Quem sou eu

Minha foto
Uma pessoaa feliz, de bem com a VIDA, curtindo cada momento como se fosse o último. UM DIA EU ACERTO!
Se não pode DOAR por Pay-Pal ou BankLINE, clique no BANNER acima, FAÇA um REGISTRO e já estará colaborando com USD 0,02. Cada centavo é benvindo. Conto com Vocês!

Tradução / Tradución / Translate - Ouvir Tema da Página

♪ Músicas online grátis! Acesse: www.powermusics.com

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

(Quarta-Feira, 29/10) - Uma noite de bom sono e 'seco'!

Dormi como uma pedra! Acordei eram cinco horas e, por conta de haver sensores em toda a casa, fiquei meio que quieta até as seis quando então todos começaram a despertar também, desligando os alarmes e eu podendo assim preparar um café para tomar.
Logo que Jaime despertou, nos preparamos para irmos a Aduana fazer as papeladas das motos em Viva México.
Chegamos não eram 10 horas da manhã e depois de conferir meus documentos todos e de se criar alguns impedimentos, tais como, data de validade do Documento de Propriedade, (coisa de lunático), o agente Aduaneiro me disse que haveria uma taxa de 35 Dólares pelo ingresso da moto, que teria de ser paga com Cartão de Débito ou Crédito. Quando dei meu VTM, este disse que não poderia ser este pois no VTM não tem impresso o nome do titular, 'teria de ser um Cartão de Crédito em 'meu' nome, caso contrário eu teria de fazer um depósito de 400 Dólares, mais os 35 da taxa de entrada, sendo que na saída do País estes, quatrocentos me seriam recarssidos. Coisa de maluco.
Tive de aceitar e disse que faria o 'tal' depósito. Aí veio 'outra' complicação: 'O depósito teria de ser feito em 'Dólares Americanos'. Não se aceitava Pesos ou outra moeda, só DOLAR!
Tivemos de voltar a Tapachula para na Western-Union eu sacar no caixa eletrônico o valor em Pesos e depois cambiar em Dólares. Tudo feito, regressamos.
Chegamos onze e vinte, torcendo o 'cabo' para não dar meio-dia, e com isso termos de esperar até as duas, quando voltassem do almoço.
Novamente no Guichê, documentos originais, todos conferidos novamente como se eu estivesse chegado naquele intante, (que já havia sido feito na primeira vez, uma hora antes), tudo certo, pediram as xerox's de tudo.
Peguei na minha pasta todas. Aí disseram que não serviam pois estavam recortadas e teria de ser na folha inteira de A-4 cada uma.
Fomos eu e Jaime no lugar que eles indicaram que 'teria' xerox e esta estava pifada. Fomos em outra, a única opção depois dessa e a máquina estava quase sem 'toner', mas, mesmoa ssim conseguimos fazer a merda das cópias. Voltamos.
Jaime fez sua documentação e quando chegou na minha vez, mais sacanagem. A xerx não estava boa. Disse então que anexasse a ruim e a minha, "recortada" boa. Ae o babaca do velho, que parecia ser o chefe do posto disse que não podia. Pedi a Jaime para ir tirar outra e que tentasse ser a melhor possível.
Acredito que o funcionário tenha percebidoque o 'tal'velho estava fazendo de sacanagem comigo, porque mesmo diante da negativa dele se pôs a preparar os papéis.
Quando Jaime voltou a xerox estava na mesma qualidade da outra mas acabou ficando aquela mesma, e quando terminou tudo que fiz o pagamento dos 435 Dólares, e recebi a 'porra' da documentação, foi a hora de curtir e ironizar com o agente e o chefe.
Disse a eles que me desculpasse pelos 'transtornos' que eu havia causado e minhas argumentações, haja visto que eu, era 'BRASILEIRO' e não compreendia como um País onde a economia tem um patamar de 12 Pesos para 1 Dólar Americano, pode ser tão exigente e criar tantas dificuldades para aqueles que estão entrando e vão gastar para ajudar a pagar os salários de cada mexicano no fim do mês. Quanto aos USD 400,00 eu estava até agradecida pois, eles guaradriam este dinheiro para mim, sem ônus, nem perdas pois ao contrário do Peso era DÓLAR e, não desvalorizaria, e, quando eu saísse do México, receberia de volta para gastar nos EUA, ou seja, estavam me fazendo um grande favor!
Eu não podia deixar isso passar em brancas nuvens. Fiquei quieta e calada até ter nas mãos tudo e depois 'caguei' bunito na cabeça dos 'pé-no-cu'
Voltamos para a casa e fomos então fazer as manutenções e revisões. Quando abrimos o compartimento de bateria da moto de Jaime, a surpresa: - A bateria estava boa. O fio do fusível é que havia soltado e por isso não havia corrente na moto. Decidimos então que venderíamos a bateria ou trocaríamos por outras coisas que pudessem servir. Troquei a minha também e a 'Guerreira' está 'tinindo'.
Revisei, pneus, parte elétrica já que com a chuva a seta começou a dar 'piti', mas era umidade, resolvi secando e aplicando WD dentro do relê, calibrei os pneus, arrumei as coisas que secaram e, tomei um susto pois quando abri a barraca para secar não encontrei o sobreteto que pensei tivesse ficado em Coatepeque no quartel de bombeiros, mas depois encontrei novamente, mas isso, fez o esposo da prima de Jaime comprar uma barraca nova, COLEMAN, 3 Estações e nos presentear, enfim, a coisa aqui está ótima.
Fomos hoje, quinta-feira, comprar óleo Motul para a moto de Jaime, uma Panela, já a minha esmaltada se quebrou e caiu na estrada e quando voltávamos vi um empresa onde se produz adesivos vinílicos impressos e recortados e resolvi orçar quanto sairiam 2 para o tanque da 'Guerreira', recebendo o valor de 100 Pesos, Oito Dólares, não dois, mas sim "quatro" de 25 x 12 cms, uma bagatela. Claro que mandei fazer a amanhã, sexta-feira, dia 01/10, vou colocá-lo lá mesmo.

Finalmente MÉXICO!

Parece mentira, mas estamos desde anteontem, 28/09, no México, depois de muitos problemas, intepéries, enfim, conseguimos chegar, eu e meu novo parceiro de estradas, Jaime.
Saímos de Ciudad Guatemala, como previsto na segunda-feira, bem cedo, com muita chuva. Passamos na loja onde eu havia comprado o filtro de ar para adaptar na 'Guerreira', compramos uma boa roupa de chuva para ele e seguimos em frente. Pegamos muita neblina e mais água na estrada, mas mesmo assim não desanimamos até chegar na localidade de Mazatenango, onde havia um congestionamento, com a estrada toda parada por 10 quilômetros, por conta de uma manifestação.
Por sorte estamos de moto e logo fomos seguindo, até chegar no entroncamento onde havia uma placa indicando o caminho para Apanahache, coisa que então eu creditei a 'Karma', já que, quando tentei ir por Coban, atolei e acabei ferrando a embreagem da moto, agora, extamente no cruzamento com a estrada que leva a esta cidade, novamente, ficamos parados pois o trânsito havia se embolado de tal forma que só mesmo com o auxílio da Polícia de Carretera, conseguimos passar e, aproveitamos para almoçar, uma vez que já passava do meio-dia.
Voltamos a estrada e a moto de Jaime parou de funcionar a elétrica. Pensamos que fosse o problema da bateria, uma vez que ele me disse que quando foi tirar a moto da agência, tiveram de dar uma 'carga', pois esta estava arriada.
Chegamos a Coatepeque, cerca de 42 Kms da fronteira de Tecún-Ulman já eran quatro e meia da tarde e por isso parei num posto para conversarn com Jaime sobre a possibilidade de passarmos a noite ali, já que se seguíssemos, entraríamos no México 'noite' para ainda termos de pilotar até Tapachula, cidade onde residem familiares seus. Aliás, no México será excelente pois ele tem família espalhada por quase todo o País.
Quando entramos em Coatepeque, eu vi um quartel do Corpo de Bombeiros e disse a Jaime que esta poderia ser a nossa primeira opção. Caso recebêssemos um sonoro 'NÃO', aí tentaríamos Postos de Gasolina e, por último, a estrada mesmo, em algum lugar mais protegido nas margens.
Logo de cara fomos bem recebidos pelo Cmdt Erick, que pôs a nossa disposição todo o terreno da unidade, bem como as dependências de uso comum para tomarmos banho, armar nossa barraca, enfim, isso tudo pelo tempo que quiséssemos ficar.
Aproveitando que ali o tempo ainda estava firme, estacionamos as motos armamos a barraca rapidamente e eu já preparei um café fresco para nós.
Não demorou e logo que caiu a noite, desabou também a chuva nos pegando, meio que de surpresa pois o tempo estava bem firme.
Por este motivo de não estarmos preparados para chuva naquerla noite, quando armamos a barraca, fizemos de modo simples, sem muitos detalhes, principalmente com o 'sobreteto', que acabou ficando bem colado a parte interna da barraca e por conta disso, com a chuva intermitente da noite, acabou gotejando muita água, do meu lado, molhando meu 'slip', meu lençol, minhas roupas, resumindo: - Me fudendo!
Logo que clareou, mesmo com chuva eu vesti a jaqueta, já que estava mesmo ensopada, e fui arrumar o sobreteto, acabando por despertar Jaime.
Sentados, tomando um café que logo também preparei, começamos a discutir o que faríamos. Se seguiríamos assim mesmo com a chuva caindo para a Fronteira de Tecún ou se ficaríamos ali mais um dia e seguiríamos na manhã seguinte.
Optamos por encarar a chuva, uma vez que para ficarmos molhados ali, nos molharíamos logo na estrada a caminho do México. Assim fizemos.
Passamos na cidade e fomos a uma autorizada da VRC, pegar uma bateria nova para a moto, coisa que conseguimos, sem que a ruim fosse retirada, pois, por ser selada teria de ser ativada e esperar 4 horas para colocá-la na moto e como 'tempo' para nós era precioso, só pegamos a nova, colocamos o ácido e seguuimos. Aproveitei eu também e comprei logo uma para a 'Guerreira', já que a minha, comprada na Venezuela, há um ano e um mês, já estava indo para o 'vinagre', gastando assim, 25 Dólares, na compra. Coisa de R$ 50,00, para a bateria 12V-8A, perfil baixo, original da DAFRA.
Chegamos em Tecún-Ulman, debaixo de um verdadeiro dilúvio. Caía água que até Deus duvidaria se não estivesse presente.
Entramos no setor de imigração e a boa notícia: A fronteira está fechada pois o 'sistema' havia caído e estava fora do ar. Ótimo!
Tinhámos El Carmen de opção, mais 42 quilômetros à frente e, lá, o sistema estava OK e a fronteira fica aberta as 24 horas, além de ser mais próximo de Tapachula, 14 quilômetros apenas.
Troquei logo meus Quetzales por Pesos Mexicanos e metemos o pé, debaixo do dilúvio por mais ou menos meia-hora, até que a chuva aplainou um pouco, mas a estrada é apinhada de 'túmulos', (quebra-molas), o que acaba irritando a qualquer 'mortal'.
Eram quase quatro horas da tarde quando chegamos a El Carmen e fomos direto para a imigração. Peguei meus papéis me dirigi ao guichê e fiz a saída da Guatemala, da moto em menos de 15 minutos, depois fomos para outro guichê, fazer a 'minha' saída e, também bem rápido, estava liberada para entrar no México.
Aproveitei e comprei dez maços de Malboro, a 30 Pesos cada, coisa de 2,50 USD, já que no México uma carteira custa 3,50 Dólares.
Atravessamos a ponte e já estávamos em território mexicano. Logo que estacionei, peguei meus papéis e me dirigi a imigração, sendo parado por um agente que me pediu a documentação da moto. Achei estranho, e perguntei por quê e, ele me disse que sendo a moto da Guatemala, necessitava conferir a documentação, aí eu 'quebrei' a figura perguntando de onde ele havia tirado a idéia de que a 'Guerreira' era guatemalteca.
Ele disse que a placa da moto 'negra' era de 'guate', aí eu disse a ele que de fato a 'negra' é 'local', mas a "naranja" era BRASILEIRA, do Rio de Janeiro e que eu também não era de 'Guatemala'.
Coitado, ele mudou de cor diante da varada. Conferiu por conferir muito por alto os Docs, já que não tinha como não fazê-lo depois de um furo desse, a de Jaime também, bem por cima e nos indicou o guichê de imigração.
Entrei primeiro, apresentei meu Passaporte, o agente me perguntou o motivo da visita e para onde eu iria, eu respondi passeio e, quanto para onde iria, dependeria dele, se me desse três meses eu conheceria quase todo o País, caso contrário se fosse menos, apenas o que fosse possível.
Ele então pegou tudo ne carimbou meu Passaporte com 180 Dias, ou seja, 6 meses para ficar em México se eu quisesse. O mesmo aconteceu com Jaime.
Perguntamos então onde era a Aduana para fazer a documentação da moto, sendo orientados que seria em Tapachula, na localidade conhecida como 'Viva México' onde se encontra o posto Aduaneiro.
Seguimos então ;para a casa da 'prima' de Jaime e chegamos eram quase seis horas da tarde, cansados, destruídos e muito, muito molhados e com tudo nosso encharcado já que não pudemos secar nada.
Estacionamos as motos na imensa garagem da casa de três andares, e tiramos as coisas que precisavam secar assim como nossas roupas, enquanto Beatriz preparava um Bife com Feijão e Salada para nós comermos, depois disso foi um belo e merecido banho e descanso para o dia seguinte.

