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domingo, 19 de julho de 2009

Boa Vista, Roraima - À 200 kms da Fronteira com a Venezuela - O primeiro SUFOCO!

Pois é... Chegay em Rorarima na terça-feira, passada, dia 14, e desde então, eu estava pernoitando no Posto Karakas, às margens da BR-174, bem na entrada da cidade de Boa Vista.
Estava porquê ontem um 'homem' chegou para mim, me sabatinando sobre o que eu fazia ali,há tanto tempo, (4 dias), sem sair para canto nenhum, logo 'eu' que, além de ser uma travesti, visivelmente de bom nível cultural, com alguns apetrechos tecnológicos, como, notebook, GPS, poderia estar me sujeitando a dormir no chão, ao relento, me alimentando 'mal'.
Indagou ainda, ou melhor, 'afirmou' que, "eu" não poderia estar ali à toa. Eu tinha um objetivo, uma missão, pois não havia coerência alguma em eu estar passando todas estas privações apenas por estar viajando. Queria saber o que 'realmente' eu queria ali e, acrescentou que, muitos caminhoneiros e outras pessoas dali do posto, já estavam 'cabreiros' e incomodados com a minha presença sem justificativa aparente.
Disse mais: Boa Vista é uma cidade de duas fronteiras internacionais, Guyana e Venezuela e, logo, por estes locais e postos acontece de tudo, tráfico de drogas, transportes ilegais de mercadorias e madeira, prostituição, pedofilia, venda ilegal de combustível contrabandeado, enfim... toda e qualquer forma de se ganhar dinheiro ilícitamente e, minha presença ali, simplesmente do nada, improdutiva, estava 'incomodando' a algumas pessoas.
Depois de muita conversa, e muitas explicações, acho que convenci o homem que, o motivo de eu estar ali era, pura e simplesmente o fato de estar sem dinheiro, esperando justamente meu pagamento aparecer no extrato do INSS para eu poder então seguir meu rumo e, que não havia motivo algum, para que ninguém ficasse preocupado pois, da 'terra' que eu vinha, uma das regras e não ver, ouvir ou falar coisa alguma. É simplesmente cada um viver a sua vida e bola pra frente. Acho que se convenceu.
Nos despedimos e eu, é claro, 'amarelei'. Imagina eu pagar-o-pato de algo que 'nem de longe' pudesse existir. Logo eu que, já estou completamente fodida, depois de ser 'assaltada' pela Marques Pinto, na travessia Belém x Manaus, que me deixou literalmente a Ø, ser confundida com um 'olheiro', X-9, P-2, sei lá...
Amarrei minha rede nas árvores, já que a chuva havia dado uma trégua e, já comecei a imaginar, como seria de agora em diante até o momento em que eu pudesse finalmente seguir viagem. Não dormiria mais a noite. Ficaria 'experta', como o homem me recomendou, e, só o faria durante o dia. Não ia eu,puta-velha, carioca, dar mole numa situação dessas.
Enquanto eu pensava com meus botões, vejo uma Shadow, 500cc, entrar no Posto para abastecer e pilotando, um cara, mais ou menos da minha idade, com um''puta" colete de couro, do MC de Roraima. Foi DEUS que mandou este cara.
Pulei da rede e fui até as bombas onde ele havia estacionado e, me apresentei, falando a ele que estava em viagem, rumo ao Canadá e se ele poderia entrar em contato com o presidente do MC deles, perguntando se poderia me dar algum tipo de apoio de 'pouso' por uns cinco dias, já que acredito não deva levar mais que isso para que emu pagamento apareça.
Imediatamente, "Madruga" como se apresentou, pegou seu celular e discou para o Presidente do Motoclube, um Cap. do Exército, que disse que ajudaria e que logo ele retornaria a ligação com alguma posição. Enquanto isso, Madruga me tranquilizou que, se não fosse possível nenhum dos 'colegas', virem dar uma força, ele me levaria para o sítio da irmão, cerca de 1 km do posto e que eu poderia ficar lá o tempo que fosse necessário. Um detalhe: - Eu não comentei nada sobre o papo que havia tido com o 'tal' homem... imagina se eu tivesse comentado.
Madruga pediu-me um tempo para que ele fosse num distrito de Boa Vista, próximo, e que quando ele retornasse, já me daria uma posição e me levaria para um lugar legal. Perguntou ainda sobre alimentação, grana para coisas de uso, enfim... foi extremamente solidário, como bem 'reza' a 'cartilha' de nós motociclistas e rider's.
Demorou cerca de uma hora e ele retornou dizendo que ainda não tinha nenhuma resposta, mas que eu ficasse tranquilo que ele iria em casa, que também é bem próxima do Posto e, assim que tivesse uma posição voltaria ali para me dizer.
Enquanto isso, desde que saiu a primeira vez, um grupo de caminhoneiros, que estavam desde cedo ali na lanchonete e, que viram e, seguramente ouviram o teor da minha conversa com o 'tal homem', acabou se aproximando, depois que viram que de fato eu não estava ali mal intencionado e me convidaram para comer um churrasco com eles, já que fizeram um rateio e compraram algumas costelas para assar na brasa, ali , entre os caminhões.
Houve também, na noite anterior outro caminhoneiro, de Sao Paulo, num 'truckado' que fizemos amizade e no final, quando se despediu de mim, foi na lojinha do posto e comprou 3 carteiras de Derby, assim como um madeireiro de Rorainópolis que pagou meu jantar, enfim, não havia até então nada que me levasse a 'imaginar' que minha presença estava sendo tão ruim assim.
Um dos caminhoneiros, do churrasco, me disse ainda que, se eu não estivesse 'subindo' para a Venezuela e, estivesse, ao contrário descendo rumo ao Centro-Sul, eu teria transporte garantido até São Paulo, pois, ele hoje, domingo, dia 19, partiria por Porto Velho de volta a Presidente Prudente.
Enfim. demorou mais uns 40 minutos e a noite já havia chegado e Madruga voltou para me buscar e me levar para o sítio da irmã, já que o pessoal do MC estava todo enrolado naquele dia, mas que não haveria problema algum em eu ficar lá, já que havia uma área coberta, bem ampla, com banheiro, cozinha, enfim. Esse cara, definitivanente foi mandado por Deus.
Este fato, apesar de traumático e assustador, valeu de experiência, ainda mais aqui, na porta de entrada da Venezuela, para que eu, de agora para diante não pare mais que 2 dias num lugar. Mesmo que eu ande apenas 2 kms, não devo mais ficar por um período maior que esse no mesmo ponto, já que agora, mais complicado ainda que os Estados de fronteiras aqui no Brasil, serão os países pelos quais vou passar, Venezuela, Colômbia, Pánamá, Nicaraguá, Costa Rica, Guatemala, El Salvador... tudo Países 'complicados' e com políticas bastante severas e 'instáveis'.

