Quem sou eu

Minha foto
Uma pessoaa feliz, de bem com a VIDA, curtindo cada momento como se fosse o último. UM DIA EU ACERTO!
Se não pode DOAR por Pay-Pal ou BankLINE, clique no BANNER acima, FAÇA um REGISTRO e já estará colaborando com USD 0,02. Cada centavo é benvindo. Conto com Vocês!

Tradução / Tradución / Translate - Ouvir Tema da Página

♪ Músicas online grátis! Acesse: www.powermusics.com

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Muitas novidades nas proximidades de Cancún

Desculpem o longo tempo sem postar, mas verão que foi por uma boa causa.
Saímos de Chable na segunda-feira, bem cedo e subimos rumo a Cancún, direto, sendo que paramos em Escarcega para fazer algumas compras de comida, aproveitei também e comprei medicamentos para meu ‘calo’ que estava me matando e seguimos viagem, direto.
Graças a Deus agora estávamos ao nível do mar. Estradas boas, retas infindáveis, aliás, esta é uma característica das rodovias aqui no México, as retas são muito, muito longas, não menos que 40 ou 50 quilômetros.
Fomos parados duas vezes pela polícia, a última na saída de Escarcega, onde me pediram além dos documentos da Aduana, ainda minha carteira de habilitação. Como se fosse possível eu fazer a ‘importação temporal’ da moto sem estar com minha habilitação... vai entender.

Chegamos a uma localidade chamada Chalakmul, e, onde avistei uma espécie de ‘barraca de beira de estrada’ abandonada e me convidando a me instalar.
Como também estava procurando um lugar para parar, fazer um café e lanchar, parei e enquanto preparava tudo consultei Jaime sobre a possibilidade de fecharmos o dia ali mesmo e descansar de uma vez já que o local era ótimo, com teto, sem necessidade de armar barraca, enfim.
Estacionamos as motos, ‘eu’, coloquei minha rede, Jaime, seu edredon e assim nos preparamos para a noite que chegava. Fatal, que seríamos ‘comidos vivos’ pelos “sancudos”, mas nada que um pouco de repelente e cobertas não amenizassem.

De fato a noite foi ótima e tranqüila, tirando os ‘sancudos’, porém, brabo mesmo, para mim que estava na rede e com apenas um lençol foi a temperatura na madrugada. Impressionantes, ‘oito graus’. Isso mesmo, oito graus ao nível do mar. Esta é uma característica da noite aqui no México, não importando muito a região, não, pelo menos agora no inverno, cujo o horário é de ‘verão’. (rs)
Acordamos embaixo de muito frio, eu vestindo minha jaqueta, luvas e com a balaclava cobrindo as orelhas que pareciam duas pedras de gelo.
Arrumamos tudo e partimos ainda não eram sete horas da manhã, com a perspectiva de um tempo espetacular com sol, deixando para trás definitivamente a água das chuvas que tanto nos fizeram passar mal estes dias desde que saímos de Tapachula.
Dez horas da manhã e estávamos em Chetumal. Região de muitos lagos e lagunas e onde, logo, encontrei o Lago Milagros e resolvi dar uma ‘linhada’ para ver se havia peixes para economizar o almoço.
Aproveitando as tortillas que Jaime guardava a meu pedido desde a Guatemala, lancei a linha umas 3 vezes e nada, por isso desisti, recolhi tudo e voltamos a estrada até Bacalar, onde chegamos era meio-dia e, para não ter que cozinhar, acabamos comendo um ‘Pollo Inteiro’, com arroz, salada, feijão, Tortillas e um Refrigerante de 2 litros, tudo por P$ 80,00, coisa de USD 6,70.

