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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O pessoall ta cobrando postagens.

Então gallera. Estou parado, inicialmente por conta da 'suposta' prostatite, mas que na verdade eram cálculos e que eu expeli faz duas semanas, porém não tive como sair ou seguir pois, não daria tempo de eu chegar a Nova York, como eu pretendia, já que as condições climáticas para o norte estão bem severas, com muita neve e muito gelo nas estradas, por isso, achei melhor ficar aqui mesmo em Milton e, a partir de janeiro, seguir meu 'crongrama', que é ir a Miami, (pois quero evitar ter de ir ao BRaza em 2012 para renovar minha CNH), pegar a Carteira Internacional de Habilitação, válida por três anos, depois, subir até Chicago e começar a descer a 'extinta' Route 66, até a Califórnia, fazendo seu percurso completo que a muito custo eu consegui 'recuperar' na íntegra depois de muitas pesquisas, já que hoje existem apenas trechos da '66 e "marcos", indicando por onde ela passava.
Depois dessa empreitada, aí sim, vou começar a 'passear' pelos EUA, e, tempo não é problema pois decididamente vou permanecer aqui por pelo menos um ano.
Outra coisa que aconteceu foram estes 'estresses' em algumas comunidades do ORKUT, como a dos V-STRUMES, um monte de babacas invejosos, que se dizem 'abastados' mas que na verdade tem as V-TROM, (a maioria), financiadas, com um puta carnê que parece uma Bíblia para pagar e, mesmo se quisessem ou tivessem a mesma competência e colhões que eu tenho, não poderiam sair do Brasil com as motos alienadas e por isso, me atacam, trepudiam, me rotulam, apenas porque eu sendo quem e como eu sou, agrido indiretamente seus egos fazendo o que eles nunca, jamais, nem que vivam cem anos terão a hombridade de fazer, que é renunciar a tudo em prol de um modo novo de viver e de levar a vida. Isso tirou, confesso muito do meu 'tesão' em ficar postando, até pelo menos eu encontrar uma maneira de filtrar, quem terá ou não acesso a este conteúdo que, "sem modéstia alguma", é riquíssimo em detalhes, informações e ferramentas que poderá vir a ajudar e beneficiar outros tantos viajantes que um dia, assim como eu pude, tenham a oportunidade de viajar para os países pelos quais passei e que busquei estas informações sem conseguir lograr êxito algum, por isso, meu cuidado nas narrativas e detalhes sobre tudo o que posso postar.
Estou vendo ainda a possibilidade de até final de janeiro, pegar um MotorHome, já que tenho passado alguns sufocos com a temperatura, coisa que já estou me habituando, pois, por exemplo estes dias tem feito na faixa de 4 a 1 Grau Celsius e eu, à noite, dormindo acordo suando, por conta de estar por prevenção com o aquecedor que eu comprei ligado.
Estou também fazendo uns ajustes e arrumações na 'Guerreira', para distribuir melhor as coisas. Esta semana estou enviando para o amigo Pedro, de Brasília, o Kit de Tatuagens que eu comprei e que está apenas tomando espaço e fazendo peso, criando assim mais lugar para pôr por exemplo este aquecedor, (fundamental aqui), a televisão, o e-book, enfim, coisas novas que eu comprei neste período.
Peguei também uma barraca extra, tipo 'joga no chão e está armada', pois será de muita utilidade quando eu voltar a estrada, pois esta nova, é uma verdadeira mansão e toma tempo cada vez que se for montar e desmontar ela, mas é extremamente funcional.
Vou também, logo no dia 2 ou 3, na loja do 'Ben', para instalar os amortecedores novos, que necessitam uma adaptação e, ver com ele, se a carenagem que estou para pedir, vai ser adaptável na 'Guerreira', o que irá me atenuar bastante o vento frio e gelado das estradas mais ao norte.
Enfim... é isso. Não vou desejar Feliz Natal, pois acho isso uma hipocrisia. Cristão somos e, devemos, ser o ano inteiro e não é numa determinada data nos lembrarmos de ser cordiais e gentis para com nossos semelhantes que vai alterar ou mudar as 'merdas' que fazemos durante os outros 364 dias.
Vou passar o dia 24, no trailler de uma família aqui do RV Camp, mais por gentileza que por opção, já que se eu pudesse escolher, sem parecer mal educado, preferia ficar na minha barraca, assistindo TV, mas, isso também faz parte das renúncias que temos de fazer.
Beijão no Coração de Todos e, Llantas Adelante! Que venha 2011 KKKKKKK

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Tudo se encaminhando, com a Graça de Deus!

Pois é irmãos, é como eu digo sempre, 'rapadura é doce, mas não é mole não!' - Estou faz, hoje,  uma semana tomando 'antibiótico' e a Prostatite nada de mostrar sinais de melhoras significativas, a não ser uma diminuição de uns 20% na dor, na hora de urinar e, o jato de urina que passou a ser um pouco mais forte, deixando de ser um pinga-pinga, como um conta-gotas.
Diante deste quadro, eu havia já decidido, na semana passada, (quinta-feira), mandar tudo para o 'karalho' e, pegar a grana que eu guardei para embarcar a 'Guerreira' para a Europa, e ir ao BRasil, me cuidar, haja visto que há passagens na ordem de USD 655,00, (ida e volta), Miami x Rio x Miami, e, só uma consulta na emergência de qualquer hospital aqui tem como patamar, USD 200,00, fora os remédios que também são caríssimos, logo, mais vantajoso pegar um avião ir se tratar no BRasil e regressar depois, era o que eu ia fazer, até que um amigo de Brasília, advogado, Pedro, o 'Bostinha', membro do MC Skolados do Asfalto, me acenou com a possiblidade de contactar um americano que ele havia conhecido, também motociclista numa viagem deste ao BRasil e que se pôs a inteira disposição dele e de qualquer pessoa do grupo que fosse ou estivesse nos E.U.A. para o que fosse necessário, desde hospedagem até apoio.
Dito isso, Pedro enviou na sexta-feira a noite um e-mail a Mike, explicando o que estava acontecendo comigo, enfatizando que eu estava 'legalmente no País e se ele poderia me dar uma força no sentido de médico ou hospital mais 'em conta' para eu me tratar.
No sábado mesmo veio a resposta e este disse a Pedro que a saúde nos Estados Unidos, infelizmente é toda 'paga' e não é barata, mas que ele conhecia alguns médicos e que eu o contactasse para lhe passar meu problema e, dependendo, pela distância, (ele mora no Colorado, 2.400 milhas / 3.100 kms, da Flórida), este receitaria e contactaria uma farmácia daqui de Milton, prescrevendo o que eu fosse precisar.
Se bem ele disse, melhor eu fiz e ontem mesmo, contactei-o por e-mail e passei todo o meu quadro, medicamento que eu estava tomando, etc, reiterando que eu poderia sim pilotar até o Colorado, se fosse o caso para lá, com a ajuda e o apoio dele me trarar.
Minutos depois veio a resposta dele dizendo que o médico avaliou e se prontificou a cuidar de mim na base do 0800, e prescrever toda a medicação para o tratamento, que não será menor que um mês e que se eu quisesse, desde já sua casa estava a minha disposição pelo período do tratamento, sem nenhum problema ou objeção.
Isso para mim foi uma grande notícia, respondi aceitando sua oferta, claro, e dizendo que não seria necessário, em termos de hospedagem nada, uma vez que tenho toda a infraestrutura para acampar, necessitando apenas de um lugar de 4 ou 5 mts2, para pôr minha barraca e que a questão do frio, levantada por ele, e sua preocupação, não diferenciaria muito daqui de Milton, onde as temperaturas tem oscilado entre os +3 e 5 Graus Celsius negativo.
Ficou tudo acertado então para no domingo ou mais tardar, segunda-feira próxima, eu sair rumo ao Colorado, viagem que dentro de uma 'lógica', levará em torno de uns cinco ou seis dias, mas que eu pretendo fazer em no máximo quatro, até mesmo pela questão de despesa, já que este mês, apesar de ter o décimo-terceiro, este dinheiro está destinado ao embarque da moto para a Europa.
Mais uma vez meu muito obrigado ao Pedro e a todo o Grupo dos Skolados do Asfalto, que desde que conheceram o Blog, não tem medido esforços para cooperar e ajudar.
Ao Mike, que ainda não conheço pessoalmente, meus votos de muito sucesso e em breve estaremos juntos aí no Colorado e tamém, como me informou, em companhia de outros brasileiros conhecidos seus residentes por lá e que me serão apresentados.

Falando de frio, mais uma vez as temperaturas em Milton despencaram. Depois de uma semana com uma média de 20, 25 Graus, de sexta-feira para cá, a coisa ficou feia, chegando no sábado de madrugada, por volta das quatro horas da manhã, ter batido -5.
Para minha surpresa, Andy, (leia-se a pessoa que me presenteou com a roupa de SnowMobile), veio até a barraca, preocupado com meu bem-estar, munido de um Sleep-Bag, Coleman, para 'inverno glacial' e um travesseiro e me deu/ou emprestou, não sei ainda, mas que tem servido muito para me manter bem aquecido estes dias.
Vai ser com o coração apertado que vou deixar o Cedar Pines RV Camp, mas, antes de ir-me dos E.U.A., pretendo voltar, uma vez que fiz muitos amigos aqui em todo o parque e levo comigo a lembrança de cada um não só na memória como também no meu coração.

A todos vocês meus amigos e seguidores, uma excelente semana, que alegrias e sucessos sejam uma constante por todo o seu decorrer.

Beijos no Coração de cada um!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Estou adoentado.

Tanto lugar para eu ficar doente, tinha de ser 'justo', nos E.U.A., onde não há saúde pública e, com isso, mais despesas para mim.
Por conta de ficar pilotando e com preguiça de parar, consegui 'fazer' uma 'puta' infecção urinária, que evoluiu aqui, no RV Camp, para uma Prostatite.
Segunda-Feira, fui ao Santa Rosa Medical Center, aqui próximo de onde estou e tive o 'maravilhoso' diagnóstico, depois o susto, USD 200,00 de atendimento de Emergência e, na farmácia, mais USD 130,00 de dois remédios, um atibiótico e um para as dores.
Com isso, estou repensando todos meu planos e, talvez, até melhorar 100%, eu continue aqui, deixando assim o plano de passar o Natal em Nova York, para uma próxima oportunidade, quem sabe. Vou decidir.

