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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Manifestações de Apoio e de Carinho.

Eu tenho recebido muitas manifestações de apoio e de carinho, por parte de alguns compaheiros e seguidores, não só do blog, como também dos álbuns do Orkut e, hoje, depois de receber mais um do companheiro Marcelo, resolvi postar aqui e, criar no próprio Orkut, um álbum dedicado apenas a estas imagens.

Enviada por Marcelo em 31/08/2009

^ Ambas enviadas por w@shington em 27/08/2009 v

Muito legal estas manifestações e, de agora em diante haverá um lugar especial para cada uma que eu receber no meu diário e nos meus álbuns! Valeu "pessoall", beijo no coração de todos!


domingo, 30 de agosto de 2009

Últimos ajustes.

Fiz os últimos ajustes para finalmente retomar minha rota. Terça-feira, volto à estrada, desta feita, espero, não tenha mais que fazer, 'longas paradas' e, também que não tenha, com a graça de Deus, Nosso Senhor, nenhuma outra 'surpresa' inesperada.

Resolvi todos os problemas bancários, - (eu acho). Troquei o cartão de segurança / autenticação, da minha rede, por um dispositivo 'token', já que o cartão, é ronovado a cada 3 meses, com remessa para o domicílio do correntista, e, como agora, 'domicílio' é coisa que 'não me pertence mais', ficaria impraticável, essa forma, mas com a boa vontade da gerente aqui de Boa Vista, Sandrea Flores, isso foi solucionado.

Peguei também um Visa Travel Money, que é um sistema de Traveler`s Checks, só que eletrônico e recarregável, sendo assim, tenho de lastro uma quantia em Dólares e/ou Euros, onde quer que eu esteja e, aceito, - (o melhor) -, mundialmente, em todo e qualquer comércio.

Fiz o 'check-list', de todo equipamento de segurança e apoio da motocicleta. Elos de corrente, bobina, vela, CDI, relê de comandos e ignição, cabos de aço, viseira do capacete, extras, tudo, foi checado e está pronto para eu seguir.

Faltam apenas agora, os mantimentos. Coisas de praxe, como sardinhas em lata, salsichas, 250g, só, de pó de café, pois esse, é melhor se comprar na Venezuela, por ser mais forte, - (muito mais forte) -, macarrão nissim, arroz de saquinhos, ou, saquinhos, para se montar porções, condimento, como, extrato de tomates, uma pacote básico de 'jabá', - (carne-seca) -, para se fazer o 'tradicionalíssimo', Arroz-de-Carreteiro, e só, já que sal e alho, eu já tenho e, cebola e tomates, são comprados conforme a necessidade em trânsito mesmo.

Com o Baú e, as adaptações que eu fiz, para me tornar um 'entregador de pizza', FLEX, a distribuição de tudo na 'Guerreira' ficou bastante além do que eu própria esperava. Ganhei muito espaço livre, e, há compartimentos, como um ds alforjes e uma mochila que ainda nem foram utilizados.

Meu dinheiro acabou. Hoje, já vou comer, 'fiado', no Restaurante do Posto Karakas e, amanhã também, mas graças ao problema que houve no mês passado por lá, acabei fazendo amizade e isso tem me rendido alguns pequenos benefícios como esse agora

Um beijo no coração de todos. Fiquem na paz e, para a semana, se Deus assim permitir eu já estarei postando novidades da Venezuela.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Está chegando o dia de partir novamente.

De hoje, à uma semana eu volto, com a Graça de Deus, a minha rota. Já não vejo a hora disso acontecer. Não aguento mais ficar parada. A pior coisa, depois que você se habitua a estar sempre em movimento, é ter que parar e ficar esperando alguma coisa.
Não vou dizer que este tempo não foi proveitoso. Nada disso. Muito pelo contrário. Serviu para que eu reestruturasse toda a motocicleta, com a colocação do Baú, divisão interna de espaços, colocação de uma cesta externa, que inicialmente eu pus do lado direito, mas que, andando e pensando melhor, resolvi passar para a parte traseira, já que, uma hora ou outra eu vou, fatalmente sofrer uma queda, como já aconteceram algumas nestes meses e, estando a cesta fixada lateralmente no baú, a consequência certa é de que esta vá sofrer avarias sérias, (amassar), já que sua largura passou bastante a do alforje, do mesmo lado e, que nas quedas anteriores eu percebi, claramente que, são eles que impedem outras avarias na moto já que absorvem a queda, impedindo que a estrutura da motocicleta, entre em contato com o chão, em conjunto com o 'mata-cachorros', que na última queda, em Pariaguam, na Venezuela, quebrou-se, mas que já foi consertado e, assim, bem melhor que a cesta passasse para trás do baú e, no lugar onde estava, coloquei duas hastes, da mesma grade, uma de cada lado, rebitadas e, onde, eu trancei um extensor, (elástico), e onde agora eu coloco a roupa de chuva e uma jaqueta de couro de competição, presente do companheiro Josymar, da Paraíba, para eu enfrentar o frio dos países pelos quais vou passar e, que por ser de material muito bom e resistente a quedas, acaba tomando muito espaço dentro do baú, já que não é nem um pouco maleável. Quando eu a visto, me sinto como um 'robocop-gay', já que ela mais parece uma armadura.
Voltando, além do baú, me programei e me estruturei para cozinhar meu próprio alimento já que esta ida até o país vizinho, serviu como uma prévia do que vou encontrar pela frente em relação a alimentação que é muito cara, se comparada aos nossos preços e principalmente quantidade. Pensando nisso foi que também fixei uma bandeija retrátil, do lado esquerdo do baú que serve como mesa e assim eu não preciso ficar agachada naa estrada ou onde for para preparar minha alimentação.
Comprei um fogareiro de 'campanha' que usa refil de gás e, testando esta semana, até o momento estou ainda com o mesmo cilindro, desde sexta-feira, preparando almoço, jantar, e garrafas de café, mais ou menos 2 ou 3 por dia.
Como comida, claro, estou usando o que normalmente viajantes usam, ou seja, enlatados, tipo, salsichas, sardinha, macarrão nissim, polpa de tomates , arroz de saquinhos, divididos em porções, e, condimento como sal e pó de café, e, alho já picado, tomates e cebolas, tipo 2 unidades de tomate e umas 5 de cebola, para que estes não se estraguem. Cada lata de Salsicha e de Sardinhas, bem como um pacote de nissim, dão para almoço e jantar e, sendo assim, como em trânsito eu como uma única vez ao dia, cada lata e cada pacotinho de nissim, dará para dois dias, o que no caso da Venezuela, representa menos B$f 40.000,00 por dia dedespesas, algo em torno de R$ 13,50.
Consegui também nestes dias, fazer a troca do meu cartão de chave secreta do banco, que é renovado a cada 3 meses, por um TOKEN, sendo assim, não terei o problema de ter o cartão cancelado, já que, por não ter mais residência fixa fica impraticável eu recebê-lo. Agradeço essa troca, a Gerente, Sandréa, da Agência Ataíde Teives, em Boa Vista, que me deu esta força e, também peguei um Visa Travel Money, que é a versão eletrônica de Traveller Cheques e assim não andarei com volume de dinheiro em espécie, já que, aqui 'fora' a coisa de reserva é 'dólar'.
Também encontrei uma loja que faz bordados eletrônicos e mandei fazer um bordado do meu emblema, que eu criei para por nas costas da jaqueta que eu comprei, baseado no adesivo que também mandei fazer enquanto estou aqui parada.
Mandei fazer duas calças camufladas de nylon, pois seca rápido e a noite quando eu paro, lavo e de manhã já está seco, também um top de amarrar na frente e uma bandana.
Como viram, esta parada foi proveitosa, apesar de me deixar louca de vontade de estar rodando, não desperdicei um só minuto.
Vou ficando por aqui. Beijaum no coração de todos e que chegue logo o dia primeiro!

domingo, 16 de agosto de 2009

Depois dizem que máquinas não tem sentimentos...

