Quem sou eu

Minha foto
Uma pessoaa feliz, de bem com a VIDA, curtindo cada momento como se fosse o último. UM DIA EU ACERTO!
Se não pode DOAR por Pay-Pal ou BankLINE, clique no BANNER acima, FAÇA um REGISTRO e já estará colaborando com USD 0,02. Cada centavo é benvindo. Conto com Vocês!

Tradução / Tradución / Translate - Ouvir Tema da Página

♪ Músicas online grátis! Acesse: www.powermusics.com

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Yá me fue a Turbaco i ahora estoy em Cartagena.

<<<.>>>
Finalmente 'desencantei' e, por fim, deixei Medellín, rumo, se DEUS quiser ao Panamá, através do Porto em Cartagena.
Saí na quarta-feira, seis horas em ponto da manhã e numa puxada só fui até Caucásia, depois de atravessar mais uma cadeia de montanhas, chegando, (pasmem), a 3.200 mts de altitude. Mais alto que a cidade de Quito-ECU, onde a 'Guerreira', coitada, sofreu horrores pela escassez de oxigênio para a carburação.

Sei que até parece brincadeira, mas ultimamente tenho sido perseguida em todo trecho que faço pelas grandes altitudes e eu já sei, até mesmo sem precisar olhar para o GPS, quando estamos acima de 1.500 mts, pois a 'Guerreira', começa logo a dar sinais.
A viagem foi bem tranquila, tirando este detalhe. Segui bem e, como estou sem ver 'carreteras' a 'long-long time', fiz paradas mais a miúde, tipo, de 50 em 50 kms, pois, também eu sabia que só rodaria 300 kms naquele dia, logo, tinha tempo de sobra para desperdiçar.


O GPS novo, surpreendeu! - É um escândalo, em precisão e praticidade de navegação. Outro detalhe é que a sua autonomia também é louvável: 26 horas de navegação, com duas pilhas AA NiMh, em modo ecônomico.
Estava chegando a Caucásia, parei numa gasolineira para reabastecer a 'Guerreira' e quando fui descer da moto, ela saiu do eixo e tombou para o lado esquerdo, me imprensando na bomba.
Pra completar as frentistas eram 'meninas', dae nem fudendo conseguiríamos voltar a moto com todo seu peso e o resultado fui eu ficar ali, escorando ela no guidão, até que chegou um carro para abastecer com três caras que vendo a merda que eu estava metida, desceram para me ajudar a levantar a 'Guerreira'.
A 'coisa' aqui, não é o fato da moto ter tombado e sima consequência disso, pois, todos devem estar lembrados em maio/junho do ano passado, quando eu ainda estava em João Pessoa-PB, comprei na 'sapatão-pedreiro', Fá Intruder, um guidão de RX para por na moto. Tudo bem até aí, tirando o fato de que o cromo em alguns pontos de dobra, logo racharam e soltaram, o que é merda, pois cromo é foda. De resto tudo bem até quarta-feira, quando aconteceu este episódio, e comprovei então que a merda não estava restrita a qualidade da cromagem e também a do material com que ele é feito.
Na 'encrenca' de segurar a moto e, quando chegaram os caras, voltar ela para seu eixo, com a força que eu exerci do lado esquerdo, segurando no manete, este, amassou o guidão, fechando de tal forma que quase uma manete enconstou na outra, como se fosse uma vareta de bambú!

Por sorte, não trincou, rachou, nada disso, mesmo quando depois da moto de pé, eu e os caras, fizemos força nele para que voltasse um pouco e assim eu pudesse pilotar até uma oficina para 'tentar' repará-lo.
Abasteci, paguei e fui à cata de um lanterneiro, que, fizesse o serviço de dar um calor na merda do guidão e voltar ele para o lugar, o que com calma, paciência e jeito conseguimos e eu para evitar mais merda, passei fita em toda a área para evitar corrosão.