Mudando, o E-Book Reader, que tinha data de entrega prevista entre 1 ou 3 de dezembro, foi enviado na segunda-feira e era para ter sido entregue ontem mas, por uma 'atrapalhação da UPS, (difícil acontecer, mas acontece, até nas 'melhore famílias'), que perdeu o endereço, está chegando hoje, acredita-se por volta da uma hora da tarde.

Coloquei também aqui no Blog, um 'gadget' novo. É um Globo Terrestre, pelo que já devem ter percebido e que indica de onde está sendo acessado o Blog, em tempo real, assim, por ele, vocês poderão saber se eu estou 'on-line' ou não pois meu ponto também é visível.

É isso, uma ótima semana para todos e eu, vou ficando nessa, sem saber ao certo qual rumo as coisas por aqui vão tomar. Creio que mais sensato será mesmo eu dar mais um tempo parado aqui, até que esta fase aguda da Prostatite passe, (dói muito para urinar tipo conta-gotas), e que eu possa buscar um Urologista, (outra facada, certamente), para ver o que está ocorrendo. Coisas de viado-velho, fazer o quê... Beijos no coração de todos!

domingo, 21 de novembro de 2010

O pessoal é antenado mesmo.

Gente tem vezes e dias que nada demais ou que justifique uma postagem acontece, por isso não atualizo nem posto nada. Principalmente quando estou parada, como agora que encontrei este local, muito bom e legal por sinal e aproveitei para dar uma repaginada em tudo, geral.
Anteo-ontem chegaram os amortecedores que, graças a luzz do Adriano, eu consegui encontrar no E-Bay, porém como vocês podem ver na foto, terei de mecher na parte de baixo pois é para os modelos de HD, e não tem o mesmo encaixe que em cima. Nada que um torno e um pouco de calor não resolva. Melhor que não encontrá-los. Assim agora, pelo menos faço a troca e tenho mais tempo para buscar nas concessionárias Honda, Suzuki, Zolg, etc, uns iguais.
Outra coisa que reparei é que estes amortecedores da HD, (ah, custaram 41 Dólares com o envio), não tem regulagem, logo acredito sejam mais duráveis, vamos ver.
Bom, depois de toda a tempestade por conta do meu pedido de colaborações, que respingou 'merda' até aqui, pois algumas pessoas entenderam que eu generalizaa 'toda' uma gente, resolvi pôr o 'plano B' em prática e deixar a teoria de escrever um livro de lado e parti para a ação.
Eu não me interessava muito nessa idéia de escrever um livro porquê já escrevo este blog, logo, um livro seria bobagem, mas muitos companheiros do Motonline, me fizeram enxergar que são duas coisas totalmente distintas.
No livro eu posso see mais detalhista. Posso dar dicas mais específicas a viajantes e pessoas que um dia possam vir a fazer o mesmo que eu, ou, que seja apenas viagens curtas ou longas, entre municípios, estados, países ou continentes.
Coisas como, o que levar, preparação da moto, mecânica, enfim, tudo mais abrangente do que é aqui no Blog,
Como não estou no BRasil, e também não tem como eu fazer isso e depois publicá-lo fisicamente, ou seja, em papel, optei por fazê-lo no formato de E-Book, que além de ser uma coisa que nunca irá parar, necessitando uma segunda-parte, ou nova edição, unirá o 'fútil ao desagradável', pois estará sempre, mesmo depois que terminado, recebendo novos capítulos, não como aqui no Blog que são 'textículo', coisas pequenas mas um apanhado de um período, de uns meses.
O E-Book, claro será 'vendido', assim finda-se o problema de ficar pedindo colaborações, ajuadas, apoios, etc. Quem quiser vai na página, compra seu direito de acesso e lá vai ter ainda a condição de não só ler o livro, como se optar, imprimí-lo, baixá-lo para seu PC, I-Pad, ou um E-Book Reader, que aliás eu também comprei um, to esperando chegar porque será nele que vou escrever, já que a autonomia de bateria é bem maior que dos notes, cerca de oito horas, (eu há muito já amadurecia a idéia de comprar um, pois tenho vários livros nos notes e não leio pelo problema da autonomia das baterias, logo esta idéia foi o gatilho que disparou esta compra), e assim em qualquer lugar que eu estiver ou parar posso aproveitar para escrever.
Na área de downloads, vou disponibilizar mapas roteáveis dos Países que passei, até agora já tenho 11, meus pontos de interesse, (walpoints), rotas criadas e utilizadas por mim, dicas de lugares, com azimutes, lojas de peças, mecânicas, enfim, uma coisa bem ampla que poderá ser um referencial a qualquer viajante ou aventureiro.
Desculpem quando houver uma 'lacuna' ou espaço nas postagens, mas não é sempre que há coisas que valham a pena ficar escrevendo.
Um bom domigo a todos e, já comecem a preparar a 'listinha' pro Papai Noel. O Natal está aí, às portas!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Dizer que os Americanos não sabem curtir a vida...

Eu estava pensando esta noite, analisando umas coisas e percebi que ao contrário dos 'nossos' idosos, os americanos são bem mais ativos e independentes.
Aqui mesmo no parque se vê isso. Dos quase 40 trailler's e MotorHomes que tem aqui, mais dois terços são de pessoas idosas, alguns casais, outros só, mas que vivem independentes, sem estarem dependurados nas barras das saia das famílias, filhos, etc.
Poucos são como eu ou Kevin que estamos na casa dos 45/50 anos, mas apesar disso vivem ativamente, curtindo todos os dias. Não tem, independente da caminhonete que 'puxam' suas 'casas', menos que dois outros automóveis, ou, mais um carro e uma moto. Aliás as motos são verdadeiros colossos. Hondas ou HD, todas acima das 1000cc, impecáveis lindas, coisa de deixar qualquer um de quixo caído.
Ontem, depois de ler o post do amigo Pedro, o 'Bostinha' do Skolados do Asfalto, em que ele disse ter-me achado mais magro, aproveitei que ia ao Wal-Mart para comprar umas tranqueiras e a bendita bota que a 'mona' da vez passada esqueceu de pôr nas minhas compras, e fiz uma compra de mês de comida e vitaminas.
A vantagem aqui é que você tem tudo enlatado ou em embalagens longa vida,  como foi o caso dos ovos que eu, (não riam), não compro, para não ter trabalho de estar descascando, quando cozinho ou por conta da lambança que acaba se fazendo quando vamos fazer uma omelete por exemplo.
Aqui você já compra eles em embalagem longa vida, para fazer as omeletes sem ter que estar com cuidado para tranqportá-los, quebrar casca, enfim, basta desatarrachar a tampa, virar na frigideira com óleo, por um pouco de sal e está pronta sua omelete.
Comprei feijão negro, (tudo enlatados), feijão manteiga, espinafre, vagem, salada de legumes, beterraba, cenoura, granola, yougurte, presuntos, queijo, pão, ravioli, almôndegas com macarrão, batata frita, resumindo fiz 'as compras' e agora, creio tenho comida suficiente até o final do mês, já que da vez passada eu havia comprado arroz e por isso dessa feita não foi preciso repôr.

Estou cogitando ficar aqui até o princípio de dezembro. Andei fazendo umas contas e mesmo que eu saia daqui no dia 2, ou 3, chegarei a Miami em 4 ou 5 dias, que será lá pelo dia 7, resolvo a questão que eu quero, de fazer a Habilitação Internacional, válida por 3 anos, em um ou dois dias, saio, supondo, dia 9 e, até Nova York, se for o caso, faço em no máximo 8 dias, logo, vou estar lá antes do Natal e das Festas de Fim de Ano, do contrário, vou para Chicago e já começo a fazer a Rota 66, até a Califórnia, deixando assim os fetsejos natalinos, de fim de ano para trás.

Viver desta forma, como eu vivo, é engraçado porque tudo passa a ser uma icógita. Nunca se sabe o que se vai fazer ou como irá acontecer. Pojeta-se algo, traça uma meta e no fim das contas tudo é alterado ou mudado diante do que se vai encontrando pelo caminho e pela frente.
Claro, estou aproveitando este tempo aqui no Cedar Park para otimizar e arrumar ainda mais a 'Guerreira',  além de 'dar um trato' na mecânica, lubrificação etc.
Dispensei ontem, a roupa de chuva que eu havia trazido do Brasil. Os chinelos Havaianas, que contradizendo a propaganda, já havia 'soltado a tira' da frente do pé direito, um par de luvas e a bota que eu havia comprado na Paraíba, que já era um 'frankstein' pois, o solado foi trocado em El Salvador, o Zípper, (Adriano esta foi pra você, ZIPPER), em Cobán, na Guatemala, enfim, com a bota nova, impermeável e com solado antiderrapante e que não absorve óleo, (mesmo que fique em cima de uma poça), não havia mais necessidade de se manter a outra.
Ah, ia me esquecendo. Comprei ainda um pote com minhocas e um pacote de camarões, para pesca, que não necessitam de refrigeração, assim, tenho isca sempre que precisar ou encontrar um lago ou rio para pescar.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Hoje foi dia de sujar as mãos de graxa!

Como já sabem a 'Guerreira', está fazendo um barulho infernal no START, toda vez que vou ligá-la, parecendo 'ferro-no-ferro', uma coisa terrível.
Em Brownsville, TEXAS, logo que entrei nos Estados Unidos, parei numa oficina de HD, (Harley Davison), e o dono, um côroa, estilo 'tiozão', lembrando um pouco o 'Paul Senior, depois de ouvir o som, disse que era um 'clutch', (embreagem), dentro do motor que estava patinando no 'arranque' e que não teria meios de consertar por não ter outro para substituir e mesmo porque, era bobagem uma vez que a moto tem 'pedal de quick'.
Continuei assim até aqui, na Flórida, onde hoje, resolvi meter a mão na graxa, (deixar de lado esta porra de preguiça, que só me faz gastar grana a toa), e ver o que de fato estava acontecendo com o arranque.
Peguei o 'manuel' de serviços, vi como era a remoção do 'dito cujo' e mandei ver logo as sete e meia da manhã.
Depois de retirado, desmontei a 'trapizonga' e vi que estava impregnado de fuligem de carvão, além de estar sem nenhuma lubrificação, (o eixo do rotor da bobina), e, dois carvões um pouco, bem pouco mesmo desgastados.
Limpei a 'porra' toda, mandei ver no WD, (pouco, só mesmo para dar uma leve lubrificada), e depois, lembrando da furadeira que eu comprei no Ecuador, me toquei que vieram dois carvões extras para o 'mandril' dela e foram eles que me safaram, ao melhos estilo MC Giver.
Tudo pronto, foi só montar de novo, recolocar no motor e testar. SHOWWW!!! Acabou-se o ruído, o som, tudo... O arranque está novo, "de novo".
Mais uma vez a 'Guerreira', surpreende e mostra que a qualidade de suas peças são, ao contrário do que muitos 'babacas e pela-sacos' das comunidades do Orkut, Dafra Kansas150cc e Dafra Kansas Expert, dizem EXCELENTES, uma vez que minha moto veio do Rio de Janeiro, até aqui na Flórida, sem dar nenhum problema mecânico, com alguns desgastes, normais, devido ao tempo de uso, como a bateria e amortecedores, mas estes devido ao EXCESSO de carga que levo, enfim, é UMA MOTO EXCELENTE, robusta, forte e com MECÂNICA de EXCELÊNCIA.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Legal o apoio que o Blog recebe do pessoall.

