Quem sou eu
- Luiz Melo / Andressa Gasparelli
- Uma pessoaa feliz, de bem com a VIDA, curtindo cada momento como se fosse o último. UM DIA EU ACERTO!
Tradução / Tradución / Translate - Ouvir Tema da Página
terça-feira, 29 de junho de 2010
24 horas, e tudo 'listo' para seguir para a Nicaragua!
segunda-feira, 28 de junho de 2010
14 dias Acampado em Playa Hermosa!
Ainda emPalmar Norte, no trevo, o mesmo em que eu havia parado quando cheguei para lanchar, novamente parei, para tomar uma boa caneca de café para então, criar mais disposição para encarar a estrada.
Já pronto e de café tomado, pus a 'Guerreira' onde ela mais gosta de estar, na pista. Andei cerca de 30 quilômetros e já surgiu outra cidade, Uvita, também repleta de prais por toda a sua extensão.
Este trech de rodovia que eu fiz, me lembrou muito Alagoas, haja visto que assim como a a AL-01, a Panamericana aqui, está a uma distância, quando muito grande de 150 metros da areia da praia.
Aproveitei para dar uma reabastecida na moto, já que o odômetro marcava 120 kms rodados e, logo aque saí do posto, rodei apenas cinco quilômetros chegando a Playa Hermosa, que faz jus ao nome pois é uma pequena faixa de areia que vai quase que no asfalto da Panamericana e, quando você entra se espanta com a beleza do lugar. Cercada de árvores, a maioria amandoeiras, a praia é um convite a todo e qualquer viajante duro como eu e que necessite de um lugar para ficar. Depois de um breve e rápido reconhecimento da área, resolvi que era ali 'meu lugar'. Estacionei a 'Guerreira', depois de procurar um solo mais firme, pois, areia é complicado, peguei a barraca e montei, rapidamente, descarregando apenas o que era necessário para eu ficar por uma noite, haja visto que, dependendo, eu seguiria no dia seguinte para uma outra praia ou local.
Como já estava perto do horário de almoço, peguei as coisas e pus mãos-à-obra, com o macarrão de conchinhas que havia sobrado do hotel, mais arroz, massa de tomate, (catchup), e a carne ensopada, enlatada, e, em menos de umaa hora, estava pronto meu 'primeiro banquete no paraíso de Playa Hermosa'.
Enquanto cozinhava, aproveitava para ir fotografando e registrando tudo daquele paraíso pelo menos para garantir 'a prova'.
Depois de comer, peguei a rede na moto, estiquei naas árvores e fiz uma merecida siesta, só sendo despertado por uma família de norte-americanos que havia acabado de chegar. Aproveitando a 'gringa', pedi para que ela me fotografasse junto ao acampamento.
Pode parecer incrível, mas a Costa Rica é o 'quintal' dos Estados Unidos, na América Central. É surpreendente o número e a quantidade de americanos aqui, tanto que o idioma se mistura entre espanhol e inlgês, pois, normalmente, 'eles' não falam o idioma latino.
Esta família, depois em conversa, meio complicada, vim a saber, era do Estado do Texas e teem uma casa numa cidade próxima, para onde sempre veem quando da vontade e passam em média, três, quatro meses, até que retornam aos EUA, mas por pouquíssimo tempo.
Votando, o dia passou rápido. Já eram quase quatro horas da tarde e comecei a ver as nuvens se formarem e, para não passar o sufoco que passei no pedágio na Colombia, com a chuva forte, dei uma 'fugida' até Uvita para comprar um plástico preto, desses de obra, para colocar sobre a barraca, já que o que eu havia comprado em Cartagena, ficou pequeno e não resolveria nada.
Voltei e, 'em cima do laço' terminei de preparar tudo, quando os primeiros pingos da chuva fore começavam a cair.
Calcei melhor a moto e fui para baixo do toldo que fiz na frente para me abrigar, quando apareceu 'Bonito', um vira-latas, que pelo visto era o 'dono-do-pedaço' ali e já foi também se abrigando debaixo do plástico dos pingos da chuva.
