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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Depois da Tormenta, a Calmaria. Estou em Turbo!

Sábado - 19/09/2009 -Manhã

Pois é gente. O ‘babado’ é fortíssimo. Como eu postei rapidamente, surgiu uma luz no fim do túnel, em relação ao preço do embarque meu, e da moto para o Panamá, mas, a coisa não é tão simples assim como eu imaginei e, otimistamente, esperava encontrar.
Depois que saí do hotel em Ariguani, eu segui rumo a Arboletes, onde esperava chegar, ainda na sexta-feira, mas dada a minha calma, depois que fiquei sabendo em Sahagun, que, eu teria de seguir para a cidade de Turbo, onde de fato, se encontra o porto de embarque para a fronteira do Panamá, acabei perdendo tempo e, quando a noite chegou, eu estava ainda, a 48 quilômetros de Arboletes e, por isso, acabei dormindo no Pedágio de El Cedro, debaixo de uma pequena barraca, de comércio, de beira-de-estrada, logo seguido ao pedágio o que me dava segurança.
Pedi autorização ao chefe, ele concedeu e, eu, estacionei a ‘guerreira’ ao lado da barraca, montei a rede, e tirei os utensílios básicos para cozinhar meu jantar, comer e depois dormir. Foi o que fiz.
Acordei, empolgada, diante da perspectiva de ter me livrado do empecílio de preço, e, seis e meia da manhã eu já estava na pista.
Uma leve serração, cobria a estrada, mas nada que atrapalhasse, e lá fui eu cumprir a etapa que faltou no dia anterior e, chegar de uma vez ao Porto, em Turbo, para agilizar logo minha ida para a fronteira.

Cheguei em Arboletes, ainda não eram oito horas. Fiz questão de registrar, em duas fotos do GPS, a hora em que, a costa surgiu na tela e, quando à 10 quilômetros, o litoral já era visível...

... na tela do GPS.

Parei na cidade para comprar mantimentos. Mais uma vez a ‘Guerreira’ foi o centro das atenções, me despedi de todos e ‘meti o pé’ na estrada, sem imaginar nem de longe, que quando eu chegasse a cidade de Mulatos, uma ‘surpresa’ me aguardava. Na Colômbia, estradas são para carros, caminhões, motos e, ‘animais’. É comum, vez ou outra você encontrar rebanhos de Bois, Tropas de Burros, até mesmo, porcos, "coccino’, sendo conduzidos pelas rodovias, assim como, animais pastando tranquilamente nas margens ou atravessando de um lado ao outro, para trocar de ‘relva’. Há também, ao contrário do Ceará e Maranhão, onde cabras e porcos, são vistos constantemente, e, que se pode até contar e medir distâncias por estes animais vistos, tamanha a quantidade, ‘jegues’. Não se pilota dois quilômetros sem se ver um na beira da pista. Teve um até, que eu não tive tempo de parar para fotografar, que devia ter algum ‘complexo canino’ pois, sentado a beira da estrada, eu disse, "sentado", coçava a cabeça, utilizando a pata traseira igual fazem os cães.
A viagem rendeu bem. O dia estava prometendo ser maravilhoso, mas quando cheguei a Mulatos... Acabou o asfalto. Isso mesmo, de Mulatos até Necoclí, 62 quilômetros, a estrada foi de terra. Terra com buracos, desníveis, atoleiros, um verdadeiro rally.