sábado, 18 de julho de 2009

Finalmente Roraima... Viagem até Boa Vista.200 kms da fronteira com a Venezuela

Perguntei a Sra., se o posto funcionava 24 hrs e esta me disse que não, ainda mais naquele dia que, o combustível, (gasolina), havia acabado mas que se eu quisesse pernoitar ali, poderia e, que eu me ajeitasse numa pequena ‘choupana’ de teto de palha, com diversos suportes para redes em torno do pilar principal, onde vários caminhoneiros, principalmente à noite também repousam e, que se eu quisesse tomar um banho, haviam dois baheiros mais atrás da lanchonete.
Agradeci e aceitei. Não havia a menor condição de eu seguir viagem depois de todo o estresse pelo qual passei desde que cheguei ao Porto em Manaus. Já eram quase 3 horas da tarde, - horário do Pacífico, 1 hora a menos que no Sul do Brasil -, e, depois de entacionar a moto pegar roupas e objetos de higiene, fui para o banho e saí de lá, recuperado mas, ainda, com o corpo ‘moído’.
Tomei alguns copos de café, perguntei quanto custava o Prato Feito e, mais uma vez, um absurdo... R$ 10,00. Pedi entaum que a Sra.fizesse, à noitinha, um prato de feijão com arroz apenas, por R$ 3,00, ela topou.
Jantei eram umas 21 hrs e me joguei na rede apagando até o dia seguinte, terça-feira, quando então o dia ainda amanhecia e eu me pus de volta a estrada para completar meu percurso até Boa Vista, já que ainda faltavam 480 Kms.
Logo que deixei o posto de gasolina, ainda em Jundiá, RR, rodei uns 15 kms e os primeiros pingos de chuva já se anunciaram. Parei, vesti a roupa de chuva e segui pegando um verdadeiro dilúvio até a cidade de Colônia, uns 250 kms, claro que em alguns trechos as pancadas eram mais fracas em outros, como pouco antes de Rorainópolis, mais intensa, ou mehor, bem torrencial, mas nada que se comparasse ao estresse vivido no dia anterior.
Em Rorainópolis, me desfiz dos ‘pneus biscoitão’, comprados na Paraíba para, ‘se’, eu pegasse trechos de barro e terra muito longos eu substituir, mas que acabaram não sendo usados e com isso apenas faziam mais volume e peso na moto.
Depois da Cidade de Colônia, RR, a BR-174 ficou um verdadeiro ‘tapete’ e com isso eu pude andar um pouco mais e acabei chegando a Boa Vista, eram umas 16:00 hs, com o tempo bastante nublado, céu bem carregado, mas que acabou não se consumando a chuva.
Parei no Posto de bandeira da Petrobrás, Karakas, bem no trevo de acesso à cidade e que serve de parada e apoio à caminhoneiros.
Abasteci, me informei da possibilidade de ficar por ali e, tudo acertado me instalei na parte dos fundos do posto, onde se encontram as baias de lubrificação das carretas e balança 24 horas.
Claro que, como acontece em todo lugar, nos primeiros instantes, há uma certa surpresa em relação a minha presença, primeiramente pela motocicleta, abarrotada de bagagem, depois pela ‘origem’, Rio de Janeiro, a cilindrada e por último, ‘eu’mesma pelo fato de seu ser uma ‘travesti’ fazendo um aventura dessas.
No segundo dia aqui parada já me inteirei com vários caminhoneiros e graças a eles pude traçar uma rota para Cartagena, na Colômbia, minha porta de saída da América do Sul.
Me inteirei também dos detalhes para atravessar a fronteira. Fiquei sabendo que por toda a Venezuela os militares, são extremamente ‘felxíveis’ e com uma garrafinha de catuaba Felina, alguns doces e bombons ou ainda com 20 mil Bolívares, cerca de R$ 6,00, você pode ficar tranquilo.
Roupas e calçados também são também baratíssimos... Roupas de Couro, calça e jaqueta, na ordem de R$ 200,00 os dois. Tênis Nike, último modelo legítimo, R$ 16,00. Em compensação, 1 litro de água custa cerca de R$ 3,00, isso porquê, na Venezuela, ao invés de lençóis freáticos, há lençóis de petróleo. O sujeito fura um poço e ao invés de achar água a 5, 10, 20 mts da superfície, acha é Petróleo, por isso a gasolina ser tão barata assim.
Estou parado aqui desde então e, pelo visto devo ficar até mais ou menos dia 20 ou 22, quando subirei a serra para a fronteira,onde também devo ficar uns dias antes de atravessar.
Um beijaum em todos, obrigado e desculpem a demora em atualizar o Blog, mas a coisa andou meio complicada como puderam ver.
Fiquem todos com Deus.