Ontem, sábado, dia 15, aconteceu uma coisa muito engraçada e estranha, logo que acordei e loguei o note nna rede.
Como sempre faço, fui direto a minha página do ORKUT e, depois de ler os recados e outras coisas, vi a frase do dia que era algo mais ou menos assim: "O biscoito da sorte hoje, lhe trará grandes surpresas e novidades".
Realmente. Lendo um 'depoimento' de um amigo, mais abaixo na página, acabei tomando uma atitude que, se não teve o efeito da intenção desejada, pelo menos, serviu de parâmetro para eu entender que nada na vida acontece por acaso e, se passamos por algum momento dificuldades, privações, derrotas e decepções, algum motivo há e, claro, são 'karmas e dharmas' a serem pagos por erros e outras coisas cometidos em vidas passadas, ou mesmo nessa, que estão sendo cobrados 'in loco' a você.
Como todo ser humano, eu também cometi meus erros. Tive também muitas frustrações, decepções mas que graças a minha fé em Deus, minha personalidade e meu caráter, eu consegui dar a volta por cima e hoje, me considero e sei, sou uma pessoa totalmente despida de sentimentos mesquinhos com relação a tudo, tanto que, não tenho nada além da minha moto, as coisas que estão em cima dela e as estradas, por onde eu sigo, sempre que possível, em frente, mas que, às vezes, como agora, me fazem 'recuar' um pouco para alguns ajustes e acertos, que logo quando são feitos, me permitem retomar meu rumo e seguir adiante.
Tomamos decisões que acabam mal interpretadas, mas isso também faz parte do chamado 'ciclo da vida' e se não fossem estes 'tropeços' o que seria de cada um de nós se tudo o que fizéssemos fosse certo, fosse o acertado, fosse o correto.
Nunca aprendemos com os nossos acertos. Olhe para trás e veja que tudo o que aprendeu na vida foi fruto de seus erros. Muito pouco foi aproveitado ou usado dos acertos. A esmagadora maioria de erros é que nos fazem 'crescer' no decorrer da vida, nos tornando como se diz por aí, 'cascudos' e prontos a enfrentar cada vez mais os novos obstáculos que surgirão.
A 'deprê' passou. Como eu disse, era uma fase, ou melhor, foi sim, agora entendo, um 'prenúncio' do que estava por acontecer, mas que valeu, pois agora estou ainda mais 'leve' e mais convicta da minha posição em relação a alghumas coisas que haviam ficado mal ditas, mas que agora tive a oportunidade de pôr tudo nos seus devidos lugares.
Me resta agora, enfim, esperar que o mês passe logo. Ontem 'serrei' a grade para confeccionar o 'gradil' que vai ser fixado no baú que eu pus na 'guerreira' e onde ainda vou colocar dlo lado contrário ao do 'gradil', uma pequena mesa, retrátil para quando eu precisar cozinhar ou passar café, não ter de ficar agachada preparando nada.
Vou ficando por aqui. beijaum no coração de todos e continuem acompanhando e divulgando o blog pois assim, uma hora qualquer, aparece alguém para me dar um apoio e uma força nesta empreitada.
T +.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Hoje me bateu uma depressão... - Sexta-Feira, 14/08

Pois é... coisa esquisita essa. Mas a verdade é que hoje. ou melhor, ontem, (já passou a meia-noite), me bateu uma puta depressão do nada.
Não faço a menor idéia do porquê, de ez em quando isso acontece mas a verdade é que é horrível, quando do nada me pego a lembrar de coisas as quais eu simplesmente apaguei da minha memória, mas que na realidade, ainda estão armazenadas lá no fundo e que volta e meia vem à baila.
Estou vivendo um momento único. De plena e completa realização mas, será mesmo que estou realizada, ou, será apenas esta falta do que fazer e esta calmaria de estar parada, sem estar na estrada que está me deixando assim?
Já percebi que, quando estou rodando estes momentos não acontecem. Ao contrário, sou tomada de uma ansiedade sem tamanho e, cada vez que o entardecer se aproxima eu fico sim, chateada por que terei de parar, para só retomar meu destino no dia seguinte.
Acho que não aceito mais, em minha vida, criar raízes. Todo e qualquer momento em que me encontro 'presa', estacionada em algum lugar isso para mim se torna um tormento e não vejo a hora de me livrar e voltar a estrada que, agora, é para sempre, o meu lugar.
Estou ansiosa também por resolver a questão dos eus vencimentos já que por conta desta política de segurança, implementada pelos bancos, todas as contas, possuem uma 'tal' chave de segurança, que é renovada de 3 em 3 meses e, que no meu caso, torna-se impraticável, uma vez que logo estarei fora do País e, também, por não ter mais residência fixa eu não tenho como receber. Complicado...
Acho que é toda esta série de coisas que acabam me deprimindo e me deixando assim meio 'down' mas que eu tenho de resolver e definir logo pois o dia primeiro está chegando e eu no máximo, dia 2, estarei tomando rumo novamente de Cúcuta, na Colômbia, portal de entrada na América Central.
Vou tentar dormir. Beijaum em todos e, que o fim do mês chegue logo com a graça de Deus!

