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sexta-feira, 27 de março de 2009

Detalhamento do trecho entre Aracajú e Joao Pessoa

Ufa. Finalmente eu consegui dar uma parada, depois da minha saída de Aracaju onde nos três dias em que fiquei na casa de minha amiga Silvia, leia-se, “Celly Sewell”, do Second Life, coisas maravilhosas aconteceram, dentre elas, o niver, de 17 anos, de sua ‘filhota’, “Nani”, uma menina fantástica.
Tudo começou depois que ‘outro’ amigaço em comum, “Megagay Beck”, também do Second Life, encontrou meu Blog de Viagem na rede e, avisou a Silvia, que eu estava em Propriá, distante 120 kms da Capital Aracaju, no Estado de Sergipe.
Logo, a “mona” passou o cel para Mega e pediu a ele que fizesse uma ‘ponte’ entre nós e que ‘eu’ ligasse para ela, a fim de combinar uma passada minha por lá, para nos conhecermos pessoalmente, uma vez que nossa amizade e relacionamento, até então, só havia se dado no ambiente virtual.
Feito isso, mantivemos contato, onde ainda, por telefone eu conheci seu ex-marido, Beto, que bastante brincalhão e simpático, - conforme depois eu pude constatar pessoalmente -, tratou de descontrair, reforçando o convite de minha amiga para que eu antes de seguir viagem fosse até Aracaju para ficar uns dias por lá.
Cheguei na casa deles no sábado, depois de voltar, para a capital, uma vez que, Propriá, é o último município do Estado de Sergipe, fazen do divisa com Alagoas, separados apenas pelo ‘imponente’ Rio São Francisco’.
Ninguém havia me avisado, mas naquele dia, Nani, filha caçula do casal, estava completando dezessete anos e, por conta disso, à noitinha, haveria uma reuniãozinha, de alguns parentes e colegas da menina.
Não foi difícil chegar até a casa deles. Aracaju é de fato, uma cidade belissíma. Muitissímo bem organizada, um povo super-hospitaleiro, muito bem sinalizada e, com um litoral fantástico de praias maravilhosas e entrecortada pelo Rio Sergipe, que deságua no mar de Atalaia.
Depois das ‘rasgações de seda’ de praxe, combinamos todos de irmos até a praia para além de conhecer, é claro, comermos e bebermos algo em comemoração ao nosso encontro depois de dois anos de amizade virtual.
Nani, a aniversariante, não queria nos acompanhar, querendo ficar em casa para contactar seus amigos, mas depois de muita insistência nossa, acabou cedendo e nos acompanhando à praia.
Mesmo não bebendo, neste dia, abri uma excessão e acompanhei Silvia e Beto na cerveja. Ressalte-se que fomos de táxi, apesar de que eles moram na Praia de Atalaia, mas o trecho de praia que ficàmos é conhecida, como Praia do Sarney, logo, todos estávamos liberados para beber.
Fiquei maravilhada com a estrutura dos quiosques e barzinhos da orla. Todos colocam nas areias cadeiras e mesas. Próximo, bem ao lado, chuveiros de água doce para os clientes e banhistas se banharem, principalmente aqueles que como eu não querem dar uma caída no mar, enfim, uma coisa que poderia muito bem ser copiada no Rio de Janeiro e, que sem sombra de dúvidas, diminuíria bastante a bagunça na orla.
Entre papos e muita brincadeira, Beto e Silvia, depois de verem um rapaz tatuando as pessoas na praia com desenhos feitos em ‘henna’, fez uma surpresa a filjha, dando a ela um desenho ‘provisório’ e a liberação para ela fazer uma ‘tatoo’ definitiva, um sonho que, segundo Nani, era de muito tempo.
Ficamos na praia até quase cinco horas da tarde quando, depois de beber, uma dúzia de cervejas, saborear uma deliciosa carne-de-sol com macacheira, (aipim), e, umas ostras que me deixaram perplexa por conta do tamanho, (faltava pouco para ser como um Coquile de Sain’t Jacques), retornamos para casa para preparar o churrasco da meninada.
A festa começou por volta das 21 horas e, por conta de uma pequena indisposição de Silvia, esta preferiu ficar no quarto enquanto Beto e Wendel, o filho mais velho, preparavam a carne em meio a brincadeiras e muita animação de todos na casa.
Eu, por minha vez, cansada do trecho de cento e vinte nquilômetros percorridos e, da praia, também preferi ficar no quarto, com Silvia, navegando um pouco na Internet, onde encontramos o ‘Mega’.
Fiquei até terça-feira, de manhã, quando então voltei a por meus pés na estrada, ou melhor, a ‘guerreira’ seguindo meu caminho de volta, sendo que desta feita, um pouco antes de chegar a Propriá, peguei a SE-304, que leva ao Município de Neópolis, onde se faz a travessia do limite entre os estados de balsa.

Cheguei, eram quase dez horas e tive de esperar cerca de vinte minutos até a próxima balsa que me levaria até Alagoas, no Município de Penedo, uma cidade também bastante conhecida e movimentada, com um forte comércio popular.
Segui pela AL-101, uma rodovia estadual que margeia, praticamente, todo o litoral alagoano e, - se vale alguma coisa -, eu recomendo a todos pois é uma viagem maravilhosa. O primeiro lugar que me chamou a atenção foi uma vila de pescadores, entre Feliz Deserto e Coruripe. Um lugar pacato, bem humilde e com uma praia linda, quase selvagem e onde se pode acampar tranquilamente. Eu só não fiquei ali, pois ainda era muito cedo e, se ficasse acabaria perdendo quase todo o dia, por isso resolvi seguir viagem, não sem antes, passar numa lojinha local, coisa bem familiar, e comprar uma pequena escultura/maquete de embarcação, pesqueira de arrasto, por, - pasme -, R$ 20,.