Quando eu comecei este blog, jamais imaginei que as pessoas fosse acompanhá-lo com tanto afinco e dedicação e muitos, acabam por viajar junto comigo nessas Estradas, Carreteras, Higways, pelo mundo a fora. Muito legal isso.

Como o intuito aqui é sempre estar postando meu dia-a-dia e as novidades, la vai mais uma: - Ontem, no final da tarde, um dos 'corôas' que também tem um MotorHome estacionado aqui no Cedar Park, veio até minha barraca, com um macacão para Snowmobile, (aquelas motos de neve que é uma mistura de Jet-Ski com trator), e me presenteou para poder encarar o frio que tem feito estes dias, desde que cheguei a Flórida.
A roupa é uma verdadeira armaadura contra umidade, chuva, frio, enfim, foi um 'presentaço', mais este 'tip' que recebi aqui.
Depois, ele foi até seu trailler, pegou um 'tapeware' colocou comida, (uma espécie de pure de batatas, com cenoura e alguns legumes e carne), e trouxe para eu jantar.
Desde que cheguei, a forma com que tenho sido recebido e tratado pelos americanos de um modo geral, contradiz a impressão que a maioria de nós tem desse povo que por ser, acredito agora, meio seco, não viverem como nós com um sorriso 'arreganhado' no rosto para tudo e para todos, passam por arrogantes, quando na verdade são extremamente gentis e simpáticos com seus visitantes, sejam eles de que nacionalidade for, claro que umas 'mais', outras menos, mas num todo, são muito atenciosos e gentis.

Por conta de uma massa fria, estacionada entre a Lousiana e a Flórida, conforme assisti no noticiário local, as temperaturas despencaram a casa dos 2 Graus Centígrados, isso durante o dia, variando a 4, no máximo e durante a noite e madrugada, na faixa dos -3 / -6, por isso este 'tip' veio bem a calhar pois eu já não estava mais suportando tanto frio e, ontem, parece até que foi obra divina este homem fazer isso, a coisa foi pior, com a temperatura na madrugada batendo -10, um gelo.

A vantagem disso é que, para mim, fica fácil comprar carnes e deixar os enlatados usados pela metade, protegidos com plástico, pois a esta temperatura se dispensa freezer, geladeira ou qualquer tipo de refrigerador para se conservar os alimentos. Ontem mesmo, não comi a sobra dos enlatados da véspera, (beterraba, espinafre, feijão e cenoura), preferindo comer uma sopa bem quente, depois de comer a comida do 'meu benfeitor', ao invés de preparar arroz, bife, etc... e café, que já é uma constante para mim, aqui está sendo fundamental, um café bem quente a todo momento, como agora, que estou digitando, são 10:07, da manhã, pelo horário local e está fazendo 8 Graus, (subiu um pouco a temperatura hoje).

sábado, 6 de novembro de 2010

Flórida, está "flórida"... Esta madrugada fez -5 Graus!

É, como eu havia dito, as coisas começaram a entrar nos eixos, em sua rotina, agora depois de uma semana em território americano.
Nada a ver os E.U.A., com nenhum outro país pelo qual eu já tenha ido, ou passei nesta minha etapa agora. Desde as mais simples, às mais complexas, aqui as coisas fluem de maneira totalmente distinta.
O simples fato de se ter em cada posto de gasolina um mini-supermecado já é tudo e faz toda a diferença para pessoas como eu e para qualquer outra. O modo de se dirigir é outra coisa fantástica uma vez que você não se preocupa com os outros motoristas como ai no Brasil e em outros países desse eixo sul/centro, uma vez que aqui você, seja qual for o veículo que esteja dirigindo é respeitado. Os limites de velocidade tamb em. As placas tem ‘serventia’ e não são meros alvos para atiradores vândalos e irresponsáveis.
Por várias vezes me peguei a imaginar como seria trazer um grupo de uns 30 motoristas do Brasil, para, (apenas como laboratório), dirigirem aqui por três dias e avaliá-los. Seria um desastre.
Uma placa ‘PARE’, num cruzamento, (e há uma em praticamente todos), tem que ser respeitada, sob risco de se você não ‘meter’ o pé no freio e parar o carro, mesmo vendo que não vem nenhum outro em nenhum sentido, ser parado pela polícia e multado. MULTADO MESMO, sem ‘xixi-minha-nega’!
Em zonas escolares, quando a luz acima ou ao lado da placa estiver acesa, o limite estipulado TEM que ser obedecido e isso varia de 15 a 25 milhas, coisa de 23 / 37 kms. E não pense que não tem polícia, porque tem. Aqui na Flórida, por exemplo, o patrulhamento de ruas e rodovias é aéreo. Vários helicópteros voam o tempo inteiro, dioturnamente, incrível mas é real. O tempo inteiro você ouve eles voando e também aviões.
Sobre semáforos nem se precisa falar e, quando um pedestre põe o pé na rua, (geralmente é em algum cruzamento), você tem por OBRIGAÇÃO, imediatamente parar para ele atravessar. Isso já acontece em Boa Vista, RR, onde os motoristas já tem este hábito, só que apenas em ‘faixas’, ou seja, ou seja se uma pessoa chega numa faixa de pedestres e pára para atravessar, os motoristas param seus veículos para que as pessoa atravesse.
Os preços de produtos são coisas do outro mundo. Para se ter idéia, ontem eu saí para comprar mantimentos, praticamente comida enlatada, que aqui, é o que não falta e umas coisas para quando eu acampar, tipo, outro ‘sleep-bag’, mais quente, já que o frio aqui está demasiado, coisa de 5 Graus negativos a noite e, 1 ou 2 positivos durante todo o dia, (olha que estou na Flórida ainda), uma bota pois a minha ‘paraibana’, que agora é um ‘frankstein’, pois tem o solado Salvadorenho e o fecho-eclair, Guatemalteco, já deu o que tinha que dar, enfim, coisas poucas mas que fazem a diferença, como um colchão de ar para a b arraca.
No Wal-Mart, encontrei tudo o que precisava, inclusive uma TV LCD de 9”, PHILLIPS, com rádio AM-FM, HD Digital, Tri-Volt, 110/220-12V, por USD 129,00. Vi a ‘trolha’ que tomei quando comprei o fogareiro Dual-Fuel, da Coleman, em El Salvador, por 80 Dólares e aqui custa, 28.
Paguei no ‘sleep-bag’, para temperatura de -5 à -15, Oito Dólares, comprei um Pacote com Seis Isqueiros BIC, grande, por U$ 4,95. Uma mini lanterna, de LEDs, para o interior da Barraca, que se assemelha a um mini-lampião à gás e que funciona com quatro pilhas AA, com duração de 76 horas de uso contínuo, também por 4,95. O Colchão de ar de solteiro, com o inflador elétrico, 12V, por 21 Dólares. A bota de couro, do tipo coturno, de trabalhador, 29. Ou seja, tudo muito barato se comparado aos nossos preços aí do Brasil que são um grande absurdo.
Caro mesmo, aqui, até agora, eu só vi o cigarro. Um maço não sai por menos de Três Dólares e com isso eu estou fumando bem menos, claro.
Voltando ao que interessa, que é a viagem e as estradas, saí de Wiggins, na manhã seguinte, depois de ter ido nove milhas à frente até um RV Camp, onde passei a noite, já que não queria, novamente ter de dormir mais uma noite num banco, sem poder me esticar.

Mesmo sem armar a barraca, improvisando um toldo e abrigo, na própria ‘Guerreira’, este modo é bem mais confortável que dormir sentado ou encolhido em bancos. Paguei 15 Dólares pela noite e me instalei no local que me foi destinado.
Mesmo tendo garoado e até chovido um pouco mais forte por toda a noite, não me molhei e este meu improviso deu conta de ser bem útil em q ualquer situação.
Logo que começou a clarear eu já pus ‘as rodas’ na estrada e rápido, sem quase perceber, já estava no limite com o Estado do Alabama e novamente, quando me dei conta já estava entrando na Flórida, mesmo tendo feito algumas paradas para tomar café, lanchar e em algumas concessionárias de moto ou auto-peças à cata de amortecedor.
Eram duas e meia da tarde e comecei a buscar outro RV para ficar. Apesar de economicamente ser bem melhor dormir em postos ou paradas de caminhões, há aqui o fato de que não são todos os que permitem você ficar. Outros, tem, funcionamento até as dez ou meia-noite, e não permitem que você fique.
Fui no primeiro, ainda em Pensacola e não havia ninguém no escritório, (ou não quis atender). Segui em frente e em Milton, fui no primeiro da lista que o GPS me deu e nem bem parei a moto defronte ao escritório e a ‘velha’ já foi dizendo que não havia lugar.
No segundo, o Cedar RV Park, tranqüilo. O casal me recebeu e quando perguntei o valor me disseram 15 Dólares, mas dei uma chorada e ficou por 10 duas noites.
Como já era fim de tarde e eu estava morto de fome pois não comi nada o dia todo a não ser já no Alabama, dois sandwiches de presunto e queijo, no pão-de-forma, fui logo para o lugar que a senhora me indicou, armei a barraca e já mandei ver na comida, com a carne moída de porco, que eu havia comprado no Alabama, onde eu lanchei.
O frio começava a piorar e já imaginei a noite ‘braba’ que seria mas o ‘sleep’ “Made in Brasil” cumpriu seu papel e me manteve bem aquecido.
Hoje foi brabo. Na madrugada bateu -5 Graus e agora pela manhã, 2 Positivo, porém com vento que faz a sensação térmica cair para os -10, terrível.
Vi no noticiário que é uma ‘zona de baixa pressão, estacionada sobre o oeste da Flórida que está causando este frio todo. Vou torcer pra coisa passar logo, antes que eu vire ‘picolé’.
Olha que eu ainda não cheguei a Chicago e, nem perto de New York. Lá a coisa vai ser feia.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O valor que não tive ou tenho aí no BRasil, tive aqui.

