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sábado, 30 de janeiro de 2010

'Guerreira' ganhou encosto, no banco.

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Seguindo a sugestão dada pelo Renato Lyra ao Jairo, quanto ao seu problema de coluna, 'eu' que já há certo tempo, falo e comento sobre por no banco da moto um encosto, para mim, meti a cara e mandei fazer o arco.

Ficou excelente, nem precisaria de estofamento, mas mandarei fazer em Quito, ou Guayaquil, quando eu passar, ou, em algum estofador pelo meio do caminho, já que a espuma eu também ganhei do Roberto, proprietário aqui do Hostal Chasqui, onde estou hospedada.

É isso! - Por hora, nada mais há de novidades, apenas a angústia para que chegue logo quarta-feira, de manhã, para eu por novamente o pé na estrada. Ainda estou em dúvida se vou ficar e passar o Carnaval em Quito, ou se seguirei mais adiante. Isso, eu vou resolver quando chegar lá.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Faltando 1 Semana para eu seguir, eis uma surpresa, do "PERU":

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Viva a Internet. Graças a 'ela', hoje em dia, só fica desinformado quem quer. Acabei de ver que as chuvas estão castigando Cuzco-PER, e, por consequência, estradas e rodovias, algumas, estão fechadas, com quedas de barreira, um caos.
Outra, o acesso a Machu-Pitchu, (que vou fatalmente conhecer), está fechado e, alguns turistas que já estavam por lá estão sendo retirados de helicóptero, sendo assim, minha estada no Equador se extenderá, (tenho até 7 de abril no País), até que a situação por lá se normalize, ou, se encher o "saco", desisto de ir mais adiante na América do Sul, e volto logo para a Colômbia, rumo a Cartagena, para embarcar de vez para o Panamá.
Também fiquei sabendo que os Policiais e Militares, (maravilhosamente corruptos - só perdem para os do Brasil), da Bolívia, estão cobrando uma 'taxa' de 10 Reais, de cada Brasileiro que entra ou sai do País, R$ 200, aos Americanos e Israelenses, e, R$ 500, dos Europeus. Brincadeira né...

sábado, 23 de janeiro de 2010

Tudo instalado, e já sendo arrumado para a partida!

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Concluída 100% a carreta, e, já sendo arrumada para a partida no dia 3. Aos amigos Duarte, Renato e Jairo, meu muitíííííssimo obrigado pelas idéias e pela força.
Duarte, creio que não seja necessário, ainda, pois até o momento me parece que "ela" está bem estável. Vamos ver, mais adiante.
Jairo, descartei a idéia do extintor, pela questão peso, pois aqui, ao contrário do Brasil, os extintores de carro, pesam algo em torno de 3 quilos, sendo ainda grandes, logo, complica um pouco eu colocar um na carreta ou mesmo na moto.
Estou indo em direção Sul, logo, se eu for a Bolívia, dou uma esticada numa fronteira e compro no Brasil um e coloco.
Renato, a carreta está bem estável sim, sem nenhum problema, mas, só rodei por enquanto na cidade, vamos ver como se comporta na estrada.
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Hoje a 'Guerreira' tomou o 'quinto' banho da vida dela, depois que veio para minha mão, há um ano, e, o primeiro, que eu mesma dei nela.
Incrível, mas é verdadeira a premissa de que o "olho do dono" é que engorda a boiada. Nunca, ela ficou tão bem lavada e limpa como hoje. Também, pudera, o motor e as rodas, foram todos lavados com 'diesel', na base do pincel, se não ficasse 100%...
Limpei também os alforjes que estavam em petição de miséria, ou seja, foi uma "geral", bem dada, que eu acredito, só deva se repetir daqui 'outro' ano.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Mais uma etapa concluída!

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Pois é... Conforme eu previ, a coisa está indo devagar, mas, tem sua compensação: - A coisa vai ficar perfeita!

Tirei dia de ontem, para comprar tudo que faltava, não só para melhorar e incrementar a carreta, mas também algumas coisas de materiais e repostos mecânicos que estavam faltando, com isso a minha despesa total, foi de 60 USD, mas agora tenho certeza de que não falta nada.

Até as 'benditas', "builas", (velas de ignição), eu consegui encontrar uma mais ou menos parecida com a "DP8EA9", que é a original da Kansas, mas que por aqui é raridade, ou melhor, "não existe"!.