domingo, 26 de setembro de 2010

Conforme o prometido...

Acabamos de arrumar a moto ainda há pouco. Aproveitamos para registrar o momento e também para uma pequena confraternização, tipo, "bota-fora", ali mesmo na garagem do condomínio. Amanhã bem cedo, como sempre faço, partimos rumo ao México.
----xxxx----
Aí estão, Jaime e sua VRC Rebelian, 150cc, da Vento Motorcycles, empresa americana que produz e vende estas motos em Centroamérica. Mais tarde vamos arrumar sua moto para amanhã de manhã partimos e claro, vou fazer mais fotos para postar aqui.
O que chamou minha atenção nesta moto foi seu tamanho e robustez, bem ao estilo norte-americano, onde aliás ela é produzida e também seu preço aqui em Guatemala de apenas R$ 3.200,00 ou 1.600,00 Dólares. Uma pechincha!

Em conversa, há pouco, Jaime me disse estar ansiosíssimo para amanhã, pois, já por diversas marcou sua saída, antes mesmo de comprar a moto e nunca foi, agora, comigo junto a ansiedade está tomando conta e ele não sabe nem se vai conseguir dormir direito esta noite.

Também estou ansiosa, não por estar saindo de um País a outro mais sim por de agora para diante ter um "parceiro", 'físico', viajando comigo, coisa que eu nunca esperei acontecer de verdade.
Veremos amanhã como a coisa flui. Creio será bom e proveitoso para ambas as partes porque estando ele comigo, aos poucos vai pegando experiência e a manhã para depois enfrentar 'sozinho' toda a América do Sul, como ia, fazer agora, se eu não tivesse, por acaso, voltado!

sábado, 25 de setembro de 2010

De volta a Casa de Leslie em Ciudad Guatemala

Depois deo estresse todo em Coban, não restou outra alternativa senão voltar para Ciudad Guatemala, para daqui ir para a fronteira do México.
A estrada, apesar de bem pavimentada é bastante perigosa e, em muitos trechos, há quedas de barreira, com muita lama, 'olhos-d'água', pedras, terra, enfim, vale e tem que se ter extremo cuidado.
Sai bem cedo como sempre, mas desta feita com chuva. Uma garoa fina, mas que dava para molhar bem e foi assim, direto até quase a metade do caminho de 230 kms.
Parei só duas vezes, uma para vestir a roupa de chuva e a outra para tomar um café da manhã num posto de gasolina.
Cheguei a "Guate", na casa de Leslie, exatamente ao meio-dia e como eu sabia ela não estaria em casa, fui direto para o Hiper, almoçar e dar uma relaxada olhando o movimento.
Saio na segunda, se Deus quiser para o México. Hoje, aqui tá fazendo 13 graus e chovendo desde a madrugada. Espero que amanhã melhore o tempo.

NOVIDADE!!!

Lembram do 'Jaime', o Guatemalteco, que fui com ele ver as motos e me apaixonei pela Yamaha Enticer 125cc Cruiser? - Pois é, ele comprou uma moto, não a "Enticer", mas outra 150cc também Cruiser, para como eu, se tornar um 'Trota-Mondo' e, por conta disso, vai comigo, na segunda-feira, já a caminho do México e dos Estados Unidos, já que como eu, ele também tem um VISA de 10 anos, para fazer uma espécie de 'estágio' para depois, seguir 'solo' rumo a América do Sul.
Agora seremos 'dois' nas 'carreteras', eu e meu novo parceiro de viagem 'Jaime', cruzando a América do Norte, rumo, quem sabe ao Canadá e, vai que ele se empolgue mais e queira me acompanhar pelo resto da jornada pelo mundo.
Amanhã faremos fotos dos preparativos, já que ele está com tudo já pronto, só faltando colocarmos na moto e nos prepararmos para partir na segunda.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

(Quarta-Feira, 22/09) Atolada no Barro até o motor!

É minha gente, quando digo que este meu finalzinho de G-4, aqui na Guatelama está uma ‘desventura’ tenho certeza que há pessoas que riem, mas o fato é que aqui estão acontecendo coisas que nestes 20 meses de estrada nunca se passaram ou ocorreram.

Ontem conforme eu havia me programado, saí eram seis e meia do Hotel e me pus a caminho de Apanajachel, onde seria minha penúltima parada antes da Fronteira com o México.
Depois de confirmar, enquanto dava os últimos retoques na ‘Guerreira’, as condições do trecho sem pavimentação que iria enfrentar, (principalmente numa área onde há uns meses ocorreu um enorme deslizamento de terra que matou mais de 300 pessoas e arrasou uma aldeia inteira, sem contar alguns ônibus, carros e caminhões que passavam justamente no momento em que a terra ‘desceu’), toquei em frente e fui mais tranqüilo pois um dos hóspedes que trabalha com fretes disse que na véspera passou por lá e estava a estrada boa, apenas, pouco ‘lamacenta’ num trecho bem pequeno de uns 8 quilômetros.

Apesar de pequena, San Crsitóbal é uma cidade meio complicada de se pilotar e, aliado a sinalização inexistente, dei uma volta completa no ‘em torno’ até voltar a estradinha novamente.
De fato estava em boas condições o trecho, apesar de não ter asfalto e ser de terra batida com pedras. Tudo bem, até que, me aproximei do local onde ocorrera a tragédia e o deslizamento, passando pela porteira de uma ‘Finca’, (sítio), com uma ‘puta placa’ de ‘Propriedad Privada, NO, Passe Adelante’, porém andando mais uns 50 metros percebi que o caminho não seria aquele haja visto me levaria direto onde a terra havia bloqueado a estrada.
Percebi também que não haviam marcas de pneus ou de trânsito recente, logo, seria a ‘finca’ o desvio e, juntamente com esta minha constatação, ouvi barulho de buzinas abaixo de onde eu estava, logo seria mesmo por lá, passando pela propriedade que eu teria de ir. Voltei.

Incrível mas o lugar é sombrio. Não sei se pela hora, (ainda não havia passado das sete e meia da manhã), ou se pelo fato de ter ocorrido ali tantas mortes de uma só vez, mas o clima que se sente é pesado. Uma coisa ‘mórbida’ mesmo que, confesso não me fez ficar ‘muito’ à vontade.