Acabei de ser entrevistada pelo jornal "Stone County Enterprise", http://www.stonecountyenterprise.com/ que publiucará na próxima semana, quinta ou sexta-feira a matéria sobre minha viagem do Rio de Janeiro até aqui.
O responsável foi Gregório, um bombeiro do Condado de Wiggins, que esteve aqui no posto onde estou desde ontem e ligou para um repórter amigo seu que imediatamente veio fazer a matéria, ajudado pelo Google Translate, já que nem eles falam Português e eu menos ainda o Inglês.
No final, depois de me convidar para almoçar e eu cordialmente agradecer, já que havia acabado de comer, eles se foram com 'Greg', vontando alguns instantes depois me trazendo uma camisa do Wiggins Fire Departament me presenteando.

Atravessei o limite de estados esta noite, estou no Mississipi...

e, com muita chuva. Aliás, essa foi a rotina do dia de ontem desde que saí de New Orleans, chuva o tempo todo.
Tinha andado apenas 30 mi, e já fechou o tempo geral e começou a chover me fazendo parar num posto em Covington, há coisa de 2 milhas da Honda, onde eu ia para comprar uma câmara de reposto a que eu usei no México, e também, (acabei me esquecendo), ver um par de amortecedores bons para colocar na moto já que o novo, substituído foi uma grande 'merda' já tendo ido para o vinagre.
Por conta dessa chuva, acabei parado ali de nove da manhã até as duas da tarde quando a chuva deu uma trégua e eu pude assim chegar na autorizada, porém começou a gotejar novamente e eu tive de sair às pressas, mas antes deu para enquanto eu me abrigava em outro posto, ao lado da Honda, ir numa importadora da Suzuki, representante ainda da KTM e comprar a 'porca' do parafuso do descanso que havia caído faz um tempo e ver que nas concessionárias da Suzuki eu encontro óleo Motul, porém nesta, não havia o 3000 (20/50), só o 7000, (10/40), e outro, 5100, (também 10/40), que eu não entendi muito bem o porquê, deve ser por conta das certificações. Os preços variavam nestes que havia, entre 10 e 12 Dólares e o 3000, saíria, (se tivesse), a 8,75 Dólares.
Vi capacetes, roupas, botas, tudo na faixa de 40 a 100 Dólares. Jaquetas de Couro, por 100 Dólares, XXL, coisa de maluco. Só não  comprei porque já tenho 3 jaquetas.
Voltando, logo que deu uma estiada eu meti o pé e fui em frente, sempre com uma garoa, mas nada que molhasse, (aqui eu não ponho a roupa de chuva e sigo em frente, não apenas porquê é frio demais, mas também pelo fato de que com chuva, dependendo da intensidade e da temperatura, forma-se uma camada fina de gelo na pista tornando esta uma armadilha ainda mais para mim que estou ultra-super carregada), até o condado de Bugalusa, quase na divisa com o Mississipi, (isso já eram seis e tal da tarde, começava a anoitecer), quando então a chuva apertou fazendo eu parar novamente num posto e ficar até o começo da noite quando então parou.
Apesar de eu ter dito que não pilotava à noite, aqui nos EUA, é diferente. As estradas te dão segurança, os motoristas te respeitam, chegando até a ser chato, pois, quando estão atrás de você, seja o veículo que for, nunca a menos de 30 mts de distância, eles não ultrapasssam, mesmo se você estiver abaixo do limite da rodovia/trecho, por longo tempo, quando finalmente decidem e te ultrapassam.
Não há riscos de assaltos ou coisas do tipo. Violência é coisa que não se vê e, patrulhamento chega a ser excessivo. Há patrulhas em todo o canto que você vá ou passe, por isso não me importa, se o frio não atrapalha, de pilotar pela noite a dentro, tanto que logo que tiver uma oportunidade e, também, claro se isso não sobrecarregar o sistema elétrico da moto, vou pôr dois faróis auxiliares para ter iluminação bastante a fim de evitar o que sucedeu cerca de 10 milhas depois que saí do posto.
Depois de passar o entroncamento em Poplarville, já no Estado do Mississipi, um 'veado' atravessou a rodovia na minha frente. Por sorte era um lugar com alguma iluminação e eu o havia visto antes, uns 300 mts, já reduzindo a velocidade e prevendo que ele faria exatamente o que fez. Seria irônico o 'viado', atropelar um veado, neh.
Já eram quase meia-noite, quando cheguei a entrada do Condado de Wiggis, onde num posto da Chevron, estavam paradas duas patrulhas, com um casal de policiais e logo que encostei e me benzi, coisa que tenbho hábito fazer, eles me perguntaram se a noite estava fria, haja visto o monte de roupa que visto. (Jaqueta de Neve, Colete, Camisa de Manga Comprida, outra camisa de malha por baixo, duas calças, luva de couro, outra de lã por cima, touca e capuz da jaqueta de neve, além do capacete).
Respondi que sim e que além de 'very, very cool', ainda, 'is drive from dangerous', por isso, 'i stay here tonigth, for sleep, i going tomorrow mi route', o típico e genuíno "embromation", no melhor estilo "portuglish"!
Eu havia comprado no posto em Bugalusa, um Nissin, tipo 'Cuppy-Nuguet's' e preparado e comido em Poplarville . Neste trecho, esta merda deu um 'revertére' e foi só eu entrar na loja e ir deireto ao 'restroom' para dar uma linda e 'generosa' cagada. Depois, quando saí comprei um café e a atendente muito gentil me perguntou de onde eu vinha, se iria ficar ali esta noite e eu, já 'malandra' e esperta com isso disse que não sabia, para que ela, e a outra, uma senhora de seus sessenta anos, não me dissesse que "no stay here for sleep".
Só que desta feita eu estava enganado. Elas eram super gentis e a meia-noite, fecharam tudo e saíram, não sem antes a senhora, vir até o banco onde eu estava sentado com a coifa da máquina de café me oferecer antes de jogar fora. Depois, já no carro dela parou onde eu estava, me chamou e me deu 10 Dólares para eu comer no dia seguinte e me disse que eu não dormisse sentado. Eu podia deitar-me no banco e ficar mais à vontade. Demais isso.
Passei uma noite legal. Apesar do tempo bem nublado, não fez frio na madrugada e eu dormi até as seis e meia, quando então começou o movimento de motoristas e caminhoneiros no posto para o café-da-manhã.
Eram sete e meia, quando desabou um 'toró' de responsa e por isso acabei ficando, ainda mais que descobri que há sinal "free" de Wi-Fi, logo, agora não tenho mais pressa de ir-me, apesar de estar somente a 9 milhas de um 'campgroud', mas aqui a 'coisa' está legal, e as funcionárias do turno da manhã também são super gentis e por isso não há pressa nem necessidade de eu ir-me daqui muito rápido.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Noite de Halloween em Nova Orleans

Ufa. To voltando. A adrenalina está baixando e já estou começando a raciocinar melhor e, aos poucos me organizando e traçando rotinas aqui para os Estados Unidos.
Depois da primeira noite no Motel, meti o pé e fui dormir em Beasley e, depois de escrever segui para diante, por 8 milhas, onde parei num Mac Donald’s para postar e acabei passando ali o dia inteiro, tanto que achei que por conta disso não haveria problema em eu dormir, já que é também uma ‘Truck Stop’, (parada de caminhões), porém, quando eram quase oito horas da noite e eu, já estava cochilando debaixo da ‘tenda’ improvisada com plástico na ‘Guerreira’, fui acordada por uma ‘comitiva’, encabeçada pela gerente da noite do Mac Donald’s, uma ‘gorda’ escrota que tentava me dizer que eu não poderia ficar ali, sob risco dela, (idiota), chamar a polícia.
Me levantei e da maneira que pude disse a ela que me instalei porque passei o dia todo no Mac, ‘gastando’ e achei que por ser uma parada de caminhoneiros eu poderia ficar e dormir, mas sendo assim, por mim tudo bem eu passaria para o estacionamento do lado e, quanto a polícia, ela podia chamar porque eu estava ‘legal’ no País e por isso para mim não haveria diferença, ao contrário, de dois dos funcionários, (apontei eles para ela), que eram ‘mexicanos ilegais’ e que se a polícia fosse chamada eu seria o primeiro a indagar sobre a legalidade dos dois e a contratação dos mesmos pela rede.
Arrumei tudo, subi na moto e passei para o estacionamento do lado, porém logo de início me ‘defrontei’ com uma ‘gambá’ de uns dois quilos, que estava ‘disfarçada’ de rato, (daquele tamanho meu irmão, aquilo era uma gambá travestida e que punha para correr muitos gatos), o que me fez desistir de ficar ali e então meti o pé na estrada, apesar do frio congelante e das placas ao longo da pista que avisavam do risco de ‘gelo’ no asfalto.
Durante o dia eu conheci um cara, “Eric”, residente de Houston, motociclista, (ele e a mulher), e também construtor. Me mostrou as fotos das suas motos, uma HD e uma BMW, além de duas ‘chopper’s’, uma prata, (da esposa), e outra vermelha perolada, dele e que foram projetadas e montadas por ele.
Eric me convidou para quando eu passasse por Houston lhe ligar, (me deu seu número de telefone), e assim me hospedar uns dias na sua casa, ou, se preferisse, na casa de seu irmão, próxima, porém à beira de um lago e, no dia 4, iríamos juntos para um evento motociclistico, em Gausville.
Por conta do incidente com a ‘gorda’, esse babado melou porque eu acabei seguindo a estrada e passando de Houston, ainda naquela noite e no condado de Jacinto, depois de parar num posto para dar uma estudada na região, no GPS, acabei abordado pelo Sheriff que surpreso se apresentou me dando as boas vindas a sua cidade e ao País e me indicando depois de eu contar o ocorrido um outro posto onde eu poderia tranquilamente ficar. Me deu ainda um cartão seu, com seus telefones, pessoais e da delegacia e disse que qualquer problema que houvesse no condado que eu não deixasse de lhe ligar.
Agradeci sua ajuda, liguei a ‘Guerreira’ e meti o pé, porém por ser noite, estar um frio horrendo e, a tal parada que o sheriff me indicou, ser do lado esquerdo da rodovia, ou seja, sentido inverso ao que eu ia, acabei passando, perdendo o caminho e assim segui mais um pouco até uma outra onde havia um lugar protegido dos olhares de curiosos e onde, ‘sorrateiramente’ me instalei, não sem antes fazer umas fotos de uma Honda, “monstra”, estacionada e, como fiquei sabendo no dia seguinte, abandonada ali por seu dono.
Dormi bem a noite e logo que a luz apareceu eu voltei para a estrada, seguindo em frente, mas desta feita de olho e prevenida catando lugares para passar a noite, até chegar a Beaumont, onde avistei um posto da mesma bandeira onde eu já havia ficado, mas quando entrei, avistei uma loja de motos e resolvi parar para comprar óleo e uma câmara para repôr a que eu havia usado no México.
Infelizmente não era uma loja de peças e sim revenda de motos usadas e logo o pessoal me rodeou, me enchendo de perguntas sobre a minha viagem. Me ofereceram café e um deles, David, veio com uma garrafa com ¾ de litro de óleo e me deu.
Chegou mais um casal e o dono da loja, que fizeram questão de fotografar e estes na hora em que me fui, (o casal), me deram USD 26,00 para ajudar no combustível.
Segui até o Estado de Lousiana e, acabei me ‘jogando’ num ‘campground’, 10 Dólares, para armar a barraca, (que não armei), para passar a noite.
Resolvi para não ter trabalho de montar e desmontar de manhã, dormir na ‘tenda’ que é mais prático e, com todo meu agasalho e com o ‘saco de dormir’, (slip), não sinto frio algum mesmo estando as noites bem geladas, coisa de um ou dois graus negativos. (aqui a coisa é em fahrenheit, daí eu me perco).
Acordei novamente bem cedo e, por ter sido parada na véspera por dois patrulheiros por conta de estar sem capacete, (na Lousiana é obrigatório) e por estar a 40 mi/h, na rodovia, cujo limite é 70, resolvi não seguir mais pelas Auto-Estradas e reprogramei o GPS para evitá-las, sendo assim, já para New Orleans, fui pela rota de estradas vicinais e pequenas rodovias cujo limite máximo é de 60 mi/h.
Passei a viagem toda catando um Mac Donald’s, onde tivesse tomada pois meu note estava descarregado e eu precisava acessar para buscar um hostal já que era noite de Halloween e eu queria passar em um local legal para ver pelo menos a empolgação do povo daqui, que já tem toda uma tradição de ‘festeiros’, tendo inclusive um carnaval fantástico.
Consegui, já no fim da tarde achar um já quase em N.O. Acessei, e encontrei três possíveis lugares porém em nenhum deles eu fiquei pois não havia vagas.
Por ser Halloween, muita gente de outros estados migram para N.O. para curtir as festas e os fervos espalhados pela cidade, como eu mesma testemunhei, quatro quarteirões interditados pela polícia para festa da ‘gallera’.
Acabei no último hostal que tentei, recebendo a indicação do Saint Vicent’s Guest House, que é um hostal enorme com uma ‘puta’ estrutura e o preço de 25 Dólares por noite.
Me instalei, tomei um banho e, como precisava fazer uns acertos no baú da ‘Guerreira’, me desfazer de um pouco de carga desnecessária, ajustar os amortecedores mexicanos, (merdas), que já foram ao último estágio e, ainda, dar uma acertada no catalisador que está fazendo a moto dar umas engasgadas locas e explosões de vez em quando, além da embreagem do arranque que foi pro saco, (faz um barulho horrendo patinando quando aciono o arranque), acabei ficando mais um dia, hoje, dia primeiro, para ajustar tudo e seguir amanhã tranqüilo.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Colocando as coisas em ordem. Novidades e 'causos', México/Estados Unidos!