Pode desacreditar quem quiser, mas a verdade é que sempre que eu acampo ou me 'jogo' em algum lugar na rua, surge sempre um cão para estar comigo. Eu credito isso ao fato de eu ser 'filho de Obaluaê', (São Roque), na religião católica que é o protetor dos cães, e sempre que eu estou só, aparece um para me fazer companhia e me 'proteger'. Continuando, o dia seguinte foi cheio de surpresas. Logo de manhãzinha, estiquei a rede entre duas árvores mais próximas da areia, me deitei e não demorou dez minutos aparaceu outraa companhia, que no dia anterior eu havia visto, mas confundido, ou melhor, pensado se tratasse de micos, mas na verdade, eram esquilos.
Por 'azar' eu estava sem a câmera e ele, parece, para me provocar, desceu um tronco de amandoeira, bem próximo, mais oumenos uns três metros de onde eu estava e fiou me olhando.
Há também na mata aqui ao redor, clãs de macacos. Pelo som alto que emitem, confundindo-see as vezes, com latidos de cães, eu imaginava serem macacos pelo menos grandes, com um metro, um metro e vinte, mas minha surpresa, foi descobrir em conversa com dois policiais de turismo aqui, que não passam de 50 centímetros de tamanho.
Consegui, na cidade de Uvita, distante cinco quilômetros daqui de Playa Hermosa, um contato com uma Pousada que tem Wi-Fi, e me oferecendo claro, para pagar pelo uso do sinal, este me foi cedido pelos donos e com isso, ás vezes, para não abusar, vou até lá para dar uma verificada nos meus e-mails esite de bancos. A pousada chama-se 'Cabanas Gato', e fica bem no centro da cidade de Uvita, quem esstiver por aqui e quisr defrutar, não se avexe!
Dia sim dia não pelo menos eu dou uma chegada até o comércio para comprar alguma coisa que falte.
Confirmando o que está ecrito no 'folder' distribuído pela polícia daqui aos viajantes, a Costa Rica é excelência em segurança, tanto que vou até Uvita, deixando as coisas na praia e na barraca, tranquilamente, pois, apesar de bastante movimentada, ninguém meche em coisa nenhuma de ninguém. É até estranho para nós brasileiros pensarmos em algo assim, pois aí, nem mesmo com a gente perto, podemos facilitar.
To cozinhando minha comida e com isso acho que estou economizando bastante não só da diária de hotel, por estar na praia, como também em comidas, que aqui, custam na base de 12 reais um prato 'mirrado'.
A gasolina, pude ver com calma, custa uma base de 600 mil Colones, coisa de 1,20 USD, o litro, não é tão cara como eu pensei.
Na segunda-feira, passada, dia 21, aniversário de minha mãe se esta estivesse viva, fui até Doinical, uma cidade mais distante, cerca de 20 quilômetros, atrás de uma prancha de 'more-boogie', já que ficar aqui nesse paraíso sem aproveitar o mar é sacanagem.
Achei uma loja com equipamentos para surf e para não fugir a regra, 'caríssima', e, a prancha de 'more' custando oitenta dólares. Chora daqui, pechincha dali, e acabei conseguindo convencer a 'mona' a fazer por sessenta e assim, acabei somando mais 'tralha' a carga da 'Guerreira'.
Mesmo com minha experiência em surf, caça-submarina, etc, o mar do Pacífico em nada se compara ao do Atlântico e não é s'a temperatura não. As ondas, são em sequência, quase que initerruptas, uma atrás da outra ee para você pegar uma única onda, é uma dificuldade, ainda mais no meu caso que por pura falta de grana, não comprei pés-de-pato, logo, fazer 'more' sem nadadeiras é bem difícil, mas tá valendo.
Outro problema, mas este eu resolvi na boa é que os biquínis aqui, parecem ceroulas. As mulheres não usam estes 'tapa-sexos' que nós aí da 'terra-brasílis' estamos habituados e como meu biquini é bem, ou melhor, extremamente cavado, não havia a menos chance ou condição de eu usá-lo aqui. A solução: - usei a cueca slip que eu havia comprado no Ecuador como short, e assim passei a fazer parte do 'clã' das pessoas comportadas da Costa Rica.
A madrugada de segunda para terça, choveu a noite inteira, ou melhor, não foi apenas na madrugada. Começou, eu acho, por volta das 20 horas e foi até as 'cinco e tal' da manhã, direto, sem tréguas, horas, como uma verdadeira tempestade que nem mesmo as árvores impediam os pingos de atravessarem com toda a violência.