Se eu fosse uma 'pela-saco' da comunidade dos 'Kansados 150', com certeza estaria em busca da 'vela' da CB-400...(rs), pois, acham que as velas são feitas excluisivamente para as motos, (coitados)...(rs), mas como sou, (modéstia passou longe... também, imagina: - Deus me deu essa malandragem, culhão para encarar tudo, se me desse também 'humildade', o que ia sobrar pra vocês?), malandra pra caralho, saquei, depois de comprar uma D8EA, que, o detalhe, estava no tamanho do "eletrodo", ou seja, o eletrodo da DP8EA9, é bem maior que o da mais próxima, similar, sendo assim, consegui encontrar uma que, se não está produzindo a centelha exatamente idêntica, pelo menos está bem próxima. - Mandei ver logo em 4! - Seguro morreu de "velho" e o prevenido ainda está vivo!

Abasteci a "Guerreira", gastei a 'exorbitante' quantia de U$ 1,93, quase 7 litros, e fui a cata de um plástico para cobrir a carreta em dias de chuva, já que o que eu estava usando se desintegrou na vinda para cá. Também, durou até muito, da Paraíba, onde eu comprei, até aqui, (tadinho), era plástico comum, grosso, incolor, mas comum.

Achei um cara que fabrica aquelas coberturas de jardins, muito na moda hoje, para eventos e decoração também de piscinas, então, foi esse material que agora eu peguei, é mais grosso, resistente e com certeza tão cedo não vou precisar trocar.

Comprei as setas e lanterna traseira. Tudo saiu à 18 USD, já com as lâmpadas. Uma bagatela. Comprei fio, e um conector de som, com 4 polos, exatamente o que eu precisava para a conexão da carreta com a moto. O terra, eu improvisei, colocando dois anéis de alumínio, (lata de cerveja), em cada um dos 'borns', (carreta / moto), aterrando assim todo o sistema.
Comprei um pedaço de corrente, para por de segurança extra, no engate e na carreta, caso o pino quebre, a mesma não ficará na estrada desgovernada, e, à tardinha, 'caí de pau', na parte elétrica da moto, puxando os fios, respectivos das setas, stop e luz de posição, já para o conector "macho". O sistema de isolamento de umidade e água, eu usei 'silikone', ficando assim perefeito tudo, graças a Deus.

Hoje, tirei o dia para descansar. Passei no ferreiro e combinei de ir somente na sexta-feira, para então colocar as lanternas no lugar, fazer uma caixa abaixo da cesta gradeada, para guardar ferramanetas e mais 'muambas', colocar dois suportes, um de cada lado da traseira, para que esata não encoste no chão, quando suspensa, e consequentemente, quebre ou danifique as lanternas, enfim, coisas bobas, mas que vão tomar certo tempo.

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Jairo, irmaozão, beleza. Acredite, o cataflan com profenid, vai segurar tua onda. Com relação aos paralamas, bobagem pois as rodas estão bem paara fora do ângulo que eu estou, mesmo que haja respingos, estes não me atingirão pois da roda até 'eu', saum mais de 1 metro e meio de distância.

Vi o preço do extintor, e, aqui, não há modelos pequenos como no Brasil. São mais 'gordos', mais ou menos o dobro de largura dos nossos, com o mesmo tamanho de altura, 12 USD, vou comprar e colocar na carreta. Vai dar um 'charme extra'.

Quanto a sua viagem e os adesivos estou ansiosa por notícias e as fotos. Tenho certeza de que tudo dará certo e você não vai ter mais este problema terrível da sua coluna.

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Aos meus 'amigo(as)', que estão 'adorando' minha 'barba na cara', digo que isso, infelizmente, é uma consequência da estrada, pois, não tenho tempo de ficar me barbeando, e, aqui, pior ainda, pois com a temperatura, quero ver quem tem 'culhão' de se barbear com água da geladeira. Isso mesmo: - Água a temperatura da geladeira! - Refrigerantes, cervejas, água, tudo aqui, é vendido na temperatura ambiente, por aí vocês terão uma idéia do quanto faz frio.

Para mim isto é péssimo, pois, em cada fronteira que eu passo, normalmente eu estou viajando à 2 ou 3 dias, já estou com pelos na cara e quando dou meu passaporte, (minha foto está bem feminina, maquiada e tal), o agente aduaneiro pergunta quem é. Respondo que sou eu. Ele pede então minha identidade: - Pior, tô mais mulher ainda!

Sou obrigada a segurar nas próteses e dizer a ele que sou uma transformista, que a barba é porquê viajo de moto e não posso estar sempre me barbeando e blá-blá-blá. Imaginem!

