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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Seguindo para Caracas. - Terça-feira, 28/07

Quando clareou, amarrei toda a bagagem na moto, me despedi dos policiais e fui até a loja para mais uma vez agradecer a hospitalidade e preocupação do meu ‘novo amigo’ e lá fui presenteado com uma camisa pólo, da loja dele.
Consegui ir direto para Caracas naquele dia. Cheguei a capital venezuelana ainda não eram cinco horas da tarde.
Para quem acha o trânsito do Rio de Janeiro e São Paulo, terrível, sugiro um ‘tour’ a Caracas.
Além dos congestionamentos, os motoristas venezuelanos não tem regras. Guardas de trânsito, na cidade, são apenas para mandar parar e seguir nos cruzamentos mais perigosos e, assim mesmo, enquanto estiver parado e, não tiver nenhum pedestre atravessando, numa brecha, o motorista pode perfeitamente avançar e seguir desde que não cause nenhum empecílio.
Mesmo sendo um trânsito onde o ‘foda-se’ é palavra de ordem, há um consenso entre todos, pedestres, guardas e motoristas e, por incrível pareça, não se vê engavetamentos ou acidentes. O tráfego flui numa boa com dezenas de carro se embolando nos cruzamentos, atravessando uns na frente dos outros, mas, basta um pedestre pisar na faixa e erguer o braço que os carros param para ele atravessar. Isso também é uma característica do trânsito em Boa Vista, onde há pouquíssimos semáforos.
O motorista venezuelano, apesar de sempre andar de ‘pé embaixo’ não tem ‘maldade’ no trânsito, muito pelo contrário. Todos se respeitam, não se vê ‘buzinaços’, tampouco fechadas, chingamentos, no máximo se você estiver numa faixa de maior velocidade o carro encosta atrás e dá uma leve buzinada pedindo passagem.
Acostamento na Venezuela, também é faixa! E é ali que, veículos em baixa velocidade, - e, nessa eu me enquadro -, trafegam e, também, carretas e caminhões pesados.
Comecei a procurar a Embaixada Brasileira. Perguntei numa praça, num lugar que eu julguei ser o Centro, a um grupo de taxistas que me orientaram a seguir direto pela via até o final dela e que quando terminasse eu voltasse a me informar que eu já estaria próximo. Assim eu fiz.
Quande cheguei num ponto onde eu não podia mais seguir me informei novamente com outro taxista sendo indicado para mim um caminho até um prédio, onde segundo ele, seria a Embaixada do Brasil e de mais outros Países.
Cheguei ao lugar a noite já havia caído. Parei a moto no meio-fio, subi as escadas, mas, já sem esperanças pois não vi a nossa bandeira nos mastros na frento do prédio. Havia apenas as bandeiras Suíça, Inglesa e Portuguesa.
Fui orientado pelo recepcionista do Centro Comercial, onde se situavam estas Embaixadas que a brasileira era no outro quarteirão, (quadra, para eles), no Centro Comercial Mohamed.
Cheguei e depois de confirmar com o porteiro e o segurança que era ali a ‘Embajada Brasileña’, também me foi dito que o expediente já havia se encerrado e que somento no dia seguinte à partir da nove horas da manhã. País diferente, costumes ‘corriqueiros’. Mesmo na Venezuela o horário de expediente se iguala ao das repartições públicas do Brasil. De oito as nove, toma-se cafézinho e se joga conversa fora, das nove ao meio-dia, se “trabalha”, de meio-dia as duas, pausa para o almoço, e das duas as quatro, literalmente, coça-se o “saco”, os que tem, os que não tem, v ão bater pernas nos shopping’s da Venezuela.

Perguntei se havia ali algum lugar onde eu pudesse pernoitar. - Nada! – Disse então ao porteiro e ao segurança que eu passaria a noite ali mesmo na calçada para de manhã então resolver meu problema.
Fui numa padaria próxima, comprei uma bisnaga, uma Coca-Cola e merendei ali mesmo na calçada defronte ao prédio.
Quando terminei, cerca de umas duas horas depois me deu vontade de urinar e então fui até a portaria perguntar se havia ali no prédio um ‘baño’ que eu pudesse usar, quando o porteiro me disse que se fosse para ‘urinar’ que eu podia fazê-lo ali fora mesmo, nos canteiros em torno do edifício.
Achei estranho, mas fazer o quê né... é o costume deles. Me dirigi até o canteiro no final do prédio e quando eu já me preparava para fazer ‘minhas necessidades’ escuto um chamado e quando olho eram dos ‘pivetes’, meninos de rua, com idade mais ou menos de uns 13 / 14 anos, sendo que um deles, fumava uma pedra de crack.
Fiz sinal para que me aguardassem mijar e quando terminei, para não ‘dar bandeira’ e demonstrar medo, fui até onde estavam, mechendo no bolso interno de minha jaqueta e com o capacete na mão.
Logo que cheguei o que fumava a pedra me perguntou se eu era um ‘maricon’. – Viado em Castelhano.
Para não dar mole e mostrar aos dois que eu também era carne de pescoço, respondi de pronto que sim, eu era um ‘maricon’ assim como ‘su padre’ e ‘la putana’ que ele chamava de ‘madre’e, que se ele, por estar fumando uma ‘pedra’ fosse achar que era um super-homem, que o ‘maricon’, ‘quebravá-los’ no meio. Os dois, sem dó!
Saí, voltei para a moto e, por conta dessa experiência, descartei por completo qualquer possibilidade de passar a noite ali, ainda mais que, dez horas da noite, o porteiro fechou a entrada do prédio se recolhendo.
Saí para procurar um quartel de polícia, bombeiros, enfim, um lugar onde eu pudesse passar aquela noite.

Em Caracas, a noite é linda. Os prédios, em sua maioria, tem todos em suas fachadas sistemas de jogo de luzes multicores e seriais. Os mais simples, lampadas coloridas nos andares que ficam mudando, tornando assim a vista um espetáculo à parte.
Depois de dar uma volta e não achar nada, ali mesmo próximo da embaixada, havia um Posto de Gasolina, PDV, e defronte uma espécie de churrascaria que funcionava a noite toda e, foi então que me dirigi ao frentista perguntando se eu podia dormir ali, já que estava começando a chover.
O homem então me autorizou a parar a moto num lugar coberto e disse que a meia-noite ele encerraria e apagaria tudo e que eu podia ficar a vontade e em segurança ali, já que, eu comprovei mais tarde, policiamento em Caracas e constante. De cinco em cinco minutos no máximo uma patrulha passa fazendo o policiamanto daquela zona.

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