RESERVA INDÍGENA WAIMIRI ATROARI - A VERDADE SOBRE A TRIBO E A RESERVA!

Cheguei há 10 kms da entrada da reserva, eram onze e meia da manhã. Parei num posto de gasolina, completei o tanque, pedi informações ao frentista sobre o que vinha pela frente e, assim como todos este também me alertou para os perigos de lá.
Segui mais 3 kms e novamente parei. Desta feita, numa pequena birosca e depois de pegar uma Coca-Cola, coisa que raramente eu faça, que é beber refrigerante, perguntei a Sra.que estava no caixa, qual era a extensão do trecho e esta me disse que eram 130 kms de reserva. Novamente inisti para saber dos perigos e a Sra., me disse que eu poderia ir tranquila, desde que a moto não quebrasse lá dentro... – Nossa, era tudo o que eu precisava. Foi uma injeção de “ânimo”.
Resolvi não ‘dar mole’ pro azar. Saí dali decidido a quando entrasse na reserva, manter uma velocidade de no mínimo 80 kms/h, aferido no GPS pois, assim em no máximo 1:10 h eu teria atravessado a reserva.
Nos primeiros 30 kms a estrada até que estava boa. A cada 500 mts, placas sinalizam que você está dentro da Reserva Waimiri Atroari e, que não deve parar, tocar ou fotografar nada, menos ainda os índios, se por ventura, cruzar com alguns deles.
Logo apareceu os primeiros indícios da fauna selvagem na reserva. Um casal de ‘Bugios’, atravessou a pista bem à minha frente e, lógico, respeitando os avisos nem me atrevi ou pensei em parar. Diminui a velocidade e segui.
Não demorou a estrada se transformou num imenso ‘buraco’ com pequeníssimos trechos pavimentados. Fudeu! Tive de reduzir bastante a velocidade e, agora trafegava numa média de 30 / 40kms por hora.
Alguns quilômetros cruzei com o primeiro veículo da FUNAI que periodicamente fiscaliza o trecho. O motorista da TOYOTA, não sei se índio ou branco, sinalizou com faróis me cumprimentando, o que ajudou para diminuir meu estresse e angústia, afinal, havia ‘civilização’ alidentro.
Bem no meio da reserva, cerca de 80 kms, cruzei com um índio, cerca de 40 anos, com sua prole de 4 ‘índiozinhos’, tudo em éscadinha’ sendo que ele, o Pai e, o mais velho dos garotos, - calculo uns 11 anos -, estavam com uma espingarda de caça em ‘bandoleira’ e, quando todos me avistaram as crianças ficaram fascinadas, sorrindo e eu, com o ‘cu’ que não passava uma agulha, em baixíssima velocidade, uns 15 kms, pois o trecho era caótico, acenei com a cabeça para o pai sendo respondido por ele que ensaiou um leve sorriso.
Vi então, que a ‘coisa’ não era assim tão terrível quanto pintaram.O restante do trechofoi a mesma coisa comigo seguindo em baixa velocidade por causa dos buracos até que finalmente, cheguei ao final da reserva e logo que se sai, há um posto de fiscalização fazendária do Estado de Roraima, pois, a divisa de estados entre Amazonas e Roraima está exatamente no ‘meio’ da reserva.
Passei o posto e 500 mts à frente, um Posto de Gasolina, onde, finalmente pude parar depois de estar pilotando cerca de sete horas e meia direto.
Visivelmente ‘acabado’ parei no balcão e uma Sra. me atendeu. Pedi uma água, e um maço de cigarros, - também com preço fora da tabela, R$ 5,00 o maço de HOLLYWOOD e, desabafando comentei meu alívio em ter cruzado a reserva sem quaisquer probelmas, quando esta me disse que, eu estava no LUGAR MAIS SEGURO de TODA RORAIMA.
Contrariando, tudo o que me havia sido dito e passado pelo ‘povo’ de Belém e de Manaus, a Reserva Indígena Waimiri Atroari, é um dos trechos mais seguros de estrada tanto que se, seu carro, moto ou caminhão, quebrarem ali dentro, estes podem ficar parados por semanas ali que nada é roubado ou quebrado. Se, por algum motivo o motorista se sentire cansado e precisar parar para descansar’ou dormir um pouco, ou mesmo, ‘se aliviar’, desde que não suje o local, nem depedre ou fotografe índios ou animais, tudo bem. No máximo um dos veículos da FUNAI irá interceptá-lo para saber o motivo da sua parada, já que TODA a RESERVA é MONITORADA VIA SATÉLITE, - qualquer veículo que passe ou pare em qualquer ponto é logo identificado -, e, estes lhe orientaram sobre como proceder ali dentro e ainda lhe darão sacos de lixo para que você não suje nenhum trecho dos 128 kms, exatamente.Em resumo. Mais um prova dequanto o ‘povo’ de Belém e de Manaus, são filhos-da-puta, em se tratando de turismo e turista em seus Estados.

POVO "SAFADO" O AMAZONENSE de MANAUS!