Depois de descansar até mais ou menos uma da tarde, voltamos a estrada chegando ao trevo que levava a cidade de Mahahual.
Seguimos e depois de andar sessenta quilômetros encontramos o ‘paraíso’, não muito distante de Cancún e onde ficamos para passar a noite.
Logo na entrada, há uma ‘barreira’ do exército. Fomos parados, nossa documentação e bagagem conferidas e depois liberados. Todo o tempo que estive sem ser ‘perturbado’ por polícias, patrulhas, postos de controle, etc, estou ‘compensando’ aqui no México. Não sei se pelo fato de estarmos em ‘dupla’, mas em todas as barreiras estamos sendo parados e fiscalizados, coisa incrível para mim.
Depois de pararmos no ‘farol’, fazer fotos e encontrar dois policiais de moto e nos informar sobre onde acampar, fomos na direção indicada por eles e num cruzamento, logo que entramos, esquina de um hotel, um casal de poloneses, tripulantes de um imenso navio de cruzeiro que estava fundeado no porto, nos saudaram e nos fizeram parar para tomar alguma coisa e nos conhecermos.

Ficamos sabendo que Mahahual era uma cidade pacata, muito segura, sem problemas de violência, furtos, criminalidade, principalmente pelo fato de haver somente uma entrada, logo, qualquer coisa ou delito que se pratique, fatalmente terá de se sair por onde entrou e onde há o posto de controle do exército.
Depois desta pequena ‘social’ saímos em busca de um lugar para ficar e encontramos uma pequena choupana de sapé, na areia onde fizemos de nossa ‘casa’.
Estacionamos as motos, arrumamos tudo e nos instalamos com direito a bandeiras, (do Brasil e Piratas do Caribe), para marcar local e domínio, cozinhamos algo e logo entramos para a barraca, uma vez que os ‘sancudos’ começaram a atacar.
A noite enquanto esperávamos o sono chegar, conversamos e nos acertamos de ficarmos pelo menos uns três dias curtindo o lugar.
Na manhã seguinte, Jaime saiu e foi a cidade para comprar pão, água e outras coisas para nosso desejum e eu aproveitei para pedir-lhe que trouxesse um peixe qualquer para que pudéssemos usar de isca para pescar nosso ‘almoço’.

Logo que voltou, preparei tudo e fui para a praia com ele e depois de quase uma hora de pesca o resultado foi, 2 pequenos Xaréus, 3 Cocorocas e 1 Barracuda que garantiu nosso almoço de ‘frutos-do-mar’ caribeño.
Uma coisa que se acaba fazendo, quando se opta por viver assim como eu, é ‘reeducar-se’, principalmente no que tange a alimentação e, apesar de eu estar falando isso com Jaime, desde que saímos de Guatemala, ele não se interessou muito e toda noite, como se estivesse em casa, quer cozinhar e fazer um jantar, coisa que nem sempre é possível, principalmente por falta de luz, não temos energia elétrica ficando a mercê de lanternas e consequentemente gastos com pilhas.
Acho que ele não gostou muito quando dei uma ‘situada’ nele, nesse sentido, depois que ele, parecendo um ‘zumbi’, ficou a noite catando coisa para comer e fazer, isso depois dele ter ido na cidade no dia anterior e comprado somente um ‘saco de pão-de-forma’, por achar ‘caro’, 20 Pesos, coisa de USD 1,65.
Disse a ele, depois que me levantei e saí da barraca para preparar um arroz com ovo para comer, que há momentos em que cozinhar é difícil, principalmente a noite e que ele, deveria passar a comer bem, por volta das cinco da tarde, para poder ‘segurar’ a noite, já que os sancudos e a falta de energia impossibilitavam fazer qualquer coisa depois que a noite caísse.
Creio que isso não foi bem interpretado por ele que no dia seguinte, logo que amanheceu me disse ter passado a noite a pensar e decidiu voltar a Guatemala.
Indaguei se a decisão foi por conta do que eu havia dito sobre comer à noite e ele me disse que não, que era pelo fato de não estar se adaptando bem a responsabilidade com a moto, que o deixa preocupado, ainda mais depois que eu identifiquei um ‘vazamento’ de óleo que a princípio eu pensei ser do motor, mas que de fato era do filtro de ar, de espuma, embebido em azeite e que com o calor do motor, ficou mais fino escorrendo o excesso.
Disse que a ‘moto’ o estava limitando e que voltaria a Guate, para deixar a moto em casa e seguir sua vida como mochileiro, já que dessa forma se sentiria mais livre, sem responsabilidades.
Concordei, afinal, era uma decisão sua, mas essa de sentir-se ‘preso’ por conta da moto, não convenceu. Creio sim que o que eu disse tenha tido para ele um ‘efeito de balde de água-fria’, já que talvez, tenha imaginado que a vida na estrada fosse a mesma de casa e também pelo fato de que não há luz elétrica a noite e com isso se torna obrigado a recolher-se cedo para a barraca e dormir, coisa que eu vinha reparando ele não gostava muito.
Outro fato que eu acredito tenha feito ele desistir, foi o de não estarmos em trânsito direto, ou seja, não se passa 30 dias por mês, direto, rodando. Há paradas. Algumas de dois ou três dias, outras mais longas, e que servem, não só para dar uma relaxada e descansada, como também como economia já que rodando se gasta em média USD 12,50, só de combustível, diariamente, cerca de 18 litros e meio de gasolina. Parado, este valor não é gasto e, acampando como por exemplo aqui em Mahahual, onde se há pesca e outras coisas, a economia é brutal.
Ontem, segunda-feira, Jaime se foi pela manhã. Depois de vermos uma rota alternativa para ele não ter de ‘encarar novamente’ Sierra Madre sozinho, ele retornou a Chetumal, onde fará a revisão de sua moto numa concessionária da Vento e de lá seguirá para Corozal, fronteira com Belize e de lá para Ciudad Guatemala, uma rota de mais ou menos mil quilômetros.
Eu por minha vez, continuo em Mahahual até, pelo menos, semana que vem, mesmo com a previsão de uma ‘tormenta’ que se aproxima. Será minha primeira tempestade no Caribe, na temporada dos ‘furacões’.
Apesar de ser um pouco mais cara as coisas aqui, não é nada de absurdo. Passa-se muito bem com cerca de cinco dólares por dia, logo vou ficando e aproveitando enquanto der. Depois, meu rumo será Isla Del Carmen, já no rumo da fronteira em Nuevo Laredo, que não sei, eu chegarei antes do final do mês. Se ‘sim’, verei o Halloween, se ‘não’ verei a festa dos mortos no dia 2 de novembro em todo o México. De qualquer modo não deixarei de testemunhar ‘uma’ de qualquer que seja das festividades de cada umn dos Países, E.U.A ou México!