Voltando, segui em frente, passando e apreciando o belíssimo visual das praias e coqueirais por todo o percurso.
Em Coruripe, já tive o meu primeiro contato visual com a Capital Maceió, onde, por conta de algumas ‘explosões’ da descarga da moto, resolvi dar uma chegada até uma concessionária, mesmo depois desta já ter sido regulada em Aracaju.
Cheguei na revenda, quase quatro horas da tarde e, muito bem atendida e recebida, logo depois de relatar o problema a moça responsável pelo setor de mecânica, esta por sua vez, na companhia de um profissional encaminhou a motocicleta para o setor, onde depois de uma avaliação, constatou-se, tratar de um defeito na ‘bomba de ar’, que funciona, dosando a entrada de ar para a mistura no pistão, também como uma espécie de catalisador, reduzindo a emissão de gases, - ( isso me explicaram à grosso modo ).
Por não ter a peça em estoque, o pessoal da revenda, isolou, - (neutralizou) -, a bomba, me orientando para que logo que houvesse oportunidade numa próxima parada, em Pernambuco, possivelmente, eu fizesse a substituição da peça.
Notei também uma quantidade de óleo, espirrada na roda traseira e isso me causou uma certa preocupação pois poderia ser que algum retentor de óleo, dentro do motor pudesse ter ‘estourado’, mas, depois de uma verificação o mecânico disse se tratar de lubrificante da corrente, posto em ‘excesso’ em Aracaju e que com o aquecimento do pinhão e quentura do motor, acabou diluindo-se e espirrando, ou melhor, respingando na roda, nada demais, Graças a Deus.
Até o momento, e olha que eu já rodei cinco mil quilômetros, a moto tem se comportado muito bem, confesso, até me surpreendendo bastante quanto ao seu desempenho, torque e robustez. Tirando alguns parafusos e porcas dos piscas e, a plaqueta com o fabricante da moto, logo abaixo do farol, que quando afrouxa o parafuso, provoca um ruído incômodo, por conta da vibração, nada demais ocorreu. O consumo na estrada também é outra coisa que deve ser ressaltada uma vez que está em torno de 38 / 40 kms por litro, tanto faz, comum ou aditivada, enfim, para um modelo de 150 cc, está muito além do que se espera de uma moto da sua categoria.

Por conta desta parada, acabei sendo pega pelo cair da noite e, como não está previsto em meu programa de viagem, pilotar a noite, fiquei preocupada, mas mesmo assim, principalmente por conta dos altos preços praticados pelos hotéis e pousadas da orla de Maceió, resolvi me aventurar um pouco pela noite e segui meu caminho, sempre de olho em alguma ‘possibilidade’ de pouso, apesar de estar a pouquíssimos metros da praia, a escuridão da noite não me dava chance alguma de poder escolher um lugar onde armar minha barraca e passar a noite.
Depois de rodar cerca de sessenta quilômetros, encontrei um posto de polícia rodoviária estadual e, após me informar se haveria próximo alguma cidade, fiquei sabendo que mais tres quilômetros eu teria uma pousada bem ‘baratinha’ no Município de Paripueira. Rumei para lá.
De fato havia a pousada. Bem humilde, mas providencial e, muito barata para eu passar a noite. Depois de conversar com o gerente e de acertar meu pernoite ali, indaguei onde eu poderia, aquela hora, - já eram quase 21 hrs -, jantar ou comer alguma coisa, me sendo indicado um restaurante logo à frente no trevo de acesso a cidade, onde enfim jantei e voltei para o hotel para me banhar, descansar e dormir, para já no dia seguinte bem cedo eu poder seguir viagem.

Acordei já eram umas nove horas da manhã, coisa rara de acontecer, mas acho que isso se deu pelo fato de estar bastante cansada por ter pilotado até bem depois do que estou habituada n ormalmente. Arrumei a moto e segui para a sede do município para tentar encontrar uma LAN onde eu pudesse manter contato com o pessoal da empresa fabricante da motocicleta, que, ao que me pareceu num primeiro contato telefônico, se mostrou bastante interessado em formar uma parceria nesta minha aventura.