RESPONDENDO: Ao Jair, meu fiel fã e companheiro. Estou na torcida por seu tratamento e sua recuperação para que possa logo voltar a pilotar a 'Guerreira II'.
Ao 'Bostinha', Vice-Presidente do Motoclube Skolados, fique à vontade para fazer o que quiser. Quanto a demora dos posts agora vai ser assim pois tem muita coisa para eu ver, desfrutar e conhecer aqui na América.
Fiquem com Deus e um excelente final-de-semana!

Pois é, como disse a coisa vai escassear bastante em matéria de posts e, quando eu o fizer será em bloco, vários dias, que poderei ou não por questão de tempo e, de lembrança, separar pelas datas.

Saí de Nautles, Praia do Norte na segunda-feira, bem cedo, logo com o dia clareando, porém como disse, o ‘dia clareando’ aqui, não significa uma hora muito cedo, eram sete e meia da manhã quando pus a moto na estrada e segui viagem.
Tudo foi bem e tranqüilo, até Altamira, já na região de Tamaulipas, onde eram mais ou menos cinco e meia, da tarde quando cheguei ao trevo e já um policial, mandou eu encostar, pois, segundo alegou eu havia feito uma ‘manobra arriscada’, passando entre os dois carros que estavam parados no sinal aguardando.

Contestei, claro, e ele me disse que eu teria de pagar um ‘ticktet’, (multa), e que “presumia” eu tinha “condiçõe$” para isso.
Claro, era ‘armação’, para tentar ganhar uma grana, como eu disse que não pagaria nada, pois não havia cometido nenhuma infração, seu colega, outro policial, quando viu que eu estava com o pé direito descalço, apenas de meias e chinelos, tentou esse argumento e também se fudeu quando eu mostrei o curativo e o calo no meu dedo.
Sem alternativa eles me mandaram seguir pela via direto até um retorno para que então eu pudesse seguir minha viagem. Tudo armação.
O esquema de me mandar seguir em frente e não continuar dali, do sinal, quando este abrisse era para que outra patrulha mais a frente me ‘segurasse’ e assim pudesse alegar uma infração qualquer para me extorquir dinheiro. E foi exatamente o que aconteceu.
Logo que peguei o retorno para voltar, não andei trinta metros e encostou ao meu lado uma viatura com cinco safados me mandando encostar e depois de verificar minha documentação e, de ficarem surpresos e perpelexos pelos meus visas em meu passaporte, (dez anos para os Estados Unidos e seis meses para o Canadá), alegaram que eu havia feito uma convergência errada e que por isso eu teria de pagar uma multa de 2.600 Pesos Mexicanos.
Claro, era ‘putaria’ e isso ia continuar até que eu pagasse alguma merda a eles, então eu disse que não tinha todo este ‘bilhete’, (dinheiro), e que por conta disso então eu seria detido com a moto. Eles então perguntaram quanto eu tinha.
Disse que no momento 500 Pesos somente. Então eles disseram que ‘quebraria’ se eu pagasse 1.500, a metade da infração para me liberarem.

Aleguei que teria de ir a um caixa para sacar o restante e assim fui eu, escoltado por eles até um caixa, no caminho onde, eu, saquei mais 500 e disse que minha grana tinha acabado e que se eles não aceitassem, que me devolvesse os ‘outros’ quinhentos e me levasse para a ‘oficina’, (delegacia).

Como viram que iam perder a ‘moleza’, a coisa ficou por isso mesmo e eu acabei sendo liberado, no prejuízo de USD 85,00, uma “fortuna”, para aqueles pobres miseráveis que tem uma economia de merda de 12 Pesos para 1 Dólar.
Andei uns quilômetros e o ‘furo’ do pneu traseiro, que eu havia feito, vazou novamente, (uando eu digo que câmara-de-ar, não se remenda o ‘povo’ diz que sou ‘soberba’), e tive eu que parar novamente, desta feita não tive como pôr a moto no cavalete sozinho, tive de pedir auxílio aos motoristas que passavam até que um parou e aí pude finalmente sacar a roda, desmontar tudo e pôr de uma vez a câmara nova.
Isso levou uma hora e meia e quando ficou tudo pronto, já estava começando a escurecer e eu tive que rodar uns bons vinte quilômetros até chegar na cidade de Manuel, onde consegui um hotel por 100 Pesos, coisa de 8/9 Dólares, depois de contar a ‘dona’ e seus filhos que eu havia sido roubado pela polícia de Altamira.
Passei uma noite legal, apesar de não conseguir dormir por conta de tudo que havia acontecido no dia. A extrosão, o outro problema no pneu, enfim, eu até havia decidido ficar aquele dia ali, pois só dormi, já eram umas três ou quatro horas da manhã e faltava ainda 450 kms até a fronteira em Matamoros.

Acordei as oito. Uma neblina densa tomava conta de toda a cidade. Como estava descansado, resolvi ‘mandar ver’ na estrada. Arrumei tudo e meti o pé. Desta feita, com atenção redobrada e com a coisa preparada, se houvesse outra equipe de safados no caminho, em cima do GPS que eu diria e usaria para provar que não havia cometido nenhuma infração.
Graças a Deus e a todos os ‘santos’ que roguei me guiarem e me protegerem dos ‘maus olhos’ no caminho, foi tudo tranqüilo. Cheguei a última cidade de Tamaulipas, antes da Fronteira, ainda não eram meio-dia. Faltava agora abastecer e encarar 250 kms de deserto Mexicano, a região mais perigosa de todo percurso, depois de Sierra Madre, Chiapas, com suas curvas, uma vez que ali o perigo era potencialmente ‘narcotraficantes’ que seqüestram viajantes, na maioria ilegais e onde houve o massacre dos 74 ilegais, dentre eles 2 ‘brazucas’.
Seguindo a premissa de ‘Suplicy’, de que quando o estupro é inevitável o remédio é relaxar e gozar eu fui em frente contando com a proteção divina e a sorte.