Dicas Úteis para quem for Viajar para a Venezuela

Desnecessário dizer que o Passaporte é peça fundamental para esta empreitada, mas há também vários outros documentos, que devem ser tirados antes, aí mesmo no Brasil e que vão facilitar e evitar contratempos ou indas e vindas desnecessárias.
- Primeiramente, procure o Posto do Detran, na Capital Boa Vista e peça a Autorização Veicular para Trânsito na Venezuela, já que há esta exigência por parte das autoridades do País. O custo deste documento é de R$ 44,00 pago na agência bancária, dentro do próprio posto do Detran e, é expedido na hora.
- Depois, dirija-se ao Aeroporto de Boa Vista, onde no guichê da ANVISA, peça a troca de sua Caderneta de Vacinação, pelo Modelo Internacional, já que sem isso, você fatalmente terá de retornar ao Brasil para providenciar. Não adianta tentar ir com a Caderneta que você recebe no Posto pois esta não tem validade ou reconhecimento algum fora do Brasil. O modelo Internacional é “amarelo” e vale para todos os Países por onde você for passar. Não se preocupe, ao contrário do que se diz comumente aqui pela internet com a ‘dita’ Carta Verde, pois, esta ‘na prática’, - pelo menos para os Países aqui do extremo Norte da América -, não existe ou não tem ‘valor algum’. Tanto na Venezuela, como na Bolívia, Peru, Chile, Guianas e Suriname, cada país, tem seu seguro, logo, quando chegar a fronteira, o motociclista será orientado de onde e como proceder para fazer seu seguro. No caso da Venezuela, depois de receber o visto de entrada e permanência no País pelo prazo máximo de 90 dias, renováveis por mais 90, no Passaporte, antes de obter a autorização de trânsito no País, o motociclista receberá a orientação para ir até a cidade de Santa Elena de Uiaren, 15 quilômetros, depois da fronteira, onde numa corretora credenciada, fará o Seguro Obrigatório contra Acidentes, e então retornará, novamente para o posto aduaneiro, onde receberá sua liberação. O custo do Seguro em moeda venezuelana é de Bf$ 244.000,00 ou R$ 88,00. Ambas as moedas são aceitas pela corretora, ficando a critétrio de cada um a moeda com a qual deseja pagar.
- São necessárias também, cópias de todos os documentos, ou seja, Passaporte, Carteira de Habilitação, Autorização de Trânsito do Detran, Caderneta Internacional de Vacinação e do próprio Seguro Obrigatório da Venezuela. O ideal é que se leve, pelo menos 3 cópias de cada, já que não há no Posto Aduaneiro, (SENIAT), máquina de XEROX e, isto pode causar o transtorno de ter de se rodar novos 15 quilômetros até Santa Elena apenas para se fazer cópias. - Pare em TODO e qualquer Posto de Controle, do Exército, (ALCABALAS), para conferência dos documentos e liberação. A falta de um único carimbo em sua autorização Veicular de Trânsito na Venezuela, que será expedida no SENIAT, ocasionará seu retorno ao ‘posto vazado’. Vale ressaltar que há locais em que a distância entre um posto e outro é superior a 200 quilômetros, por isso não vale a pena ‘vacilar’.
- Pare também em todos as patrulhas de trânsito, comandos de policiamento civil, Guarda Nacional, enfim, nem que seja apenas para ‘acenar’ com a cabeça e seguir viagem. Este é um sinal de respeito e cordialidade e, que é muito bem interpretado pelas autoridades na Venezuela.
- Nunca tente ‘dar carteirada’ ou se irrite com qualquer pedido ou exigência feita pelos Militares ou membros das Polícias. Lembre-se que você está num País que não é o seu e, logo sujeito às suas regras e determinações.
- Se não quiser ter despesas com hotéis, pousada, etc..., procure os Postos de Patrulhas de Trânsito, - em toda cidade há um. Normalmente, logo na entrada -, Quartéis de Bombeiros, Exército, ou , mesmo Alcabalas e peça, “humildemente”, ‘pouso. Eles nunca se negam e estão sempre prontos a deixá-lo ficar.
- Nunca peça para usar os Banheiros. Na Venezuela há uma certa cerimônia neste sentido. Informe-se onde pode fazer suas necessidades e, claro, se lhe for oferecido o uso do ‘baño` aí sim aceite e desfrute.
- Podendo, leve sempre um reservatório de água potável, haja visto que por lá, este é um líquido precioso. Lembre que ao contrário do que acontece aí no Brasil, aqui, quando se fura um poço, seja de 5 metros, o que se encontra ao invés de água é petróleo, logo, aqui o seu valor é um pouco puxado.
- Alimentação aqui também é um pouco cara. Um “PF”, custa em média Bf$ 25.000,00, +/- R$ 8,00, mas, não são ‘pratos’ como os que são servidos no Brasil. Além de muito pouca comida, feijão é raro. Quase nunca se vê. A salada também é ‘mirrada’ 2rodelas de tomate, 2 de pepino, quando há, e uns farelos de repolho e 3 fatias de banana frita no óleo.
- Café também é vendido em TODOS os lugares que tem. Não existe ‘cortesia’ de cafezinho. Um copinho pequeno, destes de ‘gole’, custa Bf$ 3.000,00 e o grande Bf$ 5.000,00, e, também os ‘vasos’, - copos descartáveis -, são pagos, Bf$ 1.000,00.
- Cigarros, para quem fuma é terrível. Não há, a excessão do Malboro e Luck Strike, nenhuma outra marca alternativa e de tamanho ‘King Size’. As marcas locais são “Belmont” e “ Consul”, nada a ver com os nossos. Os daqui saum bem menores em tamanho, cerca de 15% menor que um cigarro nosso e, o preço, igual, Bf$ 9.000 a 10.000,00 e os ‘importados’ Malboro e Luck, entre 12 e 15 mil. Logo, podendo traga seu estoque.
- Esteja sempre preparado para crise em combustível. Nunca deixe seu tanque secar ou ficar muito vazio. Há locais, como em Santa Elena de Uiaren, onde não se abastece veículos de outros lugares e, também às vezes, o controle Militar dos postos, não permite que você abasteça, e há casos em que uma ‘bomba’ é distante da outra mais dde 150 quilômetros, por isso é sempre bom estar preparado para uma surpresa. Leve se puder um ‘galão reserva’, (aqui é permitido, até garrafas ‘pet’ com combustível), assim você não vai correr o risco de uma pane seca. - Sinais de luzes aqui são totalmente diferentes dos usados no Brasil. Quando por exemplo, um carro ao cruzar em sentido contrário, e piscar os faróis para você, esteja atento para algum veículo enguiçado na pista ou buracos. Seta para esquerda, dada pelo motorista da frente, indica que você pode ultrapassar, ao contrário do Brasil que indica que há veículo em sentido contrário.
- Não há limite de velocidade as rodovias. TODAS, sem excessão, são como uma ‘autoban’, logo não se assuste se estiver, por exemplo, a 130 Km/h e um V-8 ou 12 cilindros, passar por você ‘rasgando’. Isso aqui faz parte. - Respeite, nos perímetros urbanos os semáforos quando houver e, sempre que ver uma pessoa na faixa, querendo atravessar, PARE. Aqui esta regra é fundanmental para todos os motoristas.
- Se puder e lembrar, traga Bombons e Chocolates “Garoto” ou também ‘catuaba’ da marca “FELINA”. Os Militares, e pessoal daqui são loucos por estas ‘guloseimas’ e, isto pode ser um ‘cartão de visitas’ muito bem visto e que pode abrir muitas portas e sorrisos para você. Bem, eu acho que com estas dicas, o pessoal não terá surpresas nem contratempos na Venezuela podendo assim atravessar ou curtir o País tranquilamente.
Beijaum e, “Roda pra Frente!!!”

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Virei artista de TV - Quarta-feira, 12/08

A gravação do programa foi adiada para hoje ao meio-dia, pois, Bárbara, teve uma gravação ontem que atrasou e por conta disso, achou melhor adiar para hoje a fim de fazer umas tomadas externas comigo pilotando na estrada.
Aproveitei este ‘gancho’ do programa para também dar um trato no meu ‘look’, haja visto que, viajando, é natural que se relaxe com estes detalhes e por isso eu ontem, cortei o cabelo, peguei a roupa que havia mandado fazer com a rede que havia rasgado, um nylon, bem resistente e leve, que agora, será para mim uma `mão na roda’ no sentido de se lavar já que rápido e facilmente seca.
Fui também num comércio daqui, que eu já havia passado algumas vezes e, seguindo a sugestão de ‘Cigano’, um dos motociclistas do MC Falcões de Aço, de Volta Redonda – RJ, mandei confeccionar 150 adesivos, com uma logo própria desta minha jornada pelo mundo e, agora onde eu passar e julgar interessante, tenho como deixar o registro da minha presença.
Também mandei recortar e aplicar no baú, o endereço do Blog, meu UIN do Orkut e meu E-mail, para que assim, as pessoas que, muitas das vezes surpreendem-se quando encostam atrás da ‘Guerreira’ antes de ultrapassar, vendo que sou um viajante solitário, possam acompanhar toda a minha trajetória aqui mesmo pela rede.
Acho que vou, quando for embora no dia 1º de Setembro, terça-feira, sentir saudades aqui do ‘povo’ de Boa Vista, já que, apesar de todo o contratempo inicial, lá no Posto Karakas, quando cheguei, agora, a coisa está bem melhor, sem ‘neuras’, tanto que às vezes eu dou uma passadinha por lá, almoço e bato um papo com alguns conhecidos que fiz ali.Foi no posto também, que eu vim a reencontrar a turma toda dos Falcões, neste domingo passado, quando retornaram de Marguerita, e onde, continuamos a nos reencontrar até ontem, na hora do almoço, quando enfim, começaram o caminho de volta para suas casas, não sem antes terem ido, na segunda-feira, dia 10, na Guyana Inglesa, para conhecerem e fazerem algumas ‘comprinhas’ por lá, já que esta fronteira, é ainda mais próxima aqui da capital Boa Vista, apenas 100 kms, contra os 230 da fronteira venezuelana.

Embaixada Brasileira. Uma piada na Venezuela. - Quarta-feira, 29/07

Logo que clareou eu dobrei o saco de dormir e coloquei de volta na moto e, sete e meia, fui para a porta do prédio da Embaixada para fazer hora até as nove para subir.