Segui em frente. Passando por locais, cada um mais lindo que o outro, mas na altura de Barra de Santo Antônio, por falta de sinalização adequada, acabei me confundindo e peguei a rodovia AL-413, saindo da AL-101, que segue pelo interior e não ‘costeando’, só percebendo isso, quando depois de rodar 18 quilômetros, sem ver o mar, resolvi para num posto de gasolina, sendo informada pelos frentistas que eu estava na rota errada, perto, ou melhor, ‘já’ no município de “Matriz de Camaragibe” ao invés do Passo de Camaragibe.
Depois de voltar, acabei encontrando a entrada certa, sinalizada por uma pequena placa na ‘usina de alcóol’ local e seguindo em frente, cheguei a Passo do Camaragibe, atravessando uma ponte ‘antiga’ acredito que do tempo do império, e descendo em direção a Barra do Camaragibe, onde então novamente voltei seguir beirando a costa.
Em São Miguel dos Milagres, para não acontecer o que ocorreu na véspera, eu já parei na vila e comprei mantimentos e uma pequena panela para pelo menos passar um café a noitinha, já que minha intenção era a de acampar numa das praias.
Depois de achar um local e, de preparar tudo para passar aquela noite, acabei encontrando um casal do Sul, que assim como eu também estava viajando rumo ao norte, sem destino e que chegaram ali, seguindo algumas placas indicativas de ‘camping’.
Depois das apresentações de praxe e troca de algumas informações, fomos em busca da tal área de camping e, depois de encontrar, não conseguimos chegar a um consenso sobre preço e eles novamente voltaram a estrada enquanto que eu, momentos depois, também fiz o mesmo, já que ainda estava bem cedo, em busca de um local melhor e mais tranquilo.
Rodei mais uns trinta quilômetros e, acabei chegando a Porto das Pedras, onde, mais uma vez embarquei numa balsa, que me atravessou para Japaratinga e, onde acabei acampando e passando a noite.
Nem bem terminava de amanhecer e eu já estava pronta e a caminho novamente. Em Barra do Boquerão, parei e fiz uma foto linda do amanhecer e segui até Maragogi, onde parei na Agência dos Correios, para enviar à casa de Laís, o barco comprado na Vila dos Pescadores e depois fui para LAN tentar atualizar o Blog, mas infelizmente, aqui no nordeste, este tipo de serviço ainda deixa muito a desejar, tanto que fiz algo bem improvisado, - vou tirar do Blog tão logo eu coloque este -, apenas para não passar mais um dia em branco.
Cruzei a divisa de Estados, AL / PE, pouco a frente e, até então minha vontade e idéia, era a de ficar e ‘pousar’ em Recife, mas, depois de dar um giro pela cidade, acabei não ‘me identificando’ muito e resolvi seguir até João Pessoa, no Estado da Paraíba.
Sem querer parecer chata e/ou falar mal, mas Pernambuco, não é um estado com nenhum atrativo e, até seu “povo”, - isso é impressão / opinião pessoal -, uma ‘gente esquisita’, sei lá, não me senti bem, nem vi nada em Recife que justificasse minha permanência ali, muito pelo contrário, nem mesmo a troca da peça da moto, justificava a parada naquele lugar por uma noite que fosse.

Cheguei antes das 5 da tarde em João Pessoa. A Paraíba é um lugar aprazível, bem ao contrário do seu Estado vizinho. Logo encontrei a concessionária e depois de conversar com o ‘menino’ do setor, já deixei reservada para a próxima quarta-feira, ocasião para qual eu aproveitei e agendei a revisão dos 6.000 kms.
Pelo que podem perceber, eu ficarei aqui na Paraíba até o dia primeiro, saindo acredito no dia 2, novamente, para seguir viagem até o Rio Grande do Norte. Até lá, não devo escrever muito, ou atualizar nada. Vou fazer assim daqui para diante, ou seja, só atualizar e escrever quando estiver em lugar onde haja condições reais para fazê-lo. Beijão à todos.

quinta-feira, 26 de março de 2009

De Aracajú para Maceió de Lindas Praias...



Neopolis - SE e Balsa para Travessia até Penedo - AL


Travessia e Visão da Cidade de Penedo na outra margem do Rio São Francisco
Trevo de Penedo e Visão de Coruripe
Praia e Vila de Pescadores em Feliz Deserto
Barcos em Feliz Deserto e Visualização da Capital Maceió


Chegada a Orla de Maceió e Barra de Camaragibe


domingo, 22 de março de 2009

Vou postar as Fotos de Aracaju, depois escrevo o Texto, tem muita coisa boa acontecendo aqui...

Beto fazendo as honras para a Turistas de 3 Pontas - MG Sky-Surf, muito praticado em Atalaia

Visual Belíssimo dos Coqueiros na Orla Uma idéia que podia ser copiada no Rio de Janeiro, as mesas na areia

Nani, filha de Silvia, fazendo uma Tatoo de Henna, presente de niver O tatuador!!! Delícia.

Eu, Silvia e Beto, seu 'ex', paizão de Nani. Nani, fazendo sua tatoo.

Beto, o Terrível!!! Eu e Sílvia.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Já to surtando...