Depois de rodar quase uma hora, ou mais, não lembro ao certo, atravessei uma parte do deserto e quando cheguei a um bloqueio militar, passei tranqüilo, sem ser incomodado e fui em frente, até um segundo bloqueio, onde me pararam, mas nada de fiscalização, apenas por curiosidade de saber quem eu era e para onde me dirigia e também para me avisarem dos ‘perigos’ potenciais da região, apesar de que faltava pouco mais de 30 kms para terminar a angústia.
Agradeci a todos a preocupação e as dicas e segui, conseguindo finalmente transpor meu último ‘obstáculo’ grande entre ‘eu’ e os Estados Unidos da América. Faltava só sessenta quilômetros.
Cheguei a Matamorros, quatro e meia da tarde. A esta altura eu já havia ligado o ‘foda-se’ para a questão dos 400 Dólares, de depósito, que eu teria de reembolsar, quando fizesse a saída do México, uma vez que não sabia se a agência do ‘Banejército’, funcionava em horário de expediente, caso sim eu passaria a noite ali a espera do dia seguinte para pegar minha grana enfim, segui para a Aduana e Imigração.
Tão louco estava para sair logo do México que, diga-se de passagem, ratifico, é um País Maravilhoso. Sua gente, sua cultura, a hospitalidade, mas, as Estradas, a Topografia, o Governo Omisso e a Corrupção das Polícias, desfazem qualquer vontade de seguir no País, (olha que eu tinha seis meses de visto), que esqueci, ou melhor, não quis mesmo fazer foto alguma do trajeto, salvo uma ou duas no deserto e na entrada de Matamoros, minha porta de saída, e das sinalizações rumo a ponte que une os dois Países, México X E.U.A., dois ‘mundos’ totalmente distintos.
Graças a Deus, ali a coisa foi bem mais rápida e tranqüila que em El Carmen e Tapachula. Tudo se resolveu em coisa de 20 minutos. A verificação do chassis da moto, o reembolso da grana, a baixa na importação temporal e minha saída do País, que tive de pagar 262 Pesos, exatamente o que me restava, parece brincadeira, em moeda Mexicana, que dei com o maior prazer e satisfação e segui finalmente para o lado estadounidense.
Uma pequena fila de carros me separava da entrada nos EUA, até que um policial veio e me perguntou algo sobre uma ‘tarjeta’, que eu disse não ter, ele então me indicou outra fila, esta com um carro apenas a minha frente que logo passou e chegou minha vez.
A policial que me parou indagou sobre um formulário I-69, (eu acho), que também respondi não ter ela então preencheu uma pequena ficha me deu e me indicou o prédio onde eu teria de me dirigir para fazer. Em seguida me mandou passar e parar à frente onde 4 policiais, procederiam a verificação da moto e de toda a carga.
Segui e parei, logo os quatro se acercaram de mim e depois que desci e pus a moto no descanso, me coloquei a disposição, abrindo o Baú, que foi olhado por eles, assim ‘por cima’, abri um alforje, onde estão minhas roupas, sendo então impedido de continuar, com eles perguntando se eu trazia alguma ‘droga’, que respondi negativamente, dizendo que somente “eu” própria. Carnes frescas ou armas.
Depois me mandaram fechar tudo e me dirigir ao prédio para fazer o formulário, que é a entrada no País e tempo que você tem, sem frescura de documentação da moto, nem nada nesse sentido, somente ‘você’, o veículo é como se fosse uma extensão.

Tudo não levou mais que vinte minutos e logo eu estava com uma permissão de seis meses para conhecer todo os Estados Unidos. Isso depois que o oficial de imigração me perguntou para onde eu iria, quanto tinha de dinheiro e quanto tempo eu queria e eu respondi que dependeria dele, uma vez que se me desse um prazo grande eu conheceria TODA a América Se fosse algo médio, conheceria os pontos mais importantes e ‘ditos’ turísticos e, se fosse algo, comum, tipo 3 meses, iria apenas fazer a Route 66, depois iria a Washington D.C., ver o Capitólio e a Estátua de Rosevelt e de lá para N.Y., onde passaria as festas de ‘Crhistmas’ e fim de ano, seguindo para o Canadá, para seguir viagem.
Na saída perguntei aos policiais se precisava fazer mais algum trâmite, se precisaria fazer o ‘tal’ seguro para veículo, enfim, obtendo de resposta que estava tudo certo e que o seguro dependeria da minha vontade, nada ‘obrigatório’.
Mesmo assim decidi que faria e segui, agora, já com vontade de fotografar, para Brownsville, a primeira cidade americana no Texas, alías, uma grande cidade.
A adrenalina era tanta que nem me importei com horário, com buscar lugar para dormir, nada disso. Queria curtir a tranqüilidade que a Terra de Tio Sam me oferecia, depois destes meses todos de América Central e os ‘ultimos 28 dias de México’.
Passeei por toda Brownsville.Fui em lojas de peças de carros, que são verdadeiros shoppings automotivos, enormes, com uma variedade de produtos inimagináveis. Fui num RV PARK, conferir preço para por minha barraca e passar a noite. Infelizmente nesse, não havia esta possibilidade, só traillers e reboques. Achei um Mac Donald’s e a fome “gritou”. Estacionei a moto, aliás, aqui não tem outra viadagem que é ‘estacionamento para motos’, você para numa vaga e pronto, entrei, pedi um ‘combo de Big Mac’, e paguei 3 Dólares.
Peguei na moto o note e me conectei para postar no Motonline que já estava na ‘América’ e ainda falei com minha prima em São Paulo.
Saí de lá já eram umas oito horas da noite, e fui abastecer a moto, onde ainda aproveitei para dar uma arrumada e ajeitada em tudo já que os ‘quebra-molas’ do México, quase que literalmente ‘quebram’ a “Guerreira”. Nunca, em todo este tempo de estrada estive num País onde hovesse tantos ‘quebra-molas’. As rodovias no México são feitas e infestadas de “quebra-molas”, um absurdo isso!
Subi a regulagem do amortecedor novo, 3 pontos, coisa que eu não havia feito quando troquei a fim de preservar ele, ajeitei melhor a bagagem no baú, dei uma esticada na corrente, que depois de duas desmontagens para reparo de câmara eu não havia feito. Dei uma conferida e calibragem na pressão dos pneus. Comprei um pacote de pão de forma, maionese, presunto, queijo e um copo grande de café, que coloquei na térmica e, depois de tudo ajeitado, fui catar um hotel para descansar e passar minha primeira noite em ‘solo estadounidense’.

Achei o mais barato por 35 Dólares. Ar-Condicionado, Frigo, (vazio), Microondas, Água Quente, TV a Cabo, enfim, o padrão dos hotéis, ou melhor, ‘motéis’ aqui é outro.
Depois de um belo banho, dormi o sono dos justos. Acordei já eram nove e meia da manhã com o sol dando ‘bom dia américa’.
Arrumei tudo e saí para buscar o ‘tal’seguro e depois de peregrinar em alguns escritórios de ‘insurance’, descobri que para fazer seguro, a moto ou carro, tem que estar registrado no Texas e sua Habilitação tem de ser Americana, sendo assim eu estava livre de gastar 100 Dólares por um ano de seguro.

Rodei mais um pouco e me lembrei de que tinha de comprar o GPS novo. Localizei o Wal Mart, no outro e fui às compras.
Encontrei um NÜVI 1300, de 4.3 de Tela, TouchScreen, com voz, por USD 149,00, um ‘supra-sumo’ para mim que navegava com o Vista do tamanho de um celular. Comprei e já sai de lá navegando ‘em cima’dele.

Peguei a estrada sem saber direito para onde iria, aliás, saber eu sabia. Peguei as coordenadas do escritório em Miami, onde vou fazer a Carteira deMotorista Internacional e inseri neste novo e pedi para traçar a rota de 2.600 milhas, aliás, aqui tudo é na base de milhas, galões e onças.

Mantive as configurações do GPS assim para poder me orientar na questão de velocidade nas estradas e ruas já que aqui o ‘bicho-pega’. Se você chegar num cruzamento com uma placa STOP e não pára, pode ter certeza que se houver uma patrulha você será parado e multado por isso, Também a questão de setas, ‘corredores’, etc. Aqui não há esta coisa de num sinal, você jogar no ‘corredor’ e seguir não. Aqui você tem que parar atrás de outro veículo, foda-se que dá pra passar. Se fizer isso vai se fuder na mão de uma patrulha, se houver uma.
Você é respeitado no trânsito como qualquer outro veículo, (falo por ser moto). Na estrada, você guia no centro da pista, (por exemplo), da direita e, se vem um caminhão, carro ou qualquer outro na mesma faixa que você em velocidade maior, desde uns 300 metros atrás ele já sinaliza e troca de pista para ultrapassá-lo e seguir em frente,sem essa de ‘tirar-fino’, dar ‘chega-prá-lá’, aqui é uma delícia se pilotar.
Capacete também é mero enfeite ou acessório. Já mandei o meu ‘às favas’, por enquanto, está pendurando no ‘gradio’ atrás da moto, mas eu digo, “por enquanto, porque quando me encher o saco ele vai pro lixo.

Parei num posto de gasolina para dar uma descansada e beber uma água e logo um motociclista, chegou numa HD 883, vermelha, se apresentou e começou a me sabatinar quando soube que eu era um 'trota-mondo'. Ao final, sacou 5 Dólares e me deu para ajudar na gasolina.
Segui até Kingsville, coisa de 200 quilômetros e novamente parei num Mac para comer, postar algo e como vi que se tratava de uma estação de serviços, resolvi ficar ali mesmo para passar a noite e descansar bem, sem mosquitos, fazendo da moto mesmo a ‘barraca’, com o plástico negro preso nela tipo uma pequena tenda e o ‘slip’ para me proteger do frio que a noite aqui no Texas é terrível.

Dormi até as seis e acordei com um vento muito forte e algumas gotas de chuva. Me levantei, desmontei tudo e pus a moto embaixo de uma proteção do posto e lá arrumei as coisas, troquei o óleo que eu havia comprado na Honda, ainda em Brownsville, um 10-40, (aqui é difícil 20-50), mineral usado pela Honda deaqui nas motos 4T, e debaixo do vento segui em frente.
Um detalhe engraçado é que quando fui ao banheiro dar uma ‘cagadinha’ básica, quando terminei, me limpei e levantei, a descarga acionou e eu levei um puta-susto, quase saindo correndo de calça arriada.
Em País de primeiro mundo, qualquer banheiro, as descargas são por sensores, assim como a água dos lavatórios, secadores, ou seja, tem sensor de cu, e também água quente.
Todo posto de gasolina, você que abastece. Você chega, para na bomba, desce vai na loja, paga o valor que quer e absatece, se for menos, você retorna a loja e pega de volta o que pagou a mais. Muito bom este sistema.
Tem banho em todas as paradas, claro, você paga tipo USD 7,00 mas tem água-quente, banheiro impecavelmente limpo e arrumado, muitos até, melhores que de muitas ‘casas’ aí do Brasil,isso tudo, PÚBLICO!
Também há “Rests”, nas estradas que são pontos de descanso para você dar uma relaxada, esticada de pernas, lugar para cozinhar, máquinas de venda de produtos, (refrigerantes, frios, águas), Wi-Fi, Baheiros ‘absurdamente’ limpos e asseados, um LUXO!
Voltando, o vento só aumentava de intensidade. Num ‘rest’ que parei, a força era tanta que quando desci da moto, fui empurrado para trás dois passos, imagina o que eu estava passando na estrada tendo que pilotar a 40 milhas por hora, (60 kms/h). Um terror.
Aproveitei para ‘marcar’um Wal Mart e dar uma passada para umas compras, onde peguei um ‘puta’ casaco de frio, (tipo para neve), 14, Dólares, uma Calça de Campanha, (cordura), 22, Dólares. Um ‘Micro-SD’, para o GPS novo, de 4 Gb, 14, Dólares, e mais um monte de miudezas, dentre elas anzol e coisas de pesca, que eu perdi em Mahahual, além de 4 pilhas recarregáveis já que as minhas foram todas para o espaço.
Segui em frente e já eram quase cinco horas quando me deu fome e desta feita resolvi me presentear com um ‘pequeno banquete’.
Há aqui uma rede chamada ‘Barb*Q*L', que pelo nome, por mais burro que se seja em inglês, como eu, sugere-se, ‘churrasco’, resolvi parar para comer, independente do preço ou do que eu fosse gastar, já que as compras do Wal Mart, saíram a 100 Dolares, exatos e eu havia economizado de estadia dormindo no Posto, logo eu me permitiria a este ‘luxo’.
Entrei e, o atendente não falava español, mas chamou sua mãe que falava e depois de eu explicar o que queria comer e, que fosse, ‘grande a quantidade’, recebi um prato de Carnes de Boi e de Porco, na brasa, uma salada de repolho, purê de batatas com lingüiça, uma espécie de salada de arroz frio, à grega, com maionese, umas fatias de pepino em conserva, uma fatia de pão de forma, Ketchup, e um copo de Coca-Cola, grande, tudo por 11 Dólares.
Me fartei e segui, agora já buscando um lugar para passar a noite e não foi preciso ir muito longe pois a oito milhas já encontrei outra para de caminhões onde me instalei, confortalvelmente para outra noite, desta feita, tomando um belo banho quante.
Hoje, sexta-feira, 29/10, não sei para onde, nem se vou seguir muito. Amanheceu, eu despertei as seis como de costume e depois de três copos de café, (dois deles escrevendo isso), vou decidir o que faço e até onde eu vou, com certeza a um Mac para postar isso.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Uma parte desde que saí de Yucatán, no México. Já estou nos EUA, desde Terça-Feira, 26/10