Desisti por completo de conhecer Manaus. Queria mais, era sair daquela capital o mais rápido possível. A muito custo, consegui uma informação de onde achar um banco 24 Horas para sacar dinheiro, já que meu último centavo havia sido ROUBADO LEGALMENTE PELA MÁFIA da MARQUES PINTO NAVEGAÇÃO Ltda. e do PORTO DE MANAUS. Saquei o que precisava, segui o GPS, rumo a BR-174, que me traria para Roraima. Passei num posto TEXACO, aproveitei para colocar gasolina Techron, para dar uma descarbonizada na moto e voltei a pista, arando num sinal e, inocentemente, aproveitando que um ônibus também parou ao meu lado, resolvi apenas confirmar meu ‘rumo’ com ele perguntando se eu teria de seguir em frente para chegar a ‘a ‘174’. De muita má vontade o motorista disse que eu teria de retornar e seguir no sentido contrário para chegar na BR. Olhei o GPS e a seta indicava que eu deveria seguir em frente, argumentei, reiterando se ele não estava equivocado e, se o rumo não seria seguir em frente. O motorista ratificou o que havia dito, acrescentando que eu deveria pegar o próximo retorno e voltar. Ae, novamente vi que o povo de Manaus são mesmo uns filhos-da-puta. Olhei para ele e, acredito ele tenha reparado meu olhar ‘colérico’ e disse que entaum meu GPS estava louco pois apontava o rumo em frente ao contrário do que ele teimava em indicar. Foi então que o babaca, perguntou para onde eu estava indo e depois de dizer que era para Boa Vista, RR, ele confirmou ser o caminho certo seguir em frente.
Indignada ‘meti o pé’ até o posto de Patrulha Rodoviária Estadual, uns 30 metros antes do entroncamento com a rodovia 174, que me levaria para Boa Vista e, quando saí, não percebi que tinha de virar a esquerda e segui em frente 50 kms, até novamente repara n o GPS que eu estava totalmente fora do meu rumo. Nesse interim, até as pilhas do aparelho acabaram e, por ter parado para recolocar outras novas é que vi que estava seguindo um caminho errado. Voltei tudo novamente.

Definitivamente, eu estava com a ‘segunda-feira’. Tudo o que podia, estava dando errado. Até a ‘guerreira’ deu uns ‘piripaques básicos’, coisa que nunka havia acontecido. Cheguei ‘novamente’ ao entroncamento e, desta feita segui o rumo certo, parando novamente num posto para reabastacer e seguir logo, já que eu ainda teria e encarar a reserva indígena, que eu não tinha a menor idéia de quanto ainda faltava e, menos ainda, qual seria sua extensão. Já eram quase nove horas e cada segundo nesse caso era precioso pois, todos os que conversei no navio me alertaram para ‘os perigos’ da reserva indígena e que eu só estaria em ‘segurança’ depois de atravessá-la já que a Tribo Waimiri Atroari, era extremamente selvagem e que se eu tivesse qualquer pane ou problema enquanto estivesse em seus limites eu estaria entregue a Deus, somente.

MARQUES PINTO NAVEGAÇÃO Ltda. e NAVIO NÉLIO CORRÊA. MÁFIA DE VIGARISTAS LEGALIZADOS! Os Governos dos 2 Estados são Omissos!

Só quem já fez esta viagem tem idéia do que é estar num navio abarrotado de gente, todas em redes colocadas lado-a-lado, uma das outras e com um monte de pessoas diferentes e histórias. É de fato uma experiência ‘ímpar’e, viajar pela MARQUES PINTO NAVEGAÇÃO Ltda., com certeza é algo que nunca mais será esquecido pois, é uma empresa formada basicamente de VIGARISTAS e OPORTUNISTAS que não dão a mínima para seus passageiros e modo de carregar e tratar sua carga.

Ficamos no Rio Amazonas por seis dias e passamos por lugares maravilhosos, chegamos a Manaus na segunda-feira, dia 13, às 04:30 hs e, eu só consegui desembarcar a ‘Guerreira’ já passava das sete horas, isso depois de me estressar com a tripulação e por último com um ‘babaca’ que se intitula Comandante, que disse que a moto, teria de ser posta no cais pelos carregadores autônomos que operam no Porto de Manaus, ou seja a ‘máfia’ legalizada, e que o pessoal de bórdo, nada faria, já que a MARQUES PINTO NAVEGAÇÃO Ltda., não tem responsabilidade alguma pelo desembarque da carga que for. Ou seja, omisso, querendo passar atestado de burro nos outros já que no momento em que se paga o embarque, um manifesto é feito e várias vias de documentos preenchidos que asseguram o estado da mercadoria e que, dessa forma, passa a ser responsabilidade dos ‘VIGARISTAS’.

Chamei um dos carregadores da ‘MÁFIA do PORTO’ e perguntei quanto ficaria para por a moto no cais. - R$ 50,00 – Outro absurdo.
Me neguei a este valor e depois de muita lenga-lenga, acertamos nos R$ 30,00, - no mínimo o VIADO, DO QUE SE DIZ, COMANDANTE, DEVE LEVAR “O SEU” NESTA PUTARIA.
Moto desembarcada, bagagem reorganizada e amarrada e segui rumo a saída. Outra surpresa: - O segurança portuário me para e avisa que na saída do cais eu deveria parar na cabine e “PAGAR" mais R$ 20,00, pelo trânsito da motocicleta. – EXPLODI.

Em resumo, de Belém a Manaus, o cidadão que pensa em viajar e conhecer Manaus, deve estar preparado para ser ROUBADO do ínicio ao fim, já que, a alimentação à bordo do navio é toda cobrada e, ABUSIVAMENTE, desde o café da manhã, que é um ‘parco’ copo de café com leite e um pãozinho com ‘êpa’ – ÊPA... CADÊ A MANTEIGA? -, até almocó e jantar que saem por R$ 10,00 cada. Há ainda uma lanchonete no terceiro andar do navio onde um mixto-quente custa, R$ 2,50, refrigerantes R$ 2,50 e cigarros DERBY Azul, R$ 6,00, o maço!