Parece mentira e até gozação mas, a verdade é que, de fato agora eu estou me conscientizando que não sirvo mais para viver uma vida tida e dita como ‘tradicional’, explico:
Não bastasse a lenga-lenga, pelo fato de eu querer ficar e dormir na minha barraca, aqui no quintal da casa de minha família, tudo que se faz, é motivo de, ‘falsa surpresa’, - só posso achar que seja pura falsidade -, ou de críticas, uma vez que para eles aqui, qualquer coisa que saia da ‘mediocridade’ da rotina deles, é motivo de comentários, porém, todos, com sarcasmo e/ou deboche. Por exemplo:
O modo de vestir de nós do ‘sul’. Aqui é um afronte, haja visto que, homens não andam por exemplo, fora de suas comunidades, ou melhor, vizinhança, nem de bermuda sequer. Para se ir de Telha, à Propriá, que dista cerca de 8 quilômetros, o traje é um ‘básico’ Esporte Completo, com camisa, calça comprida e, tênis ou sapatos. As ‘bucetas’ por sua vez, vivem, ou melhor, como eles falam por aqui, “VÉVEM”, cobertas da cabeça aos pés, só perdendo para as mulçulmanas, uma vez que não usam uma ‘burca’ e algumas atrevem-se a usar uma mini-saia, - quatro dedos no máximo acima do joelho... isso por aqui é “mini” -, fora isso, blusas de gola, quando decotadas, são aqueles decotes super-discretos e fechados, enfim...
No meu caso em particular com o ‘povo’ da família, a primeira perplexidade e, motivo de vez ou outra se trazer à baila o assunto, é o fato de eu ter deixado tudo e partido para esta vida/aventura. Ontem, minha prima Mira, que, para uma cascavel, só se difere, pois anda ereta, começou a falar da minha viagem e, sempre, ‘alfinetando’, comentava que, eu devia ter ‘muito dinheiro’ guardado para me lançar assim na estrada, obviamente insinuando que, eu devia fazer ‘coisas’ que para eles aqui são absurdas, mas que de fato para nós, ou melhor para mim não são nada demais, até que ‘sacando’ qual era a dela, eu fui direta na questão e perguntei a ela se o que ela queria saber era como eu me virava para ‘arranjar dinheiro’na viagem e, se a curiosidade dela se referia ao fato de eu fazer programas na estrada e dar meu cu, que ela tivesse a certeza de que esta é uma das principais formas e opções de eu conseguir me manter nesta ‘aventura’, já que meu ‘cu está pra rolo’ na estrada e em toda e qualquer cidade em que eu chegue.
Porra, seria muito mais óbvio e sensato da parte dela que, se tem ou tivesse esta dúvida perguntasse direto e não ficasse fazendo rodeios nem piadas ou deboches, para saber uma ‘merda’ dessa, que, para ela, claro, e muitos daqui, pode parecer e ser ‘coisa do outro mundo’ mas para mim e para tantas outras é uma coisa besta e comum, inerente até ao tipo de vida que levamos e optamos por assumir.
Minha tia por sua vez, naquela de ‘boa velhinha’, também tem sua parcela e sua dose de sarcasmo e vez ou outra, comenta a respeito dos meus filhos, que eu não sei onde andam ou como estão, - (fodam-se todos) -, e do Rio de Janeiro, se eu tenho ou não saudades e, quando eu voltarei, mesmo sabendo e já tendo sido dito ‘uma centena’ de vezes a ela e aos outros que esta, é uma viagem sem data de término e lugar, já que estou sem casa e sem destino. Pode ser que a coisa toda se acabe daqui a um ano, um ano e meio, como pode ser que, eu chegue em algum lugar ou cidade, seja aqui ou em algum país pelo qual eu passe, simpatize e resolva me estabelecer.


Ontem também, minha tia, falando e relembrando meu falecido pai, irmão dela, teve a audácia de, no ‘jeito macio’ dela, me perguntar se eu amava meu pai e, se quando ele morreu eu havia chorado... POORRRAAAA!!! Não deu pra segurar esta. Fui curta e grossa!
Respondi que assim como ela, eu nutria pelo meu pai o mesmo sentimento que ela, - eu tento acreditar -, nutria em relação aos meus avós, e quanto ao fato de ter ‘chorado’ ou não, a morte dele, acredito eu que ela também tenha feito o mesmo que eu no dia da morte dos pais dela, ou seja, “uma churrascada, com muita cerveja, putaria e comemoração”, que é comum em datas e eventos assim, ou será que ela teria feito diferente quando meus avós morreram??? – Porra, pergunta idiota, merece uma resposta cretina e, mesmo tendo ela suas quase oitenta ‘primaveras’, isto deveria pesar também não só no fato dos ‘outros’ para com ela, em relação a respeito, mas principalmente dela mesma para com os demais, já que o peso da idade e da vivência teriam de ter dado a sua pessoa, coerência, senso de ridículo e, principalmente respeito, para com quem quer que seja. Isto lá é pergunta que se faça a alguém?

Enfim, eu já estou ficando de ‘culhão’cheio e, não vai demorar vou meter meu pé na estrada novamente, deixando esta ‘porra’ toda para traz, já que definitivamente, isto é fato, o bom mesmo é ‘cada macaco no seu galho’.

Falando de coisas boas, ontem novamente, falei com Celly Well...(rs) – Sílvia -, que, - olhe o afronte da mona -, das ‘areias escaldantes’ da Praia de Atalaia, em Aracaju, me ligou, cobrando a minha presença lá.
Celly entendeu no contato que tivemos na véspera, que eu iria ontem mesmo para Aracaju encontrá-la para fazermos uma farra, mas eu disse a ela que, eu só irei, quando sair daqui para continuar minha viagem e, que ainda não tinha data prevista para isso, - mas agora estou sentido que está bem próximo de acontecer -, e, quando acontecesse, na véspera eu ligaria avisando da minha partida.
A ‘buceta’, acreditem, estava ao lado do “ex”, Beto, que havia chegado de ‘Sampa’ e que falou comigo ao telefone, me cobrando, - lógico -, um “boquete básico”, coisa que eu, é claro ‘jamais faria’... (rs), enfim... uma brincadeira só, e, que me deixou muito feliz já que apesar se sermos ‘amigas’ do Second Life, sempre tivemos, desde que fomos apresentadas pelo Mega, uma empatia muito grande e não será agora que estou aqui pertinho dela que deixarei passar a oportunidade e a honra de conhecê-la pessoalmente, assim como a seus amigos.
Por enquanto é isso. Logo, daqui a pouco, vou pegar a ‘guerreira’ e dar um ‘pulinho’ em Propriá, na Lan que, com a Graça de Deus, consegui acessar com meu note e atualizar o Blog, com este desabafo de hoje.
Espero que entendam o que eu escrevi mas de fato, há coisas e pessoas nesse mundo que precisam se ‘reciclar’ e parar para rever suas posições, metas e conceitos. O que é bom para um pode ser que não seja para outro, por isso somos todos chamados ‘indivíduos’ e é isto que nos diferentes. Respeitar mesmo sem aceitar ou concordar é o mínimo que esperamos das pessoas.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Aqui em Propriá, a WEB é babado!

