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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Coisa de Louco isso aqui!

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Pois é. Saí da mesmice, da comodidade e ontem pus ‘mãos à massa’ e comecei a procurar um veleiro para transportar a mim e a moto ao Panamá.
Fui num hostal daqui de Cartagena, que é tradicional nesse tipo de agenciamento entre barcos e motociclistas viajantes, mas não tive sucesso, pois, segundo a pessoa que me atendeu, hoje, poucas embarcações estão transportando moto, mas mesmo assim, me deu a direção de uma outra pessoa, também de um hostal, próximo ao meu que poderia ser que tivesse ou conhecesse algum que fizesse. Lá fui eu.
Antes, respondendo ao amigo Renato Menezes, meu problema, não é falta do que fazer, ou de, mesmo que pois mais remota que fosse, desistir desta minha nova vida, nada disso. O que está me sufocando e me causando esta angústia é a incerteza. O descrédito que as pessoas aqui tem com as outras. Aqui, e em qualquer País de fora, as pessoas não são como os brasileiros que, diante de uma necessidade de alguém, ou mesmo quando se trata da busca de algum tipo de bem ou serviço, se empenham, ‘correm atrás’, para resolver.
Aqui fora a coisa funciona da seguinte forma: Você precisa de um barco, como nesse meu caso, aí chega um indivíduo e diz a você para não se preocupar que ele conhece uma pessoa que tem, ou presta o serviço que você necessita. Depois ele vem a você e diz que falou com a pessoa, que tal dia e hora a pessoa vem falar com você pessoalmente e, daí, a isso acontecer é outra história.
Quando a coisa é mais acertada, ou seja, um contato telefônico, uma conversa e tal, o prestador diz que sim, tudo certo e quando você o procura para confirmar e concretizar tudo ele simplesmente diz que não é mais possível, porque não tem mais ‘cupo’, (vaga), ou seja, seu contato prévio, não adiantou de nada. De porra nenhuma, porque ele não deixou suspenso seu lugar, nada disso, FODA-SE você e qualquer outro.
Não é falta de trabalho ou uma ocupação que me está fazendo falta. O que me faz falta é esta incerteza de tudo. É o meu tempo se esgotando. Meu Visa vence dia 15 de maio. Tenho que impreterivelmente sair da Colombia, ou, pagar USD 35,00, e pedir uma ‘Prorroga’ de 30 dias. Mais fácil e melhor nesse caso, já que estou à 600 quilômetros da fronteira, é sair, e voltar, pois assim ganho novamente 90 dias, sem ter que pagar nada.
Voltando, fui ao encontro de Robert, no Hostal Holliday. Encontrei-o, expliquei-lhe minha situação e ele me acalmou dizendo que tinha vários comandantes que faziam este percurso e transporte e, imediatamente, já ligou para um combinando para dentro de uma hora ele vir ao hotel.
Não demorou muito e Robert veio a mim dizendo que o encontro ficaria para hoje, pela manhã, as 09:00 hs, já que surgiu um imprevisto e o capitão não poderia vir naquela hora, tudo bem, acertamos que então ele, quando o ‘cara’ chegasse, me avisaria no hostal, que é praticamente defronte ao Holliday.
Como eu disse e previ, esta para mim seria a pior semana, como está sendo. Não tenho conseguido dormir,e esta madrugada não foi diferente. ‘Fritei’ a noite inteira. Tive a ‘visita’ de um ‘não convidado’ ilustre ao meu quarto. Uma ratazana de quase meio-quilo, atraída provavelmente pelo cheiro do pote de requeijão que eu erroneamente havia dispensado na lixeira do quarto.
Menos mal, pois aqui até estes ‘seres’ são bem diferentes dos nossos aí. Sua aparência não causa tanto nojo e repulsa, tem uma pelagem caramelo, sua cara não é tão odiosamente nojenta como as do ratos brasileiros, se não fosse o rabo, poderia facilmente se confundir um ‘preá’. Mas é RATO mesmo! Com pedigree, enfim, expulsei o ‘penetra’ e isolei a base da porta que não vai até rente ao chão com uma tábua do estrado da cama. Não teria mais ‘companhia’ indesejada pelo resto da noite.
Acabei dormindo mais do que devia, isso, bem depois das 3, quando eu preguei o olho. Acordei, eram sete e vinte, como, ficou acertado que Robert me avisaria quando o Capitão chegasse, voltei a dormir e assim, fiz sucessivamente toda vez que me despertava, porém ele nem ninguém me avisou PORRA NENHUMA.
Meio-Dia, quando levantei e fui buscar minha garrafa térmica de café, passei no Holliday e perguntei a pessoa na recepção por ele, sendo informado que Robert, só trabalhará à tarde e depois de eu explicar o motivo da minha procura, esta me disse que o Capitão havias estado as nove da manhã e que retornará as cinco.
Mesmo sabendo que eu estava no La Muralla, quase defronte, a infeliz foi incapaz de mandar me chamar ou de dizer ao Capitão que este me procurasse no hotel, bem ‘a cara’ destes infelizes, que não tem o menor senso de iniciativa e/ou associação.
Pelo menos, (creio eu), entre mortos e feridos, salvaram-se todos. Vou esperar dar cinco horas e voltar ao Holliday para ver se converso com o tal Capitão e resolvo de uma vez por todas esta encrenca que me está tirando o sossego e o sono. Não vai ser fácil de se levar esta merda até o dia quatro. Peço a Deus forças e controle pois já estou no meu limite!
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terça-feira, 27 de abril de 2010

Desculpa mas vocês vão me aturar esta semana.