CARGA E PASSAGEIROS EM EXCESSO. Graças a DEUS tudo correu bem.

O horário previsto para a partida inicialmente eram 18:00 h e, durante todo o dia o navio foi sendo carregado com caixas de tomates, sacas de cebolas, caixas de alho e maçãs, frango congelado, material de manutenção, enfim, uma infinidade de coisas e produtos todos destinados às várias cidades do trajeto entre os dois Estados.
Apesar de ser o local do cais repleto de comércio, a orientação que é passada pelo pessoal do porto é para que ninguém se aventure a sair dali, haja visto ser aquele bairro, um local considerado muito violento e perigoso, aliás como é, toda a orla das Docas em Belém.
Almocei ali mesmo e fiquei como todos os outros passageiros que já estavam ali quando cheguei e outros que foram chegando apreciando o embarque das mercadorias e, o embarque da ‘guerreira’ que já havia sido colocada na balsa aoa lado do navio e, que foi uma das últimas a subir à bordo, uma vez que ela viajaria no convés na proa.
Saímos de Belém, passava um pouco das sete de noite, quando começava a cair a chuva ‘diária’ da cidade. – (neste momento exatamente, sábado, 11/07, às 19:03 hs, estou cruzando a divisa dos Estados do Pará e Amazonas, na foz do Rio Amazonas, enquanto escrevo esta atualização sentado em minha rede, que comprei em Santarém.) Andamos pouco mais de meia hora rio acima e, fomos parasdos pela lancha da Capitania dos Portos de Belém que subiu à bordo para uma fiscalização de praxe.
Apesar de bem carregado e, com um razoável excesso de passageiros fomos liberados para seguir viagem. – (A capacidade do Nélio Corrêa é para 246 passageiros, distribuídos pelos três andares, mas visivelmente haviam umas 350 pessoas embarcadas, fora a carga!).

ALERTA!!! Belém TERRA DE PILANTRAS E PICARETAS!