Parece brincadeira, mas não é. Em Propriá, (SE), as Lan-Houses, vivem, “todas” na Idade da Pedra. Eu confirmei isso, infelizmente, ontem, dia 17/03, quando fui até lá para ‘tentar’ sem êxito atualizar o Blog da Viagem e, fazer umas ‘outras’ coisas na WEB.
O pessoal daqui tem pavor de computador. Foi isso o que eu percebi, depois de rodar por quatro Lan-Houses e, na primeira, bem na Praça de Propriá, às margens do Rio São Francisco, nem entrada USB tinha nas máquinas e, a do servidor, estava com defeito, hora lia, hora não e para copiar os arquivos do Pen-Drive, que eu costumo colocar antes de transmitir, foi um verdadeiro mártirio. Depois, para acessar o Explorer do ‘R’Windows, da máquina uma vez que o programa que ‘eles’ aqui usam nas Lans, bloqueiam o acesso à máquina, sendo assim, você só tem disponível o Internet Explorer, MSN e os Editores de Textos, nativos do Sistema Operacional.
Hoje, vou tentar novamente numa delas, a segunda que fui, uma vez que ali, o proprietário me disse que eu poderia ‘sim’ levar meu Note para logar, não sem an tes, cometer a ‘gafe’ de dizer que, quando eu levasse o Notebook, que o chamasse para instalar os programas para eu acesar a rede... Duro, ouvir uma ‘pérola’dessa né.

Já aqui em ‘casa’, ou melhor\, na casa de minha tia, o ‘povo’ finalmente se conformou com o fato de eu ficar na barraca, armada no quintal. Isso só se deu, depois que eu ameacei, ‘meter o pé’ se eles continuassem insistindo para que eu ficasse numa das casas deles.
Convenhamos, seria incoerência de minha parte, tirando o fato de que aqui o sol e calor daqui são extenuantes, eu, sair numa aventura dessas, com tudo preparado para ficar em barraca e, chegando aqui, com um ‘puta quintal’ e terreno, ficar dentro de uma casa abafada e quente.

Depois da minha estressante experiência com as Lans de Propriá, fui dar uma volta pelo comércio e pela feira, para comprar um repolho que minha prima pediu e aproveitei para comprar uns shorts para mim, já que, como é notório, todos sabem, roupa para mim é supérfluo e, agora na estrada, estou sendo obrigada a usá-las.
Já conhecendo a feira daqui eu sabia que roupa é coisa baratíssima, tanto que quatro peças que eu comprei, de lycra, saiu cada à R$ 5, um absurdo se comparada a outros lugares onde um shotinho não custa menos que R$ 10.
Fui então à cata do ‘repolho’. Incrível, mas legumes aqui são coisas bastante raras e difíceis. Encontrei, claro o repolho. Custou R$ 2, mas diga-se de passagem nada comparado aos que se tem no Rio de Janeiro. O repolho aqui era bem pequeno, menor um pouco que um melão. Procurei para incrementar meu cardápio, que é basicamente legumes e verduras, Pepino, Abobrinha, Jiló, Couve-Flor... Pasmem. Nada! Não há na feira, além de frutas, manga, melancia, laranja, maçã e outras tantas locais, como ‘sirigoela’, que lembra uma ameixa mas, é muito doce, nenhum legume, fruto ou verdura, senão, tomate, cebola, algumas, batatas e pimentão.
Já em compensação, Peixe, Frango e Carne de Boi, encontra-se em abundância. Carneiro também, que pelo visto em breve estará nas mesas de todos, haja visto que eu já vinha notando isso no Rio e agora estou confirmando, pois, em todo lugar há carne de carneiro nos cardápios.

Estou tentando convencer a eles de, aceitarem se deixar fotografar para que eu possa postar as fotos da ‘família’, que não é pequena aqui, mas está difícil pois eles não são muito chegados a estas coisas.

Espero conseguir colocar esta atualização e, a de ontem, no ar. Ah, ia me esquecendo... Durante minha ‘peregrinação’ e tentativas infundadas ontem na ‘rede’, consegui ler um recado do meu grande AMIGO MegaGay Beck, ( Flávio ou Fábio... (rs), de São Paulo ), do SECOND LIFE, que me avisava, para ligar para outra pessoa ‘fantástica’ de ‘nossa segunda vida’ a Celly, que mora aqui em Aracaju, na Praia de Atalaia.
Nos falamos à tardinha, depois que minha prima me emprestou o celular para ligar para ela. Depois de muita festa e brincadeiras no tel, nós combinamos de nos encontrar quando eu retomar a estrada, para almoçarmos e fervermos um pouco. – Vocês não tem noção, mas, estou escrevendo e minha prima veio com uma lata cheia de Acerola, recém colhidas do quintal aqui de casa... uma delícia.
Beijaum em todos e até a próxima. Como eu disse, não tenho previsão nenhuma de data de saída daqui, logo que começar a ‘sufocar’ como aconteceu em Trancoso eu meto o pé!