É isso. Não virei bofe, nem tão pouco deixei de ser uma travesti, mas infelizmente, tenho hoje que viver com esta dura realidade de ser esta 'aberração', nem homem, nem mulher, nem travesti, uma "coisa", rider que enquanto eu não parar um longo tempo em algum lugar não posso mudar. Encarnem à vontade, eu mereço!

domingo, 17 de janeiro de 2010

Carreta pronta! Custo: USD 188,00

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Parece incrível, mas o 'cara' conseguiu terminar tudo em apenas 2 dias, e, aí está o resultado: Carreta na 'Guerreira', que além de se livrar do peso sobre ela, agora, tem muito mais espaço, faltando ainda, - nunca se está 100% satisfeito -, fazer mais uma caixa de alúminio, para ocupar o espaço frontal da carreta, ficando assim, pronta para seguir viagem, acredito no dia 5 de fevereiro, data do meu "niver" de 46 primaveras.
Sei que não ficou nenhuma "brastemp", mas creio vai atender minhas necessidades, também o custo, que foi baixíssimo.
Impressionante a agilidade e rapidez do ferreiro, que em apenas 2 dias, concluiu todo o trabalho, claro, com uma ajuda, - quase zero -, minha, mas, se fosse no Brasil, com certeza nem mesmo a base com as rodas, - creio -, teriam sido feitas.
Falta agora eu fazer toda a parte elétrica, com a colocação das "setas", luz, e 'stop', na traseira da carreta, para então dizer que está tudo concluído. Também fiz um adesivo, com a placa da "Guerreira", 100% fiel, a placa original do DETRAN/RJ, inclusive com o código de barras, perfeito. Um traballho de uma empresa daqui, chamada DIKAPSA, que ainda, orçou meus adesivos pessoais em USD 16,00 /cento, ou seja, 1/8 do que eu paguei pela mesma quantidade, num serviço, "+/- porco", em Roraima.
Também, ainda, vendi o 'notebook', excedente que eu estava. Tive um pequeno prejuízo de 20 dólares, mas ganhei, no fato de não que estar levando mais uma coisa, e, o mais importante: Não ter de ficar me preocupando com sua integridade, já que a trepidação, - depois do que houve com meu Toshiba, de 15,4 pol, no RN -, pode ser fatal ao LCD.
Este foi o comerciante, Marcelo, e sua família, que comprou o note, e para minha surpresa, à tarde, veio até o Hostal, me visitar e fazer uma foto com a "Guerreira", já que, no momento em que fechamos negócio, fui com ele, - que nunca havia andado de moto -, até sua residência para pegar o dinheiro, e, claro, depois do passeio, sentiu-se maravilhado.
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Ao amigo e companheiro, seguidor, do Blog, Jairo, adorei a idéia do extintor, é de fato uma coisa legal, e quanto a sua viagem, digo a você para ir em frente e se realizar.
Quanto as dores, eu também passei esta semana toda, com uma 'puta' inflamação, creio, no meu tendão de aquiles, do pé esquerdo, coisa que ontem a noite, uma enfermeira que mora aqui no Hostal, me deu duas doses de 100 mgs de Diclofenaco, (Cataflan), e alguns comprimidos de Profenid, e creia, já de madrugada, eu não sentia nenhuma dor mais. Estava terrível, me fazendo capengar e quase não podendo andar em alguns momentos. Uma sugestão para você que pode aliar ao seu tratamento, um comprimido de Profenid, de 12 em 12 horas.
Quanto à colocar em sua moto um adesivo "GUERREIRA II", me sentirei honrado em saber que há no Brasil, uma inspiração, rodando, motivado por esta minha nova forma de viver.
Vá em frente. Mete bronca, e, quando voltar do passeio, me envie umas fotos para que eu possa postá-las aqui e no meu Orkut, da parceira, "GUERREIRA II". Roda pra Frente!!!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Satisfação a todos

Estou, e, vou ficar sumida por uns dias da web, pois estou orientando ao ferreiro, aqui em Otavalo, como fazer e de que maneira eu quero, a carreta, com o baú, que tirei de cima da "Guerreira", que, agora será puxado.
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É isso aí. Resolvi tirar a carga de cima da "criança" e assim ganhar não só mais conforto, como também aliviar o peso em cima da moto que, "coitada", tem amargado duras penas até aqui, mas que de agora para diante, será só festa.
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Consegui um ferreiro, para fazer a carreta, pasmem, por R$ 180,00 (U$ 90,00), e, creio, o custo total depois de pronta não vai exceder, os R$ 350,00, (U$ 1,75,00), ou seja, uma pechincha, se comparado com o preço da mão-de-obra no Brasil e materiais.
Logo, que a carreta estiver pronta, fotografarei e posto aqui para todos terem uma noção de como ficou e, se for possível, no Brasil, fazer para carregar coisas em suas viagens. A vantagem de se estar fora, é que é possível se fazer qualquer coisa, adaptar e 'mandar ver', sem medo de fiscalização, ou qualquer coisa do tipo a que estaríamos sujeitos em nossos países de origem. Até lá pessoall.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Elina chegou!