Cheguei em Ananindeua-PA, eram mais ou menos umas quatro horas da tarde. Depois de uma pausa breve no posto de Patrulha Rodoviária, na entrada da cidade, segui para o centro de Belém em busca de um ‘caixa eletrônico’ para pegar algum dinheiro, para alguma necessidade. Por incrível que pareça todos os ‘caixas 24 horas’ às margens da rodovia estavam inoperantes e eu só fui conseguir, já no centro, direto numa agência próximo a um shopping.
Saí então para dar uma olhada na cidade para ver ser encontrava uma concessionária da DAFRA para fazer a revisão da “Guerreira”, na segunda-feira, pela manhã, já que havia ‘estourado’ os 9 mil quilômetros e para seguir tranquilo para Manaus, eu preferi fazer logo, ali mesmo em Belém a revisão, porém naquele dia eu não consegui encontrrar nenhuma concessionária, e, à noite, num hotel, à beira da ‘316, onde me hospedei, localizei através do ‘Google’ duas lojas Dafra, sendo uma ali mesmo em Ananindeua, no KM 8, e outra mais no centro de Belém a “B-11”, onde segunda-feira bem cedo, oito da manhã eu já estava, para dar entrada na moto.
Descobri que o paraense, é um povo bem hospitaleiro, apesar de haver, claro, como há em todo local, alguns ‘espertinhos’, como dois que, chegaram à DAFRA, alguns minutos após minha chegada e que na hora da disribuição das senhas para os atendimentos na mecânica, acabaram pegando o número “1” e eu o “2”, mas que no final não fez diefrença alguma para mim, já que o gerente da loja, logo depois que me apresentei, colocou uma equipe de 3 mecânicos, dentre eles o próprio chefe da oficina para fazerem a revisão da “Guerreira”, para aquele mesmo dia.
Ao contrário de que se lê em muitas páginas de relacionamento do ORKUT, até agora, - posso falar por mim -, fui bem recebida e tratada em todas as revendas e oficinas da DAFRA pelas quais passei e, Belém, a B-11, não foi excessão à regra, pois todos foram bastante solícitos, atenciosos e cuidadosos, ao extremo, chegando até, independente da revisão a fazerem um ‘chek-up’ preventivo de todas as peças e elementos da moto, lubrificando e prevenindo qualquer coisa ou problema que por ventura pudesse ou possa vir a ocorrer, haja visto que no meu caso a ‘manutenção preventiva’ é peça chave para se evitar surpresas.
Meus agradecimentos a todos os funcioonários da B-11, Belém, pelo atendimento e boa vontade no trato para comigo e minha moto.
Voltando, a “Guerreira” ficou pronta já eram quase cinco horas da tarde e com isso, fatalmente eu não saíria de Belém naquele dia e por isso, aproveitei que já estava ali no Centro e resolvi ir logo a Estação da Docas para procurar saber como seria feita a ida para Manaus, já que Belém, é o ‘ponto final’ de rodovias no País, sendo que a partir dali, para qualquer lugar que se vá, o meio de transporte passa a ser, aéreo ou hidroviário.
No portão principal do Porto, fui informado por um funcionário que navios para Manaus, só teriam no dia seguinte, terça-feira, ou dois dias depois, quarta-feira. Este mesmo funcionário me indicou uma pessoa, chamada Lindivan, que segundo ele, seria operador de passagens para esta rota e logo assim que este chegou, tive a notícia que, para embarcar a mim e a moto, o preço não saíria por menos de R$ 750,00, sendo R$ 500,00 pela moto e R$ 250,00 para mim, em ‘rede’.
Foi um balde de água fria em mim. Setecentos e Cinquenta Reais, para seguir para Manaus, era uma ‘ porrada’ que eu não esperava e, nem de longe, estava preparada para receber. Começou a bater o ‘pânico’, mas eu não podia deixar transparecer e continuei conversando com Lindivan, argumentando com ele que por este valor seria mais viável a qualquer pessoa, retornar pro Brasília e ir rodando pela Transamazônica ou, ir de avião, já que uma passagem custa não mais de R$ 350, nesse trecho.
Vendo que de fato comigo ele não ia arrumar ‘grande coisa’, o operador então disse que tentaria uma outra ‘empresa’, que teria um navio partindo no dia seguinte, o ‘Nélio Corrêa’ e, que talvez ali, com eles, ele conseguiria um preço mais acessível, mas que certamente não saíria por menos de R$ 500,00 e, - foi aí o seu “grande erro” com o ‘carioca’, filho do berço da malandragem -, que se conseguisse que eu lhe desse pelo menos R$ 10,00 para o café.
Com ‘essa’ dele, eu tive a certeza de que a coisa era ‘malandragem’ de ‘zangão’. Deixei tudo ‘amarrado’ para a terça-feira, pela manhã, bem cedo, com ele, ali mesmo no terminal de desembarque e, fui embora, desta feita, já com a certeza de que, eu gastaria, não menos de R$ 400,00 para ir para Manaus e, por conta disso, já comecei a me programar para ecnomizar cada centavo.
Voltei a BR-316, onde vi quando cheguei à Belém, vários postos de gasolina, com apoio a caminhoneiros e foi no KM 8, que acabei ficando num da Petrobras, onde também abasteci a “Guerreira”. Vale dizer que como comenta o ‘Jô Soares’ sempre que pode com relação a Belém, na cidade realmente chove, impreterívelmete, todo dia, pelo menos uma vez e nesta segunda-feira, a chuva caiu justamente no momento em que eu voltava em busca do local onde eu passaraia aquela noite.
Já com a moto estacionada e já instalada na base de troca de óleo das carretas, um local coberto e protegido e, onde também fica uma sala de TV com ar-condicionado, tudo para dar mais conforto aos viajantes,fui tomar um banho e aproveitei para lavar algumas peças de roupas que estavam sujas.
Tudo feito fui até a loja de conveniência e comprei um café e comi salgado, me deitando a seguir para me ‘recarregar’ para o dia seguinte, quando começaria minha ‘maratona’ em busca de ‘preço’ para seguir viagem, isso depois de conversar com alguns caminhoneiros, que estavam ali e mais acostumados com esta rota. Todos foram unânimes em afirmar que eu deveria seguir pelo Rio Aamazonas, já que as estradas por Brasília, estavam todas em péssimo estado, sem contar a Transamozônica, que possuem trechos em que a lama, atinge cerca de 40 cms, e no caso, minha moto por ser ‘baixa’ não conseguiria passar.
Acordei eram cinco e meia e depois de arrumar a moto segui para a localidade, conhecida como ‘Passarão’, onde os caminhoneiros me disseram ficam as transportadoras e cais de embarques das carretas e, onde eu teria a chance de embarcar a motocicleta em alguma que estivesse indo para Manaus, dando ao ‘dono’ uma quantia em torno de R$ 300,00, o que, para mim estaria dentro da minha programação inicial, sem saber o que me esperava em Belém.
Depois de rodar uns 30 kms, cheguei ao lugar, mas não consegui nenhum caminhoneiro que estivesse indo para Manaus e, numa das transportadoras que embarcam estas carretas, a ‘menina’ da expedição me informou que não haveria problema em embarcar a moto, porém, eu não poderia ir junto uma vez que a Marinha proibiu o embarque de passageiros em Balsas de Transporte, sendo que nesse caso iria apenas a moto, num valor de em média R$ 600, e eu, teria de embarcar em algum navio de passageiros nas Docas.
Foi pior a ‘emenda que o soneto’. Agora o valor já passava a ordem dos R$ 800,00 e, cada vez mais meu receio de não conseguir seguir viagem me dominava.
Voltei ao Centro de Belém, para tentar encontrar Lindivan, já que havia ficado em ‘suspenso’ um valor de R$ 500,00, mínimo para eu viajar. Logo que cheguei a estação de desembarque, uma enxurrada de ‘zangões’, logo que viram a moto cheia de bagagem começaram a me cercar e, tão tonto que fiquei que, quando tentei subir o meio-fio para parar a moto na calçada, acaei me diistraindo e deixando-a tombar, graça s Deus, sem problemas maiores já que eu estava parada e foi apenas um tombamento.
Com a ajuda de algumas pessoas que estavam ali naquele aglomerado de gente chegando, coloquei a moto de pé novamente e, nesse momento se aproximou uma vendedora de passagens me oferecendo bilhetes, foi quando eu disse a ela que não havia necessidade pois eu já estava acertada com Lindivan e que apenas o tentava localizar ali.
Insistente a vendedora, se ofereceu para tirar o bilhete, mas eu disse que iria aguardar o Lindivan, uma vez que o preço que ele havia me dado era muito bom e ‘ela’ com certeza não cobriria.
A vendedora então, indagou qual o valor e, aí, a minha ‘carioquice’ aflorou e, diante das circustâncias, vendo que o negócio ali era, fazer ‘negócios’ eu disse que Lindivan, havia feito para mim e a moto no navio daquele dia ou do dia seguinte, quarta-feira, R$ 400,00 e, ela disse que faria.
Acertou-se então a passagem para mim, na rede, o valor de R$ 180,00 e a moto, R$ 220,00, para aquele dia mesmo, e, a saída prevista para as 18:00 hs. Dei o OK e depois de pagar a passagem a vendedora me deu as coordenadas do cais de embraque, onde estaria o navio Nélio Corrêa, o mesmo que Lindivan havia falado e, que depois vim a descobrir, foi o mesmo mostrado numa matéria do Globo Repórter à cerca de 3 anos, sobre a aventura de se viajar de Belém a Manaus nestes navios.
Como eu só teria de pagar a passagem a ela e, o frete da moto no cais, fiz com que ela escrevesse no verso da passagem o valor acertado e que eu deveria pagar a pessoa chamada ‘Cristiano’ me garantindo assim, não ter nenhuma surpresa no momento em que chegasse ao cais.
Mas não foi isso que aconteceu. Depois de rodar mais uns 6 kms, até o local onde ficava o Cais Martins Pinto, no escritório, a atendene surpresa com o valor dado pela ‘agente’, disse que o valor mínimo cobrado para motocicletas era o de R$ 300,00, no trecho entre Belém e Manaus e, que o valor dado era no caso de transporte até Santarém.
Depois de muita barganha chegamos ao concenso de R$ 250,00, pelo embarque da moto e, com o valor que eu já havia pago pela passagem, R$ 180, meu “prejuízo” foi na ordem de R$ 430,00, uma economia de R$ 320,00 do preço inicialmente cobrado pro Lindivan.
Tudo acertado subi à bordo e, por não ter uma rede comigo, me instalei no passadiço do segundo andar do navio, no local destinado as malas e bagagens do pessoal que vai deitado nas redes em cima.
Sorte eu ter comigo um saco de dormir que me serviu de colchão sobre o estrado de madeira onde se colocam as malas.