Estou em Família. SERGIPE - Propriá!

Muito louco, este trecho de Guaibim, para Salvador, aliás, muito show, esta é a palavra que mais se aplica, uma vez que é comum, por todo o trajeto, se encontrar pelo caminho, espalhado no asfalto, sementes de cacau, colocadas ali, por moradores e residentes locais, que colhem o fruto para uso próprio e, na falta de uma estrutura mais formal para este tipo de beneficiamenro aproveitam o excesso de sol e quentura do asfalto para a secagem dos grãos.

Sai de Guaibim já eram pouco mais das sete da manhã e segui rumo a Salvador, pela estrada litorânea, que leva a estação do ‘Ferry-Boat’, que, minimiza e reduz a distância em dezenas de quilômetros, aém de ser, um trecho lindo, apesar de que não muito conservado, mas que vale a pena e compensa o sacrifício de se desviar de alguns buracos e crateras espalhadas ao lon do da Rodovia, BA-001.
Continuando, parei para abastecer e, mais uma vez encontrei gasolina na ordem dos R$ 2,90, coisa que parece incrível mas é verdade, principalmente quando a cidade é de uma forma ou de outra um pólo turístico, aí mesmo que o pessoal aproveita para majorar e colocar os preços nas alturas.
Andei cerca de 100 quilômetros e resolvi, quando estava em Itaparica, parar para ver se meu NEXTEL havia ‘voltado’ e, “voilá”! Já estava eu de volta à civilização. Aproveitei para contactar ‘todo mundo’ que me interssava e, pelo tempo em que passei pela Bahia, mantive contato com minha prima Edite, relatando e contando a ela as coisas lindas que eu estava vendo e passando.
Mais quinze minutos e eu já estava na estação do Ferry.

Depois de pagar R$ 16, para embarcar a moto para a travessia, me posicionei sentada no convés ao lado da ‘guerreira’ e, levantei apenas para fazer umas fotos, registrando assim a travessia, bem como a chegada a Savador, que como pode ser visto, não é lá essas coisas, do ponto de vista, ‘visual’ mas que , logo que se desembarca acaba, já que o sentido obrigatório leva você direto ao Elevador Lacerda e, só esta visão já compensa tudo.


Depois de fazer umas fotos, tando do Elevador, quanto da Igreja, que eu não sei ‘qualé’ e, que fica ao lado, subi na moto e comecei o caminho para o Pelourinho. Quem vem à Bahia e não vai no ‘Pelô’ não pode dizer que visitou a Bahia.

Realmente é um lugar ímpar. Uma concentração de turistas por metro quadrado enorme, o que faz com que tudo ali seja ultra, hiper valorizado. Parei para tirar uma foto da Igreja e logo uma ambulante se aproximou me dando ‘fitinhas’ do Senhor do Bonfim para amarar nos pulsos e logo a seguir, olhando para mim disse que me ‘daria’ um cordão, - papo que é usado com todos, é claro -, promessa sua ao seu orixá e, pegando um, no meio de tantos que carregava em suas mãos, puxou um e disse que seria aquele, que era para ‘agradar’ minha ‘mãe de cabeça` OXUM.
Isso de fato, ela acertou, sou mesmo D’Oxum e, por isso ela acabou me convencendo a comprar outtros dois cordões, um para jogar no mar e outro para presentear alguém. O preço desta ‘brincadeira’, R$ 16,!

Emquanto barganhavámos, - a vendedora queria que eu ficasse com 3 cordões -, pedi a ela que fizesse uma foto minha ali e, logo que ela se possicionou e tirou a foto, uma ‘baiana’, devidamente paramentada, se aproximou e se ofereceu para ser fotografada também, mas eu claro, - malandra que sou, afinal, sou puta de pista e sei que uma ‘fotinha’ dessa custa o que você achar que é justo pela sua imagem, meu cu -, dispensei e agradeci e esta ficou ali conversando sobre minha viagem enquanto eu discutia valor com a vendedora.

Liberada e, devidamente ‘acordada’ com a ambulante, me pus novamente a conhecer e fotografar o Pelourinho e, depois de confirmar que as pousadas ali estavam com um preço bastante ‘salagado’, desisti de ficar em Salvador e resolvi seguir viagem, já que ainda eram meio-dia e eu poderia adiantar a viagem bastante se partisse logo.

Realmente a Bahia é uma beleza. Praias por todo o canto. Cada uma mais linda que a outra. Os monumentos, todos, estão quase que lado a lado, então se você pega o caminho da orla, vai registrar cada um com calma. Cheguei a Aamaralina, uma praia belíssima e já dali podia se avistar Itapoã, também um escândalo de praia.