Passei a porteira e comecei a descida. Começou aí também minha agonia pois trata-se de algo realmente íngreme. Arrisco até a dizer que passa dos cinqüenta graus de inclinação. Os freios, no meu caso que estou ‘carregadíssima’ e pesada, eram uma ‘brincadeira à parte’ no ‘mal sentindo’, já que, se desse a falta de sorte de travar a roda dianteira, deslizaria sem controle algum, estrada abaixo, isso se eu não caísse ou pior, descesse o barranco ao lado.
O traseiro, que melhor controlava a moto, que claro, estava engrenada, em primeira, logo, fazendo um ‘freio-motor’, também era acionado a ‘meia-sola’ porquê se também travasse a ‘traseira’, seria chão na certa, depois de ver o baú passar a minha frente contrariando todas as leis da física. A coisa começou a ficar séria.

Consegui, com muita cautela, Chegar a um trecho menos íngreme de descida e também para piorar mais lamacento, com barro ‘ultra escorregadio’, alguns pontos visíveis de ‘atoleiro e ‘olhos’ d’água cruzando por sobre o barro, infiltrados na grande quantidade de terra que avolumo-se ali.

Perguntei a um caminhoneiro como estava mais adiante, já que se via alguns carros parados, vans, “uma moto”, caminhões e uma máquina operando na limpeza do trecho.

Ele me disse que estava bem e que eu podia seguir já que moto estava passando e que ele estava aguardando o ‘trânsito’ fluir para seguir. Fui em frente.

Com muita ‘manha’ e cautela, segui sobre a marca deixada pela esteira da máquina, pois ali certamente o ‘barro fofo’ estaria mais seco e compactado. Passei dentro de um atoleiro com um jorro de água descendo. Dei uma ‘queimada’ na embreagem para poder vencer este obstáculo, mas a ‘Guerreira’ mostrou valor, passou bem, até que cheguei onde estavam os carros e caminhões e percebi então o motivo do ‘engarrafamento. Havia uma van de passageiros atolada e, uma Ranger 4X4, já estava encarregando-se de retirá-la.
Após este trecho nefasto, parecia, a estrada, ou melhor o barro estava mais seco, apesar da subida ser como foi a descida, coisa de 50 graus de inclinação, mas nada que uma boa ‘primeira’, não resolvesse, pois, pelo menos ‘torque’ a ‘Guerreira’ tem de sobra no motor.
A van foi retirada, o tráfego começou a fuir e eu já me coloquei em posição para continuar também. Logo que o caminhão que estava a minha frente passou e a máquina deu uma nova ‘aplainada’ na pista, engatei a primeira e mandei ver. Não andei 20 metros e a ‘Guerreira’ afundou, ‘literalmente’, no barro fofo. Debreei, chamei no acelerador e nada! Simplesmente não havia tração. Tentei segunda, nada. Terceira, Quarta, Quinta... Nada de Nada! – Minha embreagem foi pro vinagre. FINOU-SE & FUDEU-SE!

Fiquei atolada, com barro até o motor, os pés enfiados na lama a mercê de dois rapazes franzinos para me ajudarem a tirar a moto deste ‘atoleiro’ no meio da passagem, para outro, mais na lateral e, pior, mais a beira do ‘barranco’.

A coisa estava tão feia, que como vocês podem ver na foto que eu tirei, a ‘Guerreira’ está parada no meio do atoleiro, ao lado da pista, só que o detalhe maior é que não está em descanso. Ela está presa e devidamente equilibrada no ‘barro’... Só isso!

Maravilha. Eu ali, no meio do nada, Embaixo de milhares de toneladas de terra instáveis, onde já haviam morrido soterrados mais de 300 pessoas não fazem 2 meses, dia seguinte à muita chuva na noite e madrugada, com a moto parada, sem tração alguma, a mercê de transporte de volta a Coban para reparar o motor.

Por sorte o cara que manobrava a máquina também tinha moto e, por isso conhece bem ‘nossas’ necessidades. Nos intervalos entre uma ‘aplainada’ e outra, ele me disse para não me preocupar que logo passaria uma caminhonete de ‘flete’, (frete), e que o motorista embarcaria a moto e nos levaria de volta a Coban.
Realmente, não demorou nem quinze minutos e a caminhonete apareceu e por sorte, quase em pessoas em cima, só duas mulheres e dois rapazes e um sacas de milho.
Conversei com o motorista. Perguntei se levaria a mim e a moto até Coban, ele de pronto respondeu que sim. Perguntei o preço: - 250,00 Quetzales! – Chorei e fechamos nos Duzentos.

Aí começou a ‘saga’. Tirar a ‘Guerreira’ do atoleiro, virar, e embarcar na caminhonete. Tentamos nós cinco. Eu, o motorista, um dos rapazes que auxilia na ordenação do tráfego e os dois passageiros, que coitados tiveram de enfiar os pés no barro até ‘as canelas’. Nada. Muito peso, muita terra e, para completar, subida.
Peguei a corda que trago comigo, amarrei na frente da moto, pedi para o auxiliar da máquina amarrá-la na ‘pá’ e assim conseguimos desatolar, porém com um ‘tombada’ básica, mas sem maiores conseqüências, senão o ‘peso’ do manete direito que se soltou e, milagrosamente, não sei como, ficou preso entre o motor e o carburador. Essa, eu digo, foram as mãos de ‘Deus Nosso Senhor’ que o colocou ali para que eu não perdesse, pois não há nenhuma explicação de como isso pode acontecer em meio a tanta lama, e mais, justo do lado para onde tombou. Seria até plausível, se acontecesse e o ‘peso’ caísse e ficasse travado no mesmo lugar até, mas pelo lado esquerdo, virado nesse caso para cima e não, no direito que estava enfiado na lama. Não há como explicar, enfim.

Finalmente a moto foi posicionada, depois de muito esforço mas aí a coisa voltou a complicar por conta do peso do baú. Não tinha como subi-la na caminhonete e rapidamente, claro, retirei o baú e, aí que constatei mesmo o peso que carrego ali. Quatro homens não foram capazes de erguê-lo com facilidade e a muito esforço conseguimos levar tudo. Foi a vez da moto, muito mais leve e rápido subimos ela na carroceria e com a corda amarrei, ‘nas coxas’ ela para encarar a subida, já que não pudemos fechar a tampa traseira.
Foi terrível. A cada curva, cada solavanco a moto ia pra um lado, para outro, se desamarrou e o motorista, ‘foda-se’ nem aí mandando ver e eu como louco amarrando, segurando, pois estávamos subindo agora o que eu havia descido e conhecia bem a inclinação, em resumo, foram uns quinze minutos de ‘total’ desespero esperando a qualquer momento a ‘Guerreira’ sair pela traseira da caminhonete e se espatifar na estrada.

Graças a Deus e a todos os meu ‘Guias e Protetores’, chegamos novamente a porteira da finca, onde dali para adiante a estrada ficava melhor.
Pude então mesmo com vários solavancos ainda amarrar melhor a moto até que chegamos novamente em San Cristóbal, onde os passageiros desembarcaram e aí sim amarrar mais firme.

Chegamos de volta ao Hotel Minerva. Bem ao lado, a esquerda, há uma oficina de motos e a direita uma loja de peças. Desembarcamos tudo. Fiz o pagamento ao motorista e já tratei com o mecânico o serviço.
Como aí no Brasil, ‘mecânicos’ são todos ‘alarmistas’ quando viu o estado da moto, de barro até a alma’, eu, todo lavado, parecia piloto de ‘trilha’, o mecânico, só de ligar e passara as marchas, deu o veredicto. Marchas. As engrenagens haviam indo para o ‘vinagre’. Tentei explicar a ele que não, que era apenas os discos de embreagem mas aqui o nome não é embreagem e sim ‘cloche’, como vim a saber depois. Argumentando não saber se teria peças para a moto no mercado daqui, ele também justificou o preço em cima disso, mas eu, que sei o que tenho, disse a ele que até peça de ‘carrinho de controle remoto’, serve neste motor então esta hipótese estava descartada, mesmo assim, o preço: - ¡500 Quetzales, pero tiengo que desmantelar lo motor y eso llevará tiempo!

Comecei a me preocupar pois meu prazo vence dia 30 aqui, Perguntei quanto tempo. –¡ Treis Diaz! – Chorei e o preço caiu para Quatrocentos e já mandamos ver, comigo dando uma força para a coisa ir mais rápida.

Desmontamos a lateral direita onde estão os discos. Tiramos a bomba de óleo, sacamos tudo finalmente e a constatação, não HAVIA MAIS DISCOS. Estavam lisos, com todo o amianto desgastado comigo ‘queimando embreagem’.

Depois de engatar cada marcha e verificar que estavam tracionando bem a roda, sem ruídos e tals, o mecânico surpreso disse que o problema eram apenas os ‘discos de cloche’, (justamente o que eu tentei explicar mas ele não entendeu, o ‘não quis entender’), e por isso o serviço seria bem mais barato. – ¿Barato cúanto?, indaguei, já esperando a porrada de 250.

- ¡150 Quetzales! - Ufa’, caiu muiiiiiito...(rs) Fui na loja de repostos e com um disco de modelo pedi um jogo de discos de cloche, e logo um pacote com cinco discos novos me foi entregue, sendo que são usados por Tuc-Tucs e algumas motos também a Bajaj. (maravilha motos pequenas nessas horas, só penso no meu amigo ‘Adriano’, ano que vem, por estas bandas, “que Deus tal não permita”, mas se houver necessidade de algum reposto para sua KTM, (KateMarrone), 990cc, e também nos outros que ‘falam’ mas não sabem o que dizem quando contestam, argumentam ou criticam viajar com motos de baixa cilindrada, enfim... “Perdoai-vos ó Pai. Eles não sabem o que dizem!”)