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Elina chegou, passava um pouco dás duas da tarde. Foi o tempo de tomar um banho, e saímos, embaixo de chuva, para ela almoçar e fazermos uma compras de lanche para a noite e esta manhã, além de darmos um giro e um passeio pela cidade, que é simplesmente linda.

Depois que comeu, e de estar alimentada, (imagina a maratona de 36 horas num ônibus de Medellín até aqui), fomos catar um tênis para ela, já que a louca trouxe apenas uma sapatilha de tecido e com o tempo chuvoso que estava, impossível ficar usando um calçado como aquele. Aproveitei o ensejo e passando defronte a uma lojinha de reparos de calçados aproveitei para dar uma costurada e reforçada na minha bota que estava, descolando na parte do calcanhar.

Depois de uma pequena peregrinação no comércio, achamos um tenis Nike, branco e rosa, de couro, por U$ 14,00, uma pechincha. Antes aproveitei, para no caminho pesquisar e procurar chip, para meu modem, encontrando da Movistar por U$ 5,00 e a recarga de uma semana de navegação, ilimitada por U$ 13,00, ou seja, não muito diferente da COMCEL na Colômbia.
No caminho de volta, tentamos encontrar adoçante líquido, tipo, 'Zero Call', mas aqui no Ecuador, pelo que tenho percebido não há. Apenas se vende, adoçantes em pó, sendo assim, prefiro usar o 'terrível' açúcar cristal.
Uma coisa que chamou a atenção, à poucos metros do hostal, foi um casal de papagaios pousados tranquilamente numa antena de TV. Não pelo fato em si de duas aves estarem pousadas numa antena, mas sim, por ser "papagaios", uma ave que não pertence a fauna Equatoriana, e mais ainda, por estarem e viverem livres, longe da ameaça do homem, que, se fosse no Brasil, já as teria capturado e posto em cativeiro.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Muito frio, mas, com paisagens belíssimas que compensam qualquer coisa!

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Imponente, como sempre, a "Guerreira", protegida na garagem do Hostal Chasqui, dando seu merecido descanso, depois de quase 800 kms, de serras, curvas e altíssima pressão.
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Domingo, sete e meia da manhã, e o que se vê, aqui, da varanda, é essa linda paisagem do morro ao fundo, com o topo encoberto por uma expessa camada de nuvens, que serve de referencial, para se ter noção do frio que está fazendo, mesmo estando o sol de fora, na casa dos 3 graus, mas quando venta, ou mesmo sopra uma brisa leve, parece ser qualquer coisa abaixo dse zero.
Não bastasse a altitude, Otavalo, é toda rodeada de montanhas e, suas ruas e avenidas, todas íngremes, são uma verdadeira prova de fogo, a fumantes inveterados como eu, que, basta dar 3 passos e parece ter corrido a maratona de São Silvestre.
Agora eu entendo bem a dificuldade por que passam os jogadores da nossa Seleção, quando tem que vir a Quito para disputar uma partida, e, olha que eles tem preparo fisico de sobra, o que não é o meu caso. Em Medellín eu levei duas semanas para me adaptar a altitude de 1.500 mts, imagina esses caras que tem no máximo dez dias. São uns heróis.
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Apesar de tudo, é muito bom curtir este clima e esta cidade. Otavalo, é uma cidade composta praticamente de índios. Tem fama de ser o maior comércio indígena e de alimentos da região, coisa que pude comprovar, no sábado, quando saí para almoçar e comprar roupas.
Vestidos como 'Aztecas', os nativos, são muito simpáticos, porém ao contrário dos Colombianos, não são muito de se misturar. Preferem manter uma certa cerimônia.
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Mantive contato com Cláudia, através do Skipe, e tive a confirmação de que Elina, já estava a caminho, devendo chegar hoje, por volta da uma da tarde aqui no Hostal, logo, estaremos nós duas novamente reunidas, e, aí sim, vamos dar um passeio pela cidade para que eu possa fotografar e partilhar com vocês um pouco deste pedaço do Equador.

sábado, 9 de janeiro de 2010

09/01 - Minha primeira noite em Otavalo-ECU... Frio de 5 graus!