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A coisa está feia. Noite passada, não consegui dormir e, só fui fazê-lo, hoje, já passava do meio-dia.
O 'patrão', modo como é chamado o dono do hotel onde estou aqui em Cartagena, vendo minha angústia e ansiedade, como faz todos os dias pela manhã, me perguntou se eu estava bem, e repondi, como tenho feito nos últimos dias, com um ar nada-nada, feliz, que sim, estava tudo ótimo na medida do possível.
'Patrão' sabe que estou aflito para ir-me logo. Sabe que a perda do barco de quinta-feira passada, acabou comigo emocionalmente, e acho que por isso mesmo, ele então, mais para me tranquilizar e 'melhorar meu astral', me disse que à noite, falaríamos com 'outro' capitão que ele havia acabado de estar e que disse estava levando uma moto para o Panamá, e que, se eu quisesse também levaria a minha, mas eu teria de ir de avião.
Cara, todos sabem que eu não fui por Turbo, justamente por esta questão de ter que ir a moto num barco e eu de avião ou lancha, mas na atual conjuntura e preço, já que deste modo a moto sai a 380 USD e ele, o Capitão consegue, passagem numa empresa áerea Panamenha à 100, USD, aceitei e disse ao 'Patrão' que estava tudo bem que à noite iríamos falar com o cara.
Bobagem. Já são 20:51, aqui, a hora que 'Patrão' tinha dado para irmos, era entre seis e sete da noite, logo, tenho a certeza que ele disse isso apenas, pela manhã, para me ver melhor, mais calmo.
Não almocei. Não tive fome. Tomei café como de costume, minha garrafa diária e comi dois sandwíches de pão-de-forma, com requeijão, (queijo crema, como chamam aqui), isso até o meio-dia e agora, mais dois 'sandubas' quando acordei as sete da noite, e fui a cafeteria, reabastecer a garrafa para a noite, que sei será 'bem longa' mais uma vez.
Faltam agora seis dias até dia 4, e mais uma 'interrogação, até a partida, mas com certeza vou me empenhar e fazer de tudo para que não ultrapasse o dia 10, também pelo meu visa que vence dia 15, mas, mais pela ânsia de deixar logo o País e voltar as estradas. Sentir a liberdade e o vento no rosto.
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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Agora tá batendo a 'neura' de verdade!

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Agora tenho a certeza de que 'meu tempo de Colombia', está no seu limite. Não suporto mais nem ouvir a voz de nenhum. Estou literalmente de 'culhãó cheio'.
Esta para mim, vai ser a mais longa e pior das semanas. A espera até meu pagamento será um martírio, uma penitência sem fim. Só espero que logo que tenha o dinheiro no meu VTM eu consiga um barco barato e em tempo recorde. O ideal seria que fosse para o mesmo dia, mas aí é pedir demais.
Orem por mim peçam que Deus me dê paciência para cumprir está etapa. De agora para diante, depois que puser meus pés em Collón, meu tempo máximo de parada numa cidade, será de 1 dia, e num País de no máximo 10, já que, usando a Venezuela de referencial, eu atravesso tudo, no máximo em 8 dias. Meu cu! Chega de sofrimento e de ficar parada. Se fosse pra viver enclausurada entre quatro paredes eu não me desfazia de tudo e caía na estrada. Continuava a viver a vida medíocre, de todos que seguem os padrões impostos pela sociedade num todo!
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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Não tenho nada novo pra falar, mas deu vontade de escrever.