Nove em ponto eu peguei o elevador até o sexto andar, onde, eu ‘presumi’ estaria de volta ao ‘meu País’, o BRASIL. – Lêdo engano.
Logo que a porta do elevador abriu, pasmem, dei de cara com um SOLDADO BOLIVARIANO, sentado em uma mesa, em SOLO BRASILEIRO!
Na parede uma placa indicava que a esquerda estava o Setor Consular / Civil e, do lado direito o Setor Consular Militar.
Fui claro para o lado esquerdo, fui a segunda pessoa a chegar e, logo depois da senhora que estava a minha frente ser atendida, vi a recepcionista, VENEZUELANA, chamar três homens, venezuelanos que haviam chegado depois de mim para atendê-los. – Toquei o FODA-SE!!!
Porra, eu BRASILEIRO, num lugar que deveria representar uma EXTENSÃO da PÁTRIA MÃE, sendo preterido por um bando de ‘gringos’. – Rodei a baiana!!!
A ‘gringa’ então tentou jsutificar que o problema dos três era coisa pouca e que ela já ia me atender logo que os dispensasse, num ‘castelhano puro, e eu, não fiz por menos já entrei com os ‘ dois pés nos peito’ da ‘mona’ dizendo em PORTUGUÊS CLARO e LEGÍTIMO que eu estava no BRASIL e que sendo assim eu me RECUSAVA VEEMENTEMENTE a falar outro idioma e, pior, ser atendido por estranhos que não FOSSEM BRASILEIROS, NATO!
Na mesma hora a mulher disse que ia chamar alguém para me atender no meu idioma e, nova surpresa: Veio um AMERICANO, arranhando um português péssimo e, depois de explicar a ele o motivo da minha presença ali, ou seja, primeiramente ‘cambiar’ meus REAIS, fui informado..., - “não riam”, a coisa é séria -, que o REAL ali, NA EMBAIXADA BRASILEIRA, NÃO TEM VALOR e, que eu me dirigisse a uma Casa de Câmbio, proxima dali, para efetuar a troca da moeda, que em casos excepcionais eles costumam fazer para os brasileiros em dificuldades como a minha.
Se PUTO eu já estava, agora mesmo que a ‘merda degringolou’ de vez. Depois de receber do ‘amricano’ um croqui, muito porco de como chegar a ‘ITALCÂMBIO’ saí chingando tudo e, quando cheguei na porta do elevador, um senhor, me perguntou, para minha surpresa, num ‘português impecável’ qual o problema estava acontecendo.
Indaguei sua origem e ele apresentou-se como ‘Birke’, Adido Militar, Gaúcho LEGÍTIMO, com direito a sotaque e tudo e que depois que eu ‘vomitei, toda minha indignação com o que encontrei ali, no lugar onde deveria ser meu País, obtive sua solidariedade e, a sugestão para que eu fosse no tal lugar e, que se não conseguisse trocar os REAIS que eu voltasse e que fosse direto ao Gabinete Militar que eles dariam um jeito de me arranjar dinheiro. Segundo ele, os próprios funcionários militares, não entendem como na nossa Embaixada a presença de funcionários Venezuelanos e falta de estrutura financeira continuam sendo uma constante ali. Fui parabenizado por ele pela minha atitude e ‘chingamentos’ e, que eu não me preocupasse que, se não resolvesse meu caso na casa de câmbio que eles mesmos resolveriam. Os MILITARES do nosso GLORIOSO EXÉRCITO BRASILEIRO!

Fui a tal casa e, para encurtar a encrenca, lá meu R$ 150,00, que na fronteira e em Santa Elena de Uiaren, valeriam no mínimo Bf$ 450.000,00 foram reduzidos a Bf$ 98.600,00 pelo câmbio oficial e, que não é possível nenhuma transferência de dinheiro de qualquer país para a Venezuela. Logo, minha alternativa depois dessa, era a de voltar ao Brasil se eu quisesse prosseguir viagem com dinheiro no bolso.

Saí da Italcâmbio, praguejando tudo e a todos. Não pelo fato de despesa para voltar, nada disso, até mesmo porquê, gastei o equivalente a R$ 1,30, de combustível, para vir de Caracas a Boa Vista, novamente, mas sim pelo tempo desperdiçado, desgaste da moto, cansaço físico, privações, enfim.

Cheguei de volta, à Boa Vista, no sábado, dia 1º, para o mesmo sítio da família Maduro, que novamente me acolheu e, que agora me autorizaram a ficar até setembro, para que eu possa me capitalizar mais e assim, não ir apenas na dependência de Bolívares, bem como também com alguns Dólares, para alguma emergência.

Esta aventura toda na Venezuela me serviu como um excelente laboratório. Pude comprovar as necessidades de vou enfrentar em países estranhos e o quão precavida eu devo ser de agora para diante.
Aboli as mochilas e logo que peguei meu pagamento no dia primeiro, já providenciei um Baú Grande, para a moto e assim agora não terei ,mais os problemas de toda vez que parar arrumar, amarrar e desamarrar mochilas.
Estou me preparando este mês para a minha volta e, para que não tenha mais nenhuma surpresa infeliz no caminho, se bem que já me informei no site do VISA que em Cúcuta, na Colômbia, por onde eu vou entrar no País, rumo ao Panamá, eu tenho a Rede Plus para saques no exterior.
Vou levar também algumas coisas para vender e trocar, haja visto que tenho de achar um modo de me capitalizar e não ficar restrito apenas a minha aposentadoria. Quero negociar algumas coisas em ‘ouro’ pois, além de ser mais fácil e prático de se guardar, em Gaspati, El Dorado e El Callao, esta é a moeda de troca deles. Uma ‘pepita’ de cerca de ‘grama e meia / duas gramas, às vezes até três gramas, sai mais ou menos a Bf$ 150.000,00, uns R$ 50,00.

Quanto ao povo Venezuelano em si, os Policiais das forças locais e Armada, só tenho elogios e agradecimentos. Foram e são fantásticos. Pelo menos com viajantes como eu, que estão visivelmente numa aventura dessas.

Vou ficando por aqui e logo que tenha mais novidades eu posto. Desculpem a demora mas como puderam constatar as prioridades foram outras nesta semana que cheguei de volta a Boa Vista e a novidade é que serei entrevistada pela apresentadora Bárbara, da Rede Brasil, um canal de TV de Roraima, da Capital Boa Vista, no Programa Estilo.
Conheci Bárbara e seu noivo Franco ainda na fronteira, no SENIAT, imigração Venezuelana e, nos encontramos diversas vezes na Venezuela, nestes seis dias que passei por lá, sendo convidado por ela para uma entrevista, amanhã, dia 10 de agosto, aqui no sítio onde estou.
Quem sabe, não sai daí algum ‘pai’trocínio, apoio, ajuda, enfim, alguma coisa que me dê uma força nessa minha jornada por este ‘mundão de meu Deus’. Beijaum em todos!

Seguindo para Caracas. - Terça-feira, 28/07

Quando clareou, amarrei toda a bagagem na moto, me despedi dos policiais e fui até a loja para mais uma vez agradecer a hospitalidade e preocupação do meu ‘novo amigo’ e lá fui presenteado com uma camisa pólo, da loja dele.
Consegui ir direto para Caracas naquele dia. Cheguei a capital venezuelana ainda não eram cinco horas da tarde.
Para quem acha o trânsito do Rio de Janeiro e São Paulo, terrível, sugiro um ‘tour’ a Caracas.
Além dos congestionamentos, os motoristas venezuelanos não tem regras. Guardas de trânsito, na cidade, são apenas para mandar parar e seguir nos cruzamentos mais perigosos e, assim mesmo, enquanto estiver parado e, não tiver nenhum pedestre atravessando, numa brecha, o motorista pode perfeitamente avançar e seguir desde que não cause nenhum empecílio.
Mesmo sendo um trânsito onde o ‘foda-se’ é palavra de ordem, há um consenso entre todos, pedestres, guardas e motoristas e, por incrível pareça, não se vê engavetamentos ou acidentes. O tráfego flui numa boa com dezenas de carro se embolando nos cruzamentos, atravessando uns na frente dos outros, mas, basta um pedestre pisar na faixa e erguer o braço que os carros param para ele atravessar. Isso também é uma característica do trânsito em Boa Vista, onde há pouquíssimos semáforos.
O motorista venezuelano, apesar de sempre andar de ‘pé embaixo’ não tem ‘maldade’ no trânsito, muito pelo contrário. Todos se respeitam, não se vê ‘buzinaços’, tampouco fechadas, chingamentos, no máximo se você estiver numa faixa de maior velocidade o carro encosta atrás e dá uma leve buzinada pedindo passagem.
Acostamento na Venezuela, também é faixa! E é ali que, veículos em baixa velocidade, - e, nessa eu me enquadro -, trafegam e, também, carretas e caminhões pesados.
Comecei a procurar a Embaixada Brasileira. Perguntei numa praça, num lugar que eu julguei ser o Centro, a um grupo de taxistas que me orientaram a seguir direto pela via até o final dela e que quando terminasse eu voltasse a me informar que eu já estaria próximo. Assim eu fiz.
Quande cheguei num ponto onde eu não podia mais seguir me informei novamente com outro taxista sendo indicado para mim um caminho até um prédio, onde segundo ele, seria a Embaixada do Brasil e de mais outros Países.
Cheguei ao lugar a noite já havia caído. Parei a moto no meio-fio, subi as escadas, mas, já sem esperanças pois não vi a nossa bandeira nos mastros na frento do prédio. Havia apenas as bandeiras Suíça, Inglesa e Portuguesa.
Fui orientado pelo recepcionista do Centro Comercial, onde se situavam estas Embaixadas que a brasileira era no outro quarteirão, (quadra, para eles), no Centro Comercial Mohamed.
Cheguei e depois de confirmar com o porteiro e o segurança que era ali a ‘Embajada Brasileña’, também me foi dito que o expediente já havia se encerrado e que somento no dia seguinte à partir da nove horas da manhã. País diferente, costumes ‘corriqueiros’. Mesmo na Venezuela o horário de expediente se iguala ao das repartições públicas do Brasil. De oito as nove, toma-se cafézinho e se joga conversa fora, das nove ao meio-dia, se “trabalha”, de meio-dia as duas, pausa para o almoço, e das duas as quatro, literalmente, coça-se o “saco”, os que tem, os que não tem, v ão bater pernas nos shopping’s da Venezuela.