Voltando, levei os discos e montamos tudo novamente e, aproveitando a economia depois que ele me disse que quando terminasse levaria a moto para lavar, fechei tudo em 200 Quetzales, (R$ 50,00 Reais), incluindo uma nova lubrificação de eixos, rolamentos, corrente, balança, tudo!
Antes de fechar o ‘carter’ foi feita uma lavagem por dentro com gasolina e, para minha surpresa e do mecânico, encontramos um ‘prego’, (muito pequeno), dentro da tampa, preso em algum lugar, por sorte e que se soltou quando passávamos o pincel com gasolina.
Não tenho idéia de como isso pode ter ido parar lá dentro. Tenho duas hipóteses: - A primeira, que pode já ter vindo assim da mão do primeiro dono. A segunda, que estivesse dentro de algum litro de óleo e na hora da troca tenha ido para dentro do cárter sem poder ser visto, tanto que agora vou comprar um par de meias femininas e fazer uma espécie de coador para o funil que eu improvisei para as trocas do óleo do motor.
Imaginaram se este pequeno e diminuto prego, se solta e é aspirado pela bomba de óleo indo parar dentro do motor da ‘Guerreira’? – Seria como uma ‘punhalada’ em seu ‘coração’, ia travar a ‘porra’ toda, causar um estrago de tamanho e ordens, incalculáveis. Graças a Deus, mais uma vez, “ele” me protegeu e pôs diante dos meus olhos o perigo.

Duas horas da tarde a ‘Guerreira’ estava de volta a ativa! Limpa, cheirosa, imponente, novamente como é a sua cara, sua personalidade.

O desgaste dos discos não se deu apenas por conta desta estrada. Não podemos nem devemos esquecer as duas vezes que cruzei o trecho entre Mulatos e Turbo, na Colômbia, também queimando muita embreagem, 1,2ª apenas. Isto já causou um desgaste e claro, culminou agora com a fadiga total das peças.
Tudo pronto, fui então cuidar de mim. Levei as coisas que foram desembarcadas da caminhonete para dentro do hotel, já que ficaram todas colocadas na porta da garagem. O baú, que a muito custo eu eum outro rapaz daqui colocamos para dentro. A o alforje de tanque, jaqueta, enlameada, plástico que tenho de reserva para cobertura, também sujo, a corda, enfim tudo.
Depois fui almoçar, na mesma ‘pizzaria e restaurante’, onde me fartei na véspera Voltei para a garagem do hotel, tirei a calça, peguei a jaqueta, o colete e a mochila que levo no ‘mata-cahorros’, que estava pela metade suja de barro pois afundou na lama, juntei tudo, atravessei a rua e bem defronte também há uma Lavanderia ondei deixei tudo por 38,00 Quetzales, (R$ 9,50), e voltei para limpar, lavar e remontar o Baú em cima da moto, coisa que eu só terminei já passava das oito horas da noite, para vocês terem uma idéia do que está sendo esta fase de ‘desventuras’ aqui na Guatemala.

Me programei para sair amanhã. Vou, (infelizmente), ter que seguir por Ciudad Guatemala, que além de ser mais 120 quilômetros distante daqui, se eu fosse a Apanajachel, ainda tem o trânsito caótico. A coisa boa: - Posso ficar na casa de Leslie, se for o caso de ficar um dia em ‘Guate’. Ir na Embaixada e Justificar logo o meu voto, já que eu havia decidido não fazê-lo, por enquanto, e depois, ao invés de Apanajachel, ir-me, (se for o caso), a Antiqua Guatemala, ver as ruínas, depois seguir direto para a Fronteira do México.

(Terça-Feira, 21/09) Meu dia em Coban

Depois de uma boa noite de sono, levantei bem cedo, eram cinco e meia e, mesmo que eu não quisesse despertar, teria de fazê-lo pois aqui no Hotel, tem um galo que não satisfeito de passar toda a madrugada ‘conversando’ com outro bem distante, entra logo que clareia o dia, na garagem para cantar e, claro, despertar todo mundo.
Quando deu sete e meia, depois de passar um café, óbvio, fui à cata de uma Lan House e, o primeiro lugar óbvio, foi no ‘Mac Donald’s’, porém este, “justamente este”,não tinha Rede Wi-Fi e tive de esperar até oito e meia defronte a uma Lan até que abrisse para ver com o pessoal da agência em Manaus a minha recarga do VTM, que este mês antecipei, e, também para atualizar tudo na WEB.

Saí da Lan, fui buscar uma ‘peluqueria’, (barbeiro), para dar uma ‘tosa’ básica no ‘muco’ que já estava ficando grande.
Tudo feito, fui então passear e comprar coisas que ainda me faltavam, como o ‘maccete’, (facão), a plaqueta do esticador de corrente da ‘Guerreira’ que havia caído e perdido, achei também uma loja de couros e aproveitei para comprar uma ‘agulha para coser couro’, enfim, um monte de bugingangas, mas que por conta da preguiça e do esquecimento vão se avolumando e quando se vê é isso.
Nas entrelinhas, ‘liguei o foda-se’ e dei um dia de ‘regalos’ a mim mesmo. Passando defronte a uma ‘pastelaria’, (aqui chama-se “BOLOS” de Pastel), vi um bolo de laranja na vitrine e resolvi comer logo duas fatias para matar a saudade, já que eu, não sei o que é ‘bolo, torta e afins’, desde que saí do Brasil. Depois de comer os dois pedaços , vi que havia outro, tipo uma torta, com uma espécie de ‘flan’, cremogema, sei lá, entremeado e feito de ‘plátano’, (banana d’água), resolvi também experimentar.

Voltei para o hotel, e pus-me a ajeitar as coisas na moto, primeiro, a plaqueta do esticador de corrente, que me saiu a Qz 5,00 / USD 0,75, depois as braçadeiras para prender o ‘maccete’ na quina, lateral do baú, que depois de amolado, na mesma ferreteria onde eu pedi para fazer a plaqueta, ficou uma ‘navalha’, tanto que num descuido quando fui ajeitá-lo na posição para fazer a furação, só de encostar o dedo displicentemente acabei me cortando.

Comprei também um pacote de 200 gr de Algodão, numa farmácia para ver se ajeitava a bendita ‘garrafa térmica’ que de ‘térmica’ não tem nada e uma caixa de fluconazol porque a bendita ‘herpes’ de ‘cantro-de-boca’ não tem desaparecido somente com acyclovir. Tenho de combinar, enfim.
Tudo ajeitado e arrumado, subi para o quarto, tirei um cochilo de, eu acho, uns quarenta minutos e fui de novo para rua caminhar e fazer umas fotos.

Já estava anoitecendo quando bateu a ‘ambre’, (fome), e resolvi fechar o dia com ‘chave-de-ouro’, comendo BEM, uma comida, fora dos padrões, tanto guatemaltecos, quanto de centroamérica.

Quase ao lado do hotel, há uma pizzaria chamada ‘Bella Pizza’, cujo proprietário, um italiano de nome Hendri, me atendeu e que depois de eu dizer a ele que precisava comer algo, mas nos moldes do Brasil, no quesito quantidade, pois como ‘eles’ os Italianos, nós temos hábito e costume de ‘comermos muito’, sem miséria.
Ele então me sugeriu um prato de Qz 50,00 / USD 6,25, que continha: - Um belo Espagheti, ao Sugo, Pão de Alho, uma Salada de Alface, Tomates e Cebola, com uma Pasta, de Alho e outras ervas e Filé de Frango Empanado, com molho de Tomate. Nem preciso comentar mais NE?

Pedi, claro, quando vi que o pão de alho, era tipo o nosso, de ‘casca’, mais um, (Double Pan), pois seria sacrilégio não aproveitar esta dádiva.
Quando terminei, aos moldes italianos, passando o pão no prato para não deixar “nada”, eis que Hendri, me surpreende trazendo de cortesia, um prato de sobremesa, com ‘bolinhos de chuva’, com açúcar e canela. Foi a Glória!
Minha despesa total, com este ‘banquete’ fora dos padrões locais me custou QZ 63,00 ou em Reais, pouca coisa mais que R$ 14,00, isso porque também tomei uma Pepsi de meio-litro.
Saí satisfeito. Cheguei no hotel, subi e pus um cafezinho básico, pois como reza a regra de todo bom brasileiro, depois da comida, ‘um café e um cigarro’.

Mal me deitei e batem à porta. Me levanto e quando atendo, era a dona do hotel com um copo de Arroz com Chocolate, batido. Um ‘regalo’ em agradecimento ao pacote de algodão que eu dei para ela, que me sobrou depois de eu “ajeitar” a térmica.
Confesso que esta foi uma ‘saia-justa’. Primeiro porquê, tenho a certeza de que nenhum de vocês que estão lendo isso, jamais imaginou, bater chocolate-quente no liquidificador com arroz cozido, segundo, porquê eu ‘detesto’ todo e qualquer tipo de caldo, sopa, cremes, etc... – Seguindo a regra do Bom Viajante, aceitei com um ‘puta sorriso’, tomei um gole, mostrando satisfação e elogiando e, me lembrei que eu tinha um ‘copo’ e por isso, passei o conteúdo, do ‘dela’ para o ‘meu’, não tendo a necessidade de ficar com ele aqui e, também porquê seria mais fácil eu, jogar fora.

Não que o tal “Chocolate com Arroz”, seja ruim. Muito pelo contrário. Para quem gosta de caldos e afins, é bem interessante, mas, infelizmente para eu mesmo, ‘passa batido’, porém eu fiquei na ‘merda’ pois seria uma afronta recusar e por isso tive de fazer a linha e beber um não, dois ou três bons goles, ‘mostrando satisfação’, daquilo descendo, ‘embolando na minha garganta’.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

(Segunda-Feira, 20/09) 1.105 Quilômetros Rodados em Guatemala!