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Acordei como de costume as cinco horas, mas pelo frio e por estar ainda com um pouco de sono, continuei até as seis, quando então me levantei, fiz café, e fui para ‘net’ atualizar as coisas.
Agora, às 11 horas da manhã, aproveitei que a bateria do note descarregou, coloquei-o na carga e, saí para almoçar, indo até o comércio, à duas quadras daqui do hostal, e onde, de cara já encontrei o Mercado Municipal, um lugar de comércio tipo uma feira, onde se encontra de tudo, principalmente roupas a preços que fazem qualquer ‘Rua Teresa’ se tornar ‘Das Lu’ ou outra qualquer boutique ou grife.
Para se ter uma idéia, eu comprei duas calças de ‘fluffy’, um tecido sintético, muito quente, uma mistura de lã e moleton, uma camisa de malha super-grossa, de manga comprida, duas cuecas tipo calção, (zorba de malha de lycra, com elástico largo na cintura), e, uma touca de lã, bordada, tudo por U$ 27,00. A touca, custou U$ 1,50.
Fui então almoçar e o preço da comida foi o mesmo de ontem na estrada, U$ 2,50 o prato de Arroz, Salada, Batatas-Fritas, (papas), e Frango, (pollo), com uma tijela de sopa de acompanhamento. Dessa feita o suco não está incluído, mas o preço da Coca-Cola, mini, aqui custa U$ 0,30 e a garrafa de 290 mls, U$ 0,50.

08/01 - De Pasto ao Ecuador/Otavalo... 250 kms

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Tudo que se pede, quando se está na estrada de moto, é que não chova. Mais ainda, quando se está a uma altitude de 3 mil metros, com temperatura abaixo dos 10 graus. E foi exatamente o que não podia acontecer que aconteceu. Saí de Pasto, seis horas da manhã, com a temperatura beirando os 'zero graus', com chuva.
De Pasto a Ypiales, todo o percurso de quase 120 kms, serra, subidas enormes, tudo foi feito embaixo de chuva.
Para completar, pouco antes de chegar no topo da serra, a 'guerreira' deu dois cortes no motor, me preparando para o inevitável.
Quando parei, em Ypiales, no posto de gasolina, depois de abastecer, a moto não pegou mais. Como todo bom motociclista, nunca pensamos em coisa pouca, sempre no pior e, já achando que depois de tanto esforço de subidas e descidas por toda a Colombia, a bobina tinha se rendido, fui assim mesmo, antes, fazer o básico que era, esvaziar o reservatório do carburador, jatear WD, dentro, recolocar a agulha, encher de WD, depois, tirar a vela de ignição e... "BINGO!", o eletrodo estava abaixo da metade.
Mesmo a vela nova, (troquei em Medellín, na revisão), o esforço das subidas, com o motor trabalhando basicamente em quarta-marcha, detonou o coitado que não aguentou o tranco e deu pau.
Foi só substituir a 'bujila', (vela), colocar a mangueira de gasolina novamente no lugar, dar contato na chave, beliscar o 'start', e pronto! - A criança roncou bonito.

Cheguei no Centro de Ypiales, fui primeiro a fronteira, checar tudo, parei logo no DIAN, dei baixa no documento de importação temporária da moto, fui aos cambistas, perguntei quanto estava a taxa do dia: P$ 1.980,00 / U$D 1,00, voltei ao Centro, até um caixa, retirei P$ 300.000,00, com os 80 mil que eu ainda tinha, cambiei tudo, ficando, assim com cerca de U$D 192,00.
Tornei a encontrar, enquanto estava no Centro, os Venezuelanos, que acabavam também de chegar, e depois de um lanche rápido, fomos para a fronteira, providenciar o visto de saída de nossos documentos, eu, com a vantagem de já ter feito o DIAN, mas mesmo assim a coisa rendeu quase duas horas entre indas e vindas, já no lado do Ecuador.
Encontramos ainda um trio, de Argentino, Americano e Israelense que também se conheceram na viagem e acabaram se juntando e estão descendo a América do Sul.
Enquanto, estávamos, todos juntos na Aduana, fizemos várias, fotos, eu, cedi ao Argentino, meu ferramental para ele fazer um reparo na sua moto que perdeu um parafuso. Um Major do Exército Equatoriano, fez questão de posar para uma foto comigo com a 'guerreira', enfim, foi só festa e alegrias.