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Pois é, continua tudo na mesma, ou seja, eu, pra variar, "parada" esperando chegar as bandeiras que o Flávio me enviou, já fazem 10 dias.
Quando se está fora, tem que se sujeitar as estas coisas. Engraçado é que, na 'ignorância' muitas pessoas se queixam de determinadas coisas no Brasil, mas que fora, em outros países são bem pior, ou, quando não são inexistentes.
Um exemplo claro e muito mais alarmante, é a Saúde, tão achincalhada, apedrejada, mal-dita, mas que se comparada com a dos Países aqui de fora, é excelência em qualidade e modelo de atendimento, mesmo com todas as filas, super-lotação, demora no atendimento, enfim...
Aqui na Colombia por exemplo, se o indivíduo se acidenta, ou necessita de um atendimento médico, de cara, lhe é pedido na entrada do Pronto-Socorro, sua carteira de trabalho, se este não é trabalhador registrado, tá fudido. Não tem atendimento.
Remédios, exames, injeções, TUDO É PAGO À PARTE, independente de ser ou não, uma espécie de 'previdenciário'. Tem que pagar o que for usado no cidadão. Não tem essa de 'gratuito não', até gaze, alcóol, etc, tudo e cobrado e não tem 'xixi-minha-nega' não.
Logo, recalamamos, nós brasileiros, de 'barriga cheia' do nosso surrado SUS, que sem distinção trata e recebe a todos com o que de melhor pode oferecer dentro das suas limitações.
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Mudando, é incrível como as pessoas teimam em acreditar, (não sei onde viram, leram ou tiraram essa idéia), que eu volto um dia ao Brasil.
Minha viagem não é algo de turismo, passeio, aventura, nada disso. É um novo modo de vida. Uma opção que eu fiz e que não tem volta. A hora que me cansar, procuro um país, um lugar, um 'cantinho' onde me jogar e pronto. Mas com toda a certeza do mundo, regressar ao 'Braza', jamais, nem depois de morto. Serei enterrada onde eu morrer. Está no meu passaporte!
Por isso, por favor, os que leem e que postam alguma coisa nesse sentido para mim, esqueçam as palavras, 'regresso', 'retorno', 'voltar',... EU não volto mais! Podemos sim, nos encontrar, quem sabe, por este mundão a fora, mas a única certeza é que 'jamais' será em solo Brasileiro, salvo se for numa Embaixada ou Consulado.
Já cumpri minha etapa no meu País. Foram 44 anos muitíssimo bem vividos, com alegrias, decepções, vitórias, derrotas, conquistas, com tudo aquilo que qualquer pessoa comum pode e tem de viver. Tive o privilégio de conhecer coisas que muitos, jamais, terão a oportunidade de conhecer ou viver em toda sua existência. Galguei degraus e alcancei patamares que bem poucos conseguem, mesmo que passem a vida inteira tentando, agora,... Agora é correr pro abraço e ser feliz, vivendo uma nova vida, uma nova experiência, enfim. "Quando se tem todas as respostas da vida, mudam-se as perguntas", e foi exatamente isso que aconteceu comigo.
Aprendi a dar valor ao mínimo. Aprendi que na vida há coisas muito mais sérias e importantes que dinheiro, status social, viver rodeado de pessoas e falsos amigos. Somo indivíduos, e como tal palavra afirma, únicos. Não dependemos de nada nem ninguém para viver ou ser coisa alguma, senão de nós mesmos. Família, isso nos é imposto pela vida, mas não necessáriamente somos obrigados a aceitar, tampouco viver subjugado a seus valores. Somos 'únicos', logo temos o direito a opção, de escolher o que queremos para nós.
Isso não é, nem significa nenhum tipo de desgosto, amargura, ressentimento, mágoa, sofrida com alguém, pessoas, sociedade, nada disso, é o que eu, 'Graças a Deus', consegui enxergar e ver, em apenas 44 anos de vida.
Enxerguei valores e coisas que muitos, (me arrisco dizer até que, a grande maioria), viverão suas vidas inteiras e jamais conseguirão enxergar, e por não enxergar ou verem o óbvio, buscam justificar nas ações dos outros que não são capazes de justificar para si mesmos, buscando explicações chulas ou estapafúrdias para estas ações simples que é o fato de apenas ser diferente, de ser 'único', exclusivo, em resumo de ser um 'indivíduo'!
Estou cansado, confesso de ter agora, dedos apontados na minha direção, por pessoas que, esquecem de olhar para si próprias, tentando de algum modo encontrar uma resposta que lhes agrade, no estilo de vida que eu escolhi para mim.
Pessoas que querem de toda maneira dizer e afirmar que o que eu faço e o que eu escolhi para mim é uma espécie de fuga. Um meio de me rebelar contra tudo e contra todos, quando na verdade os grandes frustrados, infelizes e não realizados são eles próprios que, por covardia, falta de competência e força, não conseguem dar um basta a vida medíocre que levam, subordinados e subjugados às mesmices, regras e convenções impostas. Todos, mascaram esta covardia, esta falta de força de fazer o deveriam fazer em prol das suas próprias felicidades, nas famílias, empregos, 'falta de dinheiro', enfim, o que falta de verdade é CORAGEM. É a capacidade de dizer FODA-SE à tudo, e gritar bem alto: EU ME AMO!
Nascemos só, logo não dependemos de ninguém. Nascemos nus, hoje estamos vestidos. Tudo na vida é possível, vai da força e da competência de cada um.
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Desculpem este texto, mas acredito que agora, esteja mais claro para aqueles que se interessam, o tipo de pessoa que eu sou, o que me levou a 'alçar' novos voos, novos desafios.
Estava de fato, faltando isso, esta explicação mais clara e exemplificada de todos os questionamento que fazem, (não que para mim importe, mas há de convir, cansa!), a respeito de como, porquê, o que levou a isso, enfim.
Espero que daqui para diante não tenha mais que escrever nem explicar nada a respeito deste tema, que, para qualquer bom entendedor, desde o primeiro post, já estava e vinha sendo respondido, mas, como eu disse, nem todo mundo quer ou gosta de enxergar o óbvio. Fazer o quê.
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sábado, 17 de abril de 2010

Por mais que não se queira, cada dia, uma surpresa.

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Hoje, descobri logo que acordei, ao meio-dia, (rs), que tem mais um brasileiro hospedado aqui neste hotel, um Curitibano que viaja vendendo artesanato para se manter. Muito show isso pois estou podendo agora exercitar mais meu 'português'... Cômico isso né. "EU", brasileiríssima, desaprendendo a falar meu idioma.
Conversamos sobre nossas experiência, ele também esteve em Quito, e para ele, lá foi uma 'mina' de dinheiro, apesar de ter a mesma opinião a respeito dos ecuatorianos, ou seja, pessoas mesquinhas, medíocres e que, fudidos como são, acham que tem um rei na barriga, Coitados.
É isso aí. Por enquanto vou ficando por aqui, amanhã vou ver se tiro uma foto nós dois juntos para postar aqui.
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sexta-feira, 16 de abril de 2010

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Radicalizei Geral!
Chega de Cabelão. Meu CU! - Vocês não imaginam a merda que é cabelo grande, fino como o meu e este calor insuportável da estrada, mesmo quando se está em temperaturas perto de 'zero graus'.
Vai ser mais chato nas fronteiras, mas de qualquer jeito os caras já não me reconheciam pela foto do passaporte, agora foda-se. Digo que sou uma Hare-Krishnna!
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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Hoje fui fazer um 'tour' pela Cidade Cercada.