Me perdoe meus grandes seguidores, mas agora a coisa vai ficar meio complicada de eu estar postando direto pois, estou em trânsito e daqui para diante, creio, não vá mais desfrutar do conforto e da mordomia de estar me hospedando em Hostals, Hotéis e Pousadas, logo, por isso, minhas atualizações serão mais espaçadas e em ‘bloco’, como essa.

Saí de Mahahual, como havia dito na segunda-feira e segui direto para Ciudad Del Caermen, para pensava eu, ganhar o máximo de tempo, já que havia decidido voltar os 300 kms, a subir mais e depois descer novamente para o mesmo lugar.

Dei uma parada rápida em Escárcega para comprar a ‘cebolinha’ do freio traseiro que não acendia nem sei há quanto tempo, mas agora, em vistas de estar entrando nos EUA, tive de providenciar logo para não ter aporrinhação nas estradas de lá, enfim, comprei e segui contente pois já havia percorrido 300 quilômetros em apenas uma manhã, logo meu ‘plano’ estava dando certo e com isso ganharia tempo e reduziria minha viagem bastante até a fronteira.

Pareipara almoçar já era quase duas horas da tarde e por sorte, no ponto que parei, logo que perguntei sobre o preço do cardápio e pela ‘quantidade’ de comida, a dona me disse que eu poderia usar os ‘baños’, para ‘ducharme’ enquanto eu esperava a comida.

Caiu do céu. Eu não via, ou melhor, meu corpo não via água doce fazia uma semana. Barba por fazer, todo peludo, foi a deixa para eu pelo menos me recompor um pouco.

Terminado o banho foi a vez do almoço que diga-se de passagem, valeu cada centavo. Difícil crer mas comi ao moldes, em ‘quatidade’, do Brasil. Um prato comercial, ‘comercial’ mesmo. Com fartura de arroz e feijão, frango, salada, batatas cozidas, enfim, coisa rara de se ver nesses países.

Paguei, agradeci e segui em frente. Faltavam ainda duzentos quilômetros para Ciudad Del Carmen e eu queria passar esta noite, (nem que para isso eu tivesse de pilotar um pouco na escuridão), lá.

Não foi necessário. Cheguei a ponte que liga a cidade, situada numa ilha, ainda eram cinco e meia da tarde. Vale dizer que quanto mais eu subo em direção aos EUA, mais horas de claridade eu tenho durante o dia, em contrapartida, o sol também nasce mais tarde, tipo sete e meia da manhã o que me faz ter que esperar até este horário para sair.

Para meu desencanto, ‘pedágio’. Nada de ‘muiiiito’, absurdo, mas são 19 Pesos, coisa de USD 1,70 para cruzar menos de 500 metros de ponte.

Entrei na cidade e logo fui parado num posto de controle policial, mas nada de estresse, como eu havia previsto. De fato um só viajante desperta muito menos atenção das polícias e militares que em dupla ou mais. Passei por outros, um militar e nem mesmo parado eu fui, coisa que não aconteceu enquanto eu estava com Jaime, que em cada um deles éramos parados e tudo revistado.

Segui até um posto de gasolina até na cabeceira da outra ponte na saída da ilha. Ali eu fiquei e passei a noite que, não foi boa, já que não consegui dormir muito cedo, somente depois das 11 horas quando o movimento no posto diminuiu.

Terça-Feira, 19/10

Acordei como de costume as cinco horas. Faltava muito ainda para o sol nascer, mas mesmo assim me arrumei e pus o pé-na-estrada, porém a viagem já começou mal pois logo que entrei na ponte, me lembrei que não havia posto minha garrafa de água presa no baú e quando fui ligar o ‘alerta’ para encostar e arrumar, a chave que estava meio solta acabou caindo no asfalto e eu a perdi, por ser noite e pelo fato de que minha lanterna, muito pequena não oferecia luz suficiente para procurá-la, mas mesmo assim eu tentei bem uns quinze minutos antes de desistir.

Muito puto, subi na moto e segui em frente até o final da ponte, de mais ou menos um quilômetro, onde as placas já avisavam da chegada a mais uma ‘Caseta de Cobro’, ou seja, mais um pedágio e, desta feita, um ABSURDO. P$ 64 Pesos. Ou seja, USD 8,00 para passar numa merda de ponte de um quilômetro. - Nós cariocas reclamamos de pagar 1, 2 Dólares para curzar a Rio x Niterói com 12 Quilômetros de pista impecável. Durmam com um barulho desses!

Segui direto, sempre em cima do GPS, porém, como tenho por hábito, traçar a rota no note e depois passar para o aparelho, não me preocupo em estar verificando o rumo, se está como o que eu fiz, enfim. Por conta disso, quando cheguei em Paraíso, e, pelo fato de ter que ‘desabilitar’ as opções de evitar estradas com pedágios, (aqui noi México, 8 em cada 10 são pedagiadas), estradas vicinais, etc..., o aparelho refez a rota me jogando em uma estrada que, mesmo não sendo muito boa era transitável porém até certo trecho. Dali para diante era ‘areia’, areia fofa. Resumindo: 40 quilômetros rodados em vão e o retorno de tudo isso, somando 80 kms desperdiçados fora o tempo.

De volta a rota, parei na cidade de Rio Seco e aproveitei para almoçar já que eram onze e meia e, mais uma vez me fudi, pois a comida cara, 40 Pesos, era ‘mirrada’. Pedi para por mais arroz e feijão, que eu pagaria a diferença, já que aqui nesses países eles cobrem a falta de quantidade de comida com ‘tortillas’, ou seja, o prato tem 2 ou três colheres de sopa de arroz, uma ou duas de feijão, um pedaço minguado de uma carne, seja de boi, porco ou frango, uma raspa de salada, com duas fatias de tomate duas de cebola e uns desfiados de alface, (tudo natural, sem tempero), e, um prato com 10 a 15 ‘tortillas’. Isso é que engana a fome e eles acham que ALIMENTA a eles, mas mesmo eu pedindo e dizendo que pagaria a diferença a ‘vaca’ da mulher pôs mais duas colheres de sopa de arroz e uma de feijão no meu prato.

Comi aquela ‘merda’ para não me aborrecer e paguei, saindo dali e voltando a estrada até a localidade de Rancho Grande, onde o dia se encerrou com ‘chave-de-ouro’.

Logo depois de um trecho de dois quilômetros de obras, muito buraco, poeira e tudo de merda que pode haver num trecho de rodovia, logo que passei, já aliviado, numa cabeceira de ponte, dei uma porrada no desnível e com isso minha câmara traseira trincou.

Senti logo o pneu esvaziando e mesmo estando há uns 75 kms/h, já diminui a velocidade e joguei no acostamento no tempo exato em que se esvaziuou por completo. Desci da moto, consegui, apesar do peso por ela Np cavalete e já de cara me lembrei do reparador instantâneo, que foi comprado logo no início da viagem, em Sergipe.

Torcendo para que ainda estivesse bom, conectei a mangueira na câmara e, ‘voilá’: - O pneu inflou novamente. Graças a Deus, poderia pelo menos seguir até o posto de gasolina, distante mais ou menos um km, para lá então cuidar de reparar o pneu.

Rápido, para não dar mais chance ao ‘azar’, subi na moto e, meu erro, foi parar uns metros adiante onde uns homens vendiam alguns animais, ( papagaios, filhotes de jacaré), para perguntar e confirmar a existência de um posto próximo.

Nesse meio tempo com meu peso e mais o do baú, o pneu voltou a esvaziar e eu novamente tive de parar, desta feita, sem ‘reparador’, mas, com o compressor que deu uma inflada e com isso consegui chegar até o posto de gasolina.

Ao contrário dae do ‘BRaza’, aqui nos postos de gasolina, dificilmente, raríssimo mesmo, há borracheiros, lojas de auto-peças, ou seja, se fura um pneu ou se há uma pane que necessite de um serviço assim, o fato de estar próximo ou num posto de nada adianta.

Parei a moto e logo uma mona, vendedora de salgadinhos me ofereceu seus produtos que agradeci por hora, mas que ao término do conserto eu certamente aceitaria.

Pus mãos-à-obra, pegando todo o ferramental necessário para tirar a roda, pneu e câmara, bem como uma câmara nova, que tenho de reserva e os remendos a frio para vulcanização, se, fosse possível e ‘seguro’ remendar, pois, até então eu ainda não sabia o tamanho do estrago na câmara.

Por sorte foi coisa mínima. Menos que um milímetro de furo, logo eu poderia tranqüila e seguramente vulcanizá-lo sem ter de ‘queimar’ um cartucho usando a câmara nova.

Tudo não levou mais que hora e meia e novamente a ‘Guerreira’ estava pronta para a ‘batalha’, ou melhor, ‘pronta para voltar a encarar a estrada’.