4 comentários:

  1. Valeu pela atualização do Blog, com isso pudemos saber das novidades por ai e que estás bem! Um abração Jairo São Carlos SP Brasil

    ResponderExcluir
  2. Boa noite! Sempre fico aguardando seu relato no blog e de certa forma estamos em sua garupa nesta viagem sem rumo. Fico triste por você ter perdido o companheiro de estrada que deixa os dias menos solitários. Mas a vida segue e a estrada nos aguarda. Grande abraço. Magnun - Pantaneiro Selvagem Moto Grupo.

    ResponderExcluir
  3. Beleza, Jairo e Magnum.
    Infelizmente a estrada é para poucos. Tem que ter desprendimento e saber de fato o que quer. Para quem está de fora é tudo lindo, maravilhoso, mas quando se vê de frente com a 'coisa', aí muda de figura. Eu já sabia que ele não iria aguentar. Era só o 'oba-oba', questão de tempo. Confesso que foi mais cedo que eu esperava, (rs).
    É isso aí. Llantas adelante! Vamos em frente irmãos!

    ResponderExcluir
  4. Ahahahahaha....mijou pra trás o CUmpanheiro!!! é por isso q vou sozinho!!!

    ResponderExcluir

Ajude a diuvulgar o Blog e esta Viagem. Contribuições são bem vindas:

Agora você pode DOAR pelo PAYPAL, para - dressa.gasparelli@gmail.com - É fácil e rápido! - Vale também Cartão de Débito no Pay-Pal, ele aceita as duas modalidades.

Se for Correntista do BRADESCO, Tranferência entre Contas de Titularidade Diferente, para:

Agência: 886-Mangaratiba - Conta Poupança: 1000072-6 - José Luíz da Rocha Melo

PS. Há casos em que, dependendo da forma do depósito, é necessária a colocação completa da Agência, com dígito, sendo assim a forma correta é: 0886-9

Conto com todos. Obrigada!

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.