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Quando, na minha vida toda, eu ia imaginar que um dia, eu estaria no alto das muralhas, da fortaleza de Cartagena das Índias, apreciando e fotografando este Pôr do Sol, no mar do Caribe?
Isso não tem dinheiro nenhum que pague!
Saímos hoje, Kris, Patrick e 'eu', para darmos um passeio pela Cidade Histórica, também chamada de Cidade Cercada, onde fica o antigo Centro de Cartagena das Índias, tão conhecido e enaltecido nos épicos sobre piratas da grande indústria cinematográfica mundial.
Andamos praticamente a tarde toda, já que é bem próximo aqui do hotel onde estamos, cerca de três quadras e, não faltaram fotos e muitas coisas lindas para se registrar.
A princípio, para quem conhece o Rio de Janeiro, as ruas do Centro Histórico, lembram um pouco, o centro, mais precisamente o Saara, com muito comércio, os ambulantes espalhados pelas calles e calçadas enfim, para um 'brazuca' como eu, é como estar no quintal de casa.
Caminhando pelas diversas ruas, ei que vejo um cara com uma camisa, preta estampada 'qualquer coisa', (nem me liguei direito no que era), Rua Augusta-SP. Um BRASILEIRO, ulá-lá, ao nos cruzarmos perguntei: - Brazuca??? - Ele de pronto: -Sim, brasileiro! - Uma alegria só, falar por quatro ou cinco minutos nosso idioma. Se bem que nessa altura do campeonato, agora vejo a merda que estou. Não falo mais o português puro, entremeio as palavras com o español, está terrível, já havia percebido em Medellín, quando estiveram o casal de brasileiros lá, mas agora comprovei isso de fato.
Brincamos um pouco um com o outro ele me apresentou sua noiva, nos despedimos desejando sorte uns aos outros e nos fomos.
Mais adiante paramos numa pracinha para tomar um café e lá estava o vendedor, um 'paisa', com uma camisa da nossa Seleção. Isso dá um orgulho danado de ser Brasileiro!
Charretes puxadas a cavalo dividem espaço com carros e pedestres de forma racional e educada, coisa que em cidade nenhuma, nem mesmo a mais turística no Brasil se vê, salvo quando estas estão em lugares definidos e exclusivos para elas, aqui não, por todo lugar as charretes transitam, são emplacadas como os veículos automotores e, uma curiosidade que eu achei super-legal, há tipo uma calha, que vai do... do... do... ... bem, vai do CU do Cavalo, até uma espécie de balde, bem grande, na parte de baixo da charrete, que evita que este suje as ruas por onde passa, uma idéia original e que podia ser usada ai na 'terrinha' que evitaria sujeira em nossas ruas.
Voltando, em cada quadra mais ou menos, se tem uma igreja, logo, o que não falta é coisa para se visitar. Os casarões, com suas pinturas em cores vivas, com balcões em madeira, dão um charme todo especial as calles e, até eu que não curto muito essa de turismo cultural, tive de me render a diversidade que há por aqui.
Obras em bronze, como esta que, "eu" como boa brazuca que sou, logo apelidei de 'Padin Ciço Rumão Batista' de Cartagena, estão espalhadas em todas as praças e passeios, o que aliás, também não falta por aqui.
A única coisa que não é muito legal, são os preços nessa área. Mesmo estando apenas a três quadras de onde estou hospedada, a coisa aqui é absurdamente cara. Um cafézinho que em Media Luna, custa 200 Pesos, aqui sai a 300. Um refresco que custa 500, aqui sai por 1000. Uma cerveja, que custa quando cara, 2 mil, aqui tem bares que cobram 6 mil, ou seja, esta parte de Cartagena é de fato turística e, para turistas de Alta Classe. Duristas como eu, tem que ficar mesmo, fora dos muros da Cidade Cercada. (rs)
PS. As fotos, todas, estão no álbum do ORKUT, vale a pena dar uma conferida!
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segunda-feira, 12 de abril de 2010

A empolgação é tanta que vejam o que já está roteado no GPS!

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ROUTE 66
Não preciso falar mais nada... ou será que preciso?
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Sem comentários! Isso que é gratificante!

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Bem, é o seguinte ! Estou lendo sobre vc no seu blog e só posso te dizer que te admiro muito ! Gosto da sua maneira de se expressar ! Vc é real, fala o que sente e é assumida ! Parabéns !

Sou heterosexual e não discrimino vc pelo que é !! Aliás, gostaria de te fazer uma pergunta pessoal. Não se zangue, ok ? Como vc resolveu fazer essa viagem ? Foi planejamento de alguns anos, ou foi de repente ? Isso que vc esta fazendo, é por pura vontade, ou é uma fuga de problemas passados ? Digo isso porque da maneira que vc escreve e esta certo, da a impressão que vc esta fugindo de problemas divs, como discriminação, reprovação de família etc...
Aliás, quem é que não tem problema e às vezes não quer largar tudo e ir embora !
Acho dez o que vc esta fazendo e te dou a maior força !!

Acho que se sentar pra conversar com vc, demoraria noites !
Bem, sou um pouco mais velho que vc e tbém quero viajar pra conhecer esse mundo maravilhoso que Deus nos deu ! Às vezes penso que devo comprar um veleiro pequeno. colocar uma moto dentro e ir parando nos países mundo afora e às vezes penso em fazer como vc.

