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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Colômbia... Um paraíso, comparada a terra de ´Huguito´

Tranquilíssima a entrada na Colômbia. De cara os policiais, na fronteira me pararam e, quando viram a bandeira do Brasil, gritaram entusiasmados: - É do Brasil! Vá em frente. – Me indicando o local para pegar meu visto que, ao contrário da Venezuela, não demorou 10 minutos. Quando saí, um outro funcionário me orientou como chegar ao DIAN, Departamento de Importação Aduaneiro Nacional, em Cúcuta, onde eu tiraria os papéis de permissão de trânsito com a ‘guerreira’ pelo país, sem burocracia de seguro, carta-verde, rosa, azul, seja da cor que for, ou outras taxas que for, enfim, ‘tranquilésimo’. Só me preocupei quaando o funcionário disse que o expediente se encerraria as cinco da tarde e como no dia seguinte era sábado, o expediente seria apenas de oito as dez, que eu me apressasse para fazer logo este documento.Disse a ele que eu pretendia ficar ali mesmo na fronteira para dormir mas este insistiu para que eu fosse logo de uma vez e eu, disse a ele que já eram três e quinze, dali que eu ainda rodasse 30 kms até a cidade de Cúcuta e fosse procurar o tal DIAN, já passaria das cinco, foi quando ele disse para eu atrasar meu relógio 20 minutos pois na Colômbia o horário é vinte minutos a menos que na Venezuela, logo, ainda faltavam cinco minutos para as três horas e até às cinco eu já estaria livre e despreocupada. Segui seu conselho.

Já com tudo certo, voltei então para a fronteira, onde estacionei a moto ao lado do prédio da aduana, próximo a Guarda Nacional e, tranquilamente, armei minha rede, nas árvores do canteiro, preparei minha comida, uma garrafa de café, me lavei no banheiro da própria aduana, (banho tcheco, mas que resolveu pencas), pois eu já havia tomado um banho completo numa parada, antes de chegar a Santo Ântonio.

Logo que clareou, já com a rota programada no GPS, saí rumo a Bucaramanga, meio receosa, principalmente pela fama que a Colômbia tem com relação as FARC’s.
Não imaginava porém, depois de enfrentar o calor de Cúcuta que logo, muito em breve, eu estaria enfrentando, 9º, isso mesmo, “nove graus” de temperatura, a uma altitude de 1.900 metros. Agora eu estava entendendo a placa na Auto-Pista em Táchira, que dizia: ‘Bem Vindos a Fronteira dos Andes’.
Puta-que-Pariu. Não bastasse o fato da estrada ser pior e mais perigosa que qualquer outra de Serra que exista no Brasil, em relação a curvas, (o piso é perfeito), tinha a altitude que fez a ‘guerreira’ tossir mais que tuberculoso e o frio avassalador. Somado a isso, no cume, ou seja, acima da cidade de Pamplona, onde já é alta pra caralho, e onde eu aproveitei para dar um descanso na moto, depois da corrente pular novamente, numa curva num trecho super-íngreme, eis que, depois de passar o pedágio, (que em toda a Colômbia é gratuito para motos) –, sob uma neblina que facilmente com uma faca, você cortaria um buraco nela, eu parei no posto do exército, para fazer um café bem quentem começa a chover. Fudeu tudo. Altitude, curvas perigosas e íngremes, neblina muito, mas muito densa mesmo, e agora, ‘chuva’.
Peguei o traje de chuva, tirei a viseira do capacete para limpar, e, enquanto conversava com os militares, fui me paramentando para encarar a nova situação. Não que eu não estivesse preparada para uma chuva, mas com todas estas combinações confesso que me surpreendi, ainda mais porquê, todo o tempo em que eu estive em Roraima e por toda a Venezuela, só peguei tempo bom, com calor e temperaturas altíssimas, sempre com 50 ou 60 metros no máximo, acima do nível do mar, beirando os 40/42 graus e, de repente, de uma hora para outra, me vejo a mais de dois mil metros de altitude, com uma temperatura de oito graus positivos, quase congelando, pois a sensação térmica, por conta do vento, era alguma coisa em torno dos 2 ou 3 graus negativos.
Enquanto me arrumava e limpava a viseira, aparece uma cadela, linda, Labrador, presa a uma coleira com um dos militares, que também se arrumavam, para sair em uma patrulha e, lógico, como não podia deixar de ser eu e a cadela nos entendemos e começamos a brincar.
Perguntei ao soldado que segurava a cadela, se esta era uma ‘cheiradora’, ou seja, treinada para farejar drogas e este me respondeu que a ‘menina’ era ‘cheiradora’, mas não para drogos e sim, para explosivos. Como se vê, estava eu, linda, numa ‘zona’, deveras pacata e sociável, tanto que era preciso ter cães, farejadores de explosivos.
Terminei de me preparar, e para não passar ‘vazio’, comprei na ‘birosca’, onde a moto ficou protegida da chuva enquanto eu cobria suas coisas e me arrumava, um naco de queijo e uma touca, do tipo ‘ninja’, fundamental, agora que iria começar a encarar temperaturas e tempo ruim, já vestindo-a, enquanto me despedia dos militares e voltava a estrada para começar minha descida até Bucaramanga.
Pena eu não ter como colocar aqui, uma imagem do trajeto, tanto da subida, até o topo da serra com 2.300 metros, como da descida, registrado no GPS, com todas as curvas, indas e vindas, que só é percebido, quando repassamos nosso caminho. É uma coisa de louco. Há dezenas de curvas, com literalmente 180º, outras tantas com ângulos inferiores aos 90º e, a velocidade média da descida, com segurança, foi de 40 kms/h, até mesmo porquê eu não conhecia o local e não fazia a menor idéia do que poderia encontrar adiante.
A chuva, apesar de incessante, não era torrencial e por isso, tirando o fato de deixar a pista escorregadia e um pouco mais da visibilidade, já prejudicada pela neblina, que agora, já descendo, - havia se dissipado um pouco -, não trouxe maiores problemas.
Levei umas duas hora para chegar a Bucaramanga. Estava ainda a uma altitude de 900 / 1000 metros, mas já não chovia, não havia mais neblina e, o frio, também havia passado. A temperatura era na ordem do 30º.

