Ontem a semana começou bem, comigo, indo logo cedo, no Departamento da Polícia Federal, aqui da Paraíba, para buscar meu passaporte, em seguida voltei para o hotel e, logo depois do almoço, fui até a concessionária da moto, para saber se o comando de setas, pedido à Manaus, já havia chegado, mas ainda, não, infelizmente.
Meu passaporte e carteira de vacinação
De lá, da concessionária, segui até o Hospital Clementino Fraga, referência, aqui em João Pessoa, para doenças infecto-contagiosas e lá, já abri um prontuário, indo em seguida para o Posto da FUNASA, que fica próximo onde fiz a minha vacinação contra a Febre Amarela, agendando e marcando para esta manhã as outras como Hepatite B e Gripe.
Agora, só me falta resolver a questão da motocicleta e de uns documentos que estão para ser enviados de Mangaratiba para mim, para que então eu possa seguir viagem novamente.
Um descuido e... Lá vou eu para a câmera
Aproveitando estes dias parada aqui em João Pessoa, comecei a dar uns ‘bordejos’ pela cidade e aproveitei para na quinta-feira, passada, véspera do feriado, ir à noitinha, na orla, onde segundo o pessoal da concessionária que faz a manutenção da ‘guerreira’, há um encontro semanal de motociclistas e alguns Motoclubes, mas ao chegar já não gostei muito pois, “perdida”, que ainda estou por aqui, tentei me informar com um ‘velho babaca’, sobre se era ali o local do encontro e reunião do pessoal, já que eu fui convidada a participar.
Dando uma de ‘sonso’ quando viu se tratar “eu”, uma ‘travesti’ a ‘marikona’, com ar de desentendido, gaguejou um pouco e tentando desconversar e, certamente, me mandar para bem longe dali, argumentou que nada sabia a respeito, mas ‘burro’, não viu que se tratava “eu” de um ‘viado carioca, pior, travesti e quando senti qual era a dele, já fui com como meus dois pés ‘no peito’ da enkubada, dizendo que ele não ficasse tão surpreso pela minha presença uma vez que, “hoje em dia, até viado tem competência e capacidade de fazer uma volta na América do Sul de moto”.
Sem graça e ‘desarmado’, a ‘marikona’ sorriu ‘bem amarelo’ e, sem que “eu” a deixasse raciocinar muito, já emendei que, “Não só uma ‘trava’ faz a volta na América, como mostra a muitos que se dizem homens, quem é ‘macho’ de fato uma vez que, - apontei para a moto da marikona. Uma 600cc, chopper, também, com placa de João Pessoa -, é muito fácil fazer estas valentias montada numa daquela, mas que eu pagava para ver um ‘deles’ se propor ou fazer o que estou fazendo numa 150cc, rodando, como rodei até agora, seis mil quilômetros”.
Sem palavras e, pior, sem ter onde enfiar a cara, a marikona, balançou a cabeça afirmativamente e, dizendo que eu estava “sim” no lugar certo, tentando consertar a ‘cagada’ que preteriu fazer, acrescentando ainda, - para dar uma de bom moço, depois da “porrada” da ‘beesha’ nela -, que me admirava e até invejava minha coragem em percorrer uma distância tão grande como esta, entre o Rio e a Paraíba, numa moto pequena. Mas “eu” que já estava “putérrima” com a viadagem da ‘kakurucaia’, – (pessoa idosa) -, não aliviei e ratifiquei o que havia sido dito, enfatizando mais uma vez que além de travesti eu estava dando, isso sim, provas da minha ‘hombridade e macheza’, mesmo que isso desagradasse há muitos, e que não restava a nenhum deles nada além da opção de pegar uma ‘gilete’ e cortar seus pulsos recalcados ou então tentar, pelo menos, fazer algo parecido, para que aí sim, depois pudessem fazer a ‘linha’ antipáticos. Por enquanto, estes eram nada mais nada menos que simples ‘merdociclistas’ que não podem por a cara, onde um ‘viado’ como eu está colocando o ‘cu’.
Desnecessário dizer que este babaca, cortou qualquer clima e depois de quase uma hora esperando que o pessoal da concessionária e seu motoclube aparecessem, acabei desistindo, passando no Bob’s, comprando dois “Big” e voltando para o hotel.
Também conheci nesta semana, duas travestis locais, “Clara” – a negra e “Gabi” – a morena, ambas, batalhando na esquina do Hotel onde estou hospedada e que, por acaso, - acreditem -, é ponto de travestis e “eu” lesada que sou, não sabia e nem havia percebido isso quando me hospedei.
Clara e Gabi
Bem, é isso, por enquanto. Vou ficando aqui em João Pessoa, até resolver todas as pendengas. Tudo o que for necessário, para quando eu sair, enfim, não ter de me preocupar com mais nada a não ser com a estrada e com a minha rota.