Estou me planejando para fazer isso de 2011 em diante, que é quando aposentarei.
Apesar de nosso país ser´politicamente uma bosta, gosto daqui. Ao menos temos lugares maravilhosos para ir , conhecer pessoas etc...

Queria saber uma coisa. Como vc faz para receber seu dinheiro, onde vc estiver ? Como vc faz para acessar internet ? É caro ? Como é isso ? Se eu tiver no meio do oceano, conseguiria acessar internet e pagar preço baixo por isso ? Não entendo isso !! Ao menos aqui no Brasil, se eu estiver em São Paulo eu acesso a internet só em aeroportos e rodoviarias, sem pagar nada, fora disso pago um valor para usar a claro, ou até interurbano se estiver fora de São Paulo !!

Durante a semana escreverei mais, e continuarei a ver seu blog ! Mais uma vez, que Deus te ilumine, onde estiver. Estarei rezando sempre pra vc, e te acompanhando via internet.

Grande abraço, ótima viagem pra vc ! Fica com Deus.

Mais uma vez esclareço a todos: Não há nenhuma fuga, decepção, frustração, muito pelo contrário, essa foi uma opção de vida para quem como eu, já tive e conquistei tudo o que queria na vida.

Minha 'etapa' no Brasil foi concluída e, mesmo sem voltar, continua sendo MINHA PÁTRIA AMADA, O SOLO QUE É MINHA MÃE GENTIL!

Nada a ver, se eu passo esta impressão, de mágoas, ressentimentos, enfim, meu único ressentimento é eu não ter condições de fazer ainda mais pelo meu país mesmo estando longe.

Quanto a 'apego', sempre fui assim, despojada e muito independente, talvez por ser filho único tenha aprendido a ser independente ao extremo e ao contrário de muitos, prefiro viver só, em companhia apenas de meu computador e, agora, da minha moto, que é minha grande companheira.

Um abraço a todos e fiquem com Deus!

PS: Omiti o nome e autor deste e-mail a pedido dele, por questões pessoais e familiares, sei que vão entender!

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Lunes empezó con lo pié derecho!

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A segunda-feira, não podia ter começado melhor! Consegui um barco para o Panamá, ao preço de USD 340,00. Graças ao meu Bom Deus. Agora estou mais tranquila e despreocupada.
Só esperar as bandeiras chegarem do Brasil, já que foram postadas hoje ao meio-dia e parto de uma vez para lá.
Já estava traçando um 'Plano B', caso eu não conseguisse nada nessa faixa de quatrocentos dólares, tudo, eu e moto, até o dia cinco de maio, já que meu visa vence no dia 17.
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domingo, 11 de abril de 2010

PORRA, ae de boa, tem PRESENTE MELHOR?

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Depois de já ter desistido, em ter uma 'alma caridosa' que me enviasse uma bandeira do Brasil, já que a minha, vem se evaporando ao longo do tempo na estrada, eis que esta semana um 'irmão', sacando a necessidade, mesmo sem saber que eu já havia postado este pedido em novembro do ano passado, se propôs a enviar-me não 'uma', mas, 'DUAS' bandeiras, sendo uma do Brasil e a outra do Rio de Janeiro.
Flávio, do MC Guerreiros Imortais, você não imagina o valor deste seu feito, para mim, e, para qualquer viajante fora do Brasil. Que sirva de parâmetro a outros motociclistas que podem fazer o mesmo, e, que a internet seja encarada pelos brasileiros, como algo sério e de comunicação, não apenas como passatempo.
Que o ORKUT e outras redes de uso dos brasileiros, sejam usadas desta forma. Com seriedade e não como um ponto de conversas vazias, debates de temas sem conteúdo, ou, críticas e maledicências.
É uma pena, pois uma rede assim, poderia ser de fato, como é o FaceBook. E melhor, pois seria apenas 'exclusiva' de nós brasileiros, pois nenhum outro País usa o ORKUT, logo, temos a 'faca e o queijo', nas mãos e não sabemos o que fazer. É triste!
Valeu Flávio!!!
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Domingo... Cidade tranquila, só os 'gringos' nas ruas, praias...