A coisa não é pra brincadeira não. Completei hoje,Mil Cento e Cinco Quilômetros rodados, somente em Guatemala. Desta vez estou mais organizado e marcando dia-a-dia minha quilometragem percorrida.
Saí do Hotel em El Remate, extamente as seis horas da manhã. Passava pouco das sete e seu já estava na Isla de Flores, cujo os casarios chamam a atenção lembrando em alguns pontos, as ruas do Pelourinho, em Salvador ou mesmo de Olinda, com as casas pintadas em cores berrantes, tudo muito bonito.
Mandei ver na estrada e ainda estava em Santa Elena, tive uma surpresa: - O GPS traçou uma rota em cima de uma estrada não pavimentada.

Me informei com um ‘local’ e ele me disse que a ‘carretera’ pavimentada, que leva a Coban, meu destino de hoje, estava ‘paralela’ a esta. Agradeci, a informação, contornei e peguei o rumo certo ‘pedindo’ um recálculo da rota ao aparelho que logo se acertou.
Rodei uns cinqüenta quilômetros e encontrei uma pequena cidade e como já eram nove horas mais ou menos, entrei para ver se encontrava uma garrafa térmica para comprar.
Na primeira loja, ‘varada’, mas o balconista me disse onde ir e lá encontrei uma de um litro por Qz 40,00, cerca de 5 Dólares, e também uma faca, já que a outra eu esqueci em Paxcaman e ainda uma pedra para amolar, tudo deu Qz 50,00.
Voltei a estrada e mais adiante um susto básico. Uma ponte caída, mas desta feita, ao contrário do que aconteceu logo após a fronteira em Hachadura, havia um desvio paralelo, por sobre o rio o que evitou que eu tivesse de pegar uma estrada ruim e de terra.
Mais adiante, outro rio, só que desta feita, bem maior e mais largo, e, um ‘Ferry’ fazendo a travessia dos veículos por Qz 5,00. Esperei a próxima viagem pois cheguei no exato momento em que saía.
Levou bem uns 30 minutos, para descarregar, recarregar veículos do outro lado e voltar. Finalmente embarquei, paguei e atravessei para a cidade de Sayanché onde voltei a ‘carretera’ rumo a Coban.
Já eram quase meio-dia e eu comecei a procurar uma ‘carneceria’, (açougue), para comprar uma libra de carne-moída, (boi ralado), e fazer os hambúrgueres que desde domingo eu estou na vontade de comer, com, um saco cheio de pães de hambúrguer sem ter a ‘bendita’ carne!
Cheguei a uma aldeia com muito comércio. Parei e me informei onde haveria uma ‘carneceria’. – Não havia.
Cinquenta quilômetros, mais ou menos, adiante, outra cidade. Também nada de ‘carneceria’, ou seja, a miséria desses povos é tamanha, que ‘carne’ é objeto de luxo para seus padrões, isso sem contar que, desde a outra aldeia, a excessão das crianças, a língua falada, não é o Español, e sim um dialeto, chamado ‘Quezta’, ou seja, até para comprar água é uma MERDA, porque você pede água e eles te dão refrigerante. Aí você diz que não quer ‘gaseosa’, quer água. Eles te dão um saco com um tipo de ‘gatorade’, uma bebida para hidratar. Aí você acaba desistindo e bebendo esta merda mesmo, por quê pelo menos te hidrata.
As crianças, ainda falam o Español, por conta da escola, mas os mais velhos de jeito nenhum falam outra coisa senão o Quetza.
Pra completar, ainda, este trecho, tem uma reta de 35,5 kms, RETA MESMO, subindo e descendo sempre, sem uma curva, por mais leve que seja. NADA, só ESTRADA em LINHA RETA. Imagina você com sono neste trecho.
Segui até a cidade de Chisec, quase 100 Kms à frente. Ali, bem maior que as aldeias, até com um mercado imaginei que encontraria ‘carnicerias’ e encontrei, ‘pero’, sin carnes. Moída então, nem pensar!
Fiquei louco do meu cu, até que uma mulher, na barraca que eu parei para tentar tomar uma ‘água’- (H2O mesmo! - Pura, engarrafada,) me deu a dica de uma lojinha onde se vendia carne moída em pacotes. Rumei pra lá.

Com a carne em mão, voltei a estrada, andei uns 10 kms e parei no acostamento para preparar, finalmente meu almoço. HAMBÚRGUERES!
Comi, lavei tudo, fiz o café, pus na garrafa nova, que não vale merda nenhuma, mas pelo preço, pelo menos mantém umas ‘horinhas’ o café quente e segui em frente até começar a subir a serra para Coban, que está a 1.400 metros de altitude.
Faltavam ainda 40 kms e começou a chover: - Chuva forte mesmo. Pareia a ‘Guerreira’, coloquei as proteções, vesti a roupa de chuva e fui em frente.

Uma coisa curiosa na ‘Guerreira’, é que desde que saí da Colômbia, não mais havia pego grandes ‘serras’ ou montanhas, enfim. Quando comecei a subir, senti que ‘ela’ estava presa, sem força, estranha, bem diferente do que foi no Ecuador e na Colômbia onde subia tranquilamente trechos bem íngremes em quarta e, raras vezes pedia terceira. Aqui, só em segunda, terceira, mal e porcamente e quarta nem pensar. Foi assim por uns 15 quilômetros até que por ela mesma, voltou ao normal, desenvolvendo bem, subindo em quarta, pedindo uma terceira básica, quando a coisa ficava muito íngreme, ou seja, esta é uma coisa que há muito tempo eu já vinha reparando, mais precisamente desde a Bahia e, em João Pessoa, numa viagem em grupo até um moto-fest, teve uma das motos que começou a ratear, engasgando, daí eu disse ao piloto, para maneirar nas acelerações, ir tocando no ‘totózinho’ que pelo menos com a minha ela voltava ao normal por si mesma e foi o que aconteceu também com a dele. Mistérios da DAFRA-KANSAS 150cc, ‘auto-regulagem’... (rs)

Cheguei a Coban embaixo de chuva. Parei num posto, reabasteci, comprei um Gatorade, já que a garrafa que eu mantinha com água no guidão, para emergências e tal, caiu na serra e eu não parei para pegar, dei um tempo e quando a chuva deu uma estiada, fui para o Centro, catar um ‘hotelzinho barato’, de no máximo ‘5 Doletas’ para passar a noite, já que com chuva, nem ‘phodendo’ eu ia armar barraca onde quer que fosse. Fodido por um, fodido por todos!
Depois de dar uma voltas e de encontrar um por módicos 45 Quetzales, acabei encontrando outro, na ‘Calle Principal’, distante do Mac Donald’s, uns 500 metros, com Lan House próxima e tudo, por Qz 35,00.
Em resumo: - Esta foi a minha segunda-feira em Guatemala. Mais aventuras e ‘desventuras’ nestes últimos dias de ‘G-4’, Já que fiz as contas e terei de sair do País até o dia 30, mesmo tendo entrado na Nicarágua dia 3 de Julho, mas tanto o mês de Julho, quanto o mês de Agosto, tiveram 31 dias, logo, o prazo de 90 dias, para os 4 Países vence no dia 30 e não no dia 3 como eu estava imaginando.

domingo, 19 de setembro de 2010

(Sábado, 18/09) – Depois da ‘tempestade’ a ‘bonanza’!

Então, depois da saída corrida, na noite de sexta, hoje, sábado foi dia de fazer um balanço geral de ‘perdas’. Explico:
Sempre que saio rápido de um lugar, acabo deixando para trás, fatalmente, alguma coisa e desta feita não foi diferente. Ficaram para trás, uma faca de corte de carnes, um saco com quatro pães e o pote de pasta lava-louças.
Também na pressa, eu acabei por rasgar a bolsa onde se coloca a barraca e logo de manhã, tratei de arrumar, assim como, tirar um copo de isopor que esqueci dentro da barraca com um resto de café que acabou fazendo uma ‘lambança’ só.
Aproveitei então para fazer pequenas coisas que eu sempre vou deixando para depois e que no fim me facilitariam bastante a vida, como por exemplo, os extensores que prendem a bolsa da barraca no engradado traseiro, que ainda estava na medida da ‘antiga’, bem menor de volume e que com esta, toda vez que eu precisava recolocá-la no lugar era uma verdadeira ‘maratona’.
Também o ‘jacaré’ do compressor de ar, que havia quebrado ainda na Colômbia, mas que por preguiça não arrumei e, o dia em que eu precisasse de verdade iria me dar dor-de-cabeça.
O alforje direito, como eu havia dito rasgou na costura, ou seja, seria só uma questão de tempo para que ele se abrisse totalmente devido ao peso que carrega.

Fui na cidade na hora do almoço, comprar uma libra de carne, (bife, de um corte ‘supeito’ do boi, já que por estas bandas não se tem padrão algum), para comer e aproveitei para catar uma loja que trabalhasse com couro ou um camelô, que sempre há espalhado em todo canto, mas como quando se precisa não se acha, desta vez também foi assim! O remédio foi eu mesmo com o famoso ‘jeitinho brasileiro’ resolver, costurando com fio de rede de pesca, (seda), que no fim das contas deu um bom resultado e acho que nem será necessário fazer a coisa ‘direita’.
Costurei também a bolsa da barraca e aproveitei para reforçar a costura com um viés de nylon colado com cola de sapateiro que eu comprei quando cheguei a San Salvador no início do mês.

