Quem sou eu

Minha foto
Uma pessoaa feliz, de bem com a VIDA, curtindo cada momento como se fosse o último. UM DIA EU ACERTO!
Se não pode DOAR por Pay-Pal ou BankLINE, clique no BANNER acima, FAÇA um REGISTRO e já estará colaborando com USD 0,02. Cada centavo é benvindo. Conto com Vocês!

Tradução / Tradución / Translate - Ouvir Tema da Página

♪ Músicas online grátis! Acesse: www.powermusics.com

terça-feira, 29 de junho de 2010

24 horas, e tudo 'listo' para seguir para a Nicaragua!

<<<.>>>
Pois é isso. Depois de passar 48 horas aqui nas 'Cabinas', (não é cabañas), Gato, onde pude atualizar tudo da WEB e me reorganizar, amanhã de manhã, bem cedo, como é praxe, eu sigo viagem rumo a cidade de Penas Blancas, limite com a Nicaragua.



Ontem eu não comentei, mas por incrível que pareça, logo cedo, umas 5 e meia da manhã, mais ou menos, hora que eu sempre já estou acordada, apareceram em Playa Hermosa, dois caras, americanos, proprietários de uma pousada aqui na região e depois da caminhada que fizeram na praia, vieram até mim para perguntar sobre o 'Bonito', se era meu.

Diante da minha reposta negativa, eles então disseram que o levariam para a pousada, já que gostaram dele, por ser um cão dócil e amável, sendo assim, não só eu, como o Bonito também encontramos nossos caminhos e, pasmem, foi só o Bonito ir, e logo, apareceu outro cão, um 'perdigueiro', para 'assumir' a Praia.

Quando eu digo que eu tenho, 'algo' muito estreito com os 'cães' ninguém acredita. Mais uma prova que, se fosse o caso de eu ficar mais tempo em Playa Hermosa, mais uma vez eu teria a companhia de um cão para me cuidar e proteger.
<<<.>>>

segunda-feira, 28 de junho de 2010

14 dias Acampado em Playa Hermosa!

<<<.>>>

Bem, conforme eu havia pevisto, saí da pousada na segunda-feira bem cedo e me pus a caminho das mais de 'trocentas' praias que há por toda a Costa Rica..
Ainda emPalmar Norte, no trevo, o mesmo em que eu havia parado quando cheguei para lanchar, novamente parei, para tomar uma boa caneca de café para então, criar mais disposição para encarar a estrada.
Já pronto e de café tomado, pus a 'Guerreira' onde ela mais gosta de estar, na pista. Andei cerca de 30 quilômetros e já surgiu outra cidade, Uvita, também repleta de prais por toda a sua extensão.
Este trech de rodovia que eu fiz, me lembrou muito Alagoas, haja visto que assim como a a AL-01, a Panamericana aqui, está a uma distância, quando muito grande de 150 metros da areia da praia.
Aproveitei para dar uma reabastecida na moto, já que o odômetro marcava 120 kms rodados e, logo aque saí do posto, rodei apenas cinco quilômetros chegando a Playa Hermosa, que faz jus ao nome pois é uma pequena faixa de areia que vai quase que no asfalto da Panamericana e, quando você entra se espanta com a beleza do lugar.

Cercada de árvores, a maioria amandoeiras, a praia é um convite a todo e qualquer viajante duro como eu e que necessite de um lugar para ficar. Depois de um breve e rápido reconhecimento da área, resolvi que era ali 'meu lugar'. Estacionei a 'Guerreira', depois de procurar um solo mais firme, pois, areia é complicado, peguei a barraca e montei, rapidamente, descarregando apenas o que era necessário para eu ficar por uma noite, haja visto que, dependendo, eu seguiria no dia seguinte para uma outra praia ou local.
Como já estava perto do horário de almoço, peguei as coisas e pus mãos-à-obra, com o macarrão de conchinhas que havia sobrado do hotel, mais arroz, massa de tomate, (catchup), e a carne ensopada, enlatada, e, em menos de umaa hora, estava pronto meu 'primeiro banquete no paraíso de Playa Hermosa'.
Enquanto cozinhava, aproveitava para ir fotografando e registrando tudo daquele paraíso pelo menos para garantir 'a prova'.
Depois de comer, peguei a rede na moto, estiquei naas árvores e fiz uma merecida siesta, só sendo despertado por uma família de norte-americanos que havia acabado de chegar. Aproveitando a 'gringa', pedi para que ela me fotografasse junto ao acampamento.
Pode parecer incrível, mas a Costa Rica é o 'quintal' dos Estados Unidos, na América Central. É surpreendente o número e a quantidade de americanos aqui, tanto que o idioma se mistura entre espanhol e inlgês, pois, normalmente, 'eles' não falam o idioma latino.
Esta família, depois em conversa, meio complicada, vim a saber, era do Estado do Texas e teem uma casa numa cidade próxima, para onde sempre veem quando da vontade e passam em média, três, quatro meses, até que retornam aos EUA, mas por pouquíssimo tempo.
Votando, o dia passou rápido. Já eram quase quatro horas da tarde e comecei a ver as nuvens se formarem e, para não passar o sufoco que passei no pedágio na Colombia, com a chuva forte, dei uma 'fugida' até Uvita para comprar um plástico preto, desses de obra, para colocar sobre a barraca, já que o que eu havia comprado em Cartagena, ficou pequeno e não resolveria nada.

Voltei e, 'em cima do laço' terminei de preparar tudo, quando os primeiros pingos da chuva fore começavam a cair.
Calcei melhor a moto e fui para baixo do toldo que fiz na frente para me abrigar, quando apareceu 'Bonito', um vira-latas, que pelo visto era o 'dono-do-pedaço' ali e já foi também se abrigando debaixo do plástico dos pingos da chuva.
Pode desacreditar quem quiser, mas a verdade é que sempre que eu acampo ou me 'jogo' em algum lugar na rua, surge sempre um cão para estar comigo. Eu credito isso ao fato de eu ser 'filho de Obaluaê', (São Roque), na religião católica que é o protetor dos cães, e sempre que eu estou só, aparece um para me fazer companhia e me 'proteger'.

