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sábado, 9 de janeiro de 2010

08/01 - De Pasto ao Ecuador/Otavalo... 250 kms

...
Tudo que se pede, quando se está na estrada de moto, é que não chova. Mais ainda, quando se está a uma altitude de 3 mil metros, com temperatura abaixo dos 10 graus. E foi exatamente o que não podia acontecer que aconteceu. Saí de Pasto, seis horas da manhã, com a temperatura beirando os 'zero graus', com chuva.
De Pasto a Ypiales, todo o percurso de quase 120 kms, serra, subidas enormes, tudo foi feito embaixo de chuva.
Para completar, pouco antes de chegar no topo da serra, a 'guerreira' deu dois cortes no motor, me preparando para o inevitável.
Quando parei, em Ypiales, no posto de gasolina, depois de abastecer, a moto não pegou mais. Como todo bom motociclista, nunca pensamos em coisa pouca, sempre no pior e, já achando que depois de tanto esforço de subidas e descidas por toda a Colombia, a bobina tinha se rendido, fui assim mesmo, antes, fazer o básico que era, esvaziar o reservatório do carburador, jatear WD, dentro, recolocar a agulha, encher de WD, depois, tirar a vela de ignição e... "BINGO!", o eletrodo estava abaixo da metade.
Mesmo a vela nova, (troquei em Medellín, na revisão), o esforço das subidas, com o motor trabalhando basicamente em quarta-marcha, detonou o coitado que não aguentou o tranco e deu pau.
Foi só substituir a 'bujila', (vela), colocar a mangueira de gasolina novamente no lugar, dar contato na chave, beliscar o 'start', e pronto! - A criança roncou bonito.

Cheguei no Centro de Ypiales, fui primeiro a fronteira, checar tudo, parei logo no DIAN, dei baixa no documento de importação temporária da moto, fui aos cambistas, perguntei quanto estava a taxa do dia: P$ 1.980,00 / U$D 1,00, voltei ao Centro, até um caixa, retirei P$ 300.000,00, com os 80 mil que eu ainda tinha, cambiei tudo, ficando, assim com cerca de U$D 192,00.
Tornei a encontrar, enquanto estava no Centro, os Venezuelanos, que acabavam também de chegar, e depois de um lanche rápido, fomos para a fronteira, providenciar o visto de saída de nossos documentos, eu, com a vantagem de já ter feito o DIAN, mas mesmo assim a coisa rendeu quase duas horas entre indas e vindas, já no lado do Ecuador.
Encontramos ainda um trio, de Argentino, Americano e Israelense que também se conheceram na viagem e acabaram se juntando e estão descendo a América do Sul.
Enquanto, estávamos, todos juntos na Aduana, fizemos várias, fotos, eu, cedi ao Argentino, meu ferramental para ele fazer um reparo na sua moto que perdeu um parafuso. Um Major do Exército Equatoriano, fez questão de posar para uma foto comigo com a 'guerreira', enfim, foi só festa e alegrias.

Saí antes do Venezuelanos, logo atrás do Argentino, Americano e Israelense, e segui para Otavalo, meu destino, programado desde que deixei Medellín, uma vez que se fosse para Quito, e resolvesse voltar, teria de andar mais ainda.
Apesar de próximo, da fronteira, cerca de 60 kms, em linha reta, as curvas e a sinuosidade do trajeto, quase triplicam esta distância e, apesar de pequena a distância, somando-se ainda que tudo é terreno íngreme, acaba-se levando uma eternidade para se percorrer este trajeto.
Eu há cerca de três semanas, postei na comunidade dos Mochileiros, do Orkut, um comentário, em que eu dizia, não compreender o porquê das pessoas excluírem o Equador e a Colômbia de seus roteiros de viagem.
No caso da Colômbia, eu até entendia esta postura, por conta dos jornais e notícias, que, só se referem ao País, quando há algum ataque guerrilheiros, ou de tráfico de drogas, porém, com relação ao Ecuador, eu comecei a creditar isso, ao fato da economia do País, ser dolarizada, e com isso, claro, os brasileiros acabavam optando por países, miseráveis, (ecônomicamente), como Bolívia, Chile, Peru, Paraguay, e, a própria Argentina, do plano atual, já que nesses lugares o Real, forte, faz frente ao Dólar, chegando a ser cotado, como na Venezuela, a ‘três X um’, ou seja, mais vantajoso, claro para quem viaja. Mas a coisa na prática, não é bem essa, e, como todos eu logo que passei a fronteira, comecei a ficar receosa se com os U$ 192,00, eu conseguiria me manter em Otavalo, por pelo menos duas semanas.
Meu referencial de custo, gira em torno do preço da gasolina, pois, se o combustível for caro, eu logicamente, me dano, uma vez que viajo de moto e sou obrigada a abastecer a cada 150, 200 kms, evitando assim que o nível do tanque baixe muito, além do quê, se eu pegar por exemplo, um trecho maior onde não haja postos eu estou sempre tranquila pois tenho uma margem de mais de 200 kms de segurança.
Passei por Tulcan, a primeira cidade logo após a fronteira, onde tentei em vão comprar numa farmácia, adoçante líquido, uma coisa não muito comum nesses países, mas também que serviria de primeira impressão do valor das coisas. Não obtive sucesso.
Mais a frente, minha surpresa. O primeiro pedágio, no Ecuador. Olhei a placa com os preços, em busca de motos e o valor: U$ 0,20. Moto paga também no País, porém um preço mais que justo: - Cerca de R$ 0,38, ao contrário dos abusos cometidos pelas concessionárias do Brasil, que chegam a cobrar o equivalente a U$ 1,50.
Segui em frente, pois, dada a demora na fronteira, já passavam das 13:30, horário, de Quito, e eu tinha de qualquer modo que chegar a Otavalo, ainda neste dia, nem que fosse necessário eu ter de pilotar um pouco à noite, mas eu estava decidida.
Rodei mais um tanto e foi quando percebi já estar na hora de reabastecer a ‘guerreira’. Comecei a olhar os preços anunciados nos postos e em todos a média da gasolina estava em U$ 1,48. Comecei então a fazer as contas de cabeça, e vi que, se fosse por ‘litro’ esta, valeria o equivalente a R$ 2,80, mais ou menos, ou seja, uma média mais ou menos que eu pagava, quando estava ainda transitando pelo Brasil, nada absurdo, “demais”.
Parei numa bomba. Mandei completar o tanque, já que eu havia rodado, 141 kms, desde o último posto. Valor do abastecimento. U$ 1,15, ou seja, a gasolina é cobrada por galão, (4 litros), sendo então o valor do litro, equivalente a R$ 0,70, mais ou menos, maravilha!
Já eram 14:30 hs, quando a ‘ambre’, (fome), começou a gritar: - Estava na hora de ver o preço da comida, já que o do pedágio e da gasolina foram duas surpresas excelentes.
Parei num restaurantezinho de beira de estrada, coisa que não costumo fazer, mas para se ter noção, o ideal é buscar o mais caro nesse momento.
Um truque, para todo viajante, fora do País, é sempre perguntar se tem ‘menu’, que é o “PF”, logo o mais em conta, e foi o que eu fiz.
Perguntei se havia menu e ‘cuanto o valor’, sendo dito então que o prato com ‘ensalada, aro, papas, e/ou, pollo, lombo de cerdo, ou, carne de rês, com acompanhamento de caldo, e jugo de moras’, custava U$ 2,50. Pedi então um, com lombo de cerdo, (carne de porco ensopada).
Muito bom, assim, tive a certeza de que mesmo ‘dolarizada’ a economia do Ecuador, estava dentro de um patamar muito aquém do que eu estava, pessimistamente, preparada para encarar.