Enquanto eu seguia rumo a Linha Verde, - rodovia litorânea, que liga Salvador a Aracaju, onde também é conhecida como Costa do Sauípe -, fiquei em busca de um lugar onde se vendesse refeição, de preferência “PF”, uma vez que os Self-Service, todos tinham preços altíssimos e eu não posso ficar me estendendo com as despesas.
Em Itapoã, encontrei um barzinho onde também havia Self-Service, porém, este era sem balança, com um preço fixo de R$ 5, e o acompanhamento, - carne -, a seu gosto com cinco opções, dentre elas Carneiro ensopado, que é claro eu, optei.
Enquanto almoçava, chamei Edite no rádio, e ‘ofereci’ um pouquinho a ela. – Eu sou má neh...(rs)
Terminei a refeição e novamente pus o ‘pé na estrada’, pegando então a Linha Verde e seguindo viagem, até o Município de Conde, entre a Praia do Forte e Mangue Seco, um lugar também muito lindo, mas que eu nem pude fotografar ou registrar pois, ali, eu só ‘pousei’mesmo, já que cheguei já era noite e, com muita fome, depois de não en contrar lugar nenhum onde se vendesse refeição, tive de me contentar com uma \’pizza calabresa’.
Estômago forrado fui à cata de um lugar para dormir e fui orientada a seguir mais seis quilômetros, até a localidade de Sitio do Conde, onde há uma concentração grande de pousadas algumas com preços excelentes para dormida e de fato eu encontrei logo de primeira uma por R$ 15, o pernoite.

Como tem acontecido, me levantei bem cedo, eram seis horas da manhã e, depois de arrumar a moto e pagar o pernoite me despedi da ‘menina’ responsável pela pousada, que ainda me disse que eu estava a cento e cinquenta quilômetros de Aracaju.
Parei no centro, para tomar um café da manhã e, me pus a caminho chegando em Propriá, uma hora da tarde.
Como eu havia previsto, ninguém da família me reconheceu de imediato. Fátima esposa de meu primo Messias, é quem estava na sala, como filho Michel, no momento em que parei a ‘guerreira’. Perguntei se ali, na casa morava ‘meu bichin’, forma com a qual eu chamo a todos dadqui, meus primos e primas, uma vez que o sotaque é fortíssimo.
Fátima, aproximou-se e sem entender muito o que estava acontecendo indagou a quem eu estava procurando e novamente eu perguntei se ‘ali, morava ou não o “meu bichin “, foi aí que a ficha dela caiu e, daí para frente foi aquela festa.
Minha tia, irmã de meu pai, continua bem, com a saúde não muto boa, mas, para este povo do interior a coisa é mais tranquila, afinal a vida que levam é saudável e por isso mais fácil de se controlar qualquer doença.
Michel saiu correndo e foi logo na casa das minhas primas avisar que eu havia chegado e foi a festa com todos perplexos pela minha coragem e atrevimento de sair do Rio de Janeiro em cima de uma moto e vir parar aqui, sem avisar nada.
Segundo Mira, minha prima mais velha, todos aqui pensavam que eu estava morta, pois a última vez que estive e mantive contato, foi há seis anos atrás quando eu vim também na cara e na coragem buscar meu falecido pai.
Depois de muita bronca e cobrança por eu não ter pelo menos ligado para dizer se estava viva ou não, fomos todos almoçar, a comida deliciosa daqui e, depois de por os assuntos em dia começou a batalha, para eu armar minha barraca, uma vez que ‘eles’ não se conformaram de que eu trocasse o conforto de uma cama, pelo aperto de uma barraca.
Bem, vou ficando por aqui. Não tenho previsão de saída, uma vez que vou aproveitar este período para me recuperar do cansaço e claro me capitalizar. Um beijão no coração de todos e até a próxima.

sábado, 14 de março de 2009

Ilhéus, Valença, agora em Guaibim. - Um escândalo!


Bem, conforme foi prometido, e não postado, (rs), saí de trancoso no dia 12 e segui viagem, com a idéia de passar mais por cidades do interior baiano, ao invés de ficar apenas seguindo a BR-101.
Fui até Ibirapitanga, quan do peguei a BA-001, rumo à Camamu, conhecida como a “zona do dendê” e, onde há ainda um lindo litoral, com muitas praias, a maioria, ainda, selvagem, mas que eu não me arrisquei, pelo menos por enquanto, a acampar, preferindo ficar mesmo nos hotéis e pousadas que há espalhado por todo o canto deste imenso litoral baiano.
Logo que eu estava chegando a Camamu, que saindo da BR-101, dista cerca de 50 kms, já avistei as primeiras plantações de palmeiras, de onde, do seu fruto extraí-se o óleo de dendê.

Engraçado, para nós que não conhecemos, é o fato de que em áreas onde se faz a extração do fruto, não sei se por causa de algum processo, é o fato de que há no ar um cheiro, semelhante a torragem do café. Incrível, mas parece que se está torrando grãos de café ao invés de ser azeite de dendê.