Continuando, o dia seguinte foi cheio de surpresas. Logo de manhãzinha, estiquei a rede entre duas árvores mais próximas da areia, me deitei e não demorou dez minutos aparaceu outraa companhia, que no dia anterior eu havia visto, mas confundido, ou melhor, pensado se tratasse de micos, mas na verdade, eram esquilos.
Por 'azar' eu estava sem a câmera e ele, parece, para me provocar, desceu um tronco de amandoeira, bem próximo, mais oumenos uns três metros de onde eu estava e fiou me olhando.
Há também na mata aqui ao redor, clãs de macacos. Pelo som alto que emitem, confundindo-see as vezes, com latidos de cães, eu imaginava serem macacos pelo menos grandes, com um metro, um metro e vinte, mas minha surpresa, foi descobrir em conversa com dois policiais de turismo aqui, que não passam de 50 centímetros de tamanho.
Consegui, na cidade de Uvita, distante cinco quilômetros daqui de Playa Hermosa, um contato com uma Pousada que tem Wi-Fi, e me oferecendo claro, para pagar pelo uso do sinal, este me foi cedido pelos donos e com isso, ás vezes, para não abusar, vou até lá para dar uma verificada nos meus e-mails esite de bancos. A pousada chama-se 'Cabanas Gato', e fica bem no centro da cidade de Uvita, quem esstiver por aqui e quisr defrutar, não se avexe!
Dia sim dia não pelo menos eu dou uma chegada até o comércio para comprar alguma coisa que falte.
Confirmando o que está ecrito no 'folder' distribuído pela polícia daqui aos viajantes, a Costa Rica é excelência em segurança, tanto que vou até Uvita, deixando as coisas na praia e na barraca, tranquilamente, pois, apesar de bastante movimentada, ninguém meche em coisa nenhuma de ninguém. É até estranho para nós brasileiros pensarmos em algo assim, pois aí, nem mesmo com a gente perto, podemos facilitar.
To cozinhando minha comida e com isso acho que estou economizando bastante não só da diária de hotel, por estar na praia, como também em comidas, que aqui, custam na base de 12 reais um prato 'mirrado'.

A gasolina, pude ver com calma, custa uma base de 600 mil Colones, coisa de 1,20 USD, o litro, não é tão cara como eu pensei.
Na segunda-feira, passada, dia 21, aniversário de minha mãe se esta estivesse viva, fui até Doinical, uma cidade mais distante, cerca de 20 quilômetros, atrás de uma prancha de 'more-boogie', já que ficar aqui nesse paraíso sem aproveitar o mar é sacanagem.
Achei uma loja com equipamentos para surf e para não fugir a regra, 'caríssima', e, a prancha de 'more' custando oitenta dólares. Chora daqui, pechincha dali, e acabei conseguindo convencer a 'mona' a fazer por sessenta e assim, acabei somando mais 'tralha' a carga da 'Guerreira'.
Mesmo com minha experiência em surf, caça-submarina, etc, o mar do Pacífico em nada se compara ao do Atlântico e não é s'a temperatura não. As ondas, são em sequência, quase que initerruptas, uma atrás da outra ee para você pegar uma única onda, é uma dificuldade, ainda mais no meu caso que por pura falta de grana, não comprei pés-de-pato, logo, fazer 'more' sem nadadeiras é bem difícil, mas tá valendo.
Outro problema, mas este eu resolvi na boa é que os biquínis aqui, parecem ceroulas. As mulheres não usam estes 'tapa-sexos' que nós aí da 'terra-brasílis' estamos habituados e como meu biquini é bem, ou melhor, extremamente cavado, não havia a menos chance ou condição de eu usá-lo aqui. A solução: - usei a cueca slip que eu havia comprado no Ecuador como short, e assim passei a fazer parte do 'clã' das pessoas comportadas da Costa Rica.
A madrugada de segunda para terça, choveu a noite inteira, ou melhor, não foi apenas na madrugada. Começou, eu acho, por volta das 20 horas e foi até as 'cinco e tal' da manhã, direto, sem tréguas, horas, como uma verdadeira tempestade que nem mesmo as árvores impediam os pingos de atravessarem com toda a violência.
Um galho se partiu e cai sobre a 'Guerreira', fazendo um estrondo horrível, mas sem nenhum dano a moto. O 'bonito' coitado, encolhido, se protegendo da chuva sob o teto de plástico da barraca, mas este, por eu ter feito às pressas logo que cheguei, estava com um lao maior que o outro e com isso não oferecia muita proteção para ele, coisa que na terça mesmo, logo que amanheceu eu contornei e agora está perfeito.
Estou entrando na linha de artesã. Comprei uns fios, catei umas conchas, corais, etc, e estou entalhando umas pranchas em restos de madeira que encontro em abundância aqui, para fazer algumas pulseiras, brincos, cordões e assim entrar na 'onda hippie' de vez, e também claro, ajudar nas minhas despesas e combutível para a moto.
É iss. Acho que deu para fazer um apanhado geral do que está sendo estes dias aqui na Costa Rica, que reitero, apesar de um País caro, oferece algumas possibilidades, como esta de se ficar acampado o que ajuda bastante a reduzir os gastos.
Seu 'povo', sua gente, extremamente cordiais com os turistas. Estão sempre com um sorriso no rosto para atendê-lo ou ajudar no que for preciso.
A Polícia, um modelo, se comparada a de outros países pelos quais eu já passei. Estou aqui 'jogada' faz uma semana e todos os dias pelo menos duas vezes, uma moto com dois policiais, vem a praia, verificam tudo, e se vão. Nenhuma das vezes me abordaram, para pedir passaporte, importacão da moto, nada disso, apenas curiosos para saber de onde eu venho e para onde vou, quanto tempo eu estou viajando, marca e cilindrada da moto essas coisas, e, logo no segundo dia, um que me trouxe um 'folder' distribuído aos visitantes com dicas e regras para uma boa permanência em segurança na Costa Rica bem como o telefone de emergência que é o mesmo que o americano, ou seja "911", (eu sempre quis ter este número em caso de necessidade, acho um "charme" chamar nove, um, um...).
Sigo aqui na praia até dia dois de julho quando então começo minha ida para a Nicarágua, que eu acho chego em três dias.
Até lá, um beijo no coração de todos e me desculpem todo este tempo sem dar notícias mas é que por conta de eu estar em um 'acampamento selvagem', não tenho as 'facilidades' que vinha tendo me hospedando em 'hostels, pousadas e afins'!

domingo, 13 de junho de 2010

Domingueira tranquila, tempo fechado, céu bem carregado.