Perguntei se havia ali algum lugar onde eu pudesse pernoitar. - Nada! – Disse então ao porteiro e ao segurança que eu passaria a noite ali mesmo na calçada para de manhã então resolver meu problema.
Fui numa padaria próxima, comprei uma bisnaga, uma Coca-Cola e merendei ali mesmo na calçada defronte ao prédio.
Quando terminei, cerca de umas duas horas depois me deu vontade de urinar e então fui até a portaria perguntar se havia ali no prédio um ‘baño’ que eu pudesse usar, quando o porteiro me disse que se fosse para ‘urinar’ que eu podia fazê-lo ali fora mesmo, nos canteiros em torno do edifício.
Achei estranho, mas fazer o quê né... é o costume deles. Me dirigi até o canteiro no final do prédio e quando eu já me preparava para fazer ‘minhas necessidades’ escuto um chamado e quando olho eram dos ‘pivetes’, meninos de rua, com idade mais ou menos de uns 13 / 14 anos, sendo que um deles, fumava uma pedra de crack.
Fiz sinal para que me aguardassem mijar e quando terminei, para não ‘dar bandeira’ e demonstrar medo, fui até onde estavam, mechendo no bolso interno de minha jaqueta e com o capacete na mão.
Logo que cheguei o que fumava a pedra me perguntou se eu era um ‘maricon’. – Viado em Castelhano.
Para não dar mole e mostrar aos dois que eu também era carne de pescoço, respondi de pronto que sim, eu era um ‘maricon’ assim como ‘su padre’ e ‘la putana’ que ele chamava de ‘madre’e, que se ele, por estar fumando uma ‘pedra’ fosse achar que era um super-homem, que o ‘maricon’, ‘quebravá-los’ no meio. Os dois, sem dó!
Saí, voltei para a moto e, por conta dessa experiência, descartei por completo qualquer possibilidade de passar a noite ali, ainda mais que, dez horas da noite, o porteiro fechou a entrada do prédio se recolhendo.
Saí para procurar um quartel de polícia, bombeiros, enfim, um lugar onde eu pudesse passar aquela noite.

Em Caracas, a noite é linda. Os prédios, em sua maioria, tem todos em suas fachadas sistemas de jogo de luzes multicores e seriais. Os mais simples, lampadas coloridas nos andares que ficam mudando, tornando assim a vista um espetáculo à parte.
Depois de dar uma volta e não achar nada, ali mesmo próximo da embaixada, havia um Posto de Gasolina, PDV, e defronte uma espécie de churrascaria que funcionava a noite toda e, foi então que me dirigi ao frentista perguntando se eu podia dormir ali, já que estava começando a chover.
O homem então me autorizou a parar a moto num lugar coberto e disse que a meia-noite ele encerraria e apagaria tudo e que eu podia ficar a vontade e em segurança ali, já que, eu comprovei mais tarde, policiamento em Caracas e constante. De cinco em cinco minutos no máximo uma patrulha passa fazendo o policiamanto daquela zona.

Saindo de Chaguarramas - Segunda-feira, 27/07

Passei uma noite maravilhosa. Os policias do posto muito generosos e amigos e, logo que o dia amanheceu, eu já de pé perguntei onde eu poderia consertar o mata-cachorros e desentortar o pedal de freio e, logo defronte havia uma oficina que trabalhava com soldas pesadas para caminhões e foi ali, que tudo foi resolvido e eu desembolsei apenas Bf$ 10.000,00 / R$ 2,80, para compra de duas varetas de solda e, o serviço feito de primeira, com direito a reforço interno do tudodo mata-cachorros, e pedal de freio recuperado com ‘calor’.
Me despedi de todos e me pus a caminho, agora preocupado pois o dinheiro estava ficando escasso e os REAIS que eu ainda tinha, R$ 150,00, não me serviriam de nada na Venezuela.
Cheguei a Chaguarramas eram umas quatro horas da tarde. Mais uma vez parei na Partrulha de Trânsito e pedi para pernoitar e, imediatamente fui atendido. Contei ao policial o acidente, e como passei a noite e minha preocupação agora com a falta de dinheiro que estava até me fazendo cogitar a idéia de retornar ao Brasil.
Lembrei que já estava na hora de fazer a troca do óleo de motor da ‘guerreira’ e pedi ao policial uma dica de uma loja não careira onde eu pudesse efetuar a compra.
Mais uma vez, bem defronte ao posto policial, havia uma loja, onde eu fui e, depois de ver vários óleos e faixas de preço, acabei optando pelo mais barato, Bf$ 9.000,00 / R$ 3,00, contra Bf$ 15.000,00 / R$ 5,00, do mais indicado nesse caso que seria um Multiviscoso S20w50, para motores que rodam muito.
Vendo minha situação de ‘dureza’ e a minha necessidade, o dono da loja, que por acaso também é motociclista, fez a o litro do multiviscoso, a Bf$ 9.000,00 e me desejou uma boa viagem depois que eu contei a ele e demais pessoas que estavam na loja meu propósito e minha preocupação, “agora”, pela falta de dinheiro.
Voltei a patrulha, estacionei a moto para o motor esfriar e eu poder ‘sangrar’ e, armei a rede para passar a noite e indaguei ao policial se havia algum lugarzinho onde eu pudesse mais tarde jogar uma água no corpo.
Como eu disse, ‘baños’ na Venezuela, não é algo que se compartilhe, logo, o policial me mostrou dois tambores de óleo, usados como reservatório de água e disse que quando a noite caísse eu podia me banhar ali mesmo, atrás do posto sem problemas e à vontade.
Quando o motor esfriou eu fui tratar de ‘sangrar’ e assim já deixar a ‘guerreira’ pronta para logo de manhã eu seguir para Caracas, haja visto que, mesmo com a Rede Plus, cadastrada e liberada para saques internacionais, depois de acessar o site do VISA eu vi que banco nenhum na Venezuela operava com este sistema, apesar de tê-lo nos Caixas Eletrônicos, aqui chamados de ‘suítes’.
Enquanto eu fazia a troca do óleo, chegou o dono da loja, onde eu havia comprado o lubrificante e depois de conversar um pouco comigo ele, levou a mão ao bolso e pegou Bf$ 30.000,00 me entregando dizendo que eu não levasse a mal, mas era uma ajuda para que eu chegasse a Caracas ou voltasse ao Brasil. Preocupado, perguntou se eu já havia me alimentado e me convidou a ir em sua residência para jantar e que antes de eu parti no dia seguinte que fosse até a loja que ele ainda queria falar comigo.Agradeci toda sua preocupação e boa vontade, me desculpei por não aceitar o convite para jantar em sua casa, haja visto que um outro senhor, que estava na patrulha no momento em que eu cheguei já havia ficado de trazer umas ‘arepas’ para eu comer. – Espécie de risole de massa, empanado de queijo com presunto ou com vários outros recheios, carne, legumes, frango, ou tudo isso misturado, tradicional aqui no País.