Segui direto, sem parar em Camamu e fui até a próxima cidade, que não me recordo o nome, onde, por já ser meio-dia, parei para almoçar e aproveitar para fazer uma horinha, a fim de não ter de encarar o sol desse horário que é de fato aterrorizante para quem está desprotegida, mesmo que, usando bloqueador solar e protetor.
Segui viagem novamente, já eram quase duas horas da tarde. Minha meta, ou melhor, meu destino, era a cidade de Valença, portão de entrada para o famoso Morro de São Paulo, palco e atrativo de milhares de turistas, mas que no meu caso, era apenas um referencial, haja visto que, nada que já seja ‘muito explorado ou conhecido’ me atrai. Prefiro novas decobertas e, a sensação pelo desconhecido.
Voltando, mesmo sendo duas horas da tarde, o sol estava castigando, apesar de eu ter pego no trecho, muitos pontos em que nuvens, aplainavam, um pouco o castigo do sol, mas mesmo assim, era massacrante, tanto que por duas vezes parei a moto para reforçar o bloqueador, mas...
Lembrei que estava com pouco dinheiro, e que precisaria encontrar um banco ou caixa eletrônico neste trajeto e, durante uma pequena parada numa farmácia, de uma das cidades ao longo deste trecho entre, Camamu e Valença, fui informada pelo atendente que logo adiante, uns quarenta quilômetros, haveria uma agência do Bradesco, onde eu poderia me ‘reabastecer’ financeiramente.

Cheguei bem rápido a Valença. Uma cidade ‘grande’ se comparada as demais pelas quais eu vinha passando por todo o trajeto.
Por ser conhecida através do ‘Morro de São Paulo’, Valença também cresceu graças a popularidade que ganhou a localidade, através do turismo. Assim como Porto Seguro, que pude ver e constatar, não passa de ‘marketing’, Morro de São Paulo, (acredito,não fui verificar, até mesmo porquê o acesso se dá através de balsa), esta deva ser igual, ou seja, um ‘bando de turistas e gringos’ desvairados, tentando ou, fazendo coisas que jamais fariam em suas vidas cotidianas, consumindo quantidades cavalares de drogas sintéticas e maconha, enfim, tudo o que não era para ser mas que no fim de tudo “é”!
Tentei ficar numa pousada do Centro, mas depois que vi a ‘boa vontade’ e interesse em ter um hóspede novo do atendente, desconversei e perguntei a ‘figura’ se haveria, mais à frente algum outro local ou praia e que eu não tivesse ainda de andar muito mais pois, ainda não comentei, este foi o dia em que mais senti a viagem em termos físicos.


Não sei se por conta do dia anterior, (12/02), em que eu ‘puxei’ quase que direto, 350 kms, até Ilhéus, e, que diga-se de passagem, acabei caindo numa ‘pousada horrorosa’, onde o chuveiro não tinha água, o primeiro quarto que me deram não tinha janela e o, ‘teco-teco’ – ventilador -, era assim como o dito, ‘um baiano preguiçoso’, só sei que estava esgotadíssima e, para completar, minha hemorróida começou a atacar, talvez pelo fato de eu estar sentada direto e com o calor do banco da moto, sei lá.


Enfim, o ‘corpo’ me indicou a Praia de Gauibim, mais vinte quilômetros à frente e, eu, resolvi encarar, depois que ‘gentilmente’ fez questão de ‘frisar’ havia também pousadas no local.
Cheguei, já eram ‘quatro e pouco’ da tarde e, antes de procurar alguma pousada, preferi fazer como quando cheguei à Trancoso, fui fazer um ‘reconhecimento’ da área, para ver se haveria possibilidade de ‘cair acampada’, mas, a dor no meu corpo e, no meu ‘edi’ me fizeram optar mesmo por um local onde houvesse ‘água corrente’ e uma boa e macia cama, haja visto que já havia comprado uma pomada para a hemorróida e um anti-inflamatório e analgésico para a dor lombar que está me perseguindo faz uma semana.


Optei pela Pousada World, bem próxima a praia, e cujo o preço estava dentro do admissível. – Um adendo, NÃO CAIAM numa de FAZER ou FILIAR-SE ao ALBERGUE DA JUVENTUDE! - É tudo firula. Pelo menos aqui no nordeste, uma vez que quando você liga para o HOSTEL, para saber preços e diárias eles sempre cobram acima do valor real o que não compensa em nada você se um alberguista! – Aconteceu em Porto Seguro e aconteceu em Ilhéus. Em Porto, me foi dito e cobrado por telefone, - pasme -, uma diária em “quarto coletivo” de R$ 50, e em Ilhéus, R$ 30, ou seja, melhor procurar outros lugares pois, com certeza você vai encontrar lugares ‘legais’ por preços bem mais em conta. Na média, R$ 25, o pernoite com café da manhã.

Realmente Guaibim é um paraíso. A praia é um escândalo e um convite a um banho e a um mergulho. Assim como por todo o litoral do nordeste, a água é quente, as areias são finas e vale a recomendação para se estiver procurando um lugar legal, dar uma passadinha por aqui.
A população local é bem hospitaleira e a estrutura do lugar, numa escala de zero a dez, é sete e meio, com os preços das coisas dentro do padrão normal.

Bem, vou ficando por aqui. Não sei se seguirei viagem hoje, dia 14/02, tavez eu saia amanhã de manhã, já que meu corpo, apesar de dar sinais de descanso, ainda está meio que dolorido, por isso não vou me arriscar e me cansar por demais.
Estou a cerca de 105 kms do Ferry-Boat, que faz a travessia para Salvador, logo, não há necessidade de se sair daqui hoje, podendo ser amanhã, mais reuperada e pronta.
Vou fazer, (espero), muitas fotos da cidade de Salvador e, logo que as tiver vou por aqui para todos darem uma ‘espiadinha’, parafraseando ‘Bial’ e seu BBB.
Fiquem com Deus, um beijão no coração de todos e até a próxima parada!