<<<.>>>
Foi como eu disse lá atrás. Nem tudo está perdido, aqui na Costa Rica, prova disso essa minha descoberta hoje: - Feijão Preto, enlatado, com duas porções pequenas, e, Carne Ensopada, também em duas porções, à um preço bom, muito, bom: - Cerca de 2,50 Dólar, os dois!
Meu almoço hoje foi um 'banquete', no cárdapio, Arroz, Feijão, Caracolles Shell, (macarrão de conchinhas), Calamares e Molho de Tomate, tudo isso feito no quarto.

Já dizia o profeta, uma 'beesha' prevenida vale por mil. Agora há pouco voltei lá no 'mercadinho' para comprar água e, aproveitei para perguntar se eu comprar 5 de cada, ou seja, 5 latas de feijão e 5 latas de calamares, se terei um descontinho básico. O funcionário ficou de ver com o dono e me dizer mais tarde!
<<<.>>>
É este o resumo do meu 'primeiro' e creio, o último, domingo na Costa Rica, já que amanhã de manhã, parto de Palmar, já em direção a fronteira em Peñas Brancas, distante 435 quilômetros daqui.
Acabei de tomar um delicioso banho. Aproveitei e lavei a bermuda e minha camisa que naum via sabão e água há mais de uma semana, estou tomando meus 'cafézinhos matinais', feitos aqui no quarto mesmo, enfim, já em contagem regressiva para seguir 'adelante'.
<<<.>>>

sábado, 12 de junho de 2010

O País é caro, mas o "povo", é mais tipo o do Brasil.

<<<.>>>
Pois é, nem tudo está perdido na Costa Rica. - Eu já havia percebido, logo nos primeiros momentos na estrada que o povo daqui, é bem mais sociável que os dos países pelos quais já passei.
Sempre te cumprimentam, estão sempre com um sorriso no rosto. Nas 'tiendas', (comércio), te tratam bem, são bastante atenciosos, enfim. Hoje, acabei não indo para a Nicarágua. Resolvi ficar mais um dia para além de descansar, poder organizar tudo na Internet, aproveitando a conexão aqui, que diga-se de passagem é um 'foguete'.
Acordei eram umas nove horas, desci e fui pedir a Coca-Cola que eu havia comprado ontem, mas, os filhos da dona aqui do hotel, sem saber, beberam, mas ela queria ir buscar outra para mim, coisa que é claro eu não aceitei e aproveitei para dizê-la que ia ficar mais hoje e já paguei a ela com uma nota de 10 mil Colones, já que a diária, como eu disse é de 6 mil.
Peguei meu fogareiro na moto, o café e açúcar, voltei ao quarto para preparar meu 'pretinho'. Enquanto fazia e já atualizava umas coisas na NET, vi que hoje é sábado, (não riam, mas quando se vive como eu estou vivendo, perde-se totalmente a noção de tempo), logo se a Dona, fizesse para mim estes dois dias, hoje e amanhã, por 5 mil cada, ficaria até segunda.
Depois de já ter tomado meus copos de café matinais, resolvi descer e falar com 'ela' sobre esta possibilidade do desconto de Mil Colones em cada diária, o que de pronto, sem nem regatear, aceitou e assim vou ficar até segunda-feira, pela manhã aqui, descansando e curtindo a NET.
Agora, na hora do almoço, parei de navegar, vesti meu colete, peguei meu maço de cigarros e desci, para ir no açougue, aqui, quase ao lado para comprar uma carne já pronta, (aqui no açougue se vende também carnes assadas e prontas), para fazer um macarrão de conchinha com arroz e molho, quando a 'Dona" me chamou indagando se eu ia almoçar. - Respondi que sim, que estava indo justamente na carneceria para comprar uma carne de cerdo, e ela, então me disse que não fosse pois queria me 'invitar' a comer da sua comida.
Claro que para mim foi uma 'puta surpresa esta atitude uma vez que, desde que saí do Brasil, NUNCA, em nenhum País, salvo claro, depois que já se havia uma certa empatia, ninguém me ofereceu coisa alguma ou perguntou-me se queria algo.
Agradeci sua generosidade e, quando fui então para ir buscar uma Coca-Cola, ela também me disse que não pois tinha refrigerante, que eu não me preocupasse com nada.
Peguei então meu prato na moto, passei a ela que entrou e preparou tudo. Arroz, Feijão Negro, (como o nosso), uma Coxa de Galinha e Abacate, ainda de quebra, duas mangas para a sobremesa, um verdaeiro banquete para mim.
Comi bem. A comida bem temperada, o feijão no ponto, que não deixa nada a dever ao nosso, enfim, ainda comi mais uma manga, que enquanto eu almoçava, caiu do pé e claro eu não ia deixá-la ali para apodrecer no chão... (rs)
Enfim, quando se pensa que tudo está perdido, acontecem coisas que nos fazem parar e repensar todos os nossos conceitos.
Querendo ou não, nessa brincadeira, só de comida economizei 5 Dólares fora o refri, que pelo menos aqui é bem mais em conta que no Braza, coisa de R$ 1,50 uma Pet de 1,5 lt.
<<<.>>>

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Costa Rica. Finalmente!

<<<.>>>
Parece brincadeira, mas dois dias sem postar, acarretam uma série de fatos que só então eu percebo como a minha vida hoje em dia está 'abarrotada' de novidades.

Saí de Ciudad Panamá na quarta-feira, bem cedo e como eu havia programado e estou habituado e segui até a cidade de Aquadulce, num total de mais ou menos, (não me lembro bem), uns 300 quilômetros, quando cheguei a um Posto Shell, que funciona 24 horas.

Por estar a tanto tempo parado, resolvi então, ficar por ali, apesar de que ainda passava poucos minutos do meio-dia, mas, para não forçar uma barra logo de cara e já que ali me parecia bastante movimentado e seguro, resolvi me 'jogar' até mesmo porque, por conta dessa minha fase de economizar, guardaria a grana do hotel para fins mais importantes e proveitosos.


Um ambulante que vende CDs, se chegou e me disse para eu aguardar a chegada do 'dono' de tdo ali pois, ele apesar de Panamenho, estudou vários anos no Brasil e por isso, sempre que passavam brasileiros ali, ele dava um apoio legal.

Disse então que não tinha pressa, que ficaria ali por pelo menos uma noite e que quando então o dono chegasse que ele me apresentasse.
Nesse interirim, um outro cara que estava parado ali próximo me chamou e me deu um adesivo para por na moto, (que acabou se soltando), e assim começamos a conversar.