Segui até Otavalo, onde cheguei já eram cinco horas da tarde e, no momento em que o comércio da cidade começava a fechar suas portas.
Não foi difícil encontrar o Hostal Chasqui, que eu já havia escolhido aqui na Web, - pela praticidade de ter estacionamento e Wi-Fi -, para ficar, já que o preço de U$ 8,00 era bem atrativo, porém, claro, eu iria pechinchar haja visto ficaria por no mínimo 2 semanas, e, costumo fazer o pagamento adiantado.
Depois de um pouco de conversa com a proprietária, fechamos em U$ 5,00, ou seja, os 14 dias, por U$ 70, num quarto privativo, porém sem banheiro.
O frio no Ecuador é algo terrível, principalmente para nós que estamos habituados, quando muito, há 25, 28 graus. Aqui a coisa gira em torno de 8, mas sensação térmica é de 5, quando não venta e quando rola qualquer brisa, a coisa, chega nos 3 graus.
Guardei a moto, peguei as coisas e preocupada com a janta, indaguei se havia algum ‘delivery’, mas isso aqui é coisa de luxo, mas por ser bem no centro, não é difícil restaurantes, bares e lanchonetes, e, praticamente em cada esquina, há ‘tiendas de víveres’, ou seja, biroscas, improvisadas nas próprias residências das pessoas e bem ao lado do Hostal, há logo 3, uma quase ao lado da outra e, foi onde eu comprei um pacote de salsichas, 250 gr de arroz, 5 pãezinhos, redondos, tipo uma broa de milho, só que neste caso é trigo, um sache de 250 gr de maionese, Maggi, um garrafão de 5 litros de água mineral, 1 quilo de sal, 250 gr de açúcar cristal, 2 pacotes de presunto fatiado, com 6 fatias cada, 2 pacotes de Tang, 2 litros, uma lata de 200 gr de Atum, e um pacote de 800 gr de Biscoito Salpets, 100 gr de pó de café, tudo por U$ 8,60.
Voltei ao hostal, preparei o café, e mandei ver no ‘sanduba’ de ‘Jamón’, (presunto), com maionese e café, liguei a televisão e fui assistir até dormir.

Um comentário:

  1. Oi Andressa!Que bom te ver de novo na estrada, fico sonhando acordado cada vez que entro no seu blog, imaginando as belissimas paisagens que deves estar vendo pela viseira do seu capacete como um filme sem fim. Obrigado por cada palavra que escreves, vc não tem idéia do que elas fazem de bem prá gente que tá do lado de cá da telinha! Deus continue a te abençoar nesta jornada, aqui em casa continuo de joelhos a orar por vc e pela guerreira, ah como eu queria poder um dia tirar uma foto ao lado dela ai toda cheia de coisas pinduradas, se um dia vc voltar ao Brasil, nem que seja de passagem, não esqueça deste amigo aqui, gostaria muito de te dar um abraço prá agradecer o que tens feito por mim! Hoje criei coragem, tomei uns Cataflans e levei minha Fazer 250 prá lavar num posto aqui perto,durante o percurso ficava sonhando com sua viagem ai, tem dias que fico sentando aqui na garagem olhando para minha moto e imaginando ela com um bauzão igual ao seu e cheio de tralhas rodando por ai! Até a próxima e um forte abraço, Jairo - S. Carlos SP.

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