Um galho se partiu e cai sobre a 'Guerreira', fazendo um estrondo horrível, mas sem nenhum dano a moto. O 'bonito' coitado, encolhido, se protegendo da chuva sob o teto de plástico da barraca, mas este, por eu ter feito às pressas logo que cheguei, estava com um lao maior que o outro e com isso não oferecia muita proteção para ele, coisa que na terça mesmo, logo que amanheceu eu contornei e agora está perfeito.
Estou entrando na linha de artesã. Comprei uns fios, catei umas conchas, corais, etc, e estou entalhando umas pranchas em restos de madeira que encontro em abundância aqui, para fazer algumas pulseiras, brincos, cordões e assim entrar na 'onda hippie' de vez, e também claro, ajudar nas minhas despesas e combutível para a moto.
É iss. Acho que deu para fazer um apanhado geral do que está sendo estes dias aqui na Costa Rica, que reitero, apesar de um País caro, oferece algumas possibilidades, como esta de se ficar acampado o que ajuda bastante a reduzir os gastos.
Seu 'povo', sua gente, extremamente cordiais com os turistas. Estão sempre com um sorriso no rosto para atendê-lo ou ajudar no que for preciso.
A Polícia, um modelo, se comparada a de outros países pelos quais eu já passei. Estou aqui 'jogada' faz uma semana e todos os dias pelo menos duas vezes, uma moto com dois policiais, vem a praia, verificam tudo, e se vão. Nenhuma das vezes me abordaram, para pedir passaporte, importacão da moto, nada disso, apenas curiosos para saber de onde eu venho e para onde vou, quanto tempo eu estou viajando, marca e cilindrada da moto essas coisas, e, logo no segundo dia, um que me trouxe um 'folder' distribuído aos visitantes com dicas e regras para uma boa permanência em segurança na Costa Rica bem como o telefone de emergência que é o mesmo que o americano, ou seja "911", (eu sempre quis ter este número em caso de necessidade, acho um "charme" chamar nove, um, um...).
Sigo aqui na praia até dia dois de julho quando então começo minha ida para a Nicarágua, que eu acho chego em três dias.
Até lá, um beijo no coração de todos e me desculpem todo este tempo sem dar notícias mas é que por conta de eu estar em um 'acampamento selvagem', não tenho as 'facilidades' que vinha tendo me hospedando em 'hostels, pousadas e afins'!
domingo, 13 de junho de 2010
Domingueira tranquila, tempo fechado, céu bem carregado.
sábado, 12 de junho de 2010
O País é caro, mas o "povo", é mais tipo o do Brasil.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Costa Rica. Finalmente!
Saí de Ciudad Panamá na quarta-feira, bem cedo e como eu havia programado e estou habituado e segui até a cidade de Aquadulce, num total de mais ou menos, (não me lembro bem), uns 300 quilômetros, quando cheguei a um Posto Shell, que funciona 24 horas.
Por estar a tanto tempo parado, resolvi então, ficar por ali, apesar de que ainda passava poucos minutos do meio-dia, mas, para não forçar uma barra logo de cara e já que ali me parecia bastante movimentado e seguro, resolvi me 'jogar' até mesmo porque, por conta dessa minha fase de economizar, guardaria a grana do hotel para fins mais importantes e proveitosos.
Um ambulante que vende CDs, se chegou e me disse para eu aguardar a chegada do 'dono' de tdo ali pois, ele apesar de Panamenho, estudou vários anos no Brasil e por isso, sempre que passavam brasileiros ali, ele dava um apoio legal.
Disse então que não tinha pressa, que ficaria ali por pelo menos uma noite e que quando então o dono chegasse que ele me apresentasse.
Nesse interirim, um outro cara que estava parado ali próximo me chamou e me deu um adesivo para por na moto, (que acabou se soltando), e assim começamos a conversar.
Ivan, esse era o se nome me disse que morava numa cidade adiante, em Santiago, bem maior que Aquadulce e que se eu quisesse poderia ir para lá e até se fosse o caso, me 'jogar' em sua residência, mas eu agradeci sua boa vontade já que para mim é bem melhor eu ficar em postos que em residências e, nesse caso então Ivan deixou seu número de telefone para que eu o chamasse no dia seguinte quando passasse por Santiago.