Ivan, esse era o se nome me disse que morava numa cidade adiante, em Santiago, bem maior que Aquadulce e que se eu quisesse poderia ir para lá e até se fosse o caso, me 'jogar' em sua residência, mas eu agradeci sua boa vontade já que para mim é bem melhor eu ficar em postos que em residências e, nesse caso então Ivan deixou seu número de telefone para que eu o chamasse no dia seguinte quando passasse por Santiago.
Não demorou muito e apareceu Jorge. Uma pessoa fantástica e logo nos primeiros bate-papos, fiquei sabendo que ele foi estudante de Veterinária na Universidade Rural, em Seropédica, bem perto de onde eu morava e assim nosso entrosamento foi maior.

Jorge me perguntou seu eu conhecia o lendário personagem 'Amigo-da-Onça', e claro, eu lhe respondi que sim e que inclusive, havia visto impresso nos copos de café dali do posto sua figura. Jorge então foi em seu escritório e voltou trazendo uma 'raridade'. Uma estatueta em porcelana do 'Amigo', que ele guarda com muito carinho e paixão já que é um grande fã de suas histórias.

Coversamos ainda bastante e Jorge pôs ao meu dispor toda e qualquer coisa que eu necessitasse, até mesmo um lugar mais reservado e protegido para eu dormir, enfim, foi uma pessoa sensacional em todos os sentidos e, por todo o resto daquele dia e noite, não foram poucas as pessoas que eu conheci em conversei enquanto estive parada ali, sendo inclusive presenteada por 'todos' que vinha conversar com 'cafés', lanches, enfim...
.
Nem bem o dia amanhecia e lá estava eu de volta a estrada. Quando cheguei a Santiago, chamei Ivan, que veio me encontrar e pagou meu café-da-manhã, um delicioso sandwíche de Lombo de Porco, enfim. Batemos um papo, trocamos e-mails e voltei a pista.
Rodei até mais ou menos as às dez horas da manhã, quando parei numa 'ferreteria' para comprar os refis de gás que eu, na pressa de sair de Colón acabei esquecendo e, já quase ao meio-dia, parei num mercadinho para comprar arroz, uma carne para fritar e macarrão.

Fiz a comida, ali mesmo, na porta do mercadinho, bem rápido e quando estava lavando as coisas, eis que um cara começa a me zoar porque eu estava fumando próximo a 'bomba' de combustível.

Era um 'brasileiro' de Curitiba, também viajando, sendo que ele em busca de trabalho, à caminho do México, na boléia de um caminhão, desde Ciudad Panamá, onde disse 'foi roubado' e por isso não tinha dinheiro para nada. Ofereci-lhe um café, já que a comida eu fiz na quantidade exata para mim, trocamos mais uma 'figurinhas' me despedi e meti o pé na estrada novamente já que o tempo começava a fechar na direção que eu ia e eu não queria pegar chuva em um trecho onde não houvesse postos de gasolina para me abrigar.
Passei por 'Boquete', cidade que estava sendo construída com dinheiro dos 'americanos' mas que por conta da recessão teve seus projetos todos parados ou suspensos e cheguei a David, penúltima cidade do Panamá quando já começavam a cair os primeiros pingos chuva.

Parei em outro posto Shell e ali fiquei pelo resto do dia e toda a noite, aproveitando para dar uma buscada em óleo para moto, já que meu último litro de Motul eu usei a caminho dali.
Cheguei numa pequena loja onde, o proprietário e seus amigos, todos, eram torcedores fanáticos do Brasil, tanto que estavam vestidos e caracterizados com camisa e adornos da seleção.

Logo eles correram para buscar uma câmara e registrar tudo, antes mesmo de me atenderem ou tentar saber o que eu queria.

Depois das rasgações de sedas, disse que estava procurando óleo Motul e o dono me informou que ali em David eu não comseguiria, mas que não me preocupasse que na fronteira eu acharia com facilidade, foi quando eu vi então um mata-cachorros, extatamente do tipo e tamanho que estava procurando para por na 'Guerreira'.

Quarenta Dólares, me informou o proprietário e eu disse então que este era o preço para os Panamenhos. Quanto saíria para 'brazucas', duros, viajantes, como eles dizem, 'trota-mondo''???

- Trinta! - Fechei. Ae veio o problema: - Os encaixes não igualavam com os da 'Guerreira', foi quando o Saldanha, (o gordinho de bigodes, um cliente), disse que sabia de um lugar onde faziam boas soldas e que se eu quisesse ele me levaria até lá para eu tratar o serviço. Aceitei, claro!

Fomos e no 'tailler' solda o cara, também 'biker', sendo que no sentido real da palavra, bicicletas, combinou para o dia seguinte o serviço, já que passava das cinco da tarde e eles ali estavam às voltas com a colocação de um tambor de aço em cima da carroceria de um caminhão.

Indaguei quanto ficaria o serviço e ele me disse que nada. Era um 'regalo' a um 'trota-mondo brasileño'.

No dia seguinte sete e meia eu já estava na porta da oficina e ele chegou passava da 9 da manhã. Imediatamente pegou o mata-cachorros, mandou eu estacionar a 'Guerreira' melhor e mandou ver na serra e na solda e em cerca de uma hora a 'Guerreira' estava de mata-cachorros novo.

Agradeci, me despedi e saí dali direto para a estrada, seguindo por uns 20 quilômetros até um posto onde parei para tomar um café, e, o dono logo que me viu já veio me cumprimentar, me oferecer 'baño' com uma ducha, e, como não tinha café, me presenteou com dois copos grande de suco de 'piña', (abacaxi), bem gelado.

Batemos um pequeno papo, e logo me despedi voltando a minha rota e ao meu destino, que era a cidade de Paso Canoas, na fronteira e que estava agora distante apenas 40 quilômetros.

Cheguei a Paso Canoas, exatamente ao meio-dia. Depois de fazer um 'reconhecimento' básico do local, afinal, fronteiras são sempre zonas de perigo iminente, parei num pequeno restaurantezinho e perguntei o preço do 'menu'. - Dois dólares! - Perfeito fui então até onde estavam os 'richeaux' com as variedades e para minha surpresa, havia feijão preto. Claro que pedi feijão, com arroz, carne picada e platano, (bananas cozidas). Tudo, com uma coca-cola, 2,50 USD. Valeu.

Segui então para a Aduana e depois de dar saída na 'Guerreira', coisa imediata e rápida, fui a imigração para também rapidamente fazer a minha saída do País.