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Cartagena aos domingos, se parece como todas as outras cidades. Pouca gente local nas ruas, os gringos, que dominam esta parte do centro, passeando, tirando fotos, outros, em grupos a caminho das praias, enfim.
Ontem eu tirei o dia para fazer algumas coisas, como já relatei no post anterior, colocar alimentação para o GPS, direto da bateria da moto, usando um alimentador de carro, que desmontei e embuti, sob o acabamento do tanque, ligado na ignição, e, à tarde, depois de almoçar, (sábado e domingo o vendedor da comida de 1,25 USD, não trabalha, e eu, tive de pagar o preço normal de 2,25 USD, o prato), levei minhas botas para fazer novamente, (já tinha feito em Ariguani, quando cheguei a Colombia), o reparo do solado no pé esaquerdo, ou melhor, dos dois, mas o que soltou e descosturou foi o esquerdo.
Dessa feita, paguei 6,00 USD. Em Ariguani, em setembro, passado, me custou 3,50 USD, mas fazer o quê, a cidade aqui é litorânea, turística, temos mais é que nos fuder!
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Entrei na moda do café colombiano. Aqui, o que mais se vê na rua, é vendedor de café, e, um 'vaso pequeño', custa o equivalente a vinte e cinco centavos de Real, já um maior, mais ou menos um copo, sai na faixa de cinquenta centavos de Real.
Como sou brasileira, claro, 'malandra', descobri que estes 'ambulantes' se abastecem numas 'cafeterias', espalhadas aqui na cidade e depois de passar defronte a duas, resolvi perguntar quanto me cobrariam para encher minha térmica, de um litro.
Na primeira, o dono, 'malandro', pediu um 2 mil Pesos, cerca de 1 Dólar, na segunda, já fui de cara e com a térmica na mão, sem perguntar nada, coloquei em cima do balcão e mandei encher. Aí veio a surpresa.
O café daqui, claro, todos sabemos é o 'melhor do mundo', dá de mil no nosso aí do Brasil, que só tem fama de grande produtor e exportador, mas qualidade tem o colombiano. Então, continuando, coloquei a térmica no balcão, mandei encher, aí o cara pega um copinho pequeno, enche de açúcar, e despeja dentro da garrafa, depois, enche o mesmo copinho com pó de café que, ressalte-se, não tem nada a ver com o pó de café comercializado ae no Brasil. Aqui o pó é mais grosso, tipo uma farinha de mesa fina, e também despeja dentro da garrafa e me manda até uns reservatórios de aço, onde se mantém a água fervendo para encher a garrafa.
Feito, voltei perguntei quanto era tudo: - Seiscentos Pesos! - Ou seja, sessenta centavos de Real, um litro de Café. Brincadeira não?
Aí vem a pergunta que nao quer calar: - Porque no Brasil, se cobra um absurdo pelas coisas as quais mais produzimos, como café e gasolina, enquanto que, países ditos pobres, palpérrimos e miseráveis, como Equador, Bolívia, Colombia, etc, tem o preço desses produtos na ordem de 50% menos, no caso do Café e, até 70% menor no combustível. Isso é uma sacanagem que se faz ao nosso povo.
Enfim, agora estou na onda de fazer café à moda colombiana, sem a merda de coar, um trabalho miserável. Só ponho o pó na garrafa, o açúcar, água fervendo e pronto! Tenho o melhor café do mundo para saborear! Vive la Colombia. Viaje por ella!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Yá me fue a Turbaco i ahora estoy em Cartagena.

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Finalmente 'desencantei' e, por fim, deixei Medellín, rumo, se DEUS quiser ao Panamá, através do Porto em Cartagena.
Saí na quarta-feira, seis horas em ponto da manhã e numa puxada só fui até Caucásia, depois de atravessar mais uma cadeia de montanhas, chegando, (pasmem), a 3.200 mts de altitude. Mais alto que a cidade de Quito-ECU, onde a 'Guerreira', coitada, sofreu horrores pela escassez de oxigênio para a carburação.

Sei que até parece brincadeira, mas ultimamente tenho sido perseguida em todo trecho que faço pelas grandes altitudes e eu já sei, até mesmo sem precisar olhar para o GPS, quando estamos acima de 1.500 mts, pois a 'Guerreira', começa logo a dar sinais.
A viagem foi bem tranquila, tirando este detalhe. Segui bem e, como estou sem ver 'carreteras' a 'long-long time', fiz paradas mais a miúde, tipo, de 50 em 50 kms, pois, também eu sabia que só rodaria 300 kms naquele dia, logo, tinha tempo de sobra para desperdiçar.


O GPS novo, surpreendeu! - É um escândalo, em precisão e praticidade de navegação. Outro detalhe é que a sua autonomia também é louvável: 26 horas de navegação, com duas pilhas AA NiMh, em modo ecônomico.
Estava chegando a Caucásia, parei numa gasolineira para reabastecer a 'Guerreira' e quando fui descer da moto, ela saiu do eixo e tombou para o lado esquerdo, me imprensando na bomba.
Pra completar as frentistas eram 'meninas', dae nem fudendo conseguiríamos voltar a moto com todo seu peso e o resultado fui eu ficar ali, escorando ela no guidão, até que chegou um carro para abastecer com três caras que vendo a merda que eu estava metida, desceram para me ajudar a levantar a 'Guerreira'.
A 'coisa' aqui, não é o fato da moto ter tombado e sima consequência disso, pois, todos devem estar lembrados em maio/junho do ano passado, quando eu ainda estava em João Pessoa-PB, comprei na 'sapatão-pedreiro', Fá Intruder, um guidão de RX para por na moto. Tudo bem até aí, tirando o fato de que o cromo em alguns pontos de dobra, logo racharam e soltaram, o que é merda, pois cromo é foda. De resto tudo bem até quarta-feira, quando aconteceu este episódio, e comprovei então que a merda não estava restrita a qualidade da cromagem e também a do material com que ele é feito.
Na 'encrenca' de segurar a moto e, quando chegaram os caras, voltar ela para seu eixo, com a força que eu exerci do lado esquerdo, segurando no manete, este, amassou o guidão, fechando de tal forma que quase uma manete enconstou na outra, como se fosse uma vareta de bambú!

Por sorte, não trincou, rachou, nada disso, mesmo quando depois da moto de pé, eu e os caras, fizemos força nele para que voltasse um pouco e assim eu pudesse pilotar até uma oficina para 'tentar' repará-lo.
Abasteci, paguei e fui à cata de um lanterneiro, que, fizesse o serviço de dar um calor na merda do guidão e voltar ele para o lugar, o que com calma, paciência e jeito conseguimos e eu para evitar mais merda, passei fita em toda a área para evitar corrosão.