Não demorou muito e apareceu Jorge. Uma pessoa fantástica e logo nos primeiros bate-papos, fiquei sabendo que ele foi estudante de Veterinária na Universidade Rural, em Seropédica, bem perto de onde eu morava e assim nosso entrosamento foi maior.
Jorge me perguntou seu eu conhecia o lendário personagem 'Amigo-da-Onça', e claro, eu lhe respondi que sim e que inclusive, havia visto impresso nos copos de café dali do posto sua figura. Jorge então foi em seu escritório e voltou trazendo uma 'raridade'. Uma estatueta em porcelana do 'Amigo', que ele guarda com muito carinho e paixão já que é um grande fã de suas histórias.
Fiz a comida, ali mesmo, na porta do mercadinho, bem rápido e quando estava lavando as coisas, eis que um cara começa a me zoar porque eu estava fumando próximo a 'bomba' de combustível.
Era um 'brasileiro' de Curitiba, também viajando, sendo que ele em busca de trabalho, à caminho do México, na boléia de um caminhão, desde Ciudad Panamá, onde disse 'foi roubado' e por isso não tinha dinheiro para nada.
Parei em outro posto Shell e ali fiquei pelo resto do dia e toda a noite, aproveitando para dar uma buscada em óleo para moto, já que meu último litro de Motul eu usei a caminho dali.
Logo eles correram para buscar uma câmara e registrar tudo, antes mesmo de me atenderem ou tentar saber o que eu queria.
Depois das rasgações de sedas, disse que estava procurando óleo Motul e o dono me informou que ali em David eu não comseguiria, mas que não me preocupasse que na fronteira eu acharia com facilidade, foi quando eu vi então um mata-cachorros, extatamente do tipo e tamanho que estava procurando para por na 'Guerreira'.
Quarenta Dólares, me informou o proprietário e eu disse então que este era o preço para os Panamenhos. Quanto saíria para 'brazucas', duros, viajantes, como eles dizem, 'trota-mondo''???
- Trinta! - Fechei. Ae veio o problema: - Os encaixes não igualavam com os da 'Guerreira', foi quando o Saldanha, (o gordinho de bigodes, um cliente), disse que sabia de um lugar onde faziam boas soldas e que se eu quisesse ele me levaria até lá para eu tratar o serviço. Aceitei, claro!
Fomos e no 'tailler' solda o cara, também 'biker', sendo que no sentido real da palavra, bicicletas, combinou para o dia seguinte o serviço, já que passava das cinco da tarde e eles ali estavam às voltas com a colocação de um tambor de aço em cima da carroceria de um caminhão.
Indaguei quanto ficaria o serviço e ele me disse que nada. Era um 'regalo' a um 'trota-mondo brasileño'.
No dia seguinte sete e meia eu já estava na porta da oficina e ele chegou passava da 9 da manhã. Imediatamente pegou o mata-cachorros, mandou eu estacionar a 'Guerreira' melhor e mandou ver na serra e na solda e em cerca de uma hora a 'Guerreira' estava de mata-cachorros novo.
Agradeci, me despedi e saí dali direto para a estrada, seguindo por uns 20 quilômetros até um posto onde parei para tomar um café, e, o dono logo que me viu já veio me cumprimentar, me oferecer 'baño' com uma ducha, e, como não tinha café, me presenteou com dois copos grande de suco de 'piña', (abacaxi), bem gelado.
Batemos um pequeno papo, e logo me despedi voltando a minha rota e ao meu destino, que era a cidade de Paso Canoas, na fronteira e que estava agora distante apenas 40 quilômetros.
Cheguei a Paso Canoas, exatamente ao meio-dia. Depois de fazer um 'reconhecimento' básico do local, afinal, fronteiras são sempre zonas de perigo iminente, parei num pequeno restaurantezinho e perguntei o preço do 'menu'. - Dois dólares! - Perfeito fui então até onde estavam os 'richeaux' com as variedades e para minha surpresa, havia feijão preto. Claro que pedi feijão, com arroz, carne picada e platano, (bananas cozidas). Tudo, com uma coca-cola, 2,50 USD. Valeu.