De resto, ‘mecânica’ por exemplo, nada para se fazer. A ‘Guerreira’ como sempre está ‘redondinha’. Olhando depois de tudo arrumado no lugar, ou seja, na hora do ‘check-list’ dei por falta da plaqueta de metal, que fica no final da balança do lado direito, que trava a regulagem da roda e da corrente. Caiu em algum ponto entre San Salvador e aqui, haja visto que na revisão no tailler de Marcos, ela estava no lugar. Vou quando for embora, na segunda-feira, comprar um ou mandar fazer numa loja de ferragens, haja visto que não há nada de complexo. Apenas uma plaqueta de metal, com um furo bem no centro onde passa um parafuso e se fixa com duas porcas.
Hoje fez um dia lindo. Também quando fui a cidade, passei na loja de artesanatos dos alemães que sexta a noite me indicaram a pousada, tomei um café e bati um papo antes de ir comprar tudo que eu necessitava. Repelente, água, pó-de-café, refresco em pó e pão para lanchar a noite.
A carne me custou 20 Quetzales, (quase 2 Dólares), meio quilo / uma libra e, foi, dentro de um contexto geral e tolerância, “aceitável”.
Hoje, domingo, espero dar uma pescada, já que aqui defronte tem um cais e também tem saídas de barco, para passeio no lago, mas eu já ouvi o preço, custa tipo Qz 60,00, (7,50 Dólares), o aluguel de acordo com o que foi dito a ‘duas gringas’ que chegaram hoje.

(Sexta-Feira, 17/09) Quirigua x Remate, 295 Kms de Aventura

Toda emoção que eu não tive até agora, eu consegui resumir somente no dia de ontem. Saí de Quiriguá conforme minha previsão, antes das seis horas da manhã e, as sete, eu já estava lanchando na ponte em Rio Dulce, setenta quilômetros à frente.
Aproveitei que Rio Dulce é uma cidade mais desenvolvida e procurei uma agência da Western Union para cambiar os últimos 50 Dólares que eu tinha e também para ver preços de peças e repostos que por ventura eu possa vir a pecisar.
Como estava bem cedo, tive de fazer hora até as nove e enquanto esperava conheci um estounidense que também está viajando fazem cinco anos de veleiro, juntamente com sua esposa, porém ele, por gosto estaria como eu, de moto.
Papeamos até a agência abrir e quando abriu nos despedimos e eu fui cuidar das minhas obrigações monetárias.

Saí, peguei a estrada e segui direto até quando o relógio marcou meio-dia, nesse instante eu estava passando pela cidade de Chacalte e aproveitei, já que no trecho havia algumas barracas de comida, para almoçar logo.

Parei a moto e procurei saber o que havia para comer. – Costelinha de Porco frita e Torresmos. Como aqui não se tem muito hábito de comer ‘arroz’, o acompanhamento é ‘tortillas’, (que eu não como de jeito nenhum, só mesmo se estiver com muita, muita fome), e, ‘frijoles’, (feijão).

Disse a senhora então que eu ia quer um, ao preço de 20 Quetzales, coisa de USD 2,50, mas, eu iria antes preparar um pouco de arroz para comer, já que minha dieta não me permite comer ‘tortillas’.
Mais uma vez virei o centro das atenções com todo ‘maravilhados e embasbacados’ com o pequeno fogareiro à gasolina, ainda mais que, tive de reabastecê-lo, tirando combustível do tanque da moto, aí danou-se tudo.
Vinte minutos e o arroz estava pronto. Fiz meu prato de costelinhas, com uma metade de cebola cozida, duas pimentas mexicanas, (haja cu), e sentei-me para comer, pedindo algo para beber e, como só havia, caldo-de-cana, preferi um refrigerante, ‘horrível’, mas é melhor que me arriscar com o caldo!

Terminei tudo, lavei a louça, arrumei a moto novamente e ‘pé-na-estrada’. Não andei vinte minutos e a ‘pimenta mexicana’, que diga-se de passagem comi muito, fez efeito.
Parei no acostamento e quando desci da moto para dar a ‘cagadinha básica’ na beira da estrada, a ‘Guerreira’ resolveu fazer graça e saiu do centro de gravidade tombando para a direita, quando fui subir ela no cavalete, o resultado: - Moto virada na beira do acostamento e eu como um idiota pedindo ajuda aos carros que passavam para que parassem e me ajudassem a levantar a moto, que a esta altura do campeonato, vazava gasolina pela tampa do tanque.
Não demorou e pararam um caminhão e uma caminhonete e todos desceram para me ajudar a levantar a moto novamente e, enquanto isso a ‘merda’ fazendo pressão para sair.
Agradeci a todos a ajuda e quando se foram, finalmente pude ir para o ‘matinho’ dar a minha merecida barrigada.

Voltei a estrada. A moto Graças a Deus, tudo normal. Rodei mais uma hora mais ou menos e cheguei a San Luis e fui buscar um ‘maccete’, (facão de um metro de lâmina), médio para eu pôr na moto, mas infelizmente por estas bandas o que conta é o tamanho da lâmina e está sendo muito difícil eu achar um de mais ou menos uns 40 / 50 cms, que dê para eu colocar numa das laterais do baú.
Parei ainda em Dolores para comprar mais arroz e macarrão e segui depois direto, - eu imaginava -, até Tikal, porém quando cheguei a aldeia de Pascaman, vi uma lagoa enorme bem no centro da cidadela, com várias crianças brincando numa espécie de cais improvisado, nadando e ao lado algumas mulheres com água pela cintura, quase no peito, lavando roupas e pescando.

Com estou louco para pescar, isto era tudo que eu vinha pedindo a Deus a um longo tempo. Entrei em direção a lagoa e, numa casa vizinha, parei e perguntei a um casal se haveria problema de armar a barraca para passar uma noite.

Depois de uma rápida conversa, também sobre ‘possíveis’ riscos, uma vez que ali eu estaria ao contrário da estrada bastante exposto, o rapaz disse que a cidade era tranqüila e que eu poderia ficar sem ‘nenhum problema’.
Fui então para um canto, bem próximo a água onde eu pude estacionar a moto e a seguir montei a barraca.
Tudo pronto, fui até as mulheres que estavam lavando roupas e pescando e perguntei sobre iscas e estas me disseram que as iscas eram ‘lombrigas de tierra’, ou seja, ‘minhocas’ no duro.

Ofereci Um Quetzal por um punhado e elas me deram umas oito minhocas grandes e assim voltei para meu lugar a fim de poder pescar finalmente e, quem sabe, garantir o jantar.

Logo fui rodeado por um monte de crianças que estavam antes nadando no pequeno cais e todos ficaram ali em volta de mim brincando, rindo, conversando.

Todos que passavam me cumprimentavam. Minha presença chamou a atenção de toda pequena aldeia. Começaram também a vir adultos e dentre eles um que depois de indagar se eu passaria a noite ali, me perguntou se eu não ‘tinha receio’ de ficar tão exposto.
Disse a ele que de ‘onde eu vinha’ a coisa também era ‘braba’, morava no Brasil, no Rio de Janeiro e o que para eles é considerado ‘violência’ para mim é cotidiano, mas que eu agradecia sua preocupação.
Ele me disse então que possuía uma pequena casa fechada, bem próximo de onde eu estava e que se eu preferisse ele me cederia a casa para eu passar a noite, mais seguro e com mais ‘conforto’, pois, ali, ‘exatamente’ ali, onde eu armei a barraca era caminho dos ‘maconheiros’ da aldeia. Todos quando querem fumar seu ‘baseado’ vão justamente para ali e que não era uma boa idéia eu me expor tanto, já que drogados estes poderiam achar que eu tinha dinheiro e querer me roubar.
Agradeci mais uma vez, e fiquei onde estava. Os peixes não queriam nada comigo. Peguei, três, mas não tinham mais que 10 cms, não dava nem se eu quisesse para ‘tapar os buracos’ dos meus dentes. Positivamente ali não era um bom lugar para se pegar ‘peixes’ maiores.

A noite caiu, as crianças se foram, e, seguindo o que me havia sido dito pelo morador, logo chegaram ‘dois’ para fumar seu ‘baseadinho’, Carlos e Winter. Depois de me cumprimentarem, e de bater um pequeno ‘papo’, me oferecendo inclusive também a ‘droga’, que eu educadamente recusei dizendo que já bastava eu mesmo de ‘droga’, deixaram a bicicleta ao lado da barraca e foram mais adiante um pouco fumar.
Levaram bem uns quinze minutos, meia hora e retornaram sentando-se e emendando uma conversa bem demorada.

Já eram umas oito horas quando eles se foram, ficando de retornar no dia seguinte e como os mosquitos, (sancudos), estavam atacando geral entrei na barraca para finalmente dormir, já que eu estava de pé desde as quatro e meia da manhã.

Fiquei uns vinte minutos dentro da barraca e ouvi passos. Me levantei e vi um ‘cara’ que passou e se colocou uns 15 metros adiante, atrás de uma árvore.

Pô, ‘puta-velha’, eu também fiquei no ‘abajour’ da figura para ver qual era a dele. Levou bem uma meia-hora ali, plantado, na certa verificando as condições e probabilidades de dar uma investida e furtar alguma coisa da moto. Resolvi sair da barraca e também, ‘sair fora’ de uma vez, pois, passar uma noite, cansado como eu estava, em constante atenção, não valia à pena.
Eu me recordava de uns postos de gasolina que passei no caminho, que, se fosse o caso eu poderia ir e também, se seguisse em frente para Tikal, que estava a 49 Quilômetros, fatalmente alguma coisa apareceria e que me desse mais tranqüilidade.
Quando saí da barraca, já vestido e pegando as coisas e pondo na moto, a ‘figura’ saiu detrás das árvores e veio até defronte onde eu estava, ficou uns 10 minutos parado diante da moto enquanto eu já desarmava tudo e veio até mim para dizer-me que ‘ele’, (tadinho, espeeerto...), estava preocupado com a minha ‘segurança’ pois não havia muito tempo três corpos foram encontrados ali, e que a área era freqüentada por maconheiros, enfim, uma conversa de ‘cerca lourenço’ como se a ‘puta’ aqui não conhecesse estes ‘artifícios’.
Disse a ele que isso era normal. Nascemos para morrer e, quando a morte vem antes da hora é porque boa coisa não se fez. Cada um paga o preço pela sua imaturidade ou sua audácia. Ele se despediu e se foi e eu, já com tudo posto, também, ‘meti-o-pé’.