Entrei então na Costa Rica. Parei mais uma vez na Aduana e, ali, logo já fui rodeado pelos 'malandros locais', oferecendo-se para ajudar nos trâmites, mas eu dispensei, porém mesmo assim, eles ficaram em cima perturbando todo o tempo.

Fui na imigração, peguei um pequeno formulário de pedido de ingresso ao País preenchi e entreguei ao funcionário que depois de checar com meu passaporte, pediu-me o certificado de vacina da febre-amarela. Tudo pronto, ele carimbou o passaporte com os 30 dias que eu pedi, e dali eu segui para a Aduana, para os trâmites da 'Guerreira'.

De cara a 'facada'. - 15 Dólares de seguro! - Depois de pago e entregue o recibo, fui no guichê responsável e lá me foi pedido 'cópia de TODO o PASSAPORTE', inclusive as folhas em branco e cópia, frente e verso, dos documentos da 'Guerreira'.

Feito tudo, não levou mais que 15 minutos para que eu e a moto estivéssemos liberados para seguir viagem.

O que me surpreende sempre, em cada uma das fronteiras pelas quais eu já passei, é que em NENHUMA DELAS, minha moto é ou foi verificada. Meu baú, alforjes , mochilas, etc, nada revistado, enfim, isso sem falar que habilitação, NUNCA, nenhuma vez me foi pedida ou anexada, a excessão da Venezuela, quando deixei o Brasil. Muito louco isso.
Segui viagem então, já que o fuso horário aqui diminui em uma hora em relação ao Panamá, ou, seja, ainda eram 'meio-dia' e meia aqui.

Segui mais ou menos por duas horas e a chuva começou a despencar, me obrigando, para não ter o trabalho de pegar e vestir roupa de chuva, cobrir o baú, etc, a parar debaixo de uma marquize de ponto de ônibus na estrada até que a chuva passasse.

Aproveitei, para encher o meu galão de 5 litros, de água, esorada na calha das telhas, claro depois de um tempo sendo lavada, enfim, e, enquanto esperava, estiquei a rede, e fiz um café.

A chuva parou eram umas 3 e meia da tarde e eu novamente segui viagem até a cidade de Neyli, onde fui num caixa eletrônico pegar uns Colones, e, descobri que é uma moeda terrível. O câmbio em relação ao dólar é na ordem de 516 mil Colones para cada 1 Dólar.

Voltei a pista e quase cinco horas estava em Palmar Norte, onde parei num posto de gasolina, já me preparando pra 'acampar', mas quando fui na cidade para encontrar uma Lan, acabei ficando num Hostal, de 6 mil Colones, coisa de 11 Dólares, com Wi-Fi, assim eu dou uma descansada legal.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Já estou em Colón!

<<<.>>>
Saí da Cidade do Panamá. Estou agora, em Colón para pegar a ‘Guerreira’, que continua à bordo do navio, mas, este agora, tem previsão para aportar na terça-feira, dia 8.
Muito bom o Hostal que eu estava, mas dando razão a um outro companheiro que também fez esta rota, verdade seja dita: - Esse negócio de hostal é para ‘mochileiros’, que viajam para se divertir, bagunçar, beber, enfim. Nós ‘rider’s’ quando paramos é para descansar e não para bagunçar. Queremos tranqüilidade, paz, serenidade e não ficar até altas horas ‘tocando foda-se’, cantando, fazendo zona.
Saí do hostal bem cedo, ainda não havia dado sete horas da manhã e peguei um táxi até o terminal rodoviário.
Pode parecer impressão, não sei, mas a verdade é que, querendo ou não ‘dólar’ rende muito mais que qualquer outra moeda. Já havia percebido isso no Ecuador e agora estou confirmando aqui no Panamá.
Você com 10 dólares, passa muito melhor e mais tranqüilo que com 20 Reais, que é o que ele equivale, ou 20 mil Pesos. Rende mais e as coisas talvez por isso sejam bem mais baratas.
Peguei o táxi, claro antes de embarcar, trata-se o valor, neste caso 2 dólares, por um percurso de mais ou menos 8 quilômetros, com direito a uma parada no caixa eletrônico para dar uma ‘reforçada’ e lá fui eu.

Cheguei e já havia um ônibus parado embarcando os passageiros. Coloquei 10 cents na roleta do terminal passei e perguntei ao motorista se ia para Colón e quanto era. Dois e Cinquenta, me respondeu apontando a entrada do ‘busão’, com ar-condicionado, (congelante), e TV.
Meia hora depois estávamos a caminho de Colón, distante da Ciudad Panamá, 63 quilômetros, e, já de cara fui percebendo que, o trecho da Transcontinental que percorremos é pedágiado e, sendo assim, está fora dos meus planos voltar por ela quando pegar a moto, já que não tenho certeza se aqui motocicletas pagam pedágio. Vou me informar.
Chegamos eram quase oito horas da manhã e novamente voltei a me ‘sentir em casa’. Colón é mais ou menos como o Centro do Rio de Janeiro, claro, sem os prédios modernos. Sua arquitetura, bem antiga, de prédios e casas com mais de 40, 50 décadas, da um ar nostálgico a cidade que, para quem não está habituado, pode até causar mal impressão, o que não é o meu caso.
Por ser uma cidade portuária, também de ‘zona-franca’, claro, Colón é bem e bastante perigosa, mais para ‘gringos europeus e norte-americanos’ que para nós, principalmente ‘brazucas’.
As ruas tomadas de comércio ambulante, lojas de tudo o que se possa imaginar e, por ser ano de Copa, o fanatismo dos panamenhos está a flor-da-pele e por isso um brasileiro caminhando aqui se sente como se estivesse no Brasil, haja visto a quantidade de Bandeiras, Camisas da Seleção, Botons, Bijuterias, tudo com a ‘nossa’ bandeira estampada.

Os carros, de cada dez, onze, tem uma bandeira presa à calha ou então no parábrisasn ou “em ambos”. O Panamá é BRASIL!
Desci do ônibus antes mesmo de chegar ao terminal e fui caminhando, misturando-me a massa, sem me importar com o peso da mochila.
Me senti tão bem aqui, que não resisti e quis mesmo passear e curtir logo a cidade, sem mesmo antes, ir ao porto para ver a situação da moto.
Parei num boteco e pedi um café. Vinte Cinco centavos... UMA XÍCARA imensa! – Bebi, saí e fui até o mercado municipal, dar uma ‘mijadinha’ básica, aproveitei para dar uma olhada nas coisas e vi que tudo o que eu possa vir a precisar e imaginar eu vou encontrar em Colón.