Falam tanto da 'suposta' má qualidade dos quadros da Kansas, e colocam uma merda de guidão desses na moto, que é muito mais perigoso, como 'eu' idiota, coloquei. Independente do peso da 'Guerreira', o guidão tem que suportar num impacto, seu peso, (condutor), X a velocidade, sem, ou, com menos deformação possível.
Se 'eu' ao exercer uma força em inércia, (a moto que no geral deve estar pesando uns 250kgs), esta 'porcaria', amassou e deformou como manteiga, imagina numa 'porrada' de frente. Tua cabeça, vai ser o parachoque.
Voltando, ao contrário do que havia 'roteado' previamente, não parei no posto sugerido pelo Sargento, (ah, uma correção. O cara naum é argentino, é "mexicano", e pra completar, assim como eu, não também não morre de amores por aquele povo), onde havia o Hotel San Rafael pois o preço estava altíssimo, 17 mil Pesos, +/- 17 Reais a hospedagem, resolvi seguir e catar outro ou uma hospedagem dentro da cidade de Caucásia e, nem precisei procurar muito, logo na primeira hospedagem, Residencias Calypso, eu fiquei pois estava a 10 mil Pesos = 10 Reais.
Estacionei a moto, peguei a maleta do tanque que agora está show, apesar de que arrancou todos os adesivos e está arranhando a pintura, mas foda-se, isso é o ônus, pelo conforto enfim, nem mesmo subi. pois está um calor infernal aqui ao nível do mar, peguei o note e fui avisar ao pessoal do Hosta Medellín que eu já havia chegado e estava bem instalada, depois saí para comer qualquer coisa, voltei para a hospedaria, programei o alarme do GPS para me acordar no horário previsto do nascer do sol, às 04:55 h, da manhã e apaguei!
Acordei no momento em que o GPS me despertou, juntamente com meu celular e mais uma vez comprovei a precisão do aparelho pois os primeiros sinais de claridade, já se via no horizonte.
Desci, coloquei as coisas na 'Guerreira', me despedi e 'meti-o-pé' novamente. Faltavam ainda 300 kms a cumprir até Turbaco.

Não rodei 40 kms e me deparei com uma cena rara nas rodovias aqui fora. Um acidente. Uma carreta de transporte de óleo tombada e o cavalo inteiramente destruído.
Desde que deixei Pacaraima, só vi nesse tempo todo rodando três acidentes. Um ainda na Gran Sabana-VEN, também de um caminhão. Outro na Região de Táchira-VEN, um motociclista que caiu e agora este. Bem parecido com a nossa realidade aí no Brasil.
Parei em Ovejas, para almoçar e matar as saudades de um peixe ‘fresco’, recém-pescado e frito, com salada, plátano, (uma espécie de banana maior que a d’água), arroz, frijoles e refresco de guanába, uma fruta local, bem comum aqui na Colombia, parece uma fruta pão, misturada com fruta-do-conde.
Cheguei a Turbaco, pouco depois das duas da tarde. As coordenadas dele passadas pelo Google, estavam exatas. ‘Bati de pronto’ na porta da casa de Fernando. Show de bola.
Depois das apresentações, e de conhecer a casa, sentamos no gazebo no fundo da casa e começamos a falar das nossas viagens, rotas, enfim, motoqueiro quando se reúne, só sai isso. Fernando mostrou toda a rota que fará em 2011 pelo mundo a partir de janeiro em sua Suzuki. SGT, que é mexicano e não argentino como eu pensava, (só eu mesma pra cometer esta gafe. O cara ‘ama’ tanto os argentinos como ‘eu’...), por sua vez, quando viu minha rota e caminho para atravessar aos E.U.A. em Juarez, me avisou que esta é a pior fronteira e cidade de todo o México, por causa da violência e narcotráfico, me mandou ir por Laredo ou Piedras Negras.
Paramos o papo já eram quase oito da noite e enquanto conversávamos SGT pôs o arroz na máquina para fazer e por isso quando paramos entramos para jantar, papeamos mais um pouco e fomos dormir.

