perguntei quanto tempo. –¡ Treis Diaz! – Chorei e o preço caiu para Quatrocentos e já mandamos ver, comigo dando uma força para a coisa ir mais rápida.

Desmontamos a lateral direita onde estão os discos. Tiramos a bomba de óleo, sacamos tudo finalmente e a constatação, não HAVIA MAIS DISCOS. Estavam lisos, com todo o amianto desgastado comigo ‘queimando embreagem’.

Depois de engatar cada marcha e verificar que estavam tracionando bem a roda, sem ruídos e tals, o mecânico surpreso disse que o problema eram apenas os ‘discos de cloche’, (justamente o que eu tentei explicar mas ele não entendeu, o ‘não quis entender’), e por isso o serviço seria bem mais barato. – ¿Barato cúanto?, indaguei, já esperando a porrada de 250.

- ¡150 Quetzales! - Ufa’, caiu muiiiiiito...(rs) Fui na loja de repostos e com um disco de modelo pedi um jogo de discos de cloche, e logo um pacote com cinco discos novos me foi entregue, sendo que são usados por Tuc-Tucs e algumas motos também a Bajaj. (maravilha motos pequenas nessas horas, só penso no meu amigo ‘Adriano’, ano que vem, por estas bandas, “que Deus tal não permita”, mas se houver necessidade de algum reposto para sua KTM, (KateMarrone), 990cc, e também nos outros que ‘falam’ mas não sabem o que dizem quando contestam, argumentam ou criticam viajar com motos de baixa cilindrada, enfim... “Perdoai-vos ó Pai. Eles não sabem o que dizem!”)

Voltando, levei os discos e montamos tudo novamente e, aproveitando a economia depois que ele me disse que quando terminasse levaria a moto para lavar, fechei tudo em 200 Quetzales, (R$ 50,00 Reais), incluindo uma nova lubrificação de eixos, rolamentos, corrente, balança, tudo!
Antes de fechar o ‘carter’ foi feita uma lavagem por dentro com gasolina e, para minha surpresa e do mecânico, encontramos um ‘prego’, (muito pequeno), dentro da tampa, preso em algum lugar, por sorte e que se soltou quando passávamos o pincel com gasolina.
Não tenho idéia de como isso pode ter ido parar lá dentro. Tenho duas hipóteses: - A primeira, que pode já ter vindo assim da mão do primeiro dono. A segunda, que estivesse dentro de algum litro de óleo e na hora da troca tenha ido para dentro do cárter sem poder ser visto, tanto que agora vou comprar um par de meias femininas e fazer uma espécie de coador para o funil que eu improvisei para as trocas do óleo do motor.
Imaginaram se este pequeno e diminuto prego, se solta e é aspirado pela bomba de óleo indo parar dentro do motor da ‘Guerreira’? – Seria como uma ‘punhalada’ em seu ‘coração’, ia travar a ‘porra’ toda, causar um estrago de tamanho e ordens, incalculáveis. Graças a Deus, mais uma vez, “ele” me protegeu e pôs diante dos meus olhos o perigo.

Duas horas da tarde a ‘Guerreira’ estava de volta a ativa! Limpa, cheirosa, imponente, novamente como é a sua cara, sua personalidade.

O desgaste dos discos não se deu apenas por conta desta estrada. Não podemos nem devemos esquecer as duas vezes que cruzei o trecho entre Mulatos e Turbo, na Colômbia, também queimando muita embreagem, 1,2ª apenas. Isto já causou um desgaste e claro, culminou agora com a fadiga total das peças.
Tudo pronto, fui então cuidar de mim. Levei as coisas que foram desembarcadas da caminhonete para dentro do hotel, já que ficaram todas colocadas na porta da garagem. O baú, que a muito custo eu eum outro rapaz daqui colocamos para dentro. A o alforje de tanque, jaqueta, enlameada, plástico que tenho de reserva para cobertura, também sujo, a corda, enfim tudo.
Depois fui almoçar, na mesma ‘pizzaria e restaurante’, onde me fartei na véspera Voltei para a garagem do hotel, tirei a calça, peguei a jaqueta, o colete e a mochila que levo no ‘mata-cahorros’, que estava pela metade suja de barro pois afundou na lama, juntei tudo, atravessei a rua e bem defronte também há uma Lavanderia ondei deixei tudo por 38,00 Quetzales, (R$ 9,50), e voltei para limpar, lavar e remontar o Baú em cima da moto, coisa que eu só terminei já passava das oito horas da noite, para vocês terem uma idéia do que está sendo esta fase de ‘desventuras’ aqui na Guatemala.

Me programei para sair amanhã. Vou, (infelizmente), ter que seguir por Ciudad Guatemala, que além de ser mais 120 quilômetros distante daqui, se eu fosse a Apanajachel, ainda tem o trânsito caótico. A coisa boa: - Posso ficar na casa de Leslie, se for o caso de ficar um dia em ‘Guate’. Ir na Embaixada e Justificar logo o meu voto, já que eu havia decidido não fazê-lo, por enquanto, e depois, ao invés de Apanajachel, ir-me, (se for o caso), a Antiqua Guatemala, ver as ruínas, depois seguir direto para a Fronteira do México.

4 comentários:

  1. observei que a faca fica bem atras de voce, e muita exposta.pelo corte parece ser bem afiada, numa queda, depedendo, pode bater em voce, com o braço,costas. bem acho que voce deveria coloca-la dentro do bau. ou atras e coberta.com algum material resistente.papelao por exemplo. sendo assim evitaria, acidentes. e tambem, questionamentos de algum policial. eu falei sobre os adesivos pra voce, e ainda nao me deu uma resposta. se voce achou por ai quem faça.com certeza será mais barato.abracos Renato Menezes

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  2. Passando só pra te desejar muita proteção! Acompanhar suas aventuras é um dos meus grandes "regalos"... :D

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  3. mermão q apuro hein, com a embreagem f... na guatemala, realmente motos de baixa cilindrada tem peças até onde judas perdeu as botas mesmo, essa tua viagem tá muito loka, desejo muita sorte pra vc.

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  4. MIGA!!!!!!!..q sufoco to agoniada aqui só de ler..mais um pouco vira filme de terror...rsrts Cuidado com meu amigo lá de cima na garupa!!!! Ti cuida e sorte daqui estaremso te acompanhando.

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