Segui então para a Aduana e depois de dar saída na 'Guerreira', coisa imediata e rápida, fui a imigração para também rapidamente fazer a minha saída do País.
Entrei então na Costa Rica. Parei mais uma vez na Aduana e, ali, logo já fui rodeado pelos 'malandros locais', oferecendo-se para ajudar nos trâmites, mas eu dispensei, porém mesmo assim, eles ficaram em cima perturbando todo o tempo.
Fui na imigração, peguei um pequeno formulário de pedido de ingresso ao País preenchi e entreguei ao funcionário que depois de checar com meu passaporte, pediu-me o certificado de vacina da febre-amarela. Tudo pronto, ele carimbou o passaporte com os 30 dias que eu pedi, e dali eu segui para a Aduana, para os trâmites da 'Guerreira'.
De cara a 'facada'. - 15 Dólares de seguro! - Depois de pago e entregue o recibo, fui no guichê responsável e lá me foi pedido 'cópia de TODO o PASSAPORTE', inclusive as folhas em branco e cópia, frente e verso, dos documentos da 'Guerreira'.
Feito tudo, não levou mais que 15 minutos para que eu e a moto estivéssemos liberados para seguir viagem.
O que me surpreende sempre, em cada uma das fronteiras pelas quais eu já passei, é que em NENHUMA DELAS, minha moto é ou foi verificada. Meu baú, alforjes , mochilas, etc, nada revistado, enfim, isso sem falar que habilitação, NUNCA, nenhuma vez me foi pedida ou anexada, a excessão da Venezuela, quando deixei o Brasil. Muito louco isso.
Segui viagem então, já que o fuso horário aqui diminui em uma hora em relação ao Panamá, ou, seja, ainda eram 'meio-dia' e meia aqui.
Segui mais ou menos por duas horas e a chuva começou a despencar, me obrigando, para não ter o trabalho de pegar e vestir roupa de chuva, cobrir o baú, etc, a parar debaixo de uma marquize de ponto de ônibus na estrada até que a chuva passasse.
Aproveitei, para encher o meu galão de 5 litros, de água, esorada na calha das telhas, claro depois de um tempo sendo lavada, enfim, e, enquanto esperava, estiquei a rede, e fiz um café.
A chuva parou eram umas 3 e meia da tarde e eu novamente segui viagem até a cidade de Neyli, onde fui num caixa eletrônico pegar uns Colones, e, descobri que é uma moeda terrível. O câmbio em relação ao dólar é na ordem de 516 mil Colones para cada 1 Dólar.
Voltei a pista e quase cinco horas estava em Palmar Norte, onde parei num posto de gasolina, já me preparando pra 'acampar', mas quando fui na cidade para encontrar uma Lan, acabei ficando num Hostal, de 6 mil Colones, coisa de 11 Dólares, com Wi-Fi, assim eu dou uma descansada legal.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Já estou em Colón!
Muito bom o Hostal que eu estava, mas dando razão a um outro companheiro que também fez esta rota, verdade seja dita: - Esse negócio de hostal é para ‘mochileiros’, que viajam para se divertir, bagunçar, beber, enfim. Nós ‘rider’s’ quando paramos é para descansar e não para bagunçar. Queremos tranqüilidade, paz, serenidade e não ficar até altas horas ‘tocando foda-se’, cantando, fazendo zona.
Saí do hostal bem cedo, ainda não havia dado sete horas da manhã e peguei um táxi até o terminal rodoviário.
Pode parecer impressão, não sei, mas a verdade é que, querendo ou não ‘dólar’ rende muito mais que qualquer outra moeda. Já havia percebido isso no Ecuador e agora estou confirmando aqui no Panamá.
Você com 10 dólares, passa muito melhor e mais tranqüilo que com 20 Reais, que é o que ele equivale, ou 20 mil Pesos. Rende mais e as coisas talvez por isso sejam bem mais baratas.
Peguei o táxi, claro antes de embarcar, trata-se o valor, neste caso 2 dólares, por um percurso de mais ou menos 8 quilômetros, com direito a uma parada no caixa eletrônico para dar uma ‘reforçada’ e lá fui eu.