Saí antes do Venezuelanos, logo atrás do Argentino, Americano e Israelense, e segui para Otavalo, meu destino, programado desde que deixei Medellín, uma vez que se fosse para Quito, e resolvesse voltar, teria de andar mais ainda.
Apesar de próximo, da fronteira, cerca de 60 kms, em linha reta, as curvas e a sinuosidade do trajeto, quase triplicam esta distância e, apesar de pequena a distância, somando-se ainda que tudo é terreno íngreme, acaba-se levando uma eternidade para se percorrer este trajeto.
Eu há cerca de três semanas, postei na comunidade dos Mochileiros, do Orkut, um comentário, em que eu dizia, não compreender o porquê das pessoas excluírem o Equador e a Colômbia de seus roteiros de viagem.
No caso da Colômbia, eu até entendia esta postura, por conta dos jornais e notícias, que, só se referem ao País, quando há algum ataque guerrilheiros, ou de tráfico de drogas, porém, com relação ao Ecuador, eu comecei a creditar isso, ao fato da economia do País, ser dolarizada, e com isso, claro, os brasileiros acabavam optando por países, miseráveis, (ecônomicamente), como Bolívia, Chile, Peru, Paraguay, e, a própria Argentina, do plano atual, já que nesses lugares o Real, forte, faz frente ao Dólar, chegando a ser cotado, como na Venezuela, a ‘três X um’, ou seja, mais vantajoso, claro para quem viaja. Mas a coisa na prática, não é bem essa, e, como todos eu logo que passei a fronteira, comecei a ficar receosa se com os U$ 192,00, eu conseguiria me manter em Otavalo, por pelo menos duas semanas.
Meu referencial de custo, gira em torno do preço da gasolina, pois, se o combustível for caro, eu logicamente, me dano, uma vez que viajo de moto e sou obrigada a abastecer a cada 150, 200 kms, evitando assim que o nível do tanque baixe muito, além do quê, se eu pegar por exemplo, um trecho maior onde não haja postos eu estou sempre tranquila pois tenho uma margem de mais de 200 kms de segurança.
Passei por Tulcan, a primeira cidade logo após a fronteira, onde tentei em vão comprar numa farmácia, adoçante líquido, uma coisa não muito comum nesses países, mas também que serviria de primeira impressão do valor das coisas. Não obtive sucesso.
Mais a frente, minha surpresa. O primeiro pedágio, no Ecuador. Olhei a placa com os preços, em busca de motos e o valor: U$ 0,20. Moto paga também no País, porém um preço mais que justo: - Cerca de R$ 0,38, ao contrário dos abusos cometidos pelas concessionárias do Brasil, que chegam a cobrar o equivalente a U$ 1,50.
Segui em frente, pois, dada a demora na fronteira, já passavam das 13:30, horário, de Quito, e eu tinha de qualquer modo que chegar a Otavalo, ainda neste dia, nem que fosse necessário eu ter de pilotar um pouco à noite, mas eu estava decidida.
Rodei mais um tanto e foi quando percebi já estar na hora de reabastecer a ‘guerreira’. Comecei a olhar os preços anunciados nos postos e em todos a média da gasolina estava em U$ 1,48. Comecei então a fazer as contas de cabeça, e vi que, se fosse por ‘litro’ esta, valeria o equivalente a R$ 2,80, mais ou menos, ou seja, uma média mais ou menos que eu pagava, quando estava ainda transitando pelo Brasil, nada absurdo, “demais”.
Parei numa bomba. Mandei completar o tanque, já que eu havia rodado, 141 kms, desde o último posto. Valor do abastecimento. U$ 1,15, ou seja, a gasolina é cobrada por galão, (4 litros), sendo então o valor do litro, equivalente a R$ 0,70, mais ou menos, maravilha!
Já eram 14:30 hs, quando a ‘ambre’, (fome), começou a gritar: - Estava na hora de ver o preço da comida, já que o do pedágio e da gasolina foram duas surpresas excelentes.
Parei num restaurantezinho de beira de estrada, coisa que não costumo fazer, mas para se ter noção, o ideal é buscar o mais caro nesse momento.
Um truque, para todo viajante, fora do País, é sempre perguntar se tem ‘menu’, que é o “PF”, logo o mais em conta, e foi o que eu fiz.
Perguntei se havia menu e ‘cuanto o valor’, sendo dito então que o prato com ‘ensalada, aro, papas, e/ou, pollo, lombo de cerdo, ou, carne de rês, com acompanhamento de caldo, e jugo de moras’, custava U$ 2,50. Pedi então um, com lombo de cerdo, (carne de porco ensopada).
Muito bom, assim, tive a certeza de que mesmo ‘dolarizada’ a economia do Ecuador, estava dentro de um patamar muito aquém do que eu estava, pessimistamente, preparada para encarar.