Resolvi, depois de conversar com SGT, e ver que ele não tem intenção de partir, antes do dia 27, e também, porque a “noiva”, (aqui qualquer ‘comidinha’, ganha status de ‘noiva’, não rola essa parada de namorada, caso, rolo...), de Fernando, que já estava dando ‘piti’ por causa do SGT, fikou mais ‘loca do cu dela’, com a minha chegada.
Ela disse a Fernando que não entendia como ele podia, ‘abrigar’ desconhecidos assim na casa dele, apenas por que também eram rider’s, sem saber nada de nenhum de nós... BUCETA É FODA!!! (rs)

Enfim dormi aquela noite, e de manhã, já tracei a rota para Cartagena, joguei no GPS, marquei dois hotéis, (um indicação de Fernando), o outro, por ser hospedaria, que, dentro de uma lógica daqui, ‘teria de ser mais barato’, arrumei a moto e meti o pé, eram umas dez e meia da manhã, e as onze eu já estava no Centro Histórico, de Cartagena, que por sinal é linda, a cata da hospedaria.

Mas antes, chegando, há uns 8 kms do Centro, quando parei num sinal ao lado de um Policial de Trânsito numa moto também, aconteceu algo inusitado e que depois, já aqui no hotel, vim a saber o motivo:

Logo que parei, o 'puliça', me olhou e disse que moto não era permitida na cidade. - Não entendi PORRA nenhuma, esperei abrir o sinal e avancei para o meio-fio a fim de entender 'direito', o que o cara tinha dito.

Novamente, 'ele', o 'puliça', disse para mim que eu não podia continuar porque motos não eram permitidas na cidade. Tive que rir...

Nisso, uma 'moto' para no sinal, do lado oposto de onde estávamos e "eu" claro, mostrei a ele e perguntei: - Se moto não é permitida na cidade, o que é 'aquilo' afinal? - Apontando pra moto.

Ae o 'idiota' vira-se para mim e diz que que aquela, estava rodando, 'provavelmente amparada' numa permissão expedida pela polícia para poder transitar.

Porra, sou Brasileira, Carioca, "Puta-Velha" de Pai e Mãe, naum vai ser um 'paisa' colombiano que vai tentar dar uma de malandro em cima do viado... Peguei, meu Passaporte, abri, peguei o Documento de Importação Temporária e Trânsito, expedido na fronteira pelo DIAN, e 'literalmente', quase esfreguei nos cornos do 'puliça', dizendo a ele que a minha permissão de trânsito, não era expedida pela Polícia Local, era expedida pelo DIAN, Governo Colombiano e me dá LIVRE TRÂNSITO por todo o PAÍS e não apenas em Cartagena.

Tadinhu... Ficou 'rojo', 'amarillo', totalmente perdido e sem graça. SACANEEI o "PULIÇA". Guardei de novo o documento no passaporte, pus no bolso da calça me despedi e meti o pé, deixando o 'zé cu', parado sem ação!

Depois vim a saber quando cheguei aqui no hotel que, em Cartagena, a primeira e última sexta-feira, de cada mês, motos não circulam na cidade e por 'azar'meu cheguei justamente numa SEXTA-FEIRA, (Viernes). Só comigo acontece estas coisas!