Meia hora depois estávamos a caminho de Colón, distante da Ciudad Panamá, 63 quilômetros, e, já de cara fui percebendo que, o trecho da Transcontinental que percorremos é pedágiado e, sendo assim, está fora dos meus planos voltar por ela quando pegar a moto, já que não tenho certeza se aqui motocicletas pagam pedágio. Vou me informar.
Chegamos eram quase oito horas da manhã e novamente voltei a me ‘sentir em casa’. Colón é mais ou menos como o Centro do Rio de Janeiro, claro, sem os prédios modernos. Sua arquitetura, bem antiga, de prédios e casas com mais de 40, 50 décadas, da um ar nostálgico a cidade que, para quem não está habituado, pode até causar mal impressão, o que não é o meu caso.
Por ser uma cidade portuária, também de ‘zona-franca’, claro, Colón é bem e bastante perigosa, mais para ‘gringos europeus e norte-americanos’ que para nós, principalmente ‘brazucas’.
As ruas tomadas de comércio ambulante, lojas de tudo o que se possa imaginar e, por ser ano de Copa, o fanatismo dos panamenhos está a flor-da-pele e por isso um brasileiro caminhando aqui se sente como se estivesse no Brasil, haja visto a quantidade de Bandeiras, Camisas da Seleção, Botons, Bijuterias, tudo com a ‘nossa’ bandeira estampada.
Os carros, de cada dez, onze, tem uma bandeira presa à calha ou então no parábrisasn ou “em ambos”. O Panamá é BRASIL!
Desci do ônibus antes mesmo de chegar ao terminal e fui caminhando, misturando-me a massa, sem me importar com o peso da mochila.
Me senti tão bem aqui, que não resisti e quis mesmo passear e curtir logo a cidade, sem mesmo antes, ir ao porto para ver a situação da moto.
Parei num boteco e pedi um café. Vinte Cinco centavos... UMA XÍCARA imensa! – Bebi, saí e fui até o mercado municipal, dar uma ‘mijadinha’ básica, aproveitei para dar uma olhada nas coisas e vi que tudo o que eu possa vir a precisar e imaginar eu vou encontrar em Colón.
Fui então para o Cais. Novamente peguei um táxi, 1 dólar, e quando cheguei fui informado que Rigo Berto, o despachante, já havia saído e que só retornaria à tarde.
Um dos fiscais aduaneiros pediu-me então a documentação da moto, (manifesto da carga), mas, como eu ainda não paguei o frete, não tenho e ele então ligou para Rigo, que ficou de ver tudo na manhã da terça-feira.
Enquanto via esta pendenga, já fui contactando o pessoal e já fui informado de que havia pensão com preço mais econômico que hotel, na faixa dos seis dólares, a diária e um taxista deixou seu número comigo para assim que eu resolvesse tudo chamá-lo para me levar.
Agora desabou um temporal de ‘fazer gosto’ e eu morto de fome, saí para comprar comida e no caminho, “surpresa”... Encontrei os refis de gás para meu fogareiro Coleman, que desde a Venezuela eu estou catando sem êxito, e o melhor: - A dois dólares cada um de 160gr, menos da metade do preço que eu paguei a um ano aí no Brasil, e, vai sair ainda mais barato pois vou comprar logo 10.
A comida aqui também é baratíssima. Regula com o preço do Ecuador, na média de dois dólares, porém o prato é servido aos ‘moldes brasileiros’. PRATO de OPERÁRIO! Por isso vale mais à pena comer fora que cozinhar.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
No lugar 'certo', na hora 'certa'!
Continuo em Ciudad Panamá, pelo menos até segunda!
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Depois de todo o 'stress' consegui lugar no vôo!
Mortos de fome eu e o argentino, estávamos precisando comer, já que o eslovaco, enquanto estávamos no aeroporto comeu.
terça-feira, 1 de junho de 2010
A coisa foi tensa em Puerto Obaldia! Quase vendi um Note.
Saí de Turbo, ontem, segunda-feira, 31/05, pela manhã por volta das 9 horas com um atraso de meia hora no horário previsto, chegando a Carpuganá, 85 kms, depois, quase ao meio dia.