Meu primeiro acidente em solo Venezuelano - Domingo, 26/07

Rodei uns 3 quilômetros e parei num barzinho de um posto ao lado da rodovia para tomar um cafezinho e enquanto eu fui na moto, pegar minha carteira, a ‘cretina’ da atendendo do balcão roubou meu óculos na maior cara dura.
Depois de muito procurar em todos os lugares possível, digeri a idéia de que eu havia levado uma ‘pernada’ da Venezuelana, mau caráter, que burra, surrupiou um óculos de ‘camelô brasileiro’, made in Paraguay.
Já eram quase meio dia quando passei pela alcabala na entrada da cidade de El Tigre e, mais uns metros a frente, fui parado por uma espécie de Polícia Municipal, que me pediu minha Caderneta de Vacinação e depois meus documentos, Passaporte, principalmente.
Qaundo abriu o documento e viu minha foto, o policial não acreditou que se tratava de ‘eu’ própria, haja visto que a na foto eu estou parecendo uma mulher e, incdrédulo, - tudo cena para valorizar e assim poder pedir um dinheiro, básico -, levou meu passaporte até a viatura, um caminhão onde estava um tenente entregando o documento e dizendo que não se tratava da mesma pessoa.
Sacando a situação e, para não dar chance alguma de nenhuma proposta de dinheiro eu disse ao tenente que a apar6encia da foto era feminina pois eu eu uma ‘transformista’ e que estava de cabelo preso, porém eu tinha corpo feminino, feito com silicone e seios.
Pronto, esta foi a ‘deixa’ para que o tenente me pedisse para levantar a blusa para vere, logo que eu mostrei ele e os outros policiais, boquiabertos indagaram se eu era ‘operada’.
Depois de muita brincadeira e, diga-se de passagem, respeitosamente, fui dispensada com o tenente me pedindo para que eu deixasse meu número de telefone com um dos soldados que havia ficado interessado em mim.
Mais a frente, rindo sozinha, entrei num posto de gasolina, de bandeira Texaco, e, onde estava estacionada uma Rural, com algumas botas e outros artigos feitos em couro sobre o capôt.
Logo que parei, o vendedor veio até mim, um senhor Colombianop me oferecendo um par de botas de Couro, linda, por Bf$ 300.000,00, cerca de R$ 100,00.
Como eu estava com pouquissímo dinheiro e, em REAIS, apenas R$ 300,00 disse que não poderia comprar nada, haja visto que não tinha Bolívares suficiente e, apenas, R$ 100,00, moeda brasileira e que ‘ali’ não tinha o menor valor.
Insistindo ele me levou até a frente do automóvel e me mandou escolher uma bota que nós ‘negociaríamos’. Disse então que n ão tinha como e, que se tivesse que comprar algo eu optaria pela jaqueta, que estava pendurada na porta do carro, já que minha necessidade naquele momento era sim uma jaqueta de couro. Perghuntei o preço.
- Trezentos e Cinquenta Bolívares ! – Me respondeu o Colombiano esticando o braço em minha direção me mandando vestir.
Realmente era una peça linda. Couro macio, legítimo, toda confeccionada a mão por ele próprio conforme de disse.
Quando ameacei tirá-la para devolvê-la o Colombiano me perguntou quanto eu tinha em Bolívar e quanto em Real que nós faríamos negócio.
Disse a ele que não tinha Bolívar nenhum disponível, porém se ele quisesse fazer em REAL poderíamos mas, a quantia que eu dispunha era bem pouca, no máximo R$ 100, que convertido daria Bf$ 300.000,00. Ele disse que era pouco.
Já ia tirando o casaco quando ele me disse que eu mostrasse a ele o dinheiro e, quando fui puxar as notas da carteira, ‘ele’, esperto, viu mais umas notas de R$ 10,00 e me perguntou quanto eu tinha no total. Não tive como desconversar e depois de desenrolar as notas de 10, vi que eram R$ 30,00. Negócio fechado. Levei a Jaqueta que no Brasil, barato, em super liquidação me custaria pelo menos uns R$ 1.200,00 e me saiu a R$ 130,00.
Montei na moto e segui viagem até Paracaima, onde ni pedágio há um posto de controle e, onde, quilômetros antes, começou a chover me fazendo parar para vesit a roupa de chuva.
Quando eu já estava passando pela cabine, para contorná-la e voltar para parar na alcabala, o militar de plantão, achando que eu fosse seguir direto, assobiou me chamando e, quando eu desviei a atenção da pista para sinalizar que eu voltaria, a roda dianteira, caiu numa valeta, causada pelo desgaste do asfalto e a consequência disso foi um ‘tombo’ que, partiu o ‘mata-cachorros’ da moto e envergou o pedal de freio, isso sem falar que por conta da quebra do protetor do motor, a moto caiu sob re minha perna direita me deixando semi-preso embaixo dela.
Quando conseguir sair, chamei o militar para me ajudar a erguê-la novamente e ele, preocupado com a minha queda, queria chamar uma ambulância para que eu fosse medicado, ocasião em que eu o tranquilizei dezendo que estava tudo bem que não havia motivo para isso e que não precisava se preocupar.
Depois dele me dizer que eu tinha de parar ali e de eu explicar a ele que eu estava apenas contornando a cabine para voltar, ele carimbou os documentos e mais uma vez insistiu para eu esperar que ele chamasse uma ambulância, mas eu o tranquilizei e segui caminho, muito PUTO, até a cidade, onde parei num Hotel e pedi a dona que fizesse um preço para que eu apenas me banhasse, já que estava louco por um banho.
Espantada a dona disse que não tinha preço para isso, mas vendo que eu havia me acidentado, - o mata-cachorro estava praticamente pendurado -, pegou a chave de um quarto e me mandou banhar-me à vontade.
Terminei o banho que me renovou as energias e, depois de fazer um agrado a ela com uma mortadela que eu havia comprado num supermercado de El Tigre, voltei até a Patrulha de Trânsito, onde pedi pernoite, sendo autorizado pelo comandante do posto a pousar ali.

Ciudad Bolivar - Sábado, 25/07

Acordei como de costume com o dia começando a clarear e, meu primeiro sufoco em terras ‘Venezuelanas’... Vontade de dar uma ‘barrigada’!
Aqui não é como no Brasil. Banheiros, ou melhor, “baños”, são coisas ‘raras’ e, quando aparecem, são apenas para mulheres. Os homens ‘se aliviam’ em qualquer lugar e, emsmo estando eu a pouquíssimos metros do Posto de Controle do Exército, não podia nem cogitar esta hipótese pois ali dentro civil nenhum põe os pés. Eu estava perdido.
A ‘coisa; começou a ficar ‘feia’. Depois de muito suar e, de terminar de colocar as coisas na moto, lembrei do saco plástico, bolsa, que veio com as banana. Não pensei duas vezes e entrei na barraca, fechei, e ali, fiz tudo que tinha de ser feito dentro da sacola plástica. Alívio.
Terminei de desmontar a barraca, coloquei na moto, me despedi do Sgt. e do Soldado e segui viagem para Ciudad Bolivar, onde eu cheguei também no final da tarde, já quase noite e fui à cata de um lugar onde eu pudesse trocar R$ 150,00.
Depois de ‘peregrinar’ um pouco na cidade, parei num posto de gasolina e me informei onde eu poderia ‘cambiar’ meu dinheiro sendo informado pela frentista que me dirigisse ao aeroporto, próximo dali que lá ‘certamente’ eu conseguiria trocar os REAIS.
Varada! – Nada feito. Só trocam Dólar ou Euros. Dinheiro brasileiro eles nem sequer tem noção de como ou de que cor é. Tentei em mais dois lugares que me indicaram. Um Cassino e um Hotel, ou melhor, um ‘bordel’. Nada feito.
Voltei para o posto de gasolina, onde eu pretendia passar a noite e depois de me enturmar com o pessoal e com alguns ‘grueiros’ fiquei sabendo que não seria uma ‘boa idéia’ dormir ali, haja visto, segundo ‘eles’ haviam muitos ‘malandros’e o mais seguro seria eu pedir para dormir no quartel do exército, ali defronte ou em algum outro lugar.
Nesse meio tempo um dos grueiros lembrou-se de um hotel, administrado por um brasileiro, no Paço Orinoco e, fomos até lá para tentar cambiar o dinheiro mas também não tivemos êxito e, já estando ali, no Paço, que beira o Rio Orinoco, resolvi dormir por ali mesmo, já que vi vários moradores de rua, dormindo espalhados pela praça e, onde havia também um Posto Policial de Patrulheiros de Bicicletas.
Pedi permissão aos policiais para pernoitar por ali e, depois, fui até um pequeno grupo de moradores de rua me identificando como um viajante brasileiro, ‘sem dinheiro’ e que naquela noite faria companhia a eles, sendo bem rexcebido por todos.Como a noite estava ‘firme’, ou seja, o céu estava estrelado e não havia sinal de chuva, peguei apenas o saco de dormir, abri ao lado da moto, entrei nele, ativei o alarme da moto e apaguei até o dia seguinte quando acordei e me despedi de todos saindo da cidade pela ponte estaiada, uma obra linda que passa sobre o rio.