Maranhão até o Pará

Agora de fato a minha viagem começou. Depois de sair de Sobral, para o Piauí, passei uma noite em Caxias, MA, cidade logo depois da divisa em Teresina onde fiquei dois dias, saindo na manhã de sábado, rumo a São Luis.
Minha idéia inicial era, chegar a São Luís e, pousar, fosse numa para de caminhões ou, mesmo na Patrulha Rodoviária, mas, o estado das rodovias, ao contrário do Ceará, colaboraram e eu cheguei a capital do Maranhão, ainda eram três e pouca da tarde. Por conta disso, resolvi seguir para a estação de Ferry-Boat, onde assim que cheguei, estava saindo uma balsa e, ainda tive tempo de embarcar, só não me dei conta do adiantado da hora e com isso, a noite caiu, assim que concluímos a travessia.e com isso tive de continuar na estrada até depois das 21 horas, quando eu passei pelo município de Sta,. Helena, e, onde também, a estrada começou a ficar ruim com muitos buracos em distâncias de trechos bem grandes, o que se toranva uma situação de perigo já que de repente surgia na frente uma cratera.
Na cidade de Bacabeira, num posto de gasolina onde parei para me infromar sobre asituação do restante do trecho, já que ainda faltavam cerca de 40 quilômetros para qque eu chegasse a BR-316, o frentista e o atendente da lanchonete me orientaram a não continuar pois, além do risco com o estado da estrada eu ainda corria rsco de ser assaltada, uma vez que cerca d meia-hora antes, um ônibus havia sido interceptado por um grupo à dez quilômetros dali.
Eles me ofereceram um lugar ao lado da lanchonete do posto para eu estacionar a moto e colocar meu saco de dormir e passar ali a noite. Claro que aceitei e depois de retirar minhas coisas e objetos pessoais, fiz um lanche rápido e cai no sona, em companhia de um cachorro que surgiu do nada e se deitou comigo no saco de dormir e lá permaneceu por toda a madrugada.
Pode se dizer que não.Pode-se tentar negar o óbvio, mas uma coisa é certa, sou filha de Obaluê, e, não por acaso esse cachorro surgiu do nada para me fazer compahia naquele dia.
Antes mesmo do amanhecer, eu já etsava de pé. Eram dez para as cinco da manhã e o rapaz, atendente da lanchonete me acordou, conforme eu havia pedido a ele que fizesse para que eu pudesse seguir viagem.
Tomei um gole de café e, como a moto já estva abastecida, me despedi de todos, agradecendo a ajuda e o apoio, e me pus rumo a rodovia. Quarenta quilômetros depois cheguei ao trevo e enfim voltei a BR-316, que me levaria até o centro de Belém, no Estado do Pará.
Ainda meio sonada, dei uma parada num posto de gasolina, numa cidade a qual não me recordo o nome e, tirei um cochilo de quarenta minutos que me deu disposição para seguir até Castanhal, onde num posto de patrulha rodviária mais uma vez eu parei para dar um descansada, quando vi à alguns metros um pequeno açude onde algumas pessoas iam banhar-se. Perguntei ao patrulheiro, se ali podia se tomar um banho com tranquilidade, haja visto que eu estava me sentindo ‘pesadíssima’ pela falta de um bom banho no dia anterior sendo então incentivada por ela a ir até lá, já que não haveria nenhum tipo de problema, pois, moradores da localidade usavam aquele local como se fosse uma piscina de uso público.
Não pensei duas vezes, subi na ‘guerreira’ liguei e fui para o local. Parei a moto no acostamento, bem protegida, e tirei meinhas coisas de asseio pessoal e roupas e desci para a pequena piscina de água morna e cristalina. Sem me importar com nada nem com ninguém me joguei e como sabonete e bucha, tomei um ‘belo e merecido’ banho que me deu disposição de encarar mais duas aventuras seguidas, aos moldes da do dia anterior.
Refeita e limpa, voltei ao posto da patrulha para agradecer e me despedir do pessoal e segui direto para Belém, mas ali mesmo, naquela cidade, as margens da ‘316, aproveitei para almoçar logo, já que a frente ‘nuvens pesadas’ começavam a se formar e poderia ser que eu pegasse uma ‘chuva’ básica no caminho.
Voltei a ‘pista’ deviam ser pouco mais de duas horas da tarde e, apesar do tempo meio nublado, acabei não pegando chuva. Acho que minha parada para o almoço me deu o tempo necessário para que a chuva caísse sempre à minha frente.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Fortaleza - Sobral-CE x Caxias-MA