Bucaramanga é uma ‘metrópole’ encravada na serra, rodeada por selva, mas uma belíssima e bem estruturada cidade, apesar de que eu só a margeei, mas tive uma visão clara de seu tamanho e imponência, além da divisão dos bairros, do alto, ainda, enquanto descia. Não fiz foto, porque não havia lugar seguro, onde eu pudesse parar para fazer e, também, depois do aviso do caminhoneiro, somado a cadela ‘anti-bomba’ e, eu cruzar com um veículo da ONU, preferi não arrsiscar e segui descendo até ter contato com alguma ‘civilização’.

Logo que começei a atravessar a cidade, passando defronte a uma universidade, havia uma festa na rua, com toda polícia mobilizada para orientar o trânsito, dos formandos que ao me verem, fizeram uma grande algazarra gritando a palavra Brasil e me saudando na minha passagem.
Me informei com um motociclista que passeava com sua filha na garupa, uma menina de uns 9 anos, qual caminho eu devia seguir para pegar a rota de Cartagena e este me mandou segui-lo pois ele estava indo no sentido da Rodovia Inter-Continental que não estava muito distante dali.
Realmente, não andamos nem um quilômetro e ele me apontou o sentido que eu deveria seguir. Agradeci e virei já entrando na Inter-Continental e depois de verificar meu odômetro, percebi que já estava chegando o momento de reabastecer a ‘Guerreira’ e, também trocar as pilhas do GPS, que havia acabado de apagar.
Parei num posto de gasolina, mas só fiz a troca das pilhas, pois, o combustível, que aqui é chamado de ‘Corriente’, a gasolina, e, ATM, o diesel, estavam a P$ 7.500,00 e P$ 5.000,00, respectivamente, cada um, o galão, ou seja, bastante caro, já que, eu estava pagando entre P$ 6 e 7.100,00, e, ao contrário da serra e de Cúcuta, aqui não havia casas comuns, revendendo combustível. Tinha que comprar na ‘bomba’ mesmo e, como tinha uma margem bem grande de quilômetragem, resolvi esperar e procurar mais um pouco, seguindo viagem aproveitando que ainda não eram cinco horas da tarde meu, meu limite para começar a procurar local para dormir.
Andei uns dez quilômetros e encontrei um posto com ‘corriente’ a P$ 7.100,00, e resolvi abastecer. Depois de pagar, perguntei ao menino, frentista, se havia mais adiante alguma patrulha ou posto policial e este achando que eu queria evitá-los, disse para eu seguir ‘trankila’ que a estrada estava limpa. Disse a ele que não erta este o motivo de eu estar lhe perguntando, muito pelo contrário, eu queria saber, justamente para que eu pudesse parar para descansar, foi quando outro frentista que ouvia nossa conversa, ‘complicada’, - meu ‘portunhol’ é terrível -, disse que ali mesmo, havia um hotel e que este me faria o pernoite por P$ 12.000,00, água ‘caliente’ e cama, além de garagem para a moto.
Disse a ele que eu não tinha dinheiro para este luxo, mas se ele me fizesse um preço para eu armar minha ‘carpa’, - barraca -, no terreno ali atrás do posto, eu agradeceria e ficaria por ali mesmo.
André, este era o nome dele, me disse que não precisava pagar e que eu poderia ficar e me levou até uma área onde eu podia armar a barraca e ficar o tempo que precisasse.Acabei ficando ali dois dias. Aproveitei para trocar a vela da moto e, também fazer uma redução de 2cms, na chave de vela original que, nem ‘phodendo’, saca a vela da Kansas, pois, seu tamanho faz com que esta bata no acabamento do tanque impossibilitando, depois que se desatarracha a vela, tirar a chave, e, também para ver e testar se seria preciso eu desmontar o carburador para limpar, uma vez que, por conta do esforço da subida da serra entre San Cristóbal e Santo Antônio e depois de Cúcuta até Pamplona, esta estava engasgado e ‘pipocando demais’.
Quando tirei a vela vi que o problema estava longe de ser carburação.O diodo da bendita já havia dado o que tinha de dar. Estava praticamente acabado e era esta a razão de tanta falha na queima do combustível.Depois da troca, o motor da moto pareceu outro. Realmente o problema era mais fácil do que eu poderia esperar e na manhã de terça-feira eu me despedi de todos e segui viagem.

Um comentário:

  1. Nossa! Post em dois tempos? Quando deixei o meu primeiro comentário só tinha texto até a segunda foto e agora quando volto aqui me surpreendo com muito mais! Melhor pra mim que fico sabendo de mais coisas...
    E quanto a vela, até que durou bastante. Aliás, dado o quanto essa moto rodou essa moto é guerreira mesmo.

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