Seguindo Viagem na Venezuela - Sexta-feira, 24/07

Levantei com o dia clareando e depois de me despedir e agradecer aos policiais, fui até um quiosque de um índio que eles me indicaram para rtomar um café, 0800, claro eu não recusei..
Fiz logo minha política com o índio e elogiei os artigos que estavam exposição, me desculpando por não comprar nada, pois não teria como carregar na moto, uma forma de ser gentil ao ‘café grártis’ que eu estava saboreando.

Meti o pé naa estrada e meu odômetro, já marcava mais ou menos 130 kms rodados, logo, eu teria uma margem de mais 130 quilômetros se eu não quisesse empurrar moto pela ‘Sabana Venezuelana’. Os policias me disseram que haveria um posto em mais ou menos 100 kms, mas como ter essa certeza. Era rezar e seguir viagem.

Realmente, o Posto de Gasolina, ou melhor, a bomba, ficava mesmo, mais ou menos messa distância e, quando cheguei havia uma pequena fila de carros para abastecer e, foi quando eu fiquei sabendo que o movimento, se dava por ser a sexta-feira, dia 24/07, Anivesário de Simon Bolívar, logo, feriado nacional no país.

Encontrei um grupo que havia passado por mim na estrada e buzinado, fazendo maior festa e que eu, lesada que sou, mão reconheci como sendo uns brasileiros que estavam comigo na fronteira e na seguradora fazendo a papelada. Foi o ‘cara’ que havia conversado um pouco comigo na Aduana Venezuelana, que me passou a dica da gasolina, quando eu falei que a Guerreira estava sofrendo com a pureza do combustível.
Completei o tanque, que já estava quase vazio, graças a Deus. Gastei Bf$ 200,00 = +/- R$ 0,01, desta feita com gasolina ‘sin plomo’, o que realmente amenizou os engasgos.

Tomei café da manhã, comi uns salgados, comprei cigarros, pilhas, para o GPS e, lá se foram mais ou menos uns Bf$ 40.000,00, mais ou menos uns R$ 12,00. Meti o pé na estrada n ovamente.
O frio na Savana é forte. A altitude é de 1440 metros. Andei mais alguns quilômetros e, novamente parei num posto de controle do exército pars carimbar meu documento de trânsito e segui para então começar a descida da ‘Grand Sabana’.
A estrada em si, lembra, para quem é carioca é claro a Rio x Petrópolis, porém as curvas está mais para Serra da Araras do que outra coisa qualquer. Cheguei a Pedra da Virgem, um ponto turístico e que nesse dia, por conta do feriado estava fervilhando de gente e devotos.
Parei para dar uma esticada nas pernas e aproveitei para tirar umas fotos e registrar o movimento de pessoas, seguindo então viagem, terminando a descida e já na localidade conhecida como ‘KM 88’, onde há outro posto de combustível e, já estando eu precavida, aproveitei para abastecer a ‘guerreira’. A fila estava enorme. Vi um soldado, - aliás na maior parte dos postos da Venezuela, de bandeira, PDV, acredito seja uma estatal, há soldados do Exército organizando e controlando o acesso -, e me dirigi a ele, perguntando em ‘legítimo portunhol’ se ‘motocicletas’ também tinha de entrar na fila e este me respondeu negativamente, arbrindo passagem para mim que já encostei na bomba e completei o tanque que nem me foi cobrado.
Aproveitei que já eram quase meio-dia e saí, depois de comprar uma bisnaga de silicone na loja do posto, a fim de colocá-lo no parafuso da mistura depois que eu parasse para tentar regulá-lo, à cata de um lugar para almoçar.
Os caminhoneiros no Posto Karakas, em Boa Vista, já haviam me dito que o KM 88, não era uma das melhores cidades para se permanecer na V enezuela, haja visto que, por ser um local de parada de caminhões e, ponto de subida para a Grand Sabana, é claro há ali muitos malandros e ‘gatunos’ e por isso eu procurei comer logo e sair de volta para a estrada, já que pensava, e imaginava passar a noite em Upata e ainda faltavam cerca de 300 kms.
Saí rápido e logo à frente me deparei com o comércio local, onde parei e comprei dois pedaços de corda para a minha rede e segui por mais uns 15 kms, até que suando muito, eu ainda estava vestida com a claça jeans e uma blusa de manhas compridas e bota, resolvi parar para trocar de roupas, ali mesmo na estrada já que as árvores naquele trecho formavam um imenso túnel natural.
Troquei de roupa, vestindo uma calça corsário e uma camiseta. Calcei o ‘velho’ par de tênis que já está com um belo furo em cada pé e, quando já estava quase saindo, eis que sai da mata, bem ali onde eu estava um soldado do exército, por uma pequena escadinha moldada e escavada no própio barro da encosta, acompanhado, acredito, por sua esposa.
Quando me viu ali parado, o soldado se encaminhou até mim e pediu-me os documentos, eu mostrei e, logo que me devolveu, me perguntou se eu tinha cigarros, eu ofereci-lhe o resto de um maço, com uns três cigarros DERBY AZUL e, ele então me perguntou se eu tinha Bf$ 50.000. Como eu disse que não tinha este então perguntou se eu teria 30 ou 20 mil e, eu, claro, mandei a ‘letra’ de que estava sem dinheiro e, que estava a caminho de El Tigre ou Upata para tentar cambiar, oferecendo-lhe, para fazer a ‘linha’ R$ 10,00 que foi recusado por ele. – Parece cômico, mas os Venezuelanos não tem a menor noção do valor do REAL. Quando encontrei um grupo de motociclistas de Volta Redonda, a caminho de Marguerita, balneário local daqui, tipo Búzios e Guarujá, um deles, depois que um cara lavou a moto dele, puxou de ‘sacanagem’ uma nota de R$ 100,00, para pagar ao lavador e este atônito, recusou ‘veementemente’ o REAL e, pasmem, ficou sastisfeitíssimo, quando o cara deu a ele, Bf$ 5.000, pouco mais de R$ 1,00 . Voltando, me despedi do soldado, agradecendo e ‘meti o pé’.
Eu bem que tentei chegar a Upata, mas devido ao cansaço e ao sono que me deu depois do almoço, - eu acabei parando em El Dorado, na beira da pista, para uma ‘siesta’ -, o máximo que consegui rodar foram 250 kms, chegando já no fim do entardecer a cidade do ouro, El Callao.
Logo na entrada da cidade há um posto de controle e, depois de mostar meus documentos ao sargento, perguntei a ele se haveria prolema de eu pernoitar ali, atrás do posto, sendo dito por este que não haveria mal nenhum e que eu me instalasse onde eu achasse melhor. Agradeci e, como o tempo estava nublando rapidamente, resolvi montar a barraca bem rápido para não me molhar. Logo que terminei o Sgt, veio até mim e perguntou se eu tinha alguma nota de REAL, pois ele colecionava cédulas e ainda não tinha nenhuma em sua coleção. Catei e, acabaei achando uma ‘unca’ nota de R$ 2,00, já que eu tinha dinheiro em REAL mas eran notas de R$ 10 e de R$ 50 e, NEM PHODENDO eu daria uma dessas a ele... (rs)
A chuva caiu e, como eu estava pregada, - peguei mais uma serra no caminho cheia de curvas e para completar de pista de mão dupla -, acabei pegando no sono, acordando já eram umas nove horas da noite, sem chuva, que havia dado uma estiada.
Saí da barraca e me sentei numa pedra ao lado da moto, acendi um cigarro, imaginando e ‘sonhando’ com um cafézinho, quando me dei conta da chegada de um outro soldado que por curiosidade começou a me indagar sobre a moto, a viagem, locais por onde eu passei, etc. Ao final, voltando para o posto ele me perguntou se seu já havia jantado, quando respondi a ele que, por estar com pouco dinheiro, (esse é o truque em qualquer país fora do nosso. Estar sempre ‘duro’), eu havia comprado uma bananas na outra cidade e que estava dando um tempo, fumando um cigarrinho antes de saboreá-las. O soldado me disse então que esperasse e depois de ir até o posto, voltou com uma ‘quentinha’ nas mãos, e me entregou mandando que eu comesse.
Cara, aquilo caiu do céu. Sem contar que a comida era deliciosa. Arroz, com banana frita e um peixe ensopado, que eu ‘mandei ver’ só deixando o alumínio e o isopor da tampa, já que eu julguei seria indigesto e, depois deste banquete, já com a chuva, relâmpagos e trovões ecoando, voltei para a barraca e dormi