Fui então para o Cais. Novamente peguei um táxi, 1 dólar, e quando cheguei fui informado que Rigo Berto, o despachante, já havia saído e que só retornaria à tarde.
Um dos fiscais aduaneiros pediu-me então a documentação da moto, (manifesto da carga), mas, como eu ainda não paguei o frete, não tenho e ele então ligou para Rigo, que ficou de ver tudo na manhã da terça-feira.
Enquanto via esta pendenga, já fui contactando o pessoal e já fui informado de que havia pensão com preço mais econômico que hotel, na faixa dos seis dólares, a diária e um taxista deixou seu número comigo para assim que eu resolvesse tudo chamá-lo para me levar.

Tudo resolvido, chamei o ‘Tomáz’ e não demorou três minutos ele chegou para me buscar e levar a Pensão Acrópolis, onde estou muito bem acomodado e o mais importante, pagando pouco!
Agora desabou um temporal de ‘fazer gosto’ e eu morto de fome, saí para comprar comida e no caminho, “surpresa”... Encontrei os refis de gás para meu fogareiro Coleman, que desde a Venezuela eu estou catando sem êxito, e o melhor: - A dois dólares cada um de 160gr, menos da metade do preço que eu paguei a um ano aí no Brasil, e, vai sair ainda mais barato pois vou comprar logo 10.
A comida aqui também é baratíssima. Regula com o preço do Ecuador, na média de dois dólares, porém o prato é servido aos ‘moldes brasileiros’. PRATO de OPERÁRIO! Por isso vale mais à pena comer fora que cozinhar.
<<<.>>>

sexta-feira, 4 de junho de 2010

No lugar 'certo', na hora 'certa'!

<<<.>>>
Eis que estava 'euzinha' sentada fumando meu cigarrinho tranquila, aqui na 'soleira' do hotel, já que dentro não se pode fazer uso de tabaco, quando uma van de transporte de carga, faz a curva e, por ser a rua uma pequena ladeira, e, ainda por estar com a porta traseira levantada, uma caixa cai no asfalto e ali fica.
Carros passaram por bem uns dezz minutos, todos desviando da caixa e como nenhum parou para pegar ou ninguém també se dignou a tal coisa, nem mesmo os policiais da Guarda Presidencial, lá fui eu pegar a caixa na pista.
Entrei no hotel, subi para meu quarto e lá, sobre a cama abri a bendita para saber qual era meu 'presente': - 30 pacotes de sacos de lixo de 15 galões cada, perfazendo 360 sacos.
Desci e ofereci meu 'produto' para o pessoal da administração do hotel, por 20 'doletas' coisa que eles imediatamente fecharam e assim eu, ganhei meu dia, com um 'regalo' de 20 pratas.
<<<.>>>

Continuo em Ciudad Panamá, pelo menos até segunda!

<<<.>>>
Pois então é isso. Vou ficar aqui, pelo menos até segunda-feira, haja visto, segundo me disse Rigo Berto, o despachante da empresa que transportou a moto para Colón, pois o navio teve um problema no motor e segue fundeado na Baía à espera de reparo. Com isso, estou tendo que gastar dinheiro em hospedagem, que aqui não é barata, gira em torno de 15 dólares /dia, alimentação enfim. Mas o que me 'assustou' mesmo, foram os preços do cigarro.
Quem me acompanha desde o início deve saber que, de todos os Países pelos quais já passei, o mais caro deles, em relação a cigarro foi o Ecuador, com um maço custando na ordem de USD 2,50, ou seja, R$ 5,00 por um maço do cigarro mais fraco.
Aqui no Panamá, a coisa é absurdamente pior. Um maço de cigarro custa, USD 3,75, ou, R$ 7,50. É de fato para se para de fumar e abandonar o vício, já que, ou bem você vai comer, ou bem, vai fumar. Para mim que fumo uma média de dois maços e meio, por dia, quando estou parada, e um quando estou em trânsito na moto, isso equivaleria sete dólares e cinquenta centavos por dia, quinze reais só de cigarro.
Mas como todo 'bom brasileiro', comecei, desde ontem quando vi o preço absurdo a buscar alternativas e descobri, bem aqui perto do Hotel, no antigo mercado municipal, um 'mercado negro' de cigarros e, consegui comprar um, mais ou menos parecido com o Derby Vermelho, que é o que comumente eu fumava quando estava aí na 'terrinha', por USD 0,50, o maço, cerca de R$ 1,00, o que para mim foi excelente e, já sabedor que na Costa Rica e Honduras a 'coisa' é mais ou menos igual, já vou sair daqui abastecida com pelo menos mais 5 pacotes, que somados aos 4 que tenho na bagagem da 'Guerreira' no navio, me garantirão mais um ou dois meses sem ter que comprar cigarros à preços absurdamente caros.
.
Comentei no ORKUT, numa comunidade de motociclistas a qual faço parte, sobre o fato de que desde que cheguei, estar vendo muito, mas, muitos carros mesmo, com bandeiras do Brasil, em suas 'calhas', parabrisas, enfim. Eu, "idiota", pensei que eram de pessoas residentes aqui, vinda da 'terrinha', mas não é nada disso. São panamenhos, aficcionados por futebol e que manisfestam suas preferências de apoio e torcida, colocando em seus carros as bandeiras dos países pelos quais vão torcer no mundial.
Pelo menos nesse quesito, aqui, somos favoritos inegáveis, seguido pela Argentina, que também tem muitos torcedores e España.
<<<.>>>

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Depois de todo o 'stress' consegui lugar no vôo!

<<<.>>>
Sem dormir a noite, primeiro pelo forte calor, depois pelos mosquitos, que me fez pensar até na possibilidade de 'ser levado' por eles até Ciudad Panamá, logo que o dia clareou, fui para o 'restaurante' onde comi na véspera, que fica defronte ao 'hotel' e quando já eram sete e meia, Primitiva chegou para tomar seu 'desayuno'.
Depois de me comprimentar, sentou-se numa mesa e me perguntou como eu havia passado a noite.
Minha vontade foi ser honesto, mas dada as circunstâncias e ao fato de que ainda não sabia se conseguiria ou não embarcar para o Panamá no vôo daquele dia, e também, já meio que em pânico diante da possibilidade de ter de ficar 'ali' por mais dois dias, resolvi ser 'cordial' e dizer apenas que foi 'boa' a noite, completando que estava torcendo por uma desistência para me ir logo, jogando a 'culpa' na 'Guerreira'.