A 'panga', nada mais era que uma lancha pequena, pequena mesmo, de não mais que 14 pés, cerca de 4.,2 mts, com 12 pessoas à bordo. Sorte que o trecho é todo, praticamente feito dentro do Golfo de Urabá, porque se fosse em mar aberto a coisa complicava.
Em Carpuganá, depois de desembarcar e passar pela 'identificção dos militares' no cais, me informei e segui até a Officina do DAS, para fazer minha saída do País, que não levou muitio tempo, creio nem quinze minutos.
Tudo pronto, embarquei e fui pra Puerto Obaldia, achando, até então, que ao contrário de Carpuganá, que é um pequeníssimo povoado, Obaldia fosse 'maiorzinho' e mais estruturado. Lêdo engano.
Desembarquei no povoado e segui pela ponte até a entrada da cidade que tem uma base do Exército.
Ali me identifiquei, mostrei meu passaporte, abri minha bagagem, ( uma mochila que comprei em Turbo para levar umas coisas pessoais, e, o Alforje de Tanque da moto). Depois de tudo concluid o Militar então me indicou o caminho para eu seguir até o Posto de Imigração para cumprir os trâmites normais de ingresso ao Panamá.
Já de cara, comecei a ficar preocupado com relação a dinheiro e, ao fato da 'tal carreteira', uma vez que não via, nem de longe nenhum movimento de veículos, salvo umas 2 ou três motos que vi estacionadas e veículos militares.
Cheguei no Posto de Imigração e o funcionário me disse que estavam em horário de almoço, para eu retornar as 2 horas da tarde. Perguntei então a ele onde eu poderia almoçar, e ele me indicou uma pensãozinha mais adiante onde se serviam comidas. Eu estava preocupado. Não vi nenhum banco, caixa eletrônico, nada que idnicasse que ali eu poderia sacar dinheiro e, havia saído de Turbo, apenas com 130 mil Pesos, cerca de 65 Dólares, mas já havia pago a panga de Carpuganá para Obaldia, e agora ia comer e, não sabia nem se aceitavam 'Pesos'.
Cheguei na tal pensão e a senhora, com cara de poucos amigos me atedeu. Perguntei quanto era 'lo almuerzo' e ela me disse que custava 4 Dólares. Disse-lhe então que não tinha dólares se aceitava pesos?
Muito a contra-gosto ela aceitou e eu então pedi um prato. Carne moída, umas parcas fatias de tomate e cebola bem finos, fazendo 'papel' de salada e uma xícara de arroz. Esta 'fatura' aqui em Obaldia, custa 4 doletas.
Comi e sai para fazer hora e procurar saber então como iria fazer para me locomover para Colón.
Mais adiante na esquina, numa outra pensão, encontrei um raaz e uma moça sentados e perguntei sobre a 'existência' de caixas eletrônicos, (esperança), sendo dito que não havia. Indaguei se havia ônibus para Colón, ou algu outro tipo de transporte, sendo informado que, de Puerto Obaldia, para Colón, ou qualquer outra cidade próxima os únicos meios de se ir são de barco, assim mesmo, 'pueblo' com mais rescursos e caixa eletrônico, só Candi, dois dias, ou avião para Ciudad Panamá, à 1 hora de viagem e, (agora que fudeu tudo), a um custo de 81,00 USD pagos no ato! Os barcos não tem data prevista de saída, só quando um proprietário precisa ir a um lugar como Carti, que aproveita e faz o transporte de passageiros, ao preço de 50/60 Dólares.
FUDEU! - Sem caixa eletrônico, sem grana, sem possibilidade de ir dali para lugar algum. Nem voltar a Turbo eu podia, porque agora me restavam apenas 90 mil, cerca de 45, Dólares.
Minha sorte é que eu tenho uma capacidade de nas piores situações raciocinar com muita rapidez e logo me lembrei dos computadores que poderia ser um deles, garantia para o piloto do pagamento da passagem quando chegassemos ao aeroporto no Panamá, mas os dois já me desiludiram dizendo que a pessoa responsável pelas vendas dos 'bilhetes' não aceitaria este tipo de negociação, haja visto que antes até se fazia desse modo, mas quee de uns meses para cá só embarca que paga sua passagem antecipada.