Saída de Roraima - Quinta-feira, 23/07

Finalmente, quem diria, estou saindo de Roraima, onde fiquei, com a ajuda de um motociclista, mebro do Motoclube Roraima, conhecido como, Madruga, devido a sua semelhança com o personagem televisivo, e que, com a graça do bom Deus me livrou de uma enorme furada, como vocês puderam constatar no texto anterior.
Antes porém de eu ir embora, fui surpreendida, primeiramente no sítio, com uma cobra coral, que claro, eu capturei e fiz questão de registrar e depois por um papagaio selvagem, coisa bastante comum por aqui.
Peguei a estrada na quinta-feira, dia 23, logo bem cedo, mais ou menos, seis horas da manhã e, me pus a caminho da divisa do Brasil com a Venezuela, na localidade conhecida por aqui, como, BV-8.
Cheguei, faltava pouco para as onze e meia e, sendo assim, cerca de 100 mts, do Posto Aduaneiro e da Polícia Federal, eu parei para logo almoçar e, assim que cheguei, já fui interpelado por um cambista, me oferecendo Bolivares, a cotação de Bf$ 2.800,00 por R$ 1,00, coisa que eu não aceitei, pois já havia sido orientada de que o câmbio naquele dia, estava na ordem dos Bf$ 2.900,00. Como eu recusei a oferta este então me ofereceu ao que eu havia sido orientado e, por pura burrice, mais adiante vocês entenderão, eu cambiei R$ 200,00 que ficaram então em Bf$ 580.000,00 e, guardei, R$ 300,00 para cambiar mais tarde durante o percurso até a cidade de Cúcuta, na Colômbia.
Parei primeiramente na Aduana para saber se precisava fazer algum tipo de procedimento e, como não pretendo retornar mais ao Brasil, não precisei declarar o Notebook, nem a Câmera Fotográfica, sendo então liberado para que fosse ao posto da Polícia Federal, para formalizar minha saída e carimbar meu passaporte.
Isto feito, segui então para a Aduana Venezuelana, cerca de 500 mts adiante e, lá depois de receber o Visa no Passaporte, fui orientado a seguir até a cidade de Santa Elena, 15 kms dali, para fazer o Seguro Obrigatório Venezuelano, um tipo de Carta Verde, que custa, Bf$ 244.000,00 ou R$ 85,00, claro que eu preferi pagar em Real, pois não mecheria no que foi cambiado na fronteira.
Voltei ao Posto de Controle, na Aduana Venezuelana e, depois de conferido todos os documentos, da motocicleta e, o seguro, recebi a Guia da Autorização de Trânsito, válida por um mês, coisa que achamos suficiente para que eu atravessasse o País e, foi feita u,ma anotação no passaporte, liberando o trânsito da ‘Guerreira’ em solo Venezuelano. Sendo assim fui liberado e, orientado para que, quando chegasse ao Posto de Fronteira na Colômbia, eu lembrasse aos militares da “Guardia Nacionale”, para que dessem baixa na saída da motocicleta, já que este documento será encaminhado de volta para que seja dado baixa no sistema.
Segui então para Santa Elena de Uairen novamente, já que era meu rumo e, como ainda passava pouco das 15:00 hs, resolvi seguir direto, isto claro, depois de abastecer a Guerreira, sem saber, - turista só se fode -, com gasolina Com Plomo, ou seja, com 98% de Octanagem e, claro a ‘moça’ sentiu o impacto de algo tão forte e puro.
Coloquei 11 litros pois, como estava a caminho da venezuela, deixei o tanque esvaziar para enchê-lo com gasolina barata. Aqui o preço do litro da gasolina é Bf$ 0,70, que dá algo em torno de R$ 0,05 o litro, e, tem bombas, (postos de gasolina), que no caso da Guerreira, nem cobram o abastecimento. Para se ter noção, até agora, eu devo ter gasto com combustível, em Real, cerca de R$ 1,80 / 2,20, não mais que isso, estes cinco dias rodando aqui, claro, agora, já esperta, usando Gasolina ‘Sin Plomo’, com baixa octanagem, 95%, o que também, faz a Guerreira espernear, mas aos poucos, todo dia eu vou dando uma regulada na mistura e, já está menos pior do que nos primeiros dias e quilômetros rodando. Um adendo, em Santa Elena, os Postos de Gasolina, não abastecem, veículos Brasileiros, logo, ou você abastece no posto na fronteira, entre a Aduana Brasileira e a Aduana Venezuelana, ou, em vendedores na rua, que oferecem gasolina ‘Com Plomo’ 98%, ou, então, só vai fazê-lo, novamente, cerca de 200, quilômetros depois já na Savana. Por isso fique esperto.

Rodei cerca de duas horas, já entrando na Reserva Indígena, na Savana Venezuelana e, cheguei a uma aldeia, chamada São Francisco, de ‘alguma coisa’que não me recordo e, onde é tipo uma aldeia de índios artesãos.
Fui parado, claro, pela Guarda de Trânsito, uma espécie de Polícia Militar daqui e que depois de vistoriarem meu passaporte, me liberaram, ocasião em que, já pelo adiantado da hora, eram umas 17:30 hrs, logo anoiteceria, perguntei se haveria algunm lugar onde eu pudesse descansar, para seguir pela manhão, sendo logo dito que eu poderia armar minha ‘tenda’, (barraca), nos fundos da unidade, sem problema algum.
Agradeci a hospitalidade e cordilidade e fui até os fundos do Posto para ver se havia algum lugar coberto, pois, sendo assim eu não teria necessidade de armar barraca podendo dormir ou na rede, que aqui chamam de ‘maca’ ou no saco de dormir.
Feito o reconhecimento e, visto que teria como armar a rede e também os aco de dormir se assim eu preferisse, fui num quiosque em frente jantar e, já tive a primeira facada, (pra nós que não estamos mais acostumados a hiper-inflação), pois o prato de comida custa Bf$ 30.000,00, algo em torno de R$ 10,00, muito caro.
Como era minha primeira noite e, primeira refeição, encarei e comi, um prato de Arroz, com uma saladinha minguada de tomate, umas 3 rodelas, Cebola, idem e Pepino, também, e banana frita, simples, aqui não usam canela, com um Bisteca, (bife), este sim com cerca de 350 grs.
O copo de café, custa Bf$ 5.000,00 = +/- R$ 1,80, logo, para mim que tomo e sou viciada no pretinho, este foi um hábito que comecei a repensar assim como o do cigarro que aqui, também é uma facada, Bf$ 9.500 / 10.000,00 = +/- R$ 3,50 o maço.Passei uma noite excelente. Tão boa, que acreditem e riam, eu mijei na rede. Isso mesmo, acordei mijando, me molhando todo e, duas e ‘tal’ da manhã, estava eu, na pia do posto lavando minha calça e minha blusa, já que ficaram ensopadas de mijo.