Filmei um trecho, claro. Tinha que registrar isso para que todos pudessem ver as quatro horas e meia que passei para atravessar este pedaço de estrada, cheio de subidas e descidas, com alguns pontos, - cômico, se não fosse trágico -, com quebra-molas e placas enormes sinalizando-os, como se fosse possível, andar acima dos 40 quilômetros por hora, e, quase chegando a Necoclí, exatos 3 quilômetros restantes, para o asfalto, duas carretas, uma em cada sentido da estrada, paralelamente, caíram nas valas laterais, quase tombando uma sobre a outra, carregadas, que literalmente fecharam a estrada, salvo apenas para as motos, que passavam por debaixo do braço de uma retoescavadeira, que mantinha uma das carretas, para não tombar totalmente sobre a outra e entre elas, uma verdadeira, prova ‘kamikaze’, porquê se desse, no momento da passagem alguma pane, no braço da ‘retro’, o resultado seria ‘sandwiche de carreta com recheio de moto/motociclista. Imaginei que haviam acabado as surpresas, mas, uma outra estava por vir. Em Caiman Viejo, outra vez a estrada se findou. Novo trecho de terra, sendo que agora, por apenas 5 quilômetros até finalmente eu chegar em Turbo.
Foram sete horas e meia pilotando. De seis e meia da manhã, até as duas da tarde, hora que cheguei a Turbo, eu só andei 176 quilômetros. No trecho ‘nefasto’ de Arboletes, minha velocidade variou entre 6 e 12 kms/h, mas enfim, estava em Turbo, finalmente, agora era só ir para o porto cuidar do problema do embarque e da baixa dos papéis da moto e do visto em meu passaporte.
Logo que dobrei a esquina do porto, de cara, me deparei com a barreira Aduaneira e, parei para me informar onde eu podia tratar meu traslado para a fronteira sendo informada que, direto para o Panamá, não haveria barcos, porém, para a cidade fronteiriça, ainda na Colômbia sim, e, que de lá eu pegaria outra ‘panga’, (tipo de barco de trasnporte de passageiros e carga), para Puerto Olvedas, já no lado panamenho. Fui então, até o cais de embarque. Meu balde de água fria. O preço, excelente. P$ 41.000,00, porém só eu, a moto teria de ir em outro barco, de transporte de cargas e lá eu a pegaria.
Fui então tratar o ‘outro’ barco para levar a ‘Guerreira’. Outra porrada! – Nenhum comandante ou mestre de barco no momento que pudesse me falar qualquer coisa a respeito de preços. FUDEU!
Depois de uma dezena de indas e vinda, numa cidade que mais parece um imenso formigueiro, uns barqueiros, que eu havia falado logo no início, me chamaram e me mandaram procurar um outro cais, onde segundo eles, barcos panamenhos encostavam para descarregar côcos e melancias e, que estes, me levariam direto para o Panamá, sem ter que passar pela cidade colombiana na fronteira.
Me despenquei para lá. Pergunta daqui, pergunta dali, encontro um cara que vai comigo até um cais rústico onde tem uma espécie de traineira, encostada, com 4 outros homens tomando banho no canal.
Quando me veem chegando com a moto, já ficam todos eufóricos me chamando, mas o cara que me levava, mandou-me esperar que ele resolveria as coisas e, conversando com um dos caras, tripulante do barco, voltou-se para mim e disse que estava tudo bem, que eles levariam a moto e, que eu, fosse de ‘panga’ ou de avião para o Panamá e lá pegasse a moto.
Imediatamente eu disse que dessa maneira era impossível. Iria eu e a moto, ou então nada feito. Foi então que todos disseram ser impossível, e, foi também, que eu percebi, que, o problema era que todos, Militares, barqueiros, estivadores, literalmente, "todos" estavam achando que "eu e a ‘Guerreira’, estávamos ou éramos, "ilegais" no País.
Turbo, é uma cidade típica das que vemos em filmes da TV, sobre países e locais da América Latina. Uma cidade que mais parece um formigueiro, onde tudo se negocia, tudo se vende, ‘lícito’ ou ‘ilícito’, com prostíbulos, bordéis, um centro comercial enorme, com lojas por todo lado que se olhe, hotéis, restaurantes, bancas de camelôs, milhares de motocicletas, trânsito, baseado no ‘foda-se’, enfim, uma Sodoma & Gomorra dos tempos modernos.
Disse aos caras, que nem a moto, nem eu estávamos ilegais e que tinha toda a papelada de entrada na Colômbia, com visa de 90 dias, e, documento de importação da moto e, que eu estava justamente querendo acertar tudo, previamente, para poder dar baixa, no meu visto e no documento de entrada da moto no país, para quando eu chegasse ao Panamá, fizesse o mesmo.
A coisa mudou de tom. Eles então mandaram que eu retornasse, "lunes", (segunda-feira), que era dia de trabalho e que eles encontrariam um barco que levasse a mim e a moto juntos.
O cara do barco, me pediu um cigarro, eu dei, e, o que me levou até o cais, me pediu o isqueiro, e, quando entreguei, ele tirou um ‘charuto’ de maconha, do bolso, da grossura do meu dedo polegar, acendeu e começou a fumar.
Me despedi, peguei a moto e quando estava passando por eles, o que me levou me perguntou se eu não tinha ‘una plata’, para deixar para eles comprarem cerveja, e eu, já malandra, usei a mesma desculpa que tenho usado com todos que me perguntam de dinheiro. Disse que eu não tinha nenhum e, quando, como todos fazem também indagaram, como eu me mantinha e abastecia a moto, disse que eu usava ‘tarjeta’, cartão de crédito, e que essa era também uma razão para eu estar querendo resolver tudo antecipadamente, para que pudesse pegar o valor que for cobrado no banco.
Estava vendo cada vez mais minha viagem ir para o ‘vinagre’. Voltei até a operadora das pangas e, mais uma vez falei com os militares e estes, me mandaram ir no dia seguinte, domingo, antes das sete, que era o horário em que a maioria dos barcos estavam encostados e que eu não me pilhasse com o que me foi dito antes não, pois, se eu pagasse a passagem da moto também, claro que me levariam.
Disse aos Militares que se for este o problema, a coisa está resolvida pois, claro, eu pagaria a passagem ou o transporte da moto, independente de qualquer coisa, mas que eu precisava ter esta certeza para poder providenciar a baixa nos meus papéis.
Joguei essa para ver e confirmar o que eu estava achando e não deu outra. Eles também acreditavam e supunham que eu e a moto éramos ‘ilegais.
Voltei a procurar então um lugar para passar a noite, um hotel barato, mas por incrível que pareça, apesar da cidade ser apinhada de hotéis, só 2, de duas e três estrelas, ou seja, o primeiro com diária de P$ 30.000,00, e o segundo com diária de P$ 68.000,00, tem ‘parkeadero’, etacionamento. Os outros 99,98% não possuem.
Acaei tomando e fiquei no de trinta, mas logo depois que me registrei, e guardei a moto, tomei um banho e fui pra rua comer alguma coisa, já que a ânsia de chegar me tirou o apetite e eu naum havia comido nada além de tomar um iogurte em Arboletes, e também saí a cata de um hotal mais barato, na faixa de 12 mil, para eu ficar, "até", se for o caso, por uns 10 dias.
Achei, bem defronte ao terminal das ‘pangas’ um hotelzinho legal, por 12 mil, sem estacionamento, mas com um, a uns 30 metros, seguro e onde eu posso deixar a ‘Guerreira’, por 2 mil a diária.
Neste hotel, o casal proprietário, ficou de me ajudar nessa empreitada de embarcar, já que alí, se hospedam os capitães das embarcações e surgiu uma perspectiva de eu ir na segunda-feira, numa panga, não para a fronteira, mas para uma cidade antes e de lá pegar outra já para o Panamá direto, caso não ‘role’, sábado, "certo", eu embarcar a moto para a fronteira num outro barco de um comandante que se hospeda ali e eu, ir de ‘panga’ para esperar a moto no porto da fronteira.
Agora a noite, desabou um temporal terrível, coisa que só se vê em TV mas que aqui, nas portas do Caribe, é uma coisa normal, mas que, se eu não estivesse num hotel, hoje eu teria me ‘arrebentado’ toda.
Beijaum em todos e, torçam por mim para que eu consiga dar continuidade a esta minha aventura.