Segui até Otavalo, onde cheguei já eram cinco horas da tarde e, no momento em que o comércio da cidade começava a fechar suas portas.
Não foi difícil encontrar o Hostal Chasqui, que eu já havia escolhido aqui na Web, - pela praticidade de ter estacionamento e Wi-Fi -, para ficar, já que o preço de U$ 8,00 era bem atrativo, porém, claro, eu iria pechinchar haja visto ficaria por no mínimo 2 semanas, e, costumo fazer o pagamento adiantado.
Depois de um pouco de conversa com a proprietária, fechamos em U$ 5,00, ou seja, os 14 dias, por U$ 70, num quarto privativo, porém sem banheiro.
O frio no Ecuador é algo terrível, principalmente para nós que estamos habituados, quando muito, há 25, 28 graus. Aqui a coisa gira em torno de 8, mas sensação térmica é de 5, quando não venta e quando rola qualquer brisa, a coisa, chega nos 3 graus.
Guardei a moto, peguei as coisas e preocupada com a janta, indaguei se havia algum ‘delivery’, mas isso aqui é coisa de luxo, mas por ser bem no centro, não é difícil restaurantes, bares e lanchonetes, e, praticamente em cada esquina, há ‘tiendas de víveres’, ou seja, biroscas, improvisadas nas próprias residências das pessoas e bem ao lado do Hostal, há logo 3, uma quase ao lado da outra e, foi onde eu comprei um pacote de salsichas, 250 gr de arroz, 5 pãezinhos, redondos, tipo uma broa de milho, só que neste caso é trigo, um sache de 250 gr de maionese, Maggi, um garrafão de 5 litros de água mineral, 1 quilo de sal, 250 gr de açúcar cristal, 2 pacotes de presunto fatiado, com 6 fatias cada, 2 pacotes de Tang, 2 litros, uma lata de 200 gr de Atum, e um pacote de 800 gr de Biscoito Salpets, 100 gr de pó de café, tudo por U$ 8,60.
Voltei ao hostal, preparei o café, e mandei ver no ‘sanduba’ de ‘Jamón’, (presunto), com maionese e café, liguei a televisão e fui assistir até dormir.

07/01 - De Cáli à Pasto... 360 kms

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Conforme minha programação, saí de Cáli, logo que os primeiros raios de sol apareceram. Segui direto até depois de Versailles, onde parei [para tomar um café, dar uma descansada e seguir pois, minha expectativa, era a de chegar a Ypiales, na fronteira, ainda naquele dia.
Pouco depois da parada do café, já bem próximo à Popayan, um grupo de mais de 8 Venezuelanos, passou por mim, todos buzinando e acenando e, logo na entrada da cidade, paramos todos para uma confraternização e troca de adesivos e gentilezas, quando acabei sendo entrevistada por um deles, e, fiquei sabendo que se dirigiam ao Rio de Janeiro, para passar o Carnaval.


Segui, depois, minha rota, já que eles, pararam para conhecer Popayan, e o visual, cada vez que eu andava era mais lindo e surreal.


Parei para almoçar, já eram quase duas horas da tarde e, na parada chegou esta buseta, carregada de gente, e, de mercadorias, todas vindo, mais tarde vim a saber de Pasto, onde nos dias 4, 5, e 6, se comemorou o Carnaval, deles, uma festividade de integração de raças, levada para a cidade pelos negros escravos, que na data de sua libertação, fizeram esta festa, que acabou atraindo a atenção dos antigos senhores, que juntaram-se e acabou virando um carnaval.
Mesmo com meu empenho em tentar chegar a Ypiales, eu acabei tendo que ficar e passar a noite em Pastos, haja visto que, mesmo ainda faltando, 1 hora, a estrada para lá é toda serra, muitas curvas e seria mais seguro eu continuar no dia seguinte.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

06/01 - De Medellín à Cáli... 441 kms.