Desnecessário dizer que durante este tempo eu e a moto fui o centro das atenções de todos que passavam ou paravam no posto ou na loja da OXXO, uma rede de conviniência, paralela a PEMEX, que monopoliza a distribuiçãao e venda de combustíveis aqui no México.

Alejandra, a vendedora, pegou minha câmera e tirou umas fotos, assim como também foi na ‘loja’ comprar uma Coca-Cola para eu tomar enquanto estava reparando o pneu.

Já descansado e como já eram quase cinco horas da tarde, de um dia que havia começado errado e com tantos problemas, resolvi ficar por alimeno, para passar a noite e seguir viagem no dia seguinte depois de descansar bem. Lêdo engano.

Comi dois empanados de Alejandra, e durante este tempo algumas pessoas que chegavam começavam a conversar e com isso, acabei sendo presenteado por muitos, com várias coisas, como por exemplo, umvendedor autônomo, também motociclista e que já foi até os EUA, me deu uma Lanterna de LEDS, recarregável, um saco com vários pacotes de biscoitos, duas latas de atum, um pacote de sucrilhos e uma camiseta do MotoClube que ele faz parte em Yucatán, de Harley-Davidson.

Depois foi a vez de um representante de vendas, da POLIFLEX, me presentear com um Boné da empresa e duas camisas e, por último, doiss motoristas de uma empresa do Governo Mexicano, responsável pela coleta de lixo e material contaminante me presentear com um par de luvas, endossando tudo o que outros motociclistas que já fizeram esta rota falam a respeito do México e de seu povo com relação a ‘nós’ brasileiros. São todos extremamente simpáticos e hospitaleiros.

Falando um pouco do País, apesar de seu povo ser um povo amável e simpático, o mesmo já não se pode dizer das autoridades e principalmente do Governo de um modo geral, já que deixa a desejar em diversos quesitos, o maior e principal deles é a falta de estrutura e de manutenção das rodovias, que mesmo muitas, ou melhor a maioria esteja privatizada sendo explorada por empresas privadas, não oferecem ‘um mínimo’ de serviços aos usuários que são explorados com valores absurdos de pedágios em trechos que quase nunca chegam aos 50 kms, sendo mais ao norte, cobrado em média 200 Pesos, ou, USD 15,00.

Com uma malha viária excelente, do ponto de vista ‘logistíco’, o México deixa a desejar no quesito seguran;Ca e serviços a exemplo de quesua topografia é TODA de serras. Não há alternativas ‘planas’, a não ser no litoral, mas mesmo assim, ainda há algumas serras e, com o risco constante de tornados, furacões e chuvas torrenciais, as autoridades nada fazem para se evitar novas tragédias ou novos desastres, como a exemplo agora coma passagem do Furacão Haid, que destruiu localidades inteiras não só na região do Golfo, bem como em Chiapas, ao Centro e ao Norte, e nem por isso, se vê trabalhos de contenção de encostas ou prevenção.

Houve na regiãao de Chiapas, ‘pueblitos’, inteiros soterrados, como a foto da ‘gasolineira’ que eu postei, enterrada em umdeslizamento e no máximo o que se vê que está sendo feito são algumas máquinas limpando o asfalto para o trânsito fluir.

Outro ponto que também merece destaque é que mesmo com toda esta excel6encia em malha viária, esta é extremamente cansativa de se pilotar, pois, quando não são trechos íngremes, perigosos, repletos de curvas, são retas infindáveis, nunca menos que 30 ou 50 quilômetros o que leva a qualquer motorista ao extremo do desgaste.

No que tange a segurança, as rodovias são muito bem patrulhadas, como até, excesso de polícias, sejam estatais de trânsito ou federais e, nas regiões consideradas ‘críticas’, de narco e imigração ilegal, postos de controles do Exército, porém, TODOS, excedem suas funções e como no meu caso em particular e de qualquer outro viajante, fazem perguntas sem quaisquer relevância, levando você a um momento passar a ter uma atitude mais grosseira, quando que se houvesse um mínimo de senso e de tato isto poderia ser contornado. Um exemplo:

Nas primeiras vezes em que fui parado, quando ainda estava com Jaime, invariavelmente o procedimento é a pergunbta inicial de onde vem para onde vai. Revista de tudo, alfoirjes, mochilas e baú, documentação da moto, carteira de motorista e, perguntas tipo: “A que se dedica”, (trabalho) e, “Como se mantém”, (ustento).

De início eu nãao maldava, até que percebi que o ‘intuito’ dessas perguntas era saber sua ‘condição financeira’, ao invés de ‘mera curiosidade’, foi quando então, já em Escárcega, passei a ser ‘grosseiro’, e a responder que: “Me dedico a Viajar!” e que “Me mantenho da maneira que Deus me permite!’, justificando que ‘eu’ não sei como funciona aqui no País deles, mas que no meu, estas perguntas são de cunho pessoal e não interessa a ninguém, logo me reservo a não respondê-las, podendo até me sentir ‘molestado’, caso haja alguma insistência.

Voltando, depois de todo o sufoco do dia, chegou a noite e eu ‘pensei’ teria o merecido descando mas me enganei redondamente pois, depois de tganto tempo na estrada eu NUNCA havia estado num lugar com uma infestação tão grande e terrível de mosquitos.

Parece até absurdo, mas em RANCHO GRANDE a coisa é terrível e eu não consegui dormir até por fim, isso já eram mais ou menos uma da manhã, pegar meu ‘slipper’ entrar nele, fechar até em cima e assim mesmo, os mosquitos continuavam a infernizar.

Acordei depois de um pequeno sono profundo as quatro e decidi seguir mesmo com noite ainda, apesar de que na saída de Ciudad Del Carmen eu havia me dito que não faria isso, mas as circuntâncias não me deixavam outra alternativa.

Quarta-Feira, 20/10

Mesmo estando cansado e extenuado, resolvi arriscar a ter de ficar mais tempo ali naquele lugar com tantos ‘sancudos’.

A pressa de sair foi tanta que me esqueci de pôr agasalhos e por isso logo que cheguei ao topo da serra, parei e me compus pois já não estava mais agüentando de frio, (as madrugadas aqui, os termômetros chegam a marcar três graus), e meu objetivo naquele dia era chegar pelo menos a Vera Cruz, cidade que até então era uma icógnita para mim, uma vez que por conta do tal ‘huracan’, esta foi atingida em cheio e ficou em petição de miséria.

Os noticiários diariamente falam do desastre e da tragédia que o ‘povo’ local enfreva e eu, por já ter passado ‘Sierra Madre’ e conhecer um pouco melhor a realidade do México, estava apavorado pelo que poderia encontrar, porém não foi nada demais. Pelo menos em minha rota, só vi placas tombadas e arrancadas pela força do vento, um ou dois trechos em reconstrução por conta da queda de pontes, nada mais. Mas eu estava esqotado. Praticamente sem dormir a duas noites e depois de ter encarado num só dia, (segunda-feira), quase 600 quilômetros. Não agüentei o tranqco.

Depois de passar pela cidade de Santiago Tuxtla, onde comi uns Tacos, como almoço, chegando a Angel R. Cabada, ‘joguei a toalha’ e me rendi. Parei num hotel para descansar. Não havia condições de continuar.

Depois de tratar o preço, 130 Pesos, USD 10,50, comprei e bebi uma Coca-Cola e subi para o quarto onde me joguei na cama e apaguei até as sete da noite, quando acordei, desci, fui numa ‘abarroteria’, na esquina comprei pão, presunto e quiejo para lanchar, comi e voltei a dormir até as seis quando acordei e novamente tentei seguir viagem.

Quinta-Feira, 21

Saí do hotel com o dia começando a clarear. Estrada tranqüila, trecho plano e segui em frente passando por muitas pequenas cidades litorâneas, já que minha rota está bem próxima ao mar.

Passei também pela Usina Nuclear do México, que produz eletricidade para vários Estados, numa viagem tranqüila se não fosse o fato do meu esgotamento físico pelas duas noites sem dormir.

Segui até Veja de Alatorre, mais ou menos meio-dia e novamente tive de me render ao meu corpo. Não havia condição alguma de segui. Depois de seguir uma placa da estrada que anunciava um hotel ao preço de 150 Pesos, com Wi-Fi e dar varada, acabei voltando e depois de me informar fui para uma pousada, tipo um ‘pulgueiro’, mas que tinha cama e ventiladoir e no momento era o que eu mais precisava.

Acertei o preço, 120, Pesos / USD 10,00, me acomodei, tomei um banho e me joguei nna cama até as cinco e tal da tarde quando levantei com fome, saí, fui a uma ‘taqueria’, comi uns tacos, depois foui numa loja de óleo, comprei o Actevo, da Castrol, por ser mineral, já que MOTUL aqui não existe e, creio, o monopólio do Governo não deixa entrar, depois fui catar uma loja de peças para trocar os amortecedores traseiros que já estavam igual uma ‘bomba de flit’, pagando 520 Pesos / USD 43,00 no par e voltabdo para a pousada onde fiz um café, tomei e voltei para a cama, decidido a não forçar mais barra e no dia seguinte partir apenas à cata de um lugar melhor para ficar o final-de-semana, até segunda-feira, descansando, uma vez que estou a 880 Kms da Fronteira em Matamoros e é para esta que vou mesmo sendo bem dentro da região onde houve o massacre dos imigrantes mas vou passar ‘batido’ pela cidade.

Sexta-Feira, 22/10

Logo que saiu os primeiros sinais de luz eu já estava de volt a estrada. Rodei somente quarenta e três quilômetros at;e a cidade de Nautla, e num camping, depois de para e me informar do preço, que inicialmente era 80 Pesos e consegui baixar para 50, acabei ficando para descansar e repor as energias.

Não parece mais uma noite de sono perdida é terrível e eu posso, agora, afirmar e assinar embaixo disso uma vez que as ‘duas’ perdidas eu ainda não consegui repor.

Logo depois de me instalar, de armar a barraca e por minha rede, deitei nela e apaguei até a hora do almoço quando saí fui até o povoado próximo e comprei uns mantimentos para preparar o almoço, comi, voltei pra rede e dormi até quase as seis da tarde, quando saí novamente para comprar yogurte e tomar com sucrilhos, voltando a dormir até hoje, (sábado – 23/10), de manhã.

Fico por aqui, até sggunda e mais uma vez me desculpem pela falta de posts, mas é que esta minha estada no México está muito conturbada e se a coisa melhorar nos EUA, volto a fazer com mais freqüência. Um bom final-de-semana para todos!