Logo também o Argentino e o Eslovaco, que estavam na mesma situação que eu, também acordaram asiosos se juntaram a mim em busca de uma notícia favorável e assim ficamos os três ali, a mercê da desistência de algum, ou, 'alguns' supostos passageiros do vôo daquele dia.
Quando deu oito horas, Primitiva veio a mim e mandou que eu pegasse minhas coisas e fosse para a agência que minha vaga estava garantida.
Nossa, aquilo para mim foi um presente de Natal antecipado. Corri no hotel, peguei minhas coisas que já estavam prontas e em menos de 3 minutos eu já estava na 'agência'.
Quando estava de saída, gritei para o Argentino e Eslovaco irem para lá pois o meu embarque já estava certo e eles claro se apressaram de ir também e assim, todos, conseguimos vagas para embaracar.


Depois das fichas de embarque prontas, pesagem da bagagem, conferência se estavámos levando algum material inflamável ou pressurizado, tipo, isqueiros, spray, etc, Primitiva disse que poderíamos, se quiséssemos, ir andando para o 'aeroporto', que nada mais é uma pista, que mais parece ser dedicada e usada para 'narcotraficantes', mas que ali, tem o 'status' de 'aeroporto', com direito inclusive, 'para eles' claro, ao pagamento de uma 'taxa de uso e embarque'. Muito cômico isso, mas enfim, para sair dali, dois dólares estava muito bom!
Esperamos cerca de duas horas para que finalmente o avião despontasse no horizonte e nos enchesse de alegrias.


Logo que pousou, todos nos reunimos a sua volta enquanto os passageiros que vieram do Panamá desembarcavam. Nossa ansiedade era enorme, para subirmos logo na aeronave.

Finalmente recebemos ordem para embarcar e mais rápido que se pôde, subimos todos no avião para virmos em definitivo.
O vôo foi super tranquilo. Levamos 50 minutos de Puerto Obaldia, a Ciudad Panamá, com nenhuma turbulência, e poucas nuvens e por isso pude fazer praticamente um vídeo de toda a viagem.
No aeroporto a coisa complicou pois, por estarmos vindo da Colombia fomos investigados, com direito a consulta até na Interpol para saber se éramos procurados, enfim, um stress só que levou três horas e meia na alfândega até sermos todos liberados. O eslovaco estava 'loco do cu dele', mas não tinha alternativa. Era esperar!

Mortos de fome eu e o argentino, estávamos precisando comer, já que o eslovaco, enquanto estávamos no aeroporto comeu.
Começamos nossa busca de Hotel e de restaurante, indo parar em Casco Viejo, num hostal, situado nos fundos do Palácio Presidencial do Governo Panamenho, com uma diária de 13 dólares.
Liguei para Colón e o navio está fundeado na baía e a moto ainda está à bordo, logo, eu creio, não devo ir hoje para lá, aproveintando para dar mais uma descansada desta aventura que não foi fácil não.
<<<.>>>

terça-feira, 1 de junho de 2010

A coisa foi tensa em Puerto Obaldia! Quase vendi um Note.

<<<.>>>
Desencatei mas a coisa não foi tão simples assim não. Explico:
Saí de Turbo, ontem, segunda-feira, 31/05, pela manhã por volta das 9 horas com um atraso de meia hora no horário previsto, chegando a Carpuganá, 85 kms, depois, quase ao meio dia.

A 'panga', nada mais era que uma lancha pequena, pequena mesmo, de não mais que 14 pés, cerca de 4.,2 mts, com 12 pessoas à bordo. Sorte que o trecho é todo, praticamente feito dentro do Golfo de Urabá, porque se fosse em mar aberto a coisa complicava.
Em Carpuganá, depois de desembarcar e passar pela 'identificção dos militares' no cais, me informei e segui até a Officina do DAS, para fazer minha saída do País, que não levou muitio tempo, creio nem quinze minutos.

Na volta, de novo na ponte, já fui abordada de cara logo por um rapaz me oferencendo outra 'panga' para Puerto Obaldia, já porta de entrada para o Panamá, à 'módicos', 25 mil pesos, cerca de 12,50 USD. Reclamei do preço, claro, mas não tive escolha uma vez que não tinha 'viva-alma' que estivesse fazendo o mesmo percurso e, lá fui eu, sozinho, desta feita, numa 'panga' bem maior, mas antes disse ao rapaz que precisava tomar um 'tinto' e vestir-me, já que saí de Turbo de chinelo e bermuda, mas o tempo estava nublado e encaramos bem que 45 minutos embaixo de chuva.
Tudo pronto, embarquei e fui pra Puerto Obaldia, achando, até então, que ao contrário de Carpuganá, que é um pequeníssimo povoado, Obaldia fosse 'maiorzinho' e mais estruturado. Lêdo engano.

Desembarquei no povoado e segui pela ponte até a entrada da cidade que tem uma base do Exército.
Ali me identifiquei, mostrei meu passaporte, abri minha bagagem, ( uma mochila que comprei em Turbo para levar umas coisas pessoais, e, o Alforje de Tanque da moto). Depois de tudo concluid o Militar então me indicou o caminho para eu seguir até o Posto de Imigração para cumprir os trâmites normais de ingresso ao Panamá.
Já de cara, comecei a ficar preocupado com relação a dinheiro e, ao fato da 'tal carreteira', uma vez que não via, nem de longe nenhum movimento de veículos, salvo umas 2 ou três motos que vi estacionadas e veículos militares.
Cheguei no Posto de Imigração e o funcionário me disse que estavam em horário de almoço, para eu retornar as 2 horas da tarde. Perguntei então a ele onde eu poderia almoçar, e ele me indicou uma pensãozinha mais adiante onde se serviam comidas. Eu estava preocupado. Não vi nenhum banco, caixa eletrônico, nada que idnicasse que ali eu poderia sacar dinheiro e, havia saído de Turbo, apenas com 130 mil Pesos, cerca de 65 Dólares, mas já havia pago a panga de Carpuganá para Obaldia, e agora ia comer e, não sabia nem se aceitavam 'Pesos'.