Odeio ter que pilotar a noite, mas nesse caso, era um mal necessário. Optei por seguir rumo a Tikal. Andei uns 25 quilômetros, passei por um posto de gasolina fechado, e cheguei a cidade de Remate. Logo no primeiro quebra-molas, (túmulos, como são chamados aqui em Centro América), uma placa de propaganda de um Camping e Hostal, fiquei tranqüilo. Pelo menos nesta cidade/aldeia, eu teria infra-estrutura para ‘se’ fosse o caso acampar.
Segui mais um pouco e passei por um barzinho / loja de souvenir’s com alguns ‘gringos’ papeando e tomando cerveja, passei, voltei e parei para perguntar sobre algum lugar para acampar ou que fosse bem barato para me ‘jogar’.
Eles então me indicaram uma pousada de 25 Quetzales, cerca de 3 Dólares, a noite no dormitório, (quarto partilhado), e, onde estava hospedada uma das meninas, Chelsea, que depois vim a saber.
Como um dos caras estava de saída, me guiou até a pousada e então eu me joguei com tranqüilidade e mais segurança, pois, ter que ficar a noite inteira de sobreaviso, dormindo como os ‘patos’ com um lado do cérebro e o outro ‘ligado’ de olho aberto não era coisa para aquele dia.
Depois de pegar o básico, fazer o pagamento da noite, pedir uma coca-cola, estupidamente gelada, subi e pus as coisas no dormitório e fui tomar um bom e merecido banho, que era o que faltava naquele dia e noite para relaxar por completo. Uma excelente ducha fria.
Dormi bem, acordei às cinco da manhã. Desci pus água no fogo, passei um café e peguei o computador para pôr em dia toda esta aventura.

Eram umas sete e meia e Chelsea também acordou e desceu e começamos a bater um papo gostoso, depois que eu lhe ofereci um café para acompanhar a coversa. Estadounidense, do Óregon, Chelsea está viajando entre México, Guatemala e Belize fazem três meses, aproveitando as férias da Universidade, onde cursa Sociologia.
Conversamos muito, durante muito tempo e como ela estava a caminho hoje de Poptún, uma cidade distante uns 50 quilômetros, daqui, e onde tem um Bosque para se acampar, nos despedimos, não sabendo se vamos voltar a nos ver, senão no Óregon, já que ela se ofereceu para me hospedar quando eu passar por lá.

Aproveitei também para dar outra organizada na ‘Guerreira’ já que na pressa de sair ontem de Pascaman, acabei descosturando a bolsa onde guardo a barraca, e também, o alforje do lado direito o qual está rasgando bem na costura. Não sei se vou conseguir consertá-lo mas isto não é problema já que aqui o que não falta e lojas e pessoas que fazem trabalhos e conserto em couro.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

(Terça-Feira, 14/09) Meu primeiro dia no Parque

Passei uma noite ótima. No final da madrugada, creio umas três e meia, caiu uma chuva boa e amanheceu chovendo ainda um pouco. Logo, começaram a chegar os trabalhadores do parque e eu também já me levantei e pus água no fogo para preparar um café enquanto ia dando uma organizada melhor nas coisas, já que pela hora que eu cheguei não foi possível ajeitar tudo e também porque não havia luz.
Chegou também o pessoal da bilheteria do parque e eu fui logo fazer o pagamento da minha entrada para assim ficar livre e, também claro, fazer uma social me apresentando.
Esperei um pouco e já eram umas oito e meia quando a chuva parou e eu fui caminhar para conhecer as ruínas e os monumentos do parque.
Não há, infelizmente, como definir o que se sente estando num lugar desse. É uma sensação magnífica. Me emocionei, (engraçado isso), logo que pisei os primeiros blocos de pedra do caminho que leva a Acrópole.

Acompanhei, posso dizer, todos os documentários do Discovery Channel, sobre estas Ruínas e sobre o Império Maia, como todo bom aficcionado em história, mas nunca, quando eu assistia, poderia imaginar que um dia, eu estivesse aqui, pisando e vendo tudo isso pessoalmente.

É um lugar fantástico. A beleza, a preservação das esculturas, o acervo, a natureza exuberante do Parque de Quiriguá são coisas que em poucos, pouquíssimos lugares se vê.
As equipes de manutenção trabalham direto e interruptamente, podando árvores, limpando e fazendo tudo o que é necessário para se manter o mais preservado possível tudo de lindo que existe aqui.

Uma paz natural invade seu corpo enquanto você caminha e aprecia os blocos de rocha esculpidos por este incrível povo que dominou o Centroamérica no passado. Como em todas as edificações e sítios destes povos, encontrados pelos historiadores ao longo dos anos este também está incrustado numa numa zona de muita fauna e com abundância de água. Vários canais passam sob as ruínas, mas estes estão longe da visitação e olhares do público em geral que visita o parque. O acesso é restrito apenas a estudiosos, habilitados pela UNESCO ou arqueólogos.

Posso dizer que caminhei por tudo que era possível. Subi até onde era a Acrópole principal. Estar lá em cima te da a sensação de rever no extenso campo de ‘peladas’ construído milhares de anos atrás por este povo, uma partida de jogo disputado por eles.

As inscrições talhadas nas pedras são de uma beleza inenarrável. Blocos de pedras empilhados uns sobre os outros te dá uma noção do quanto isso foi trabalhoso. Há em alguns pontos entalhes e blocos inteiros de cristal de rocha. Fiquei perplexo, radiante e agradecido a Deus Nosso Senhor de ter-me dado ainda esta oportunidade de poder vir e ver pessoalmente toda esta beleza. Por aqui, já tenho uma idéia do que vou encontrar mais adiante, nos outros sítios que quero e vou visitar aqui em Guatemala e México, bem como, uma preparatória do que virá pela frente quando eu chegar ao Egito, se Deus permitir.

Tirei muitas fotos. Não podia me furtar a isso. No ‘Altar de Pedra’, senti vontade de ajoelhar-me e pedir aos Deuses proteção nessa minha longa jornada e nova vida. Caminhei e fotografei entre as árvores, me senti uma criança num imenso parque de diversões, sendo que aqui, a diversão está na paz e no contato íntimo com você mesmo e com toda esta natureza ao seu redor.

Depois de revirar cada canto, voltei para minha barraca. Não sem antes, bem na saída, antes de cruzar o último dos córregos, uma espécie de ‘aquedutos’ recortados pelo piso do parque, virar-me para o fundo de tudo aquilo e, numa reverência a seus Deuses e como forma de respeito e devoção, agradecer mais uma vez a oportunidade de estar aqui presente, sentindo e testemunhando tudo isso.

Não havia muito mais para se fazer, a não ser se dar um jeito e uma arrumação em tudo e depois, armar a rede para deitar e relembrar cada pedaço deste lugar. Apreciar as fotos, e, registrar também algumas peças, (bem poucas), que estão em exposição no pequeno Museu logo na entrada do Parque e, uma visita a loja de jóias e souvernir’s de Jade, esculpidas e entalhadas, que são extraídas alguns quilômetros adiante no rio que antes servia a esta civilização.

Em conversa com uma das meninas que trabalham nestes postos, fiquei sabendo que a Jade, é extraída mais facilmente sempre que há algum abalo sísmico, já que este rio, está exatamente na junção de duas placas tectônicas e quando há alguma acomodação entre elas as Jades emergem com mais facilidade não sendo necessário se escavar ou explodir para sua extração.

Depois do almoço, comecei a fazer umas peças de artesanato. Pulseiras, cordões e brincos com o material que eu comprei em San Salvador e que ‘garimpei’ em Playa Hermosa, na Costa Rica.

Mal me sentei para fazer o primeiro cordão e já o vendi a um funcionário aqui do Parque por Qz 5,00, que não é muito mas já ajuda na gasolina, na compra de um mantimento, enfim, é desta forma que daqui para adiante eu vou começar a me virar para fazer dinheiro e ir-me mantendo com um máximo de economia, já que logo quando chegar ao México devo ter umas despesas, na ordem de 200 Dólares, comprando alguns aparatos eletrônicos como um Painel Solar e uma bateria, para não ter que depender de fonte externa de energia toda vez que parar, ou mesmo, para recarregar pilhas e alimentar o notebook.
Também pedi e recebi autorização para fazer uma ‘gambiarra’ com minhas coisas e assim instalarum ponto de luz aqui na cobertura de sapê, tendo agora luz à noite e também para recarregar as pilhas e a bateria dos notebooks.

Minha previsão de saída, é na sexta-feira, dia 17, rumo a outro Sítio Maia, desta feita em Tikal, onde há pelo menos seis Acrópoles, de acordo com o que tenho mapeado aqui nas ‘cartas’ do MapSource.