Pensei então: - Vendo! Vendo o note ASUS, de 7.5 polegadas por 200 Dólares. É o jeito ou meu celular, (estes povos adoram aparelhos de celular), por 50 Dólares, intero a passagem e foda-se, depois compro outro.
Começou a aparecer gente querendo ver os dois aparelhos. Muito disse-me-disse, muita especulação mas nada de ninguém fechar negócio, nisso, deu duas horas da tarde e lá fui eu para a 'Imigração'.
Passaporte, Cópias, prova de Solvência Ecônomica, e a pergunta, quanto você tem no bolso? - FUDEU! - Não tenho nada. Só o 'equivalente' a 45 Dólares em Pesos Colombianos, e o resto no banco no meu Traveller Debit.
O 'cara' então pediu para ver o Cartão e se eu tinha um extrato recente para comprovar que tinha condições de entrar e me manter no Panamá, ou, se não se podia tirar um na Internet.
Ufa, pelo menos havia Internet. Respondi que sim e ele me indicou onde ir para acessar, que por acaso era no mesmo lugar da pessoa que vendia as passagens de avião.
Enquanto esperava uma máquina, eis que aparece a Sra. Primitiva, isso mesmo, o nome da 'mona' é Primitiva, e fui então falar com ela do meu problema para comprar a passagem de avião.
Quando me viu, de colete de motoqueiro e com o capacete pendurado na mochila, D. Primitiva, já foi dizendo logo que moto eles não transportavam. Acalmei ela e disse que a moto era o menor dos problemas que eu tinha, esta já estava chegando a Colón, meu problema era 'grana' para pagar a passagem do avião, já que aqui não havia caixas eletrônicos e segundo me disseram também não teria como eu pagar no Panamá quando chegasse, porém eu tinha um notebook, que deixaria com o piloto de garantia, e quando chegasse ao Panamá, faria o pagamento e pegaria no note de volta.
Primitiva disse então que não era possível, que isso de agar depois no Panamá não estava mais sendo aceito pela empresa aérea e que também não poderia fazer dessa maneira com o notebook de garantia. Perguntou então se eu tinha Cartão de Crédito, eu disse que sim, mas que era Travel Money, que não tem função crédito, apenas saques e débitos, e que eu estava ali justamente para imprimir um extrato do saldo para imigração. Ela disse então, para minha alegria que sendo assim não havia problema, que logo ela iria na Imigração e confirmria tudo e que eu poderia viajar e pagar no Panamá, porém, para o voo do dia seguinte não havia vagas, certo mesmo somente na quinta-feira, porém, se houvesse alguma desistência no dia seguinte que eu embarcaria.
Fiquei mais aliviado. Imprimi o extrato, voltei na Imigração, comprovei a minha situação para manter-me no Panamá e pronto. Tudo pronto finalmente.
Voltei a casa de Primitiva para saber se eu teria que dar os 45 Dólares que eu tinha e completar no Panamá ou se pagaria tudo integral lá. Ela disse que lá.
Desta forma meu note ou meu telefone foram salvos. Eu poderia procurar pelo menos um hotelzinho para ficar, comer, enfim, não ia precisar 'pernoitar' na rua, nem passar fome.
Primitiva parece que comanda os negócios de Obaldia. O hotel também é de sua propriedade e consegui um quarto por 6 Dólares, a pensão onde eu comi também é dela, o Cyber... (rs), enfim. Mas o pior estava por vir.
Depois de ter sanado esta penka de problemas e de estar instalado descobri que: - Em Puerto Obaldia não há energia elétrica. Tudo é na base de gerador e, por conseguinte, este está parado, precisando e aguardando reparo. Os proprietários de negócios que tem condições tem seus geradores, mas estes não alimentam geladeiras ou freezers, logo não há nada 'gelado' em toda Obaldia.
Não bastasse, o gerador do Hotel e da Pensão, de Primitiva está também parado aguardando reparo, logo não tenho energia elétrica nem para carregar o celular. Uma garrafa de água-quente, para eu fazer café custa 1 Dólar.
Estou agora de manhã, são sete horas, digitando com a bateria do note e já pensando onde eu vou achar um lugar para recarregá-lo e também já aguardando a chegada de Primitiva à agência de viagens para saber se vou conseguir embarcar hoje, em alguma desistência, que estou torcendo haja.