3 comentários:

  1. Nossa! Que bela surpresa! Fiquei um pouquinho sem visitar o blog e quando volto me deparo com esse monte de posts!

    Mas a maior surpresa de todas foi o vídeo! Muito bom! Adorei! Êta estradinha encardida, hein? Coloque mais vídeos de vez em quando. Como foi feito, com celular? Qual o modelo? Ficou muito bom!

    E pelo que te vi no vídeo, dá para entender perfeitamente a estranheza em te identificar como a mesma pessoa da foto dos documentos (rs)

    Nesta quinta-feira farei mais uma modesta contribição.

    Estou torcendo por você! E acompanhando...

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  2. Valeu, fico feliz que tenha gostado. A filmagem é feita com minha câmera fotográfica e, depois converto o filme em AVI, para WMV, no Windows Movie Maker.
    Vou aguentar sim, aqui a cidade é uma maravilha, pessoas ótimas e interessantes. Acabei de postar o vídeo que fiz hoje do quarto aqui da hospedaria. Dê uma olhada. É o primeiro post.

    Mais uma vez obrigada pela colaboração e pelo apoio. Está sendo muito legal e de grande valia.

    Abração.

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  3. Valeu, mas isso é apenas quatão de ideal e de realização pessoal, por isso, curto cada dia, cada minuto, cada momento que são únicos e, que dinheiro nenhum no mundo pode comprar. Obrigada pela torcida e pelo apoio. Ajude a divulgar o Blog isso é muito importante.

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Conto com todos. Obrigada!

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