Falam tanto da 'suposta' má qualidade dos quadros da Kansas, e colocam uma merda de guidão desses na moto, que é muito mais perigoso, como 'eu' idiota, coloquei. Independente do peso da 'Guerreira', o guidão tem que suportar num impacto, seu peso, (condutor), X a velocidade, sem, ou, com menos deformação possível.
Se 'eu' ao exercer uma força em inércia, (a moto que no geral deve estar pesando uns 250kgs), esta 'porcaria', amassou e deformou como manteiga, imagina numa 'porrada' de frente. Tua cabeça, vai ser o parachoque.
Voltando, ao contrário do que havia 'roteado' previamente, não parei no posto sugerido pelo Sargento, (ah, uma correção. O cara naum é argentino, é "mexicano", e pra completar, assim como eu, não também não morre de amores por aquele povo), onde havia o Hotel San Rafael pois o preço estava altíssimo, 17 mil Pesos, +/- 17 Reais a hospedagem, resolvi seguir e catar outro ou uma hospedagem dentro da cidade de Caucásia e, nem precisei procurar muito, logo na primeira hospedagem, Residencias Calypso, eu fiquei pois estava a 10 mil Pesos = 10 Reais.
Estacionei a moto, peguei a maleta do tanque que agora está show, apesar de que arrancou todos os adesivos e está arranhando a pintura, mas foda-se, isso é o ônus, pelo conforto enfim, nem mesmo subi. pois está um calor infernal aqui ao nível do mar, peguei o note e fui avisar ao pessoal do Hosta Medellín que eu já havia chegado e estava bem instalada, depois saí para comer qualquer coisa, voltei para a hospedaria, programei o alarme do GPS para me acordar no horário previsto do nascer do sol, às 04:55 h, da manhã e apaguei!
Acordei no momento em que o GPS me despertou, juntamente com meu celular e mais uma vez comprovei a precisão do aparelho pois os primeiros sinais de claridade, já se via no horizonte.
Desci, coloquei as coisas na 'Guerreira', me despedi e 'meti-o-pé' novamente. Faltavam ainda 300 kms a cumprir até Turbaco.

Não rodei 40 kms e me deparei com uma cena rara nas rodovias aqui fora. Um acidente. Uma carreta de transporte de óleo tombada e o cavalo inteiramente destruído.
Desde que deixei Pacaraima, só vi nesse tempo todo rodando três acidentes. Um ainda na Gran Sabana-VEN, também de um caminhão. Outro na Região de Táchira-VEN, um motociclista que caiu e agora este. Bem parecido com a nossa realidade aí no Brasil.
Parei em Ovejas, para almoçar e matar as saudades de um peixe ‘fresco’, recém-pescado e frito, com salada, plátano, (uma espécie de banana maior que a d’água), arroz, frijoles e refresco de guanába, uma fruta local, bem comum aqui na Colombia, parece uma fruta pão, misturada com fruta-do-conde.
Cheguei a Turbaco, pouco depois das duas da tarde. As coordenadas dele passadas pelo Google, estavam exatas. ‘Bati de pronto’ na porta da casa de Fernando. Show de bola.
Depois das apresentações, e de conhecer a casa, sentamos no gazebo no fundo da casa e começamos a falar das nossas viagens, rotas, enfim, motoqueiro quando se reúne, só sai isso. Fernando mostrou toda a rota que fará em 2011 pelo mundo a partir de janeiro em sua Suzuki. SGT, que é mexicano e não argentino como eu pensava, (só eu mesma pra cometer esta gafe. O cara ‘ama’ tanto os argentinos como ‘eu’...), por sua vez, quando viu minha rota e caminho para atravessar aos E.U.A. em Juarez, me avisou que esta é a pior fronteira e cidade de todo o México, por causa da violência e narcotráfico, me mandou ir por Laredo ou Piedras Negras.
Paramos o papo já eram quase oito da noite e enquanto conversávamos SGT pôs o arroz na máquina para fazer e por isso quando paramos entramos para jantar, papeamos mais um pouco e fomos dormir.

Resolvi, depois de conversar com SGT, e ver que ele não tem intenção de partir, antes do dia 27, e também, porque a “noiva”, (aqui qualquer ‘comidinha’, ganha status de ‘noiva’, não rola essa parada de namorada, caso, rolo...), de Fernando, que já estava dando ‘piti’ por causa do SGT, fikou mais ‘loca do cu dela’, com a minha chegada.
Ela disse a Fernando que não entendia como ele podia, ‘abrigar’ desconhecidos assim na casa dele, apenas por que também eram rider’s, sem saber nada de nenhum de nós... BUCETA É FODA!!! (rs)

Enfim dormi aquela noite, e de manhã, já tracei a rota para Cartagena, joguei no GPS, marquei dois hotéis, (um indicação de Fernando), o outro, por ser hospedaria, que, dentro de uma lógica daqui, ‘teria de ser mais barato’, arrumei a moto e meti o pé, eram umas dez e meia da manhã, e as onze eu já estava no Centro Histórico, de Cartagena, que por sinal é linda, a cata da hospedaria.

Mas antes, chegando, há uns 8 kms do Centro, quando parei num sinal ao lado de um Policial de Trânsito numa moto também, aconteceu algo inusitado e que depois, já aqui no hotel, vim a saber o motivo:

Logo que parei, o 'puliça', me olhou e disse que moto não era permitida na cidade. - Não entendi PORRA nenhuma, esperei abrir o sinal e avancei para o meio-fio a fim de entender 'direito', o que o cara tinha dito.

Novamente, 'ele', o 'puliça', disse para mim que eu não podia continuar porque motos não eram permitidas na cidade. Tive que rir...

Nisso, uma 'moto' para no sinal, do lado oposto de onde estávamos e "eu" claro, mostrei a ele e perguntei: - Se moto não é permitida na cidade, o que é 'aquilo' afinal? - Apontando pra moto.