Saí de Fortal, na quinta-feira, dia 25 e, segui para Sobral, como havia programado para encontrar Deyse e Pam, conhecidas da web e que logo nos identificamos bastante.
Logo que amanheceu eu arrumei as ‘tralhas’ na moto e Paula, é claro, toda chorosa a todo instante lamentava a minha partida, mas conformou-se pois, sabia da minha necessidade de voltar a estrada e como eu me sentia fazendo isso.
Me despedi dela e de Carol, que também embarcaria de volta para Bergamo, IT, no dia primeiro e me pus na estrada.
Apesar dos últimos dias bastante chuvosos em Fortaleza, graças a Deus, nesta quinta-feira, São Pedro resolveu dar uma trégua e, mesmo com as nuvens bem carregadas e o tempo nublado, no momento da minha saída não choveu.
Resolvi arriscar a BR-222 mesmo sabendo que estava em péssimas condições mas, por conta do tempo seco, esta era uma boa opção e, me valendo da vantagem de estar de ‘moto’ meti a cara assim mesmo.
Seguindo as placas, peguei o rumo a BR-116, sempre é claro de olho também no meu GPS e, logo, depois de rodas 4 kms, já estava na ‘222. No início, ainda no trecho urbano a condição da pista é razoável, mas quando se chega na rotatória, já no limite do Centro de Fortaleza, a coisa começa a complicar e já aparecem os primeiros buracos, que se estendem por todo o percurso, hora sim, hora não, mas que numa escala de zero a dez, merece uma nota quatro.
A coisa só melhora mesmo quando já está quase se chegando a Sobral, distante de Fortaleza, cerca de 240 kms, mas que eu levei o dia inteiro para chegar, ou seja, quase oito horas de viagem, mesmo com a vantagem da motocicleta. Desnecessário dizer que chegaay quebrada e, por sorte, logo na entrada da cidade, já encontrei a revenda DAFRA, Brava Motos e, ali, eu liguei o note para contactar Deyse avisando-a da minha chegada.

Me registrei na Pousada das Palmeiras, ali mesmo no centro de Sobral, bem próximo a Dafra e, por acaso, também ao trabalho de Deyse que logo que pode, deu uma chegada para nos conhecermos, finalmente, e assim marcarmos para conversarmos melhor, tao logo eu desse uma descansada e me recuperasse do ‘rally’ até lá, coisa que só foi acontecer no final da tarde de sexta-feira, quando ela novamente foi até a pousada e saímos para eu conhecer a cidade, sua casa e Pam.

Durante nosso papo, fiquei sabendo que no dia segunte, sábado, seria o dia de seu exame prático para habilitação de moto e combinamos de irmos juntas para eu ver sua prova, porém como, haviam muitas pessoas, e Deyse era uma das últimas, seu exame só aconteceu depois da pausa para o almoço do pessoal do DETRAN e com isso eu que havia retornado a pousada para almoçar, acaabei pegando no sono e não retornando ao local da prova, só sabendo que ela havia passado, na segunda-feira, pois no domingo nós não nos vimos.

O resto dos dias, nós manttivemos contatos diários pela web e à noitinha, quando ela saía do trabalho e dava uma passada por lá, mas, por conta da minha ‘eterna preguiça’, segunda-feira, dia que havíamos combinado um passeio para fazer uma fotos, na ante-véspera da minha ‘partida programada’, acabou não acontecendo e, para completar eu, de olho grande, como sempre, pouco antes de dormir, comi quase que 300g de queijo coalho. O resultado: - Três horas, acordei enjoadíssima, passando o resto da madrugada vomitando e passando mal, e, de dieta toda a terça, adiando assim minha saída para quinta-feira, dia 2, já que eu fiquei morgadíssima na quarta. Mesmo assim Deyse e Pam foram a noite na pousada e fizemos ali mesmo algumas fotografias para registrar nosso encontro e início de amizade e, na quinta-feira, dia 2, pela manhã, cerca de sete e meia, eu ‘meti-o-pé’ novamente, desta feita rumo à São Luis-MA.

Graças a Deus, peguei estrada ruim apenas no trecho dentro do Estado de Fortaleza. Da Serra da Meruoca, para frente, a coisa ficou boa e a estrada um verdadeiro tapete.
Uma ressalva, quanto a Serra da Meruoca. – Se alguém me contasse que, há no Ceará, um lugar com clima semelhante a Friburgo, Campos do Jordão, ou mesmo, Itaipava, eu naum acreditaria, mas passanddo por este lugar naum dá nem vontade se sair mais.

Depois de passar rapidamente por Teresina, PI, cheguei em Caxias, no Maranhão e me hospedei na Pousada Vênus, às margens da BR-316, onde estou e de onde sigo viagem amanhã, dia 4, para São Luis, se Deus Nosso Senhor, assim permitir.