(Segunda-Feira, 13/09) - Saída de Ciudad Guatemala, Capital

Minha saída de Ciudad Guatemala aconteceu conforme eu havia programado. Levantei-me eram quase seis horas, terminei de arrumar a ‘Guerreira’, fiz o confere, me despedi de todos e meti o pé na estrada.
Sem pressa e com atenção redobrada para não cometer erros e ter que ficar rodando interminavelmente dentro da capital fui devagar até que cheguei a uma zona de comércio de auto-peças, porém como ainda estava muito cedo, eram pouco mais de sete da manhã, tudo estava fechado ainda.
Aproveitei para dar uma parada no Mac Donald’s para tomar um ‘desayuno’. Aqui, (quando me refiro a estes países que não o BRaza), a rede Mac Donald’s pela parte da manhã, não trabalham com os lanches rápidos, (fast-food). Até as 11 horas, serve-se café-da-manhã, e claro, acompanhando o padrão de alimentação de cada lugar. No caso aqui de Guate, o dasayuno são várias qualidades de sandwíches, tendo como base ovo e queijo, porém com o diferencial que em alguns tem-se feijão amasssado, como se fosse um patê, muito louco isso, com um copo de café e um acompanhamento, uma espécie ‘krispi’ de batata ou algo do gênero, que deve ser um ‘paliativo’ a tal ‘tortilla’ que eles aqui tanto apreciam.
Tomei meu desayuno, mas mesmo assim ainda não deu ‘hora’ para abrir o comércio e desisti de comprar de buscar o filtro de ar redondo, modelo similar ao usado na Honda Fan. Segui meu caminho, claro que sempre parando quando via alguma loja de repostos.
Abasteci, e mantive meu rumo para Quiriguá que era meu objetivo do dia, chegar a cidade das Ruínas do Império Maia.
Cheguei a um trevo de uma cidade chamada Sanarate e resolvi, depois de tomar um café, entrar para conhecer e aproveitar para ver se encontrava alguma moto-peças.

Na primeira loja, nada, também aproveitei para procurar uma ‘aranha de elástico’ para fixar o plástico no alforje de tanque quando chovesse.

Rodei bem na cidade até que encontrei o que buscava, porém o filtro, só uma espécie de ‘camisa’ de espuma que eu acho, seja o original, ou, paralelo da Suzuki-Intruder, e resolvi comprar para futuramente testar já que não ocupa espaço.

Saí e retornei a pista segundo meu rumo, desta feita até Teculutan, outra pequena cidade onde entrei e desta feita aproveitei para trocar uns Dólares a fim de reforçar meu caixa já que eu contava apenas com Qz$ 200,00 e havia logo de ‘cara’ na entrada uma agência da Western Union.
Fiz o câmbio deu coisa de 397,00 Quetzales / 50,00 Dólares, entrei ainda na loja de informática bem defronte a agência para ver preço de modem, (299,00 Quetzales) e fui em frente até uma praça onde havia uma loja da Tigo, operadora do Modem que eu uso e resolvi parar para saber se teria como comprar só um chip e colocá-lo no ‘bendito’ modem Salvadoreño.
Quando disse e mostrei tudo ao rapaz da loja, este me disse que eu não precisava comprar nenhum chip, nem colocar, bastava eu comprar uma recarga de cartão, pelo tempo que eu quisesse de navegação, 1, 7, 15 ou 30 dias e fizesse a recarga normal. Mesmo sendo o modem de El Salvador, desta maneira, tudo sairia bem.
Peguei então o note no baú da moto e fui numa outra loja, para comprar a recarga de cartão já que ele ali não tinha, apenas recarga ‘in-linea’. Voltei e quando liguei, a surpresa: Ainda haviam créditos de San Salvador, logo eu não poderia fazer a recarga naquele momento, tendo que esperar até as cinco hora, horário em que vencieriam os créditos para fazê-lo.

Agradeci a ajuda ao cara, dando a ele uma propina, (gorgeta), de Cinco Quetzales e, “pé-na-estrada” novamente, já que faltavam apenas quarenta quilômetros para Quiriguá.
Meu freio dianteiro começou novamente a ‘apitar’ e como estava com grana e tempo, logo que cheguei a cidade, de Los Amates, já fui em busca de uma loja para comprar pastilhas, fazer a troca, e, claro aproveitar para ver se havia o filtro.
Encontrei logo as pastilhas, porém o filtro, nada. Falei com o dono e na loja mesmo se fazia a troca por 25 Quetzales e as pastilhas 75, totalizando assim 100,. Mandei o rapaz da mecânica pôr mãos-a-obra.
Enquanto era feito, ficamos conversando e ele me passou várias dicas de lugar para eu acampar e ficar no meu caminho até a fronteira do México. Falou de um lago, adiante de Quiriguá, onde eu poderia ficar e também pescar, e outros e quanto as Ruínas, me disse que eu fosse de uma vez logo que terminasse o serviço pois, lá eu poderia falar com o pessoal da segurança e já passar a noite de uma vez.
Tudo pronto, paguei, aproveitei para mie informar de um ‘mercadinho’ barato para comprar alguma comida e mantimentos e meti-o-pé para as Ruínas, distante apenas quatro quilômetros e que não foi difícil achar.
Cheguei ao parque e já estava fechado porém os seguranças foram bem solícitos e logo que eu expliquei minha situação de viajante e que necessitava entrar logo para poder passar a noite, estes abriram os portões ficando-se acertado que eu faria o pagamento do ingresso no dia seguinte quando o pessoal responsável chegasse para trabalhar.
A visitação no Parque das Ruínas Maia, custa para os locais, (Guatemaltecos), Qz$ 20,00 e para Turistas Estrangeiros, Qz$ 80,00, coisa de 10 Dólares.
Logo que entrei me indicaram um estacionamento coberto para colocar a moto e também outro, uma espécie de cabana de sapé, onde eu poderia armar minha barraca.
Perguntei sobre os ‘sancudos’, (mosquitos), e estes me disseram que havia alguns mas não em exagero mas que era bom eu armar logo a ‘tienda’ para quando caísse a noite que já estava bem próxima. Me indicaram ainda uma ‘borracha’ ligada a uma torneira e que eu poderia usar para me banhar ali mesmo, já que por ser bem escuro eu poderia tomar banho à vontade sem ser visto ou incomodado.

Segui sua orientação quanto a armara a barraca e em seguida já pus mãos-a-obra para fazer uma comida com o que eu havia comprado, haja visto que tirando o ‘desayuno’ no Mac Donald’s eu ainda não havia comido nada naquele dia.
Terminei tudo e a noite já estava quase completa. Entrei na barraca, já que as ‘praga’ começavam a atacar e tirei um pequeno cochilo, mas como estava muito suado, um banho era fundamental para uma noite de sono tranqüila e merecida, logo, me levantei, peguei as coisas, (toalha, sabonete, etc...), e me fui banhar embaixo da mangueira com a qual eu improvisei uma pequena ducha, ficando assim limpo e, ‘mais fresco’ do que já sou, (rs), para dormir.

domingo, 12 de setembro de 2010

Pois é, já estou de partida amanhã de manhã para Quirigua, Ruínas Maia!

Já está tudo pronto e acertado para minha partida amanhã de manhã, para Quirigua. Fiz as UPs necessárias para o novo GPS, reconferi tudo, pero que agora a noite, começou a cair uma chuva forte, mas estou trocendo para que 'ela' não venha atrapalhar meus planos.
Não quero ficar mais que uma semana em canto nenhum mais, chega. Com ou sem grana de agora para adiante eu vou estar na estrada, que se dane tudo.
Também já cotei os preços para o 'outro' GPS que vou comprar e, catei no México, onde consertar o CX, se tiver solução vou ficar com três e assim nunca mais passo pelo que passei aqui.
O Nuvi 500 - Híbrido, esta custando no México, 340 Dólares e nos EUA, no E-Bay ou Amazon, 211,00 USD, não sei onde vou comprar, pois a diferença é pequena, mas deve ser nos EUA mesmo, sei lá, agora to meio neurótico de sofrer outra pane, ainda mais que no México a coisa é bem mais complicada que aqui na Guatemala em termos de rodovias, já que não há apenas 'umas' duas ou três principais, lá tem dezenas e o que é pior, muitas com pedágio e isso no México leva qualquer um a falência pois eles tem o pedágio mais caro do mundo!

sábado, 11 de setembro de 2010

(10 Set / Sexta-feira) Dia de fazer a manutenção do filtro da 'Guerreira'.

Acordei como todos os dias bem cedo e já me pua a fazer a troca e adaptação do filtro de ar, já que aqui não se encontra, nem nada parecido com o filtro da Dafra e, menos ainda o que seria uma opção, o da Honda, usado no modelo FAN.
Desmontei tudo, tirei o filtro e pus mãos a obra, recortando todo o filtro velho, tirando-o do suporte, depois também a tela de metal, já que é bobagem mantê-lo como sugeriu um companheiro, que fez esta adaptação usando o filtro da FAN. Depois recortei o que eu encontrei aqui em Guate, para ficar do mesmo tamanho do original, mesmo sendo ele um pouco menor em diâmetro, peguei a pistola de cola quente e fixei no suporte/ tampa da caixa de ar e pronto, tudo feito.
Depois fui fazer a instalação do acendedor de cigarros, para assim poder ligar direto o alimentador do GPS nele sem nenhuma 'gambiarra', que acho que foi isso que acabou 'detonando' o outro GPS pois naveguei desde Cartagena-COL, até, Honduras, com a 'gambiarra' e talvez isso tenha ocasionado este curto-circuito no aparelho agora aqui na Fronteira da Guatemala, enfim, agora mesmo sem usar, pois não pretendo utilizar alimentação externa, salvo somente se as pilhas se descarregarem comigo em 'rota', eu tenho pelo menos um acendedor de cigarros o que vai me facilitar, pois não precisarei parar cada vez que sentir vontade de acender um cigarro para fumar.

Na hora do almoço dei uma pequena parada e preparei um arroz básico para comermos com a sobra do frango que eu havia comprado na véspera no Hiper e assim eu e Jaime comemos e logo em seguida ele se foi para o Centro, em busca de concessionárias de moto enquanto eu continuei cuidando da 'Guerreira'.
Já eram quase seis horas quando ele e Leslie chegaram e encontraram um amigo deles, também chamado Luiz que já estava aqui comigo enquanto eu preparava o jantar para todos, uma massa, tipo 'gravatinha' à Bolognesa, para mim, Jaime e Luiz e para Leslie que não come carne vermelha, o mesmo, sendo que o molho de frango desfiado.
Comemos todos e mais tarde ainda chegou mais uma amiga deles e assim a noite de sexta seguiu até bem tarde, (para eles, onze horas), regada a cerveja e café para mim.