Voltando, depois de rodar quase uma hora pelas ruas e vielas do Centro Histórico, achei a ‘bendita Hospedaria’ e, surpresa, 20 dólares, a diária. MEU CU!
Meti o pé para a indicada por Fernando que, por acaso, era a mesma onde ficaram as Finlandesas, Evellina e Elina. Dezessete mil Pesos! Mais ou menos 8,50 USD... Caríssima.
Defronte, uma hospedaria, La Muralla. Entrei, perguntei o preço 12 mil, mas, como me propus a pagar uma semana adiantado, fechou nos 10. Ou seja, 5 Dólares. Perfeito!
Tah certo que não é nenhuma ‘brastemp’. O quarto mede 2 x 3,50, tem uma cama, uma mesinha e como não pode faltar em Cartagena, um ventilador de teto.
Banheiro é fora, mas tem Wi-Fi. Não há cozinha para se fazer a própria comida, mas tem um cara que vende uma espécie de quentinha de arroz, com miúdos de galinha, (rim basicamente) e pescoço, por 2.500 Pesos, U$ 1,25. Ta valendo.
Descobri uma coisa ‘merda’ mas que fica delicioso e o tal ‘jugo de panela’, ou seja, refresco de panela que, nada mais é, que refresco de rapadura.
Eles chamam Rapadura aqui de “Panela”, e dissolvem ela na água, fica uma DE-LÍ-CIA! Ou, dissolvem mel na água. Também é outro escândalo.
É isso. Por enquanto hoje, estou descansando até segunda-feira, quando saio a cata de barco, se bem que já tem pessoas buscando para mim, inclusive o próprio dono daqui que tem um conhecido que faz este transporte até o Panamá.

Comprei ontem um carregador de carro, para o GPS e hoje adaptei na moto, assim, tenho o GPS ligado na bateria da moto o que acaba com o consumo ou recarga de pilhas. A dica pra quem tem GPS é comprar estes carregadores de Cel, claro, com o mesmo terminal do seu aparelho que é a mesma coisa, não tem nada de especial e também o cabo de dados, USB, que custa no máximo 16 Reais em qualquer loja, mas que é vendido pela GARMIN e outros ‘aproveitadores’ por até R$ 100,00. Estas porras de cabo são universais. Não tem nada de especial para o GPS.

3 comentários:

  1. Olá Andressa!
    Que bom te ver de volta a carretera! Tô até aprendendo espanhol contigo! Voce não imagina como é bom ler seus relatos rodando de novo! Como já te disse de certa forma viajamos com vc, ficamos facinados pelas fotos e notícias!Quanto aos tombos e amassados na Guerreira não esquenta não, afinal não é por acaso que ela se chama "GUERREIRA", sesrão estas cicatrizes deixadas nela que te farão lembrar dos locais por onde está passando não é ? Um abraço, tudo de bom e até a próxima!
    Jairo S. Carlos - SP - Brasil

    ResponderExcluir
  2. que historia heim!, que bom que esta de volta. um detalhe importante. voce e o amigo mexicano nao sao "motoqueiros" como voce falou. por que esse sao os motoboy, entregadores de pizza... estes sao motoqueiros. voces sao Motociclistas, que gostam de estrada conversar sobre viagems, aventuras, locais, respeitam os outros ajudam quem quebrar na estrada. como aconteceu com voce numa viagem aki no brasil.ok ! um grande abraço Renato

    ResponderExcluir
  3. Grande Andressa!

    Muito bom, mas muito bom mesmo te ver de volta na estrada! E já voltou em grande estilo, nos brindando com um post vitaminado e com muitas estórias.

    Parabéns novamente pela grande aventura!

    Um grande abraço,
    Liberal

    ResponderExcluir

Ajude a diuvulgar o Blog e esta Viagem. Contribuições são bem vindas:

Agora você pode DOAR pelo PAYPAL, para - dressa.gasparelli@gmail.com - É fácil e rápido! - Vale também Cartão de Débito no Pay-Pal, ele aceita as duas modalidades.

Se for Correntista do BRADESCO, Tranferência entre Contas de Titularidade Diferente, para:

Agência: 886-Mangaratiba - Conta Poupança: 1000072-6 - José Luíz da Rocha Melo

PS. Há casos em que, dependendo da forma do depósito, é necessária a colocação completa da Agência, com dígito, sendo assim a forma correta é: 0886-9

Conto com todos. Obrigada!

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.