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Conforme o programado, hoje, me levantei as cinco e meia, me aprontei, peguei uma garrafa térmica de café e meti o pé na estrada.
A moto, mesmo depois da troca do pinhão de 17, pelo de 16 dentes, continuou com o clic-clact, mas agora acho que o problema tah na tensão da corrente, já que o mecânico da 'Allmotos', de Medellín, não tensionou bastante, talvez receoso pelo baú e excesso de carga, sei lá, mas isso depois eu vejo, já que acima de 60, ela naum incomoda. Também vi quando estava chegando a Cáli, que a arroela de pressão que trava o pedal do freio, caiu, mais isso já era uma 'tragédia anunciada', desde Pariaguan, quando eu caí naquele bendito pedágio e posto de controle, quando entortou o pedal e quebrou o mata-cachorro., mas enfim...
Voltando, andei bem, a viagem transcorreu na boa, porém o frio que peguei nas primeiras horas da manhã foi terrível, pois para completar, há entre Medellín ne Sta. Bárbara, uma serra e, no topo, o GPS, aferiu 2.693 metros, imagina o frio.
O lado bom e perfeito da coisa: Pela primeira vez na Colômbia, eu pego um trecho de uma cidade a outra de estrada perfeita. Um verdadeiro tapete, todos os 441 kms.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Porra, parece sacanagem. Faltando 3 dias para eu ir, chega aqui um casal 'brazuca'.

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Isso mesmo. O que eu cansei de reclamar e dar falta, agora às vésperas de eu ir, aparece. Ironia do destino né.
Tudo bem, pelo menos to podendo falar um pouco de português, mas, o mais engraçado de tudo, é que o hábito agora do español, me faz misturar as palavras. Muito louco isso.
O casal é de São Paulo, capital, Rapahel e Kellin, que estão no mesmo quarto que eu, e, por isso já ganhou o apelido aqui no Hostal de 'Habitación Brasil', pois somos 3 brazucas agora.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Guerreira já está pronta para a batalha. Que venha Cali!

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Tudo arrumado, moto pronta, re-revisada, agora por 'eu' mesma, enfim. Agora é só aguardar 'miércolis', (quarta-feira), para voltar a estrada, rumo a Cali, minha primeira parada, depois, creio, Popayan e finalmente, Pasto e Ypiales, fronteira com o Ecuador.

Terminei, agora há pouco os últimos ajustes e lubrifiquei a corrente, apesar de que é nova, porém é necessário se engraxar toda ela para ficar perfeita.
Consegui, nesta arrumação reduzir consideravelmente o volume e peso. Mesmo com dois notebooks, ficou bem otimizada a arrumação da carga e a distribuição de coisas e peso, entre os alforjes que desde Turbo, estão fixados na lateral do baú.
Agora só falta mesmo, abastecer, calibrar os pneus e meter o pé, literalmente na 'carreteira', para, acredito em 2 ou 3 semanas, retornar, rumo a Cartagena e embarcar para o Panamá.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

2010 COMEÇOU EXCELENTE!

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Uma imagem, vale mais que mil palavras. Essa então, me toruxe de volta à vida! - Aos 45 do segundo tempo, eis que Cláudia, a dona do Hostal Medellín, me veio com esta notícia avassaladora! Há uma operadora, conhecida dela que faz a rota Cartagena x Panamá, e, com saídas frequentes.
Acabou-se a minha agonia. Vou voltar a minha rota e projeto original de ir até o Canadá e de lá, atravessar de navio ou avião para a Europa.
Vou agora, depois dessa nova situação, para o Ecuador, por no máximo um mês, retorno para cá, Medellín, apenas pelo tempo de tratar tudo e ir para Cartagena embarcar rumo ao Panamá.
São cinco dias de viagem pelo oceano, sendo que dois dias parados nas Ilhas San Blas, e segundo me foi dito é uma viagem maravilhosa.
Bom, é isso. Eu não ia conseguir dormir antes de postar esta reviravolta que aconteceu logo nas primeiras horas de 2010. Quando tudo parecia perdido, eis que surge a luz no fim do túnel e esta luz tem nomes: Cláudia e Ivan, que juntos lembraram-se desta operadora e Hostal que faz este tipo de pacote. Estou de volta a rota!

Virada do Ano. Chegou 2010

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Finalmente, chegamos a 2010. Ano da Copa, ano de novas conquistas, de novas paragens de novos ideais.
Renova-se para nós a vida, os desejos as realizações. Estamos mais uma vez iniciando uma nova década e espero que nos próximos dez anos tenhamos muito mais o que nos orgulhar, do que nos envergonhar.
Fizemos nossa ceia, nossa confraternização e como podem ver, muitas caras novas, muita gente diferente que chegou por aqui nas últimas 48 horas. Agora somos, Argentinos, Bolivianos, Italianos, Americano, Ingleses, enfim, uma mistura de raças e de idiomas fantástica, que só contribui para o engrandecimentode nosso conhecimento e de nossa cultura.
Feliz 2010 para todos e que no decorrer deste ano continuemos todos juntos por 'esse mundão de meu Deus'. - Roda pra Frente Pessoall!!!