Cheguei na tal pensão e a senhora, com cara de poucos amigos me atedeu. Perguntei quanto era 'lo almuerzo' e ela me disse que custava 4 Dólares. Disse-lhe então que não tinha dólares se aceitava pesos?
Muito a contra-gosto ela aceitou e eu então pedi um prato. Carne moída, umas parcas fatias de tomate e cebola bem finos, fazendo 'papel' de salada e uma xícara de arroz. Esta 'fatura' aqui em Obaldia, custa 4 doletas.
Comi e sai para fazer hora e procurar saber então como iria fazer para me locomover para Colón.
Mais adiante na esquina, numa outra pensão, encontrei um raaz e uma moça sentados e perguntei sobre a 'existência' de caixas eletrônicos, (esperança), sendo dito que não havia. Indaguei se havia ônibus para Colón, ou algu outro tipo de transporte, sendo informado que, de Puerto Obaldia, para Colón, ou qualquer outra cidade próxima os únicos meios de se ir são de barco, assim mesmo, 'pueblo' com mais rescursos e caixa eletrônico, só Candi, dois dias, ou avião para Ciudad Panamá, à 1 hora de viagem e, (agora que fudeu tudo), a um custo de 81,00 USD pagos no ato! Os barcos não tem data prevista de saída, só quando um proprietário precisa ir a um lugar como Carti, que aproveita e faz o transporte de passageiros, ao preço de 50/60 Dólares.

FUDEU! - Sem caixa eletrônico, sem grana, sem possibilidade de ir dali para lugar algum. Nem voltar a Turbo eu podia, porque agora me restavam apenas 90 mil, cerca de 45, Dólares.
Minha sorte é que eu tenho uma capacidade de nas piores situações raciocinar com muita rapidez e logo me lembrei dos computadores que poderia ser um deles, garantia para o piloto do pagamento da passagem quando chegassemos ao aeroporto no Panamá, mas os dois já me desiludiram dizendo que a pessoa responsável pelas vendas dos 'bilhetes' não aceitaria este tipo de negociação, haja visto que antes até se fazia desse modo, mas quee de uns meses para cá só embarca que paga sua passagem antecipada.
Pensei então: - Vendo! Vendo o note ASUS, de 7.5 polegadas por 200 Dólares. É o jeito ou meu celular, (estes povos adoram aparelhos de celular), por 50 Dólares, intero a passagem e foda-se, depois compro outro.
Começou a aparecer gente querendo ver os dois aparelhos. Muito disse-me-disse, muita especulação mas nada de ninguém fechar negócio, nisso, deu duas horas da tarde e lá fui eu para a 'Imigração'.
Passaporte, Cópias, prova de Solvência Ecônomica, e a pergunta, quanto você tem no bolso? - FUDEU! - Não tenho nada. Só o 'equivalente' a 45 Dólares em Pesos Colombianos, e o resto no banco no meu Traveller Debit.
O 'cara' então pediu para ver o Cartão e se eu tinha um extrato recente para comprovar que tinha condições de entrar e me manter no Panamá, ou, se não se podia tirar um na Internet.
Ufa, pelo menos havia Internet. Respondi que sim e ele me indicou onde ir para acessar, que por acaso era no mesmo lugar da pessoa que vendia as passagens de avião.
Enquanto esperava uma máquina, eis que aparece a Sra. Primitiva, isso mesmo, o nome da 'mona' é Primitiva, e fui então falar com ela do meu problema para comprar a passagem de avião.
Quando me viu, de colete de motoqueiro e com o capacete pendurado na mochila, D. Primitiva, já foi dizendo logo que moto eles não transportavam. Acalmei ela e disse que a moto era o menor dos problemas que eu tinha, esta já estava chegando a Colón, meu problema era 'grana' para pagar a passagem do avião, já que aqui não havia caixas eletrônicos e segundo me disseram também não teria como eu pagar no Panamá quando chegasse, porém eu tinha um notebook, que deixaria com o piloto de garantia, e quando chegasse ao Panamá, faria o pagamento e pegaria no note de volta.
Primitiva disse então que não era possível, que isso de agar depois no Panamá não estava mais sendo aceito pela empresa aérea e que também não poderia fazer dessa maneira com o notebook de garantia. Perguntou então se eu tinha Cartão de Crédito, eu disse que sim, mas que era Travel Money, que não tem função crédito, apenas saques e débitos, e que eu estava ali justamente para imprimir um extrato do saldo para imigração. Ela disse então, para minha alegria que sendo assim não havia problema, que logo ela iria na Imigração e confirmria tudo e que eu poderia viajar e pagar no Panamá, porém, para o voo do dia seguinte não havia vagas, certo mesmo somente na quinta-feira, porém, se houvesse alguma desistência no dia seguinte que eu embarcaria.
Fiquei mais aliviado. Imprimi o extrato, voltei na Imigração, comprovei a minha situação para manter-me no Panamá e pronto. Tudo pronto finalmente.
Voltei a casa de Primitiva para saber se eu teria que dar os 45 Dólares que eu tinha e completar no Panamá ou se pagaria tudo integral lá. Ela disse que lá.
Desta forma meu note ou meu telefone foram salvos. Eu poderia procurar pelo menos um hotelzinho para ficar, comer, enfim, não ia precisar 'pernoitar' na rua, nem passar fome.
Primitiva parece que comanda os negócios de Obaldia. O hotel também é de sua propriedade e consegui um quarto por 6 Dólares, a pensão onde eu comi também é dela, o Cyber... (rs), enfim. Mas o pior estava por vir.


Depois de ter sanado esta penka de problemas e de estar instalado descobri que: - Em Puerto Obaldia não há energia elétrica. Tudo é na base de gerador e, por conseguinte, este está parado, precisando e aguardando reparo. Os proprietários de negócios que tem condições tem seus geradores, mas estes não alimentam geladeiras ou freezers, logo não há nada 'gelado' em toda Obaldia.
Não bastasse, o gerador do Hotel e da Pensão, de Primitiva está também parado aguardando reparo, logo não tenho energia elétrica nem para carregar o celular. Uma garrafa de água-quente, para eu fazer café custa 1 Dólar.
Estou agora de manhã, são sete horas, digitando com a bateria do note e já pensando onde eu vou achar um lugar para recarregá-lo e também já aguardando a chegada de Primitiva à agência de viagens para saber se vou conseguir embarcar hoje, em alguma desistência, que estou torcendo haja.

Vou postando as Fotos conforme for parando, eu estou pregrada hoje, pois o dia foi tenso.

<<<.>>>