Ae o 'idiota' vira-se para mim e diz que que aquela, estava rodando, 'provavelmente amparada' numa permissão expedida pela polícia para poder transitar.

Porra, sou Brasileira, Carioca, "Puta-Velha" de Pai e Mãe, naum vai ser um 'paisa' colombiano que vai tentar dar uma de malandro em cima do viado... Peguei, meu Passaporte, abri, peguei o Documento de Importação Temporária e Trânsito, expedido na fronteira pelo DIAN, e 'literalmente', quase esfreguei nos cornos do 'puliça', dizendo a ele que a minha permissão de trânsito, não era expedida pela Polícia Local, era expedida pelo DIAN, Governo Colombiano e me dá LIVRE TRÂNSITO por todo o PAÍS e não apenas em Cartagena.

Tadinhu... Ficou 'rojo', 'amarillo', totalmente perdido e sem graça. SACANEEI o "PULIÇA". Guardei de novo o documento no passaporte, pus no bolso da calça me despedi e meti o pé, deixando o 'zé cu', parado sem ação!

Depois vim a saber quando cheguei aqui no hotel que, em Cartagena, a primeira e última sexta-feira, de cada mês, motos não circulam na cidade e por 'azar'meu cheguei justamente numa SEXTA-FEIRA, (Viernes). Só comigo acontece estas coisas!

Voltando, depois de rodar quase uma hora pelas ruas e vielas do Centro Histórico, achei a ‘bendita Hospedaria’ e, surpresa, 20 dólares, a diária. MEU CU!
Meti o pé para a indicada por Fernando que, por acaso, era a mesma onde ficaram as Finlandesas, Evellina e Elina. Dezessete mil Pesos! Mais ou menos 8,50 USD... Caríssima.
Defronte, uma hospedaria, La Muralla. Entrei, perguntei o preço 12 mil, mas, como me propus a pagar uma semana adiantado, fechou nos 10. Ou seja, 5 Dólares. Perfeito!
Tah certo que não é nenhuma ‘brastemp’. O quarto mede 2 x 3,50, tem uma cama, uma mesinha e como não pode faltar em Cartagena, um ventilador de teto.
Banheiro é fora, mas tem Wi-Fi. Não há cozinha para se fazer a própria comida, mas tem um cara que vende uma espécie de quentinha de arroz, com miúdos de galinha, (rim basicamente) e pescoço, por 2.500 Pesos, U$ 1,25. Ta valendo.
Descobri uma coisa ‘merda’ mas que fica delicioso e o tal ‘jugo de panela’, ou seja, refresco de panela que, nada mais é, que refresco de rapadura.
Eles chamam Rapadura aqui de “Panela”, e dissolvem ela na água, fica uma DE-LÍ-CIA! Ou, dissolvem mel na água. Também é outro escândalo.
É isso. Por enquanto hoje, estou descansando até segunda-feira, quando saio a cata de barco, se bem que já tem pessoas buscando para mim, inclusive o próprio dono daqui que tem um conhecido que faz este transporte até o Panamá.

Comprei ontem um carregador de carro, para o GPS e hoje adaptei na moto, assim, tenho o GPS ligado na bateria da moto o que acaba com o consumo ou recarga de pilhas. A dica pra quem tem GPS é comprar estes carregadores de Cel, claro, com o mesmo terminal do seu aparelho que é a mesma coisa, não tem nada de especial e também o cabo de dados, USB, que custa no máximo 16 Reais em qualquer loja, mas que é vendido pela GARMIN e outros ‘aproveitadores’ por até R$ 100,00. Estas porras de cabo são universais. Não tem nada de especial para o GPS.

domingo, 4 de abril de 2010

Faltam 48 horas!

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Pois é..., agora é contagem regressiva 'mesmo'. A ansiedade toma conta geral. O tempo não passa, as horas ficam intermináveis e o ponteiro do relógio 'arrastando'.

Não tenho mais o que fazer para passar o tempo. GPS está calibrado, ajustado e com a rota traçada até a casa onde o Sargento está parado. 'Guerreira', dentro das possibilidades, praticamente arrumada, vou apenas fazer umas mudanças no 'berço' gradeado, que tenho atrás do baú, para colocar ali a máquina de tatuagens e seus acessórios. Mecânica, como sempre, 100%, só vou baixar o oléo na segunda, fazer a troca, estou pensando se troco logo ou não os pneus, para aproveitar o preço aqui da Colombia, pois já me informaram que no México e E.U.A, são caríssimos, ou se deixo para trocar Colón ou Ciudad Panamá, pois lá tem uma 'Zona Franca' e pode ser que seja ainda mais barato que aqui. Não sei. Roupas estão lavadas, enfim, tudo está 'listo' para a retomada da estrada.

Resta agora, enrolar até segunda-feira, quando enfim meu pagamento estará disponível, para ir na 'Calle 33', aqui a avenida das motos, para comprar o óleo, uma leva de velas de ignição e, ver se por lá, já que há muitas lojas de tornagem, alguém faz na hora un suportes, para eu pôr 2 alforjes dianteiros, um de cada lado da roda. Bem nesse estilo:

Isto deixaria a moto bem mais equilibrada no que tange a peso, uma vez que a dianteira fica 'bobinha'. Basta eu tirar uma só mão do guidão, para que logo a direção comece a 'dançar', pela falta de aderência. Creio que isto solucione este problema em definitivo e, claro, também